Photos escrita por R5ER EDITZ


Capítulo 8
What's It Happening To Me?


Notas iniciais do capítulo

*le se esconde embaixo da cama*
Gente, além de não responder os comentários, eu demorei MUITO para postar esse capítulo. Me desculpem MESMO, mas eu estou em período de prova e ainda tem um trabalho ENORME para fazer. Não consegui nem atingir 1.000 palavras nesse, mas eu acho que vão gostar. Obrigada a quem comentou e até o próximo!



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POV Austin Moon

Eu não consegui dizer nada. Nunca consegui agir normalmente quando muitas pessoas me encaravam. Senti uma gota de suor cair no balcão. Mas o que estava acontecendo comigo? Bastava dizer que ela pediu ou algo assim. Mas eu não estava conseguindo pronunciar nada. Nunca fiquei tão agradecido ao ouvir a voz de Eliot do outro lado do estabelecimento.

– E aí, galera! - Eliot caminhou até nós e cumprimentou um a um. - Vocês conhecem a Allycia Dawson...? - Aproveitei o momento de distração de todos (menos Dez, que me perseguia com o olhar) e saí da cafeteria correndo.

– Você sabe que vai ter me explicar isso algum momento, Grande Criador de Boatos. - ouvi Dez gritar de dentro do local.

Entrei em meu carro e acelerei. Mas o que aconteceu comigo? Eu tenho um problema para falar em público, mas eles são meus amigos. Eu sempre conto tudo a eles.

Certo, Austin. Um simples boato não vai acabar com sua vida. Você nunca se importou com o que os outro pensavam, e não vai ser agora que vai começar. Parei meu carro na praça onde havia combinado de me encontrar com Ally. Faltava um dia e duas horas para 15:30, mas eu não tinha nada para fazer. Peguei minha mochila e me sentei à sombra de uma árvore, que identifiquei como macieira.

Tirei meu livro de latim da mochila e o abri. Falo inglês, espanhol e francês fluentemente, mas por algum motivo nunca me dei bem em latim. Grudei meu rosto no livro por uma hora.

Senti uma aproximação repentina. Tirei meu olhos do livro e olhei para cima. Allycia Dawson, agora com mechas loiras, estava me encarando e rindo, uma combinação estanha vinda dela.

– Como você conseguiu pintar seu cabelo dessa cor em duas horas? - perguntei. Ally se sentou ao meu lado e tirou o livro das minhas mãos.

– Essas partes loiras só estão presas. - Ally falou, agora como se fosse um discurso que ela já havia decorado anos e não aguentava mais repetir. - Não acredito que você tem dificuldade em latim.

– Eu só estou estudando, não tenho dificuldade. - menti. Sempre fui péssimo em contar mentiras, o que me fez repensa no que acabara de falar. Será que ela acreditou?

– Você não me engana loiro. - É, ela não acreditou. - Mas de qualquer forma, você está aqui muito cedo. Tipo, um dia e algumas horas. O que houve?

Fiz uma careta e peguei meu livro. Guardei-o na mochila e a coloquei em meus ombros.

– Só queria ficar um tempo estudando na brisa da praça. Além do mais, o que você está fazendo aqui? - pergunto. Era algo incrível. Allycia Dawson e eu conversando civilizadamente.

– Só queria sair um pouco. - respondeu, mas sua voz saiu um pouco falha. Me perguntei se ela só queria sair um pouco mesmo. - De qualquer jeito, estamos aqui. Então vamos começar com o plano. - Allycia se levantou e estendeu a mão.

Eu aceitei e apertei-a, mesmo que aquilo não tenha me ajudado a levantar. Allycia estava muito gentil. Me perguntei se ela sofria de alguma crise de bipolaridade.

– Allycia... - comecei.

– Ally - ela corrigiu.

– É, Ally. Você acha mesmo que isso vai dar certo? Além disso, Dallas é um dos meus melhores amigos. - falei.

Após concordar em fazer isso, minha cabeça começou a girar. Dallas era um bom amigo, assim como Kira. Mas eu tinha um atração por ela que nem o melhor cientista do mundo conseguiria explicá-la.

– Marica. - Allycia falou com um sorriso de deboche.

– Eu não sou marica. Além do mais, eu preciso estudar para o teste amanhã. - desconversei.

– Amanhã? O quê?! - Allycia largou minha mão e virou-se para mim. - Além de estudar cinco dias por semana, ainda tem provas no sábado? Que coisa idiota!

– Não é idiota. Eu acho muito bom este modo de ensino. Nos faz querer estudar sempre, não só quando achamos necessário. - argumentei.

– Certo, loiro de farmácia...

– Não me chame assim! - gritei.

– Chamo! Você é um garoto muito idiota! Prefere passar o dia com a cara grudada no livro do que viver. - Allycia segurou minha camisa, como um valentão faz com um nerd.

– Eu faço isso para o meu futuro! - tirei a mão da garota da minha camisa e segurei seu pulso.

– Futuro, futuro. Você é vidente ou coisa assim? Além do mais, ninguém consegue viver direito se só pensa no futuro. - Ally gritou.

– Silêncio! - ordenei.

– Cala a boca!

– Silêncio!

– ... Idiot...!

Então eu fiz a coisa mais estúpida que qualquer garoto do mundo já fez. Dei o primeiro passo, que não devia existir. Talvez eu fosse um idiota, assim como ela disse.

– Me desculpa, O.K.?

Inesperadamente, minhas mãos a puxaram e eu a beijei. E mais inesperadamente ainda, ela correspondeu após alguns segundos de resistência. Minhas mãos estavam na sua cintura e as delas em meus cabelos. Eu agi por impulso e nem mesmo minha mente conseguia explicar o que estava fazendo. Mas na verdade, na condição que me encontrava, era bem difícil pensar em algo que não fosse ela.

O ar resolveu me avisar que eu precisava dele para sobreviver, e então nos separamos. Ally ainda estava de olhos fechados quando ouvi a voz de Kira a poucos metros de nós.

– Eu sabia!

Continua...


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