Photos escrita por R5ER EDITZ


Capítulo 1
She Is Unbearable


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :)



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POV Austin Moon

- Será que você pode desgrudar a cara desse livro e viver um pouco?

Dez e Dallas tinham acabado entrar na biblioteca. Passara a tarde toda estudando para o teste que aconteceria dois dias após este.

- Não sei como ainda ando com você. - Dallas reclamou.

Para falar a verdade, nem eu sei como que começamos a nos enturmar. Ora, meus pais são empresários, e devo admitir que tenho uma casa, um tanto, luxuosa. Devo ser dois anos mais novo que ele, mas ainda estudamos na mesma classe. Sim, ele reprovou dois anos. Ele ama desperdiçar o tempo com bobagens, como tocar em uma banda de garagem. E o pior de tudo, eu desejo a namorada dele.

- Eu também. - admiti, fechando o livro e me levantando da cadeira onde estava. Encarei o ruivo que se encontrava em minha frente, olhando alguns livros que já li com uma expressão confusa.

- Cara, como você consegue entender isso? - Dez apontou para o livro de matemática.

- Prestando atenção nas aulas. - Guardei o livro na estante em que pegara. Saímos andando pelos corredores quase vazios da escola. A aula já havia acabado há meia hora, mas era normal eu ficar até tarde trancado na biblioteca. Às vezes, eu arranjava tempo para admirar a beleza de Kira, namorada de Dallas.

- Que tal hoje irmos ao cinema com a turma? - perguntou Dez, animado com a sugestão.

- Eu não sei...

- Ah, qual é, cara! - Dallas deu um soco sem força em meu braço. - Será que um dia você não pode sair desta sua rotina rígida?

- Pois é, Austin! Todo mundo vai! - Dez tentou me animar, segundado meus ombros e chacoalhando-os. - A Kira e o Gavin já confirmaram e a Trish está tentando arranjar uma roupa.

- E a Cassidy também vai. Você sabe o quanto ela está afim de você, não é? - Seguimos da escola em direção ao meu carro, uma BMW preta.

- Sabe, Dallas - entramos no carro com calma. Eu estava de motorista, Dez ao meu lado na frente e Dallas no banco do passageiro de trás. - Acho que não ligo muito para o amor platônico dela por mim.

O tempo foi passando e não falamos mais nada de interessante. Dez soltava algumas piadas sobre o quanto Trish era chata e mimada, achei incrível ele falar tanto sobre a garota às vezes, mesmo dizendo que a odiava.

Logo chegamos na casa de Dez, que era ao lado da casa de Dallas. Gavin e Kira estavam parados em frente a residência do moreno, com irritação no olhar.

- Pensei que iam chegar mais cedo. - Gavin reclamou, olhando para Dallas que acabara de descer do carro, em seguida, Dez.

- Austin, você não vem? - Dez perguntou. Fiz que não com a cabeça e acelerei à toda velocidade, não queria discutir.

Desvios na rotina é uma coisa idiota! Tudo para meu futuro já está escrito. Entrarei na faculdade próximo ano, continuarei a empresa de meus pais e serei fotógrafo nas horas vagas, terei dois filhos no máximo e os dois dividirão o controle da empresa quando eu morrer.

Parei o carro na praça mais próxima. Peguei minha câmera, que se encontrava dentro de minha mochila, e corri até o banco. Fleches começam a ser vistos à distancia, mesmo com a claridade da tarde. Eu amo fazer isso. Ver como as pessoas estão felizes com seus amigos, filhos ou familiares, e recordar o que aconteceu no dia apenas com fotografias. É o meu hobbie.

Tenho que admitir, eu não queria que fotografar fosse apenas um hobbie, mas também um trabalho profissional. No entanto, meus pais insistem com a ideia de continuar com a empresa de cosméticos.

Continuei a tirar minha fotos, até que uma garota entrou em minha visão. Tinha olhos brilhantes castanhos e cabelos na altura dos ombros da mesma cor. Seu corpo possuía curvas nos lugares certos. Nada exagerado, mas nada que faltasse. Sua boca rosada era incrivelmente convidativa. À medida que tirava fotos da garota, ela se aproximava mais e mais de mim, e sua expressão ia se tornando de ódio. Quando dou por mim, ela já havia arrancado a câmera de minhas mãos e jogado-a no chão.

- O que você pensa que está fazendo? - pergunto, com irritação. - Essa câmera custa mais que você!

- Quem te deu o direito de tirar fotos de mim? E eu aposto que você vendeu sua mãe para comprar a câmera, não é?

- Não venha meter minha mãe nisso! - me levantei e encarei a morena. Ela era incrivelmente baixa, comparada à mim. - E ninguém me deu o direito de tirar fotos suas, assim como ninguém te deu o direito de jogar minha câmera no chão. - tentei alcançar a câmera desmontada no chão, mas a morena me impediu.

- Olha, esquece, tá?! Eu tenho mais coisas para fazer do que discutir com um estanho. Mas saiba, loiro de farmácia, que isso não vai ficar assim. Eu vou descobrir quem é você, e pagará por tudo que fez.

- Eu fiz muitas coisas, como tirar uma foto! - disse, enfatizando as últimas três palavras. - E do que foi que você me chamou?

- Loiro de farmácia, será que é surdo?

- Olha... - tentei concentrar toda minha vontade de bater naquela garota em um mero suspiro, tarefa difícil, mas consegui. Estou sendo 'treinado' para ser um homem influente no país, e não quero ter o passado manchado por bater em mulheres. - Eu estou tentando ser paciente, mas você não está ajudando. Por favor, será que poderia me deixar em paz? Sabe, me deixar pegar minha câmera, tentar concertá-la - enfatizei a última frase. - e ir para casa?

Eu não queria dizer isso, queria retrucar. Mas não iria acabar bem, nada bem.

- Marica. - a morena murmurou. Ignorei o comentário e peguei minha câmera desmontada. Suspirei e me dirigi em direção ao carro, sem olhar para a garota.

Estava dirigindo de volta à casa sem saber o que fazer. Acabara de discutir com uma garota que não conhecia, minha câmera estava em pedaços, estava chegando atrasado em casa. Se tiver sorte, meus pais ficaram presos na empresa, ou em um engarrafamento, ou foram abduzidos por extra terrestres. Tudo, menos estar em casa, amém.

Estacionei meu carro na garagem e entrei em casa. Minha preces foram ouvidas, meus pais não estavam em casa. Subi a escadaria e entrei em meu quarto, batendo a porta. Joguei minha mochila na poltrona e me joguei na cama. Eu só queria descansar.

Quando estava quase dormindo, meu celular começa a tocar uma música alegre. Suspiro frustado e o pego. Dez estava ligando.

- O que foi, Dez?

- Austin, esta é sua última chance de vir ao cinema. A Cassidy está surtando sem você aqui.

- Deixa ela, Cara! Eu não estou com vontade de ser babá de uma garota. Agora tchau, Dez!

Desliguei o celular antes que ele começasse a me dar lição de moral, ou com insistência.

Levantei-me da cama e me dirigi ao notebook em minha mesa. Peguei o cartão de memória da câmera e conectei no mesmo. Abro as imagens e admiro-as. Modestia aparte, eu tiro fotos muito boas. Passei todas as fotos até parar na foto da garota morena de pavio curto.

Ela é muito bonita, eu poderia passar o dia inteiro tirando fotos dela, pena que é uma garota insuportável.

Continua...


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