Sadist in London escrita por heysarayuu


Capítulo 1
Room124


Notas iniciais do capítulo

Não resisti a tentação de fazer mais uma fic para este casal maravilhoso, espero que gostem.



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Já era o vigésimo quarto corpo encontrado nesta mesma forma, com sua cabeça decepada e uma marca triangular com um enorme X centralizada em seu tórax, além dos diversos hematomas, todos estavam entre a faixa de vinte dois à vinte cinco anos de idade e o seu principal alvo eram sempre o sexo feminino. Segundo o legista antes de morrerem elas eram abusadas sexualmente e agredidas fisicamente, mas a causa principal de todas essas mortes era a tão famosa injeção letal, utilizada principalmente nos presidiários que eram sentenciados à pena de morte nos Estados Unidos, o que não era nada comum em Londres.

O caso estava sendo o mais difícil de todos os tempos para a polícia londrina, e agora o chefe local do maior departamento policial do Reino Unido estava escolhendo os seus melhores agentes para este caso. Entre eles não poderia faltar o agente mais requisitado não só da Europa como também da América do Norte.

- Espero que seja algo realmente importante para me tirar de minhas férias - disse adentrando na sala com seu típico mal-humor.

- Não sei porque reclama tanto, quando resolveu seguir essa carreira sabia onde estava se metendo.

- Sim eu sabia, mas aos meus vinte cinco anos de idade já fiz mais pelo Departamento de Justiça Britânica do que qualquer outro agente mais antigo... Então creio que mereço pelo menos dois dias de descanso.

- Sabemos disso Damon e somos muito gratos pelo seus grandes serviços... Mas agora creio que o caso seja o mais difícil de todos que já tivemos, até mesmo para você e o precisamos resolver com urgência.

- Está certo, do que se trata?

O chefe jogou uma pasta com os arquivos do caso Assassino de Bonecas o homem a sua frente prontamente pegou os arquivos, rindo internamente com a escolha do nome e depois analisou todos os fatos necessários.

- A noite passada fora encontrado o vigésimo quarto corpo...

- Este caso parece bastante óbvio, é mais um psicopata existente na face da terra que para o seu desagrado não conseguiu arranjar nenhuma gostosa para realizar seus desejos sadistas e consequentemente achou uma forma de se aventurar pelo mundo a fora matando e estrupando mulheres indefesas por prazer...

- Isso é só mais uma teoria, mas o fato mais intrigante é como ele conseguiu os elementos químicos necessários para o uso desta injeção letal e o porquê ele age desta forma, nenhum outro policial conseguiu descobrir quem é este assassino a mais de dois meses e é por isso que a partir de agora o governo deixou o caso em nossas mãos, e ainda hoje a equipe estará finalizada.

O agente arqueou uma de suas sobrancelhas com a informação que acabara de ouvir.

- Equipe? Não confia mais em mim Peter?

- Confiar eu confio Damon, mas esse é um caso para uma equipe e quanto antes finalizarmos este caso melhor.

- Se você acha que é o melhor, tudo bem... Mas não me faça ter que aturar gente chata como alguns jornalistas investigativos que se acham o detetive - bufou.

- Quando você fala "jornalistas investigativos" Você está querendo dizer a jornalista investigativa que por acaso vocês tiveram um caso? - sorriu divertido fazendo o agente revirar os olhos.

- Não comece com isso de novo - falou impaciente e em seguida se levantou - Eu e aquela jornalistazinha nunca tivemos nada.

- Sei... Não esqueça que eu praticamente te criei moleque - falou rindo ao ver Damon fechar a porta furioso sem deixar que terminasse de falar.

Estava chegando em seu escritório de jornalismo quando recebera a ligação de sua secretária a informando que o chefe do Departamento de Justiça Britânica estava a sua procura e que a esperava ainda hoje em seu escritório, sentiu-se arrepiada só de pensar em pisar naquele local novamente a qual prometera a si mesma que nunca voltaria, não depois de tudo que passou na mão do agente mais cobiçado da Europa, que ainda assim era um monstro ao seus olhos. Suspirou e inspirou várias vezes antes de fazer a ligação, assim que atenderam no outro lado da linha não esperou que falassem, agiu mais rápido.

- O que você quer Peter?

- A sua secretária não a informou?

- Sim, mas creio eu que não tenha necessidade de eu por meus pés aí.

- Se eu lhe chamei depois de muito tempo é porque quero que esteja aqui, cumprindo seu dever.

- Meu dever não é com vocês e sim com a empresa para qual trabalho.

- Seu dever como jornalista investigativa é com a sociedade Bennett, então querendo ou não terá que está aqui no horário marcado.

- Ok, se você deseja assim - suspirou impaciente - Mas não me responsabilizo pela as atitudes de seu tão amado agente.

- Deixe que eu acalmarei a fera.

Desligou o telefone intrigada pensando no que a esperaria, mas logo se encarregou de mandar as lembranças deprimentes para o lugar a qual nunca deveriam ter saído. Resolveu finalizar todos os seus artigos que deveriam ser postados em seu site jornalístico na manhã seguinte, remarcou todas as entrevistas que iria fazer à alguns presidiários na Escócia. Comeu rapidamente seu sanduíche enquanto seguia em direção ao DJB orando à Deus para que não se estressante hoje. Mordeu o lábio inferior e respirou fundo adentrando no lugar.


Assim que saiu do escritório de seu chefe seguiu em direção para o único lugar que o tranquilizava a Academia de Tiros DJB. Adentrou no local sem responder nenhuma pessoa que lhe cumprimentara, era sempre assim quando estava em um novo caso, se posicionou em uma das diversas saletas do lugar e em seguida protegeu seus ouvidos e seus olhos com os objetos necessários, pegou sua pistola Beretta 200 ST e mirou em um dos diversos bonecos de madeira que se encontravam no fundo da sala. Sua expressão era séria e sua postura extremamente correta, com os braços rígidos e olhos atentos demonstravam o quão bom atirador era. Sua maior prova era o boneco de treinamento, com o local correspondente a cabeça de um humano, estar perfurado pelas oito balas de sua pistola.

A sua manhã fora de treinamento e assim que terminou seguiu em direção a sala que conheceria sua nova equipe sob o olhar e suspiros de todas as mulheres que encontrava pelo corredor, se fosse outro já teria saído com a metade delas, mas ele nunca gostou de misturar trabalho com aventuras sexuais, pois segundo ele seu trabalho passara a ser seu local de meditação para esquecer todos os problemas que já viveu. Passou pela secretária perguntando se todos já estavam no local e ela sorridente respondeu que sim. Abriu a porta calmamente e logo deu de cara com a figura que menos desejava encontrar, seu sangue prontamente ferveu e sentia uma vontade louca de matar a pessoa que a chamou.

- O que diabos essa mulher está fazendo aqui? - perguntou furioso.

- Oi para você também Salvatore - resmungou a morena de braços cruzados.

- Damon trata-se de se acalmar ou terei que pedir para que se retire e depois o informarei individualmente sobre o que acontecerá aqui - falou Peter seriamente.

- Posso até me acalmar, mas não entendo o porquê essa mulher tem que está aqui. Ela é só mais uma jornalista imprestável.

Dessa vez fora a vez dela se alterar.

- Olha estou aqui para ajudar nesse caso, agora não aceitarei que você me trate desta forma... Temos as nossas diferenças? Sim, mas não vamos deixar mais pessoas morrerem por causa delas... Então senhor perfeição trate de fechar o bico e ouça o seu chefe.

Todos no local a olhavam incrédulos, perguntavam a si mesmos como uma jovem de estatura pequena tinha tamanha a ousadia de falar com o agente nesta forma. Por outro lado, o chefe sentia-se orgulhoso pela escolha que fizera ao por ela na equipe. Damon estava pronto para estrangular a mulher por ela falar desta forma com ele, estava repleto de fúria e raiva, mas infelizmente não dera tempo pois seu chefe logo chamou a atenção de todos.

- Acho melhor os dois se acalmarem e sinto em lhe dizer Damon, mas você está errado, pois todos neste local serão de extrema importância para este caso - esperou que o agente se sentasse e continuou - Bom, como todos perceberam esta não será uma equipe normal, devido ao caso ser bastante árduo.. Agora apresentarei cada um de vocês... Damon como todos sabem além de ser um ótimo agente é o melhor detetive da Europa, tanto em campo quanto fora. Caroline é a melhor especialista em decifrar drogas e impressões digitais. Rebekah é a jovem hacker que o nosso governo nos emprestou, além de ser ótima em decifrar códigos. Elena é a nossa melhor legista do departamento e também é ótima com armas. Matt é o melhor atirador de elite e trabalha não somente para FBI, mas também para serviços particulares e agora para nós. Stefan é o nosso incrível analista de DNA e um ótimo químico também, assim como o irmão, tem habilidades com armas. E por último mas não menos importante nossa jovem Bonnie - apontou para a mesma que sorriu de lado - que além de ser a melhor jornalista investigativa é também ótima com armas e muito boa com estratégias, vamos se dizer que é a versão feminina e bonita do nosso caro Damon - olhou para o agente que bufou irritado - Ele será o chefe da equipe, pois não poderei fisicamente está no caso... Mas quero a atualização de tudo quando estiverem prontos.

Ao finalizar seu pequeno discurso apresentando cada um, saiu sem ao menos esperar que alguém dissesse algo. Todos se entre olharam, menos os dois que sempre evitavam se olhar. Damon distribuiu para todos os arquivos necessários para o conhecimento do caso e prontamente encarregou cada um de uma tarefa.

- Elena preciso que avalie todos os corpos novamente, sei que são muitos mas acho que você pode receber a ajuda do Stefan, preciso que achem algo a mais do que os outros, algo quase que invisível para um legista despreparado.

Esperou que os dois saíssem e continuou.

- Rebekah preciso que você descubra se elas têm algo em comum, além da idade, preciso que descubra onde moravam e do que viviam. Caroline você que é a mestre das drogas fará um análise intensivo nessa tal injeção letal e tente descobrir se há algum componente químico a mais, depois que terminar entregue sua avaliação ao Stefan.

- E vocês dois vem comigo, vamos ao local que o último corpo fora encontrado.

Saíram em silêncio do departamento, entraram no carro do agente apressadamente. Sob o olhar curiosos dos dois homens, Bonnie tirou de sua bolsa uma de suas perucas com franjas e colocou com calma uma lente que deixava seus olhos esverdeados em um tom castanho escuro, se olhou no espelho e sorriu ao ver a mudança.

- Vão ficar admirando minha beleza ou vão perguntar logo o que querem saber?

- Nada que venha de você me interessa - falou seriamente.

- Pode não interessar à ele... Mas me interessa - o loiro sorriu sedutoramente recebendo um olhar irritado do agente através do retrovisor do carro.

- Se está tentando me seduzir, não vai conseguir desse jeito... Mas respondendo sua curiosidade, uso perucas e lentes diferentes quando vou investigar algo para que ninguém saiba quem eu sou.

- Além de bonita, é inteligente - sorriu para morena, que o retribuiu.

- Não sei se perceberam mas temos coisas mais importante do que ficar falando sobre disfarces ridículos.

- Como você consegue ser tão estraga prazeres?

- E você continua a mesma tagarela de sempre - falou zangado.

- Calma aí, vocês se conheciam?

Os dois responderam rapidamente ao mesmo tempo.

- Sim!

- Não!

- Porra é sim ou não - resmungou o loiro no banco de trás do carro.

- Sim, para a minha tristeza nos conhecemos... mas esse seu colega de equipe prefere fugir de antigas responsabilidades...

- Eu não fujo de nada Bennett, só acho que algumas situações é melhor serem mandadas para o esquecimento do que ficar revivendo algo que só lhe faz mal - sua voz estava fria - Enfim... chegamos!

A morena não respondeu, só simplesmente saiu do carro e engoliu em seco, tentava com todas as forças não deixar a lágrima cair. Seja forte Bonnie, não deixe que esse estúpido lhe faça chorar novamente pensou consigo mesma. Esperou que eles saíssem do carro e os seguiu por um beco escuro que deixava os pelos de seu corpo arrepiados, chegando no final do beco era possível visualizar a imagem de um hotel luxuoso que ninguém nunca imaginaria o que acontecera naquele local. Entraram no hall e Damon sem demora mostrou seu distintivo avisando que os dois que estavam atrás eram seus acompanhantes. Pegaram o elevador e em menos de um minuto chegaram no andar desejado. Quarto número 124.

- Pensem como o assassino, provavelmente os legistas já pegaram evidências prováveis... O nosso trabalho aqui é pensar diferente - colocou a luva médica e abriu a porta.

O lugar estava repleto de números provavelmente onde estava as evidências e em volta da cama tinha uma fita amarela, usada pela policia para isolar o local do crime. Os três espalharam-se pelo enorme quarto. Ela pegou sua câmera tirando fotos do que era necessário, mas o que mais lhe chamara a atenção era uma espécie de código próximo ao quadro preso na parede que ficava de frente para a cama, rapidamente girou seu corpo frágil olhando entre a cama e o quadro. Sentia que algo estava errado, só não sabia o que. Matt analisava mentalmente a forma como a ultima vitima fora assassinada, a cama era grande e redonda, nela continha algumas manchas de sangue com números marcados ao seu redor, sabia que alí havia acontecido algo a mais que um estupro e um assassinato. Damon visualizava os passos do assassino pelo quarto, via em sua cabeça a imagem do homem agir de forma repugnante com a mulher. Não ocorreu aqui, pensou.

- O assassinato e o estupro não aconteceram aqui - sussurrou consigo mesmo.

- Está certo - a voz da morena chamou a atenção dos dois - Sabe qual é o problema de quem trabalha totalmente com a lei? É pensar que consegue resolver qualquer coisa... Todos esses números de evidências e ainda assim não viram o óbvio... - olhava fixamente para o quadro.

- Fale logo o que está pensando!

- La tristesse durera toujours, ou melhor "A tristeza durará para sempre" - suspirou e virou-se para encarar os dois a sua frente - Esse quadro, caso não saibam é de Van Gogh e segundo a história ele citou essa frase antes de morrer... Todos sabemos que esta pintura é uma das mais famosas desse pintor e segundo as informações que passaram para a polícia é que neste quarto possuía uma pintura de estrela, mas não citava que pertencia a esse tão famoso pintor, o que é muito estranho...

- Porque para um hotel de cinco estrelas esquecer de um fator importante como este é loucura e então ou a pessoa que passou a informação para a polícia não conhecia esta pintura ou a mesma fora trocada - concluiu o agente cruzando os braços, estava pensativo.

- Ok, agora podem me explicar direito isso? O que esse quadro tem a ver com o assassinato?

- Simples, para passar informações do hotel desde as antigas às atuais é necessário que a pessoa seja importante e tenha um nível elevado então consequentemente ela iria saber quem é Van Gogh e de quem era a pintura... se esse quadro estiver aqui a muito tempo a pessoa nos omitiu essa informação, o que para um caso como este é bastante suspeito, pois é um quadro caro demais para ser esquecido... Agora caso contrário este quadro fora trocado na noite de ontem e o antigo que estava aqui poderia conter dados importantes para o nosso caso.

- Caramba! E você conseguiu pensar nisso tudo em pouco tempo? - falou admirado.

- Dessa vez você me surpreendeu Bennett... Espero que continue assim - disse pegando o celular e digitando alguns números.

- Haha... Vou considerar isso como um elogio Damon - falou irônica.

Ele deu de ombros com o celular no ouvido esperando que atendessem o mesmo.

- Preciso de informações sobre os funcionários do Hotel e principalmente do dono!


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