After two years, I still love you. escrita por Bia


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Um dia, no grupo KLM a Dri resolveu fazer um amigo invisível e eu resolvi participar e então, eu dedico esta fic a minha doce amiga secreta e espero que ela goste e desculpa se ter erros.
Boa leitura!



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Amanhecia na cidade movimentada e bonita que é Las Vegas. Kurt Hummel desde quando era pequeno, olhava nos filmes e se encantava com Nova York e com Londres, porém no momento que ele viu Paris. Nunca se esqueceu de que havia sido um anuncio na televisão falando sobre perfumes. Seus pequenos olhos azuis haviam brilhado ao ver alguns lugares de Vegas.

Quando estava em seu ultimo ano no ensino médio, o mesmo decidiu que era lá que viveria pelo resto de sua vida. Ele tinha um namorado cujo nome é Blaine Anderson, porém o mesmo havia ido para Nova York. Ambos terminaram o namoro quando Kurt partiu para morar em Las Vegas. O Hummel ainda lembra-se do ultimo beijo e como tinha saudades do beijo daquele moreno que nunca mais havia visto.

Outra coisa que Kurt começou a sentir saudades foi do seu pai e se sua madrasta – Que nunca iria substituir o lugar de sua mãe, porém ele a considerava como se fosse uma segunda mãe, pois a mesma já lhe ajudou em variedades de coisas e esteve ao lado dele em muitos momentos de sua vida – E de Finn, seu meio– irmão que ainda ama muito.

Kurt sentia falta da escola e de tantas coisas e o pior de tudo, é que ainda não podia voltar para casa. O motivo? Não tinha mais dinheiro.

Quando o mesmo mudou-se, tudo foi maravilhoso. Seu pai lhe deu um dinheiro que podia durar três meses. Kurt fez as provas da faculdade dos seus sonhos – Que ficava em Vegas obviamente. – Porém, para sua infelicidade, ele não havia passado na mesma e o dinheiro começou a faltar e então, sua única opção foi conseguir um emprego.

Porém, para pelo menos conseguir pagar o aluguel e a sua comida. Ele tinha que trabalhar de manhã e de noite. A tarde era o único horário que ele não tinha absolutamente nada para fazer e então, aproveitava, comia e ia dormir. E então, ele acabava ficando sem tempo para visitar sua família ou estudar para as outras provas, pois se largasse seu emprego, provavelmente iria dormir nas ruas e morreria – Literalmente– De fome.

Falava com seu pai e o resto de sua família pelo celular e sobre seus amigos. Depois que partiu, nunca mais ouviu falar de nenhum ao não ser Rachel, pois a mesma ainda estava namorando com o irmão do castanho.

Incomodado com as luzes dos raios de sol que adentravam em seu quarto. Levantou-se e com passos lentos, caminhou até ao banheiro. Olhou seu reflexo no espelho e suspirou.

Kurt havia parado de usar os produtos de beleza. Não era tão vaidoso quanto antes, pois o mesmo tinha que economizar e as coisas que ele comprava para se cuidar são um tanto caras. Ele tinha apenas um shampoo, condicionador, cujo cheiro era de uva.

Despiu-se e entrou no Box. Ligou o chuveiro e sentiu a água morna sobre sua pele pálida. Passou os dedos nos cabelos castanhos que estavam molhados e bocejou. Ainda estava com um pouco de sono.

Saiu do banheiro e olhou para o relógio. Já iria dar a hora de ele ir trabalhar. Colocou uma calça jeans azul escuro e uma camisa cinza com mangas pequenas. Olhou-se no espelho novamente e começou a ajeitar seu cabelo. O mesmo não havia mudado tanto, Kurt ainda fazia o mesmo topete que usava no ensino médio. Ele realmente amava aquele penteado.

Calçou os sapatos e caminhou até a pequena cozinha que tinha. Entrou na mesma e pegou uma tigela pequena, encheu a mesma de ração e abaixou no chão. Ren já esperava lá seu café da manhã. O gato era um tanto gordo, tinha pelos brancos e pretos, seus olhos eram negros também e ele tinha bastante pelo. Kurt acariciou um pouco ele e depois se ergueu e começou a cozinhar seu café da manhã.

Após a refeição, tirou seu velho carro do estacionamento e foi até o local onde trabalhava.

(...)

–Cama, travesseiro, lençol. É tudo o que eu mais estava precisando. –Quinn Fabray falou deitando sobre a grande cama macia.

–A viagem foi um tanto cansativa. –Blaine comentou. Colocou as malas no chão e sentou ao lado da loira, que ainda estava deitada na cama.

–Mas, vai valer a pena. Estamos em Vegas gente, provavelmente tudo vai valer a pena! –Sam Evans falou exaltando-se e pulando na cama também.

Blaine Anderson, Sam Evans e Quinn Fabray. O trio que não se separou mais desde o ensino médio. Ambos estavam de férias da faculdade e decidiram que iriam para Las Vegas. Após alguns meses economizando, finalmente conseguiram.

Moravam em Nova York. Blaine cursava teatro em NYADA. Quinn estava aprendendo a ser advogada e Sam já estava se preparando para se tornar um grande modelo. Seus sonhos estavam se realizando e eles queriam muito comemorar e é isso que foram fazer em Vegas.

–Olha, só não quero ouvir gritos de noite. –Avisou Blaine levantando da cama e deixando o casal deitado ali.

–Ah Blaine, não se preocupe, acho que as paredes não são tão finas e... Tem outro quarto bem ali que você pode ficar. –Quinn falou e em seguida, começou a rir, pois o louro atrás de si, já beijava sua nuca e isso causava cocegas na mesma.

–Ok. –O Anderson falou revirando os olhos e pegando suas coisas e com passos acelerado, adentrou no quarto que iria ficar.

Era grande e tinha uma enorme cama e provavelmente o lençol que estava sobre ela era bem macio. A janela mostrava a linda Vegas e havia cortinas cuja cor era bege. Pousou suas malas no chão e jogou seu corpo na cama, suspirou e então se lembrou de algo.

Seu antigo amor do ensino médio poderia estar em qualquer lugar naquele momento. Poderia estar até mesmo naquele hotel. Revirou os olhos com o pensamento.

Provavelmente não. Em seu pensamento, provavelmente Kurt estaria morando em uma boa casa e namorando outra pessoa. Isso ainda lhe incomodava um pouco.

Havia passado dois anos desde que o Hummel partiu e o moreno ainda não havia conseguido superar. Bem que ele tentou algumas vezes, teve casos de apenas uma noite, porém nenhum homem era como aquele castanho. Kurt Hummel era único.

Suspirou e resolveu ir se lavar para poder sair um pouco daquele hotel. Era realmente bonito, porém o moreno queria aproveitar a cidade. Levantou-se da cama e caminhou até ao banheiro.

(...)

Kurt já estava com seu uniforme. O mesmo trabalhava em um dos melhores hotéis de Las Vegas. Era realmente muitas pessoas querendo o emprego e Kurt se achava sortudo por ter conseguido o mesmo.

Observou a gerente que tinha a pele um tanto enrugada e cabelos brancos, auxiliando uma empregada novata.

Desviou o olhar para o carrinho e então caminhou até o mesmo. Muitas mulheres trabalhavam para limpar os quartos, mas naquele hotel, homens podiam fazer isso também e Kurt optou a trabalhar nisso do que na cozinha, já que na mesma ele não sabia fazer quase nada e ainda poderia ocasionar um fogo e desespero e isso iria fazer o mesmo ser demitido.

Organizou o material de limpeza e começou a andar pelos corredores para arrumar os quartos. Adentrou em um elevador e lá ele observou um casal.

Era uma mulher e um homem e ambos estavam aos beijos naquele elevador. Kurt tentou sair, porém as portas já estavam fechadas. Olhou para trás e observou os dois ainda aos beijos e então, a coloração da face do castanho começou a mudar. O mesmo já estava ficando vermelho.

Não que ele nunca tivesse beijado ou até mesmo feito sexo na vida. Na verdade, o mesmo já fez muito isso com o seu ex–namorado e ele realmente sentia saudades, porém optava a esquecer para se focar em seu trabalho.

As portas se abriram e o casal saiu de lá de mãos dadas e correndo. Kurt tentou esconder o leve sorriso. Caminhou e percebeu que estava na recepção. Continuou caminhando e então,, resolveu limpar o vidro de uma grande janela que havia ali.

Pegou o material de limpeza e começou o seu trabalho. Atrás do mesmo, havia um moreno, que tinha olhos castanhos e estava parado na frente do aquário. Observando os lindos peixes.

–São lindos. –Blaine comentou para si mesmo observando os peixes. Sorriu e então, resolveu sair do hotel.

Kurt continuou limpando o vidro, no reflexo do mesmo, pôde enxergar uma pessoa que lhe parecia familiar. Virou o rosto, porém já era tarde demais, pois a pessoa já havia se retirado do hotel. O castanho resolveu dar de ombros e continuar seu trabalho.

(...)

Já estava anoitecendo e Sam, Quinn e Blaine se arrumavam para ir jantar em um restaurante famoso que havia na cidade e provavelmente, depois iriam para o casino se divertir.

O vestido da loira tinha a cor carmim e o mesmo ia até os seus joelhos, havia babados e tules por baixo. Seu sapato era preto e o salto era bastante grande. Seus lábios estavam um tanto vermelhos por causa do batom.

–Estamos maravilhosos. –Comentou ela olhando-se no espelho e então, olhou para o Anderson que estava ao seu lado.

O moreno usava uma camisa social branca, um blazer azul e uma calça da cor do seu blazer. Seus sapatos eram negros também.

–Vamos pessoal. –Disse Sam andando rapidamente até a porta e a abrindo-a e ambos caminharam até ao elevador.

(...)

Kurt finalmente havia terminado seu trabalho. Estava bastante cansado. Trocou de roupa e foi até o seu carro. O transito não estava tão ruim. Aproveitou e foi ao mercado comprar comida para a ceia.

Escolheu um peixe e comprou um suco de laranja. Saiu do mercado com um leve sorriso no rosto. O Hummel realmente amava peixe.

Entrou em seu carro e começou a dirigir. Ligou o radio e Love me Again do cantor John Newman foi o que Kurt começou a escutar. Apreciando a musica, continuou dirigindo.

No semáforo a sua frente, apenas a luz vermelha estava acesa. Parou o carro e os pedestres começaram a passar pela rua. Kurt os observou e quando a musica estava no refrão, seus olhos azuis se encontram com os castanhos de certo moreno que, ele amou muito durante o ensino médio talvez, ainda o amasse, porém evitasse pensar nele para não ficar triste.

No momento que o Anderson lhe viu, sorriu. Ele sabia que o que Kurt havia feito foi um tanto errado, ter lhe trocado por uma cidade, porém ele ainda amava aquele castanho.

Já o Hummel, no momento que viu aquele sorriso que há dois anos não via, sorriu. Era inevitável não sorrir para aquele homem. Por dentro ele se perguntava se o Anderson um dia o perdoaria e lhe amaria novamente. Provavelmente o mesmo já havia lhe perdoado, porém será que ele amaria novamente Kurt?

Blaine se foi e um carro atrás do seu começou a fazer barulhos. O Hummel olhou para trás e começou a dirigir para a sua casa, ainda com um sorriso instalado nos lábios rosados.

(...)

–Eu vi ele Quinn, era o Kurt –Blaine quase gritou e Quinn revirou os olhos.

–Nossa você realmente nunca parou de pensar nele né? Blaine, aproveite que está em vegas e pare de ter alucinações e comece a viver a vida. –A loira disse pegando seu copo de drink de limão e erguendo o mesmo.

Blaine resolveu dar de ombros, ele sabia que seus amigos não iriam acreditar. Voltou a comer sua salada e ficou pensando no Hummel.

Aquele sorriso que nunca mais havia visto, aquele sorriso que fazia seus olhos brilharem, aquele lindo e maravilhoso sorriso do Hummel, uma imagem que ele esperava nunca esquecer, era de Kurt sorrindo.

(...)

O Hummel estava na cozinha da sua casa cozinhando os peixes. Eles tinha um ótimo aroma que dava água na boca em qualquer um que entrasse naquela casa agora.

Kurt estava cortando os temperos. Ele tentava não pensar no que havia acontecido horas atrás, porém era um tanto complicado.

Blaine Anderson foi o garoto que Kurt conheceu quando estava em um dos seus piores momentos da vida. O moreno lhe ajudou muito a superar os problemas e um sentimento de paixão ambos sentiram um pelo outro e resolveram ter um relacionamento. Tudo estava perfeito, ficaram três anos juntos até Kurt ir para Las Vegas e o moreno para Nova York.

Porém, mesmo depois de ter passado dois anos, Kurt ainda não havia parado de amar aquele moreno que tanto lhe fazia bem. Kurt também optava por não pensar sobre Blaine, pois quando pensava no mesmo, a tristeza vinha e o arrependimento também e ele não queria sentir isso. Apenas queria se focar em seu trabalho e quem sabe um dia, encontrar tempo para estudar para entrar na faculdade dos seus sonhos.

Nesses dois anos, alguns homens tentaram algo com o Hummel, porém Kurt nunca quis nada, pois simplesmente não queria mais fazer essas coisas, bom... Até ele reencontrar o Anderson. O moreno seria o único moreno que ele voltaria a namorar, porém ele apenas iria fazer isso se o moreno voltasse a lhe amar novamente e provavelmente isso não iria acontecer.

Nos pensamentos do Hummel. Blaine provavelmente já teria superado aquilo e do jeito que ele era, provavelmente já estaria namorando com outra pessoa. Kurt suspirou ao pensar nisso e começou a se focar na aperitivo que estava fazendo para si.

(...)

Blaine abriu os olhos e viu que estava no quarto do hotel. Colocou seus pés no chão e saiu de seu quarto e no pequeno corredor, percebeu que estava muito silencioso. Provavelmente Quinn e Sam ainda estavam dormindo. O moreno foi até ao banheiro e tomou um demorado banho.

Ele ainda pensava no que havia acontecido. No sorriso do Hummel, aqueles lábios rosados que ele sentia uma enorme saudade e o desejo de beija-los era bem grande.

Não deveria ficar pensando nessas coisas, Kurt podia está comprometido com alguém e seria melhor não pensar em coisas assim, sem contar que o moreno nem sabia onde o castanho morava, o encontrou apenas uma vez naquela cidade, agora aquele par de olhos azuis poderia estar em qualquer lugar.

Terminou de se arrumar e resolveu descer para tomar seu café. Não se importaria em comer sozinho, não iria esperar Sam e Quinn acordar, pois a sua fome e o desejo de comer era maior.

As portas se abriram e lá estava ele na recepção, lá estava Kurt Hummel vestido com o uniforme com um carrinho ao seu lado. Ele parecia está terminando seu trabalho, pois já estava colocando as coisas dentro do carrinho.

Blaine nem ao menos pensou duas vezes, apenas caminhou para perto do castanho e pegou no braço do mesmo que no mesmo momento, desviou seu olhar para olhar o Anderson.

–Blaine... –Disse o Hummel. Seus olhos estavam arregalados, não estava acreditando que isso realmente estava acontecendo.

–Ah... Oi. –O moreno soltou o braço do castanho e relaxou um pouco o seu corpo. Porém, seu coração continuava acelerado e suas bochechas estavam um tanto rosadas.

–O que você faz aqui? –Kurt perguntou e seu leve sorriso apareceu, o que fez o moreno dar um suspiro antes de responder.

–Estou passando as férias aqui, com Sam e Quinn e você pelo visto ainda mora aqui certo? Está trabalhando neste hotel?

–Sim... –O castanho respondeu desviando o seu olhar. Aquilo era vergonhoso, pois ele não queria que o moreno lhe visse trabalhando daquele jeito, neste momento, Kurt estaria provando para o moreno que seus planos deram errado. –E–Eu tenho que voltar a trabalhar Blaine, foi bom te ver. –E então pegou seu carrinho e com passos acelerados, entrou no elevador, deixando um moreno com um sorriso bobo na recepção do hotel.

Aquilo era um tanto estranho. Blaine estava um pouco diferente, mais másculo e em seus cabelos, não havia tanto gel como antes e ele deixava aparecer um pouco dos seus cachos, talvez ele finalmente houvesse aceitado seus cachos. Aqueles cachos que o Hummel amava pegar e acariciar.

Suspirou e resolveu voltar a trabalhar, entrou nos quartos e começou a organiza-los.

(...)

O sol estava se pondo e Quinn já estava escolhendo o vestido que iria usar na noite. Sam também escolhia sua roupa e Blaine, bom pelo menos ele tentava.

Apenas pensava no Hummel, naquela pele pálida, naqueles olhos azuis brilhantes e nos lábios rosados.

–Vamos Blaine. –Quinn disse adentrando no quarto do moreno, já com seu vestido. O mesmo assentiu e começou a procurar alguma roupa na sua mala.

Após vesti-la, caminhou até Sam e Quinn que já estavam prontos. Ambos abriram a porta do hotel e lá encontraram Kurt Hummel, pronto para bater na porta.

–Kurt–A Fabray gritou assustando todos ali e então abraçou o castanho. –Bem que eu pensei que Blaine estava mentindo, mas não, é você na nossa frente. –Disse ainda segurando o castanho.

Blaine continuou calado, apenas observando o castanho que segurava as costas da Fabray. A bochecha estava vermelha e em seus olhos, ele parecia pedir socorro. Blaine ao ver aquilo, apenas afastou a loira do Hummel que suspirou ao se separar do abraço. Tudo que Kurt desejava agora era se enterrar.

–Você está hospedado aqui? –Sam perguntou exaltando-se e o Hummel mexeu lentamente sua cabeça em negação.

–Ele trabalha aqui. –Blaine respondeu e então viu o castanho lhe observando. Kurt parecia assustado e envergonhado. O moreno tentando lhe confortar, apenas sorriu e para sua felicidade, Kurt parecia ainda relaxar ao ver seu sorriso.

–Nossa, deve ser chato trabalhar aqui. –Quinn disse cruzando os braços e observando o carrinho ao lado do Hummel e Sam cutucou. –O que foi? É a verdade, quer fugir um pouco dessa realidade chata Kurt?

O Hummel riu com aquilo, era praticamente impossível fugir daquele hotel no momento que ele estava trabalhando e colocaria seu emprego em risco, porém se ele passasse um pouco de tempo com seus amigos, ele passaria um tempo ao lado de Blaine.

–Estou trabalhando Quinn, não posso sair com vocês agora. –Respondeu um tanto triste. Quinn revirou os olhos e pegou o carrinho do Hummel e o levou até o quarto onde estava hospedada.

–Vamos, para relembrar a época do ensino médio. –E então. Blaine e Sam seguraram a mão do castanho que entrou no quarto.

–Mas... –Kurt tentou, porém Quinn o interrompeu.

–Mas nada, tem tantos trabalhadores neste hotel, provavelmente não vão nem sentir a sua falta. –A Fabray falou já olhando algumas roupas de Blaine no armário.

Kurt vestia praticamente junto ao ex–namorado. Ele ainda lembra-se de que usava a camisa do moreno para ir dormir, mas Kurt lhe devolveu essa camisa quando foi viajar.

–Toma, vista e volte aqui depois. –Kurt hesitou em pegar a roupa por um momento, porém a pegou e entrou no banheiro do hotel para vesti-la.

Era a roupa do Anderson, sentiu o aroma. O moreno ainda tinha o mesmo cheiro, sorriu ao se lembrar e então, um sorriso bobo estalou-se em seus lábios rosados e começou a vestir a roupa.

Saiu do banheiro e então os olhos castanho de Blaine brilharam ao ver o castanho arrumado daquele jeito.

Quinn sorriu e então pegou um de seus produtos e passou sobre a face do castanho. Um pouco de base para esconder as olheiras e ajeitou o cabelo do mesmo. Sorriu e então voltou a olhar os homens, a loira pôde perceber que o moreno comia Kurt com os olhos. Riu com o pensamento e caminhou até o seu namorado Sam.

–Bom, vamos agora, apenas relaxe Kurt, eles não vão sentir a sua falta. –Quinn disse pegando a mão de Sam e caminhando para fora do quarto, deixando apenas Kurt e Blaine no quarto.

–Vamos? –Perguntou Blaine e então percebeu que o castanho estava hesitante.

–Se eu for demitido? –O medo que Kurt sentia era enorme. O moreno sorriu e beijou a bochecha do Hummel.

–Apenas relaxe e aproveite essa oportunidade. –Pegou na mão do castanho e então ambos também saíram daquele quarto.

(...)

–O que aconteceu para você começar a trabalhar no hotel? –O moreno perguntou e o castanho, depois de mastigar seu aperitivo, respondeu:

–Meus planos não deram muito certo. –Agora começou a bebericar o vinho e suspirou.

–Eu entendo. –E então um silencio se estalou.

–E você? Como anda as coisas? –Questionou agora o Hummel quebrando o silencio.

–Eu me mudei para Nova York e estou me graduando em NYADA. – Respondeu sorrindo. –Depois vou tentar alguns testes na Broadway.

–Nossa Blaine, isso é realmente muito bom. – Kurt disse sorrindo e Blaine lhe retribuiu com outro.

–Bom, quer ir a um karaokê que tem aqui perto? –Blaine perguntou na esperança do castanho aceitar e para sua felicidade, o mesmo assentiu em concordância.

Ambos terminaram seus aperitivos e caminharam até o local que tinha Karaokê. Adentraram e viram duas garotas catando My Blood da cantora Ellie Goulding.

Quando elas terminaram, os dois homens subiram no palco e então Blaine escolheu uma musica que sabia que Kurt iria amar.

–Você conhece Shot at the night do The killers certo? –Perguntou entregando o microfone para o castanho que assentiu.

Realmente isso iria lhe lembrar muito a época do ensino médio. A musica começou a Blaine foi o primeiro a cantar.

Once in a lifetime
The suffering of fools
To find our way home
To break in these bones
Once in a lifetime
Once in a lifetime
Once in a lifetime

Kurt ao ouvir aquela voz, seu coração começou a ficar acelerado. Ele sentia tanta saudade daquela voz.

Give me a shot at the night
Give me a moment, some kind of mysterious
Give me a shot at the night
Give me a moment, some kind of mysterious

E então Kurt cantou junto a Blaine e ambos sorriram um para o outro e seus olhos estavam brilhando.

Once in a lifetime
The breaking of the roof
To find that our home
Has long been a throne
Draw me a life line
Cause honey I got nothing to lose
Once in a lifetime
Once in a lifetime
Once in a lifetime

Agora apenas Kurt cantarolava e seu sorriso continuava por cima do moreno. As pessoas que lhes observavam tinham grandes sorrisos nos lábios.

Blaine não estava muito diferente do castanho, seu coração estava acelerado também e o nervosismo era grande, o desejo de ter Kurt para si era muito grande.

Give me a shot at the night
Give me a moment, some kind of mysterious
Give me a shot at the night
Give me a moment, some kind of mysterious
Give me a shot at the night

Look at my reflection in the mirror
Underneath the power of the light
Give me a shot at the night
Give me a shot at the night
Give me a shot at the night
I feel like I'm losing the fight
Give me a moment, some kind of mysterious
Give me a shot at the night

E então terminaram e eles estavam bastante próximos um do outro, a ponto dos lábios se tocarem, porém no momento que escutaram os aplausos das pessoas, se afastaram. Agradeceram e saíram do palco e do local e então, começaram a caminhar de mãos dadas pelas ruas de Las Vegas.

Ouviram então um homem tocando um piano em uma calçada, o mesmo estava bem vestido e ele começou a cantarolar Teenage Dram da cantora Katy Perry.

Muitas pessoas paravam de andar para observar ele e seu talento. Alguns deixavam dinheiro e Kurt e Blaine se entreolharam, não acreditando que isso realmente estava acontecendo. Blaine aproveitou e então pegou a mão do castanho e disse:

–Quer dançar? –Perguntou e o castanho, suspirou e lentamente assentiu.

Ambos juntaram seus corpos e começaram a dançar sem ao menos se importar com as pessoas que estavam ao lado deles. Eram apenas passos lentos. Kurt tinha a cabeça pousada sobre o ombro do moreno e estava com os olhos fechados. Ele esperava muito que isso não fosse apena um sonho, que realmente fosse à realidade.

Kurt pôde sentir o coração do moreno acelerado, sorriu. Blaine ainda era apaixonado por ele, por que não ficar juntos? Mesmo que seja apenas em uma noite? Suspirou e se separou do moreno.

–O que foi? –Perguntou Blaine estranhando o afastamento do castanho.

–E–Eu queria muito... Desculpar-me por tudo que eu fiz, eu não deveria ter te deixado. –Kurt falou abaixando a cabeça. O moreno revirou os olhos sorrindo e colocou sua mão sobre o queixo do castanho e ergueu a cabeça do mesmo.

–Pare com isso, era seu sonho vir pra cá e eu não iria impedir Kurt, sim eu realmente fiquei triste, mas aqui estamos juntos novamente e se você quiser... –Blaine parou de falar, ele já estava praticamente pedindo o Hummel novamente em namoro.

Kurt apenas aproximou seus lábios com o do moreno e então, ambos se sentiram nas nuvens e começaram a ouvir então fogos de artificio, poderia ser apenas na imaginação deles, mas não era, realmente estavam soltando fogos de artifícios e separaram-se e observaram o céu ficar colorido e brilhante.

–Posso ir à sua casa? –Blaine perguntou observando o Hummel. O mesmo apenas voltou seu olhar para o moreno e sorriu, aquele sorriso já respondia a pergunta do Anderson.

(...)

Kurt deitou lentamente sobre o seu colchão e agarrou os lençóis, pois começou a sentir os beijos do moreno sobre o seu pescoço. Beijos que fazia tanto tempo que não sentia. O castanho e o Anderson tinham bastante saudade um do outro e nesse momento, apenas queriam matar ela, apenas queriam matar a enorme saudade que sentiam um do outro.

O Hummel retirou o blazer que o moreno usava, deixando totalmente a mostra a camisa social preta dele.

Encostaram os seus lábios novamente e o castanho já pedia passagem com sua língua e após alguns segundos, ela já estava dentro da boca do moreno. O castanho amava o gosto daquela boca.

Blaine colocou os dedos sobre o botão da calça que o Hummel estava usando e começou a desabotoar a mesma e lentamente, a tirou do corpo dele e sendo assim, pôde ver a ereção do castanho pela cueca boxer roxa.

Kurt tirou a camisa que ele estava usando e em seguida, tirou a do moreno. Nunca pensou que neste dia e neste momento estaria em uma situações dessas com um homem e principalmente com o Anderson.

–Está tudo bem? –O moreno sussurrou no ouvido do castanho.

–Você e as preocupações. –Kurt respondeu rindo. –Sim, eu estou bem.

Blaine agora tirava a sua própria camisa e a calça, com a ajuda de Kurt, ele conseguiu tirar e então, ambos ficaram apenas de cueca aos beijos naquela cama.

Os lábios do Anderson desceram para o pescoço e então, para o peito do castanho e começou a explorar aquele lugar que nunca mais havia explorado. Passou a língua sobre um dos mamilos do castanho, fazendo–o gemer na cama. O Anderson também fazia alguns movimentos de vai–e–vem com eu membro sobre a coxa do Hummel que já estava maluco.

–Oh Blaine. –Kurt gemeu passando seus dedos sobre a costa do moreno que continuava com os movimentos.

Cansado de ficar com aquela cueca, o Anderson tirou e então, Kurt pôde ver aquele membro, o membro que não via há dois anos, um membro que fazia o castanho lamber os lábios.

Blaine com sua audácia colocou seus dedos sobre a barra da cueca do castanho e começou a abaixar a mesma. Kurt lhe observava com um sorriso sacana e Blaine retribuía esse sorriso e mordia seus próprios lábios de vez em quando. Ele sabia que Kurt amava lhe ver daquele jeito.

Ambos já estavam sem roupa e quando sentiram a ereção encostando uma na outra, soltaram suspiros e leves gemidos.

–Você tem alguma camisinha por aí? –Blaine perguntou distribuindo beijos sobre o pescoço do castanho que já estava ficando vermelho.

–Não faço sexo há dois anos Blaine, como você quer que eu tenha? –Kurt falou e rapidamente, o moreno se afastou e com um leve sorriso no rosto, questionou.

–Você não transa desde quando terminamos?

Com vergonha, Kurt respondeu:

–Sim.

O moreno achou aquilo totalmente adorável, só fazia ele ter mais desejo do castanho. O beijou.

–Quase não usávamos mesmo. – O moreno disse entre os beijos e o castanho riu.

Era verdade. Ambos haviam ficado três anos juntos e já haviam feito várias e várias vezes sem preservativos.

Blaine se separou e colocou seus dedos sobre os lábios do castanho. O mesmo passou sua língua vermelha no mesmo como se estivesse chupando o membro do moreno. Isso fez o moreno ficar ainda mais excitado e então, inseriu um dedo dentro da entrada do castanho que gemeu, porém o gemido não era de prazer e sim de dor.

–Você sabe muito bem que depois essa dor vai se transformar em prazer, certo? –O moreno sussurrou com sua voz rouca e o castanho apenas assentiu.

Após alguns minutos em ficar fazendo movimentos na entrada do castanho com apenas um dedo, colocou o segundo e o castanho voltou a gemer, porém não havia apenas dor, tinha prazer também.

–Vamos Blaine. –Gemeu o castanho e o moreno assentiu. O mesmo tirou seus dedos de lá e então, colocou o seu membro dentro do castanho.

Nunca mais havia sentindo aquilo, nunca mais havia se sentindo do Hummel, mas agora ele estava sentindo e era maravilhoso. Já o castanho, se sentia completo e quando o moreno começou a se movimentar dentro de si, fechou os olhos e começou a se sentir no céu.

Os corações de ambos estavam acelerados e o motivo era que, havia muito amor naquilo, pois ainda se amavam, ainda se gostavam e o amor de ambos, fazia o coração ficar acelerado.

Blaine abraçou o castanho e começou a movimentar-se mais rápido dentro do castanho.

–Ah, você é tão gostoso Kurt. –Blaine gemeu fechando os olhos e sentindo uma eletricidade dentro de si.

–Você que é. –Kurt gemeu e então, seus lábios se encontraram novamente com o do moreno. Suas pernas estava envolta da cintura do moreno e seus dedos estava na costa dele. Kurt acariciava e arranhava a mesma.

Após alguns minutos, ambos chegaram ao ápice e Blaine caiu na cama totalmente suado e ofegante, o hummel ao seu lado não estava nem um pouco diferente.

Suspiraram juntos e quando Blaine recuperou o seu folego, perguntou.

–Além de mim, do que mais você sente saudades? –Perguntou e o castanho olhou para os olhos do moreno que estava com o corpo úmido a os cachos e seu cabelo desarrumados.

–Eu sinto saudades do meu pai, da minha casa, de tudo. –Suspirou novamente.

–E por que não volta pra Lima?

–Não tenho dinheiro. –Respondeu o Hummel.

–Eu posso pagar sua passagem. –Blaine disse colocando sua mão sobre a barriga do castanho e acariciando o local.

–Eu não quero te incomodar e mesmo que você insista, eu não vou aceitar. –Kurt disse bufando e o moreno assentiu. Um silencio estalou-se e então Blaine teve uma ideia.

–Você nunca tentou colocar jogar em um casino e ver se fica bilionário?

–Eu moro aqui Blaine, claro que já tentei fazer isso. –Respondeu o castanho levantando-se da cama e começando a vestir roupa do moreno. Olhou para a janela e viu que já estava amanhecendo. –Mas, eu não sou sortudo, por esses dois anos eu tentei, mas eu não conseguir e percebi que estava jogando dinheiro fora.

–E por que não tenta de novo? –O moreno perguntou observando o Hummel. –Se você conseguir vai poder sair daqui e ver o seu pai novamente. –Disse e Kurt suspirou.

(...)

Kurt e Blaine estavam com as mãos entrelaçadas e estavam na frente de um casino.

–Só você mesmo para me fazer isso. –Kurt disse retirando do seu bolso uma moeda e colocando em uma maquina. Entrelaçou sua mão com a do moreno e então viu que nos três pequenos quadrados mostrava um sete. Várias moedas vieram e então ambos entreolharam-se surpresos.

Kurt resolveu então ir apostar e quando jogou os dados, conseguiu bastante dinheiro.

–Isso realmente está acontecendo? –Kurt perguntou para si.

–Eu falei que um dia você poderia conseguir. –Blaine chegou segurando as notas e as dando para o castanho que começou a gritar no meio da rua. Algumas pessoas lhe observavam com olhares reprovadores, mas ele nem ao menos se importava, agora poderia voltar para casa e recomeçar sua vida.

–MEU DEUS BLAINE, COMO EU TE AMO. –Disse exaltando-se e beijando o moreno e enlaçou suas pernas na cintura do mesmo que lhe carregava e rodopiava com ele. Depois colocou Kurt no chão e então ambos iriam voltar para o hotel, porém agora Kurt voltaria para aquele hotel não para trabalhar e sim descansar ao lado do seu amado Blaine Anderson.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e desculpa pela demora! :)

Link das musicas que me inspiraram a fazer esta shot:

http://www.vagalume.com.br/the-killers/shot-at-the-night-traducao.html

http://letras.mus.br/katy-perry/1258669/traducao.html

http://www.vagalume.com.br/john-newman/love-me-again.html

http://www.vagalume.com.br/major-lazer/powerful-feat-ellie-goulding-and-tarrus-riley.html





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