Sempre irei te amar escrita por Luka Hatsune


Capítulo 3
Um festival part. I


Notas iniciais do capítulo

Olá meus nekos! Eu sei que demorei, mas eu tinha um trabalho de escola pra fazer e então já sabem.
Mas aqui está o capítulo, boa leitura e até lá embaixo!



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Mako lavava o rosto no banheiro do quarto, eram no Maximo 03h30min da manhã, ele havia tido um pesadelo. Ele simplesmente tentava esquecê-lo, mas não conseguia e a única coisa que ele conseguia pensar era nele. E para piorar, Korra estava nele.

“Que tipo de pesadelo foi esse?” Ele se perguntou em pensamento, e por um momento ele fechou os olhos.

Korra estava deitada no gelo, incrivelmente bela. Usando um longo vestido branco como a neve e os cabelos soltos, um pouco mais compridos com o seu ondulado natural. Mas da mesma maneira que ela estava bela ela estava pálida, parecia fraca, vulnerável e cansada.

E então, de repente começou a nevar, de modo fraco os pequenos cristais de gelo pareciam dançar junto ao fraco vento. E foi quando ele percebeu que flutuando acima dela, junto ao vento estava Raava. E o vento e a neve se tornavam cada vez mais fortes.

Korra levantou um dos braços e tentou tocar e Raava, mas assim que sua mão a tocou ela simplesmente desapareceu, e o braço de Korra voltou a repousar no gelo. E ele pode ver uma lágrima solitária rolar pelo rosto dela.

A neve não dançava mais com o vento, e o vento não estava mais fraco, ambos estavam agressivos formando uma tempestade, e então o gelo se partiu em mil pedaços e Korra caiu dentro de um abismo sem fim.

Ao lembrar-se disso uma sensação ruim tomou conta de Mako, só por Korra estar naquele pesadelo já não era uma coisa boa, mas vê-la daquele jeito, de maneira tão fraca chegava a ser assustador. Ele entrou no chuveiro e tomou um banho quente, trocou de roupa e voltou pra cama, mas não conseguiu dormir.

Ele olhou para Bolin e viu que o irmão nem se mexera, também pudera, às vezes ele parecia um urso comia muito pra depois capotar na cama e dormisse como se estivesse hibernando, e também Pabu que dormia e roncava em cima da coberta com a barriga cheia para cima.

E sem conseguir dormir Mako ficou apenas deitado na cama com os olhos fechados tentando pensar em qualquer coisa que não fosse seu pesadelo.

...

As horas custaram a passar, a luz do dia custou a aparecer, a noite realmente passa mais rápido quando dormimos infelizmente para Mako dormir não foi possível. E o maior alivio que ele sentiu foi quando se levantou da cama, abriu a cortina e a luz do dia invadiu o quarto.

—Mako... —Ele pode ouvir Bolin dizer com voz sonolenta. —Fecha a cortina.

—Não acha que já não dormiu demais? —Mako o perguntou e olhou para o relógio na parede. —Já são mais de 08h30min.

—Eu ainda estou com sono! Fecha logo essa cortina!

—Não vou fechar nada.

Mako se aproximou sorrateira mente da cama de Bolin e de uma vez só ele puxou a coberta derrubando Pabu no chão e fazendo com que o susto fizesse Bolin cair no chão.

—Mako! —Bolin protestou. —Será que você pode me deixar dormir?

—Não. —Mako simplesmente respondeu. —Você me tirou do trabalho no meio do meu turno, acha que eu vou te deixar tranqüilo?

—Escuta aqui Mako pra sua informação eu...

Bolin foi interrompido por batidas suaves na porta e então eles ouviram uma voz que fez Bolin perceber seu estado “maravilhoso” com seu pijama de furão de fogo completamente amarrotado e talvez até mesmo com um pouco de baba.

—Mako? Eu posso entrar? —Asami perguntou com a voz abafada pela porta.

Essa pergunta foi o suficiente para fazer Bolin pegar Pabu e uma toalha e correr para o banheiro em uma velocidade digna de um airbender. E isso fez Mako segurar a risada, ele percebia que o irmão sempre ficava nervoso perto de Asami e então ele respondeu:

—Pode entrar Asami.

Ela abriu a porta, entrou e sorriu de um jeito até mesmo zombeteiro.

—Não sabia que acordava tão cedo, e o cabelo está penteado que bom.

—Tudo bem, eu não estava na minha melhor forma quando nos conhecemos, pode parar de jogar isso na minha cara, por favor? —Mako perguntou e olhou para Asami. —E por falar em rosto... Isso na sua cara é... Baba de cachorro?

Ao ouvir isso Asami levou a mão a uma das bochechas e sentiu a baba úmida nos dedos, com uma pouco de nojo ela limpou o rosto e sacudiu a mão tentando se livrar dela.

—Baba de cadela – ursa - polar para ser mais exata. —Ela disse. —A Korra está com a Naga lá fora nos esperando, ela disse que quer nos levar a um lugar.

De repente a porta do banheiro se abriu e Pabu saiu correndo pelo quarto completamente molhado até passar pela porta e sair pelo corredor até não ser possível mais vê-lo. E Bolin colocou a cabeça pra fora do banheiro e disse:

—Pabu! Volta aqui seu... —Ele parou ao ver Asami e suas bochechas ficaram levemente vermelhas e ele fechou a porta com força. —Pode deixar Asami a gente vai lá daqui a pouco.

Asami e Mako se entreolharam e soltaram uma pequena risada, e depois Asami disse:

—Então nós nos vemos lá embaixo. —Dito isso ela saiu.

...

Pouco tempo depois Mako e Bolin desceram e foram recepcionados por uma Naga com um Pabu na cabeça extremamente alegre e ansiosa por carinho, ela pulou em cima deles e os lambeu como se não tivesse amanhã.

—Tudo bem Naga! —Mako quase gritou. —Já entendemos!

—É bom te ver também, agora chega! —Bolin protestou. —Korra ajuda aqui!

Korra nem havia ligado muito pra eles, ela apenas ria junto com Asami, mas ao ver que eles estavam ficando ainda mais babados ela decidiu intervir.

—Tudo bem Naga. —Korra a afastou dos dois entre alguns risos. —Já chega.

—Demorou! —Bolin disse limpando a baba do rosto.

—Desculpe, estava muito engraçado. —Ela respondeu.

—Pena que acabou. —Asami disse.

—Até você Asami?

—Não podia evitar realmente a cena estava hilária.

Mako nada disse, não ligou para o que Asami e Bolin estavam discutindo, ele estava concentrado demais em Korra, e em como os cabelos dela estavam soltos o fazendo lembrar-se de seu pesadelo. Tentando disfarçar ele se levantou e limpou o rosto, mas era inútil seus olhos estavam vidrados nela e Korra percebeu isso.

—Algum problema Mako? —Ela o perguntou.

—Não nada. —Ele respondeu. —Só não estou acostumado a te ver de cabelo solto.

—Sabia que você é a segunda pessoa do dia a me dizer isso? Eu fico tão esquisita assim?

—Não você não fica esquisita. —Ele respondeu. —Você fica linda assim.

—Realmente você fica linda. —Bolin disse e se aproximou. —Agora mudando de assunto, onde você disse que ia nos levar?

—É mesmo, onde é? —Asami perguntou.

—Venham eu vou mostrar.

Os quatro subiram em Naga e ela os guiou por um caminho diferente, passaram por uma rua que tinha uma enorme casa sendo terminada. Apenas faltando uma mão de tinta.

—Que casa era aquela? —Bolin perguntou.

—O palácio presidencial. —Korra respondeu. —Vou me mudar pra lá daqui alguns dias.

—É bem grande. —Asami falou.

—A casa do presidente Raiko também não pode ser chamada de modesta.

—Isso é verdade.

Eles continuaram o caminho, às vezes conversando, às vezes em silencio. No caso de Mako o silencio foi total e talvez ninguém percebe-se, todos conheciam seu jeito mais reservado e então podia ficar quieto, apenas pensando. E finalmente eles chegaram ao seu destino eles desceram e deram de cara com uma área perto do mar completamente congelado, haviam algumas crianças patinando no gelo e varias lanternas de todas as cores estavam sendo penduradas e o clima que reinava era de felicidade.

—O que vai acontecer aqui? —Mako perguntou depois de um longo tempo.

—Achei que tinha ficado mudo Mako. —Korra disse. —Mas respondendo a sua pergunta logo terá o Festival de Gelo e eu tecnicamente fui obrigada a participar nele.

—Como? —Asami perguntou.

—Assim. —Korra respondeu apontando para as crianças patinando. —Com todo aquele papo de “você pode ser o Avatar, mas também faz parte da tribo e então tem que participar de alguma coisa.” Eu fui obrigada a participar, então eu escolhi participar patinando no gelo, adoro fazer isso.

E então um homem veio até Korra a entregou a ela um par de patins e disse:

—Hora de treinar um pouco.

—Tudo bem, tem mais alguns patins? —Ela o perguntou.

—Eu vou ver.

Dito isso o homem saiu e Bolin olhou intrigado para Korra.

—Pra que mais patins?

—Se eu trouxe vocês até aqui é porque eu não vou patinar sozinha né?

—Mas eu não sei patinar! —Bolin falou. —E que eu saiba o Mako também não.

—Não é tão difícil assim, e também eu posso te ensinar Bolin. —Asami disse com um leve sorriso.

Antes que Bolin pudesse dar qualquer resposta o mesmo homem voltou com três pares de patins e entregou a eles. Asami e Korra os colocaram e foram até o gelo. Patinaram com perfeição e delicadeza. Bolin e Mako ficaram observando as duas por um breve momento, os dois com um leve sorriso no rosto. Olhavam atentamente as duas, os movimentos leves e graciosos e o sorriso que ambas esboçavam de leve no rosto.

E então Asami se aproximou de Bolin lentamente e disse:

—Vem Bolin, eu vou te ensinar.

—Tem certeza? —Ele a perguntou meio inseguro. —Sabe eu não muito bom em coisas que envolvem tanta delicadeza assim.

—Relaxa é fácil, agora vem.

E então Bolin acabou colocando os patins e assim que colocou o pé no gelo ele acabou caindo de um jeito totalmente atrapalhado, e diante disso Mako não conseguiu segurar o riso.

—Isso ria da minha desgraça! —Bolin disse.

—Relaxa Bolin é assim mesmo. —Asami falou e o ajudou a levantar. —Agora vem.

Ela segurou as mãos dele e isso fez com que eles ficassem um pouco mais perto. Se ela não estivesse tão concentrada em ensiná-lo teria visto o quanto as bochechas dele ficaram vermelhas àquela hora, ela patinou lentamente e ele foi a acompanhando ainda que meio desajeitado.

—Viu é fácil, um pé depois do outro. Como se estivesse escorregando por um chão molhado. Entendeu?

—É... Acho que entendi. —Ele disse.

Mako ficou olhando para o irmão e somente parou de olhar quando viu que Korra parou bem a frente dele e ficou o encarando com uma cara de poucos amigos.

—O que foi? —Mako a perguntou.

—Vai ficar ai parado? —Ela perguntou de volta.

—Eu não estou com vontade de patinar.

—Eu não perguntei se você quer ou não. Só estou pedindo que se divirta um pouco.

—Vai querer me obrigar?

—Eu posso tentar. Ou talvez você só esteja com medo.

—Como é? —Mako falou como fora profundamente ofendido.

—Exatamente Mako, admita você está com medo de cair de cara no chão. —Korra falou com um sorriso de deboche.

—É claro que eu não estou com medo!

—Então prove City Boy.

Mako sabia onde ela queria chegar, e no fundo ele também sabia que ela acabaria o fazendo ir parar no gelo querendo ele ou não. E então para evitar uma possível briga ele acabou concordando, colocou o par de patins e então foi até lá.

No primeiro momento em que pôs o pé no gelo ele perdeu o equilíbrio, só não caiu porque Korra foi rápida o suficiente para segurá-lo enquanto ria um pouco.

—Muito bem senhor capitão da equipe, é minha vez de te ensinar algumas técnicas. —Ela disse e olhou para o lado. —Mas antes você devia ter vergonha, olhe só pro Bolin.

Mako olhou para onde ela olhava e viu Bolin patinando com Asami, e ele era obrigado a admitir, para um iniciante ele estava indo realmente bem.

—Agora preste atenção. —Korra pegou as mãos dele e falou. —Vou te ensinar do mesmo jeito que eu aprendi. Preste atenção, não olhe para baixo nem para o lado nem coisa alguma. Apenas foque nos meus olhos e se deixe deslizar.

—Nossa que conselho útil. —Ele disse.

—Qual parte de “foque apenas nos meus olhos” você não entendeu? Quer aprender a patinar ou não?

—Eu tenho outra escolha?

—Cala a boca e faz o que eu to mandando.

Ele resolveu se calar e fazer o que ela disse, olhou apenas nos olhos dela e acompanhou os movimentos dela. Ele havia relutado um pouco, mas assim que olhou naquelas belas orbes azuis não conseguia realmente parar de olhar para elas, desviava o olhar poucas vezes para ver por onde estavam indo, mas o foco principal dele realmente eram os olhos dela.

E eles passaram a manhã assim, patinando, se divertindo. Passando um pequeno momento a dois que no fundo não queria dizer nada.

Mas realmente não queria dizer nada?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bye!



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