Mission Impossible: Licence To Kill 007 escrita por Hateroldo Dexter


Capítulo 3
Conspiração




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Langley, Virgínia. 05-08, 12 horas.

Na vasta sala de reuniões de Langley, base secreta da CIA, reuniram-se os maiores burocratas e analistas do serviço de inteligência Americanos, para saber que medidas tomar após os ocorridos. Estavam todos assustados e eufóricos, afinal, atacaram a base dos maiores Agentes do mundo, em Londres. Em uma enorme mesa redonda, sentaram-se as personalidades mais importantes ali no governo, entre eles estavam a secretária de defesa Pamela Landy, o Coronel Eric Byer, o ministro de inteligência Theodore Brassel e o Agente Especial Alan Hunley, todos discutindo o que fazer e dando seus valiosos pontos de vista. E aos cantos da sala, ficavam os analistas anotando o que saia da conversa em documentos que logo se tornariam totalmente sigilosos, e em um desses cantos, estava um homem branco, esguio, com o cabelo “lambido” para trás, usando um blazer esportivo cinza, uma roupa social porém não era um terno, teclava em seu notebook todas as informações que tirava da conferência, se tratava do Analista Jack Ryan, observando atento não só o assunto mas também os trejeitos de cada um.

─ Vamos colocar nossa cabeça no lugar, o que devemos fazer agora é ajudar o MI6, alguém já fez contato com o M? ─ Disse Pamela Landy, que soava cada vez mais, abrindo alguns botões da camisa, a situação a estava deixando tensa. Ryan observou a forma com que ela lia os papeis e que estava deixando-se abater pela situação, era alguém que estava pensando corretamente.

─ Não Landy, cala a boca. Olha aqui, o M sumiu, vocês ouviram? Ele deixou o MI6 e milhares de Agentes lá, com isso todos os Agentes sumiram, transformando a base do MI6 em uma base para os terroristas que a atacaram. ─ Disse Byer, com sua enorme ignorância, ele se levantara da cadeira para falar, porém quando volta a se sentar, ele pega sua caneta prateada e começa a apertar a parte de trás inúmeras vezes, também aflito, porém tinha um sentimento completamente diferente de Landy referente a situação. Ryan observava até isso, podendo ler melhor as pessoas. Enquanto teclava, Jack Ryan olhou para Theodore e Hunley, todos os outros ali discutiam, menos aqueles dois, na verdade Hunley parecia estar fazendo o mesmo que Jack, lendo cada um dos sentados naquela mesa. Em pouco tempo a sala entrou em silêncio, e os analistas que anotavam não entenderam o porquê, exceto Ryan. Ele sabia o que aconteceria dali em diante, todos calaram-se para ouvir a voz de quem tinha a melhor qualificação para tomar decisões, o Ministro de Inteligência.

─ O que você acha? ─ Disse Hunley para Theodore Brassel, Brassel estava lendo os relatórios atentamente já a uma hora, e assim que lhe deram silêncio para pensar, ele já soube o que aconteceria.

─ Eu sei onde M deve estar...

─ Então vamos atrás dele! ─ Disse Byer, já com raiva e julgando M como um criminoso.

Enquanto isso, em uma sala ao lado, não tão distante da de reuniões. Estava Hunt, de volta de sua missão que falhou devido as ações de Matthew Weston. Hunt estava andando de um lado para o outro, bem lentamente, na sala de arquivos. Nada mais era que uma sala com missões completas e em grande parte ali, eram missões dele. Ele estava pensando em o que Matthew tinha descoberto e onde aquilo o levaria, assim ele poderia compreender seu antigo colega ou achá-lo.

─ E então, já descobriu alguma coisa? ─ Disse uma voz no fundo da sala, um homem já de idade se escondia nas sombras, usando roupas escuras e olhava Hunt com um sorriso simpático. Hunt virou-se de vagar até vê-lo, e esboçou um semblante exaustivo, ele já estava cansado desse esconde-esconde. Eis então que entra na sala o Agente Willian Brant, procurando algo e para sua busca assim que vê o senhor que conversava com Ethan.

─ Comandante Swanbeck, Senhor. Sua presença foi convocada na reunião. ─ Disse Brant, olhando para o homem.

─ Acalme-se Brant, aqueles bunda-moles conseguem tomar algumas decisões sem mim...

─ Swanbeck, o que sabe sobre a missão alternativa de Weston? ─ Disse Hunt, olhando diretamente para o velho, Brant vendo do que se tratava a conversa, logo fechou a porta da sala, que era a prova de som, ficando apenas os 3 ali.

─ Weston fez o que devia ser feito, arriscou a vida para salva-lo e agora está tentando salvar o mundo. ─ Swanbeck para de falar após essa frase meio enigmática, Ethan não fazia ideia do que ele queria dizer, e logo perguntas óbvias foram feitas, porém nada o velho respondeu. A maior arma de um espião é saber guardar segredo, e aquela informação para o Comandante era muito confidencial.

Enquanto isso, do lado de fora da grande base secreta, ocorria um estranho movimento. Uma enorme tropa de Agentes camuflados com o brasão da Inglaterra no braço, começaram a invadir a Instalação. Eles tinham os melhores gadjets para penetrar na defesa sem serem percebidos, e armas com um alcance incrível, podendo derrubar qualquer guarda. Foram rápidos e silenciosos eliminando qualquer obstáculo que os impedisse de entrar. O plano deles era chegar na sala onde ocorria a reunião e descobrir porque eles atacaram a MI6, afinal, era isso que os Agentes Britânicos acham que ocorreu, então agora seria a hora do contra-ataque.

De volta na sala de Reuniões, estavam todos ainda discutindo o que fazer e Brassel já começara a dar as ordens. Porém logo entram de todos os lados, explodindo o teto, correndo pelos corredores, saindo de buracos feitos no chão, os Agentes britânicos. E não importava o que os Americanos ali tentavam fazer, a segurança já tinha sido dominada. Nenhum Agente ali naquela sala era muito bom em combate, no máximo quem conseguia pensar rápido e logicamente era o analista Jack Ryan parado em um canto, mas a decisão mais lógica naquele momento era mesmo, erguer as mãos e responder as perguntas. Na sala dos arquivos onde estava Hunt, Brant e Swanbeck, não deu para ouvir o ataque, mas logo passou-se correndo dezenas de Agentes armados que não usavam o uniforme da CIA, e Ethan logo entrou em guarda, pronto para um ataque. Puxou uma Beretta e disparou, a bala atravessou a porta de vidro da sala onde estavam e acertou a cabeça de um dos invasores, fazendo o mesmo cair, logo Brant virou para trás e viu o mesmo, repetindo o movimento de pegar a arma e disparar. Eles dispararam contra os soldados, porém os tais estavam muito melhor protegidos e armados, assim que dois apontaram suas armas para a sala e atiraram, os tiros atravessaram o Comandante Swanbeck, pegou no braço e na perna do Brant e Ethan se escondeu em baixo de uma mesa para não ser pego. Esperou as armas dos dois agentes descarregar para então sair dali e atirar novamente, foram dois tiros certeiros bem nos olhos dos mesmos.

─ Comandante...─ Ethan se aproximou de Swanbeck que já estava à beira da morte.

─ Eu acredito que Weston conseguirá cumprir a missão...se não conseguir, Target 24.

─ Target 24? Espera Coronel, não morra...─ Disse Ethan pressionando os ferimentos de seu antigo tutor, Swanbeck foi o agente que treinou Ethan, e agora ele tinha que ver o mesmo partir dessa forma tão brusca. Os olhos de Ethan já estavam vermelhos e lacrimejando quando o Comandante deu suas últimas palavras.

─ É tudo uma farsa, tudo uma farsa Ethan...

O Agente Brant, ferido no chão, deu a arma dele para Hunt e o mandou fugir. Ethan não fugiria sem antes ter algumas respostas, afinal eram diversas perguntas. Ele pegou a arma da mão de Brant e saiu daquela sala, indo na direção contrária onde estavam os britânicos. Correndo até a sala de treinamento dos agentes, onde ele sabia que Benji, um de seus parceiros, estaria ali treinando os tiros. Quando Ethan chegou lá, haviam 3 guardas mantendo os Agentes que estavam treinando, todos de joelhos, para não morrerem, um deles era um homem de mais ou menos 34, baixo, loiro e barbudo, tinha uma cara de nerd pois ele era um agente de auxilio, ajuda nas missões de campo através de um computador, esse era Benji. Ethan chegou na sala e parou bem em frente a porta, havia uma janela onde ele pode ver aquela cena, de seus colegas de trabalho, todos de joelhos. Sem perder tempo, ele deu um chute forte na fechadura, arrombando aquela porta e já entrou atirando em dois deles, dava tempo apenas para 4 disparos e não era tão fácil assim matar aqueles Agentes que estavam tão bem protegidos. Ele acertou o tiro no pescoço de um e o segundo tiro atravessou os óculos de proteção do outro. Restando o terceiro que estava armado com uma metralhadora, e retribuiu dando uma salva de tiros, Ethan obviamente não podia ficar parado então correu para longe da mira do ‘Assassino’, e foi o momento perfeito para Benj ali ajoelhado, pegar sua arma que estava no chão e atirar no invasor, bem de perto. Após mata-lo, o baixinho correu em direção ao Hunt, enquanto os outros Agentes que estavam de “reféns” levantaram-se dispostos a lutar. Ethan olhou para seu amigo vindo em sua direção e logo eles saíram daquela sala, ambos armados apenas com uma pistola.

─ O que é isso aqui? Estão dando alguma festa? ─ Disse Benji para Hunt, checando se sua arma estava bem carregada, havia meio pente cheio.

─ Não é treinamento Benji, fomos realmente atacados. Brant e Swanbeck foram atacados, preciso da sua ajuda!

Enquanto isso na sala onde havia ocorrido a conferência, os reféns foram interrogados um por um. Porém nenhum deles disse algo, os Agentes optaram por levar os reféns para um local mais hostil, para ver se retiravam algo deles. Porém assim que alguém saísse de Langley, estaria decretado uma guerra entre o governo Britânico e o Americano. Mas agora o conflito já tinha sido feito, então o Agente 008 que comandava aquela invasão, mandou os levarem os Americanos, porém escolheu com muita precisão.

─ Pamela Landy, quero saber qual o seu envolvimento nisso, não adianta esconder de nós. Brassel, vai nos dizer onde está o M, já que você acha sabe. E...Você ─ O Agente apontou para Jack Ryan que estava no canto dele, automaticamente dois agentes miraram as armas em sua direção enquanto 008 falava. ─ Eu sei quem você é, virá conosco também. ─ Ryan nem mesmo tentou recuar, ele sabia que não tinha chance alguma com qualquer Agente de campo, afinal ele era apenas o melhor analista da CIA. Os outros foram deixados ali na sala, e os Invasores levaram apenas esses 3. Logo eles saíram do prédio, colocando os 3 em um helicóptero e decolando para longe, enquanto isso, os outros Agentes embora em várias vans. Benji e Ethan chegaram na sala dos Arquivos, muito maior que aquela sala em que Ethan estava anteriormente e viu seu antigo tutor ser assassinado, aqui os arquivos se tratavam de missões nunca dadas, ou que falharam, fichas de Agentes e até mesmo alvos. Estava cheio de analistas, todos olharam para Benji e Hunt com estranheza, os dois estavam eufóricos e armados, aquela sala era tão afastada de onde ocorreu a invasão, que todos estavam com medo de qualquer um que adentrasse o local. Ethan mais eufórico ainda, começou a procurar algo, olhando em várias sessões, enquanto todos o olhavam, logo ele olhou pela janela e viu o tal helicóptero decolando, seu semblante foi tomado por uma mistura de medo e ódio. Virou-se e apontou a arma para os analistas, gritando como se estivesse com muita pressa.

─ Quem é que cuida dos arquivos Target?

Sem mesmo que o Agente Impossível pudesse notar, o cano de uma arma para bem em sua cabeça. Benji ainda parado perto da porta, apontou a arma para a mulher que estaria ali ameaçando Hunt com a arma. Sim, era uma mulher, morena, na altura de Hunt e parecia mais uma Agente de campo do que de analista. Ela disse em um tom de voz meio provocativo, para Ethan.

─ Olá Hunt, a quanto tempo...está me procurando? ─ Ethan reconheceu a voz de longe, era uma antiga parceira que ele teve à um tempo atrás.

─ Isla? Você é a encarregada?

─ Se quiser acabar com essa possível guerra civil antes mesmo que aconteça, vamos sair logo daqui, e então você me diz o que sabe. ─ Após tais palavras ditas, Hunt recolheu sua arma e virou-se para sua conhecida, que sorriu de uma forma estranhamente amigável, enquanto ele mesmo a olhou desconfiado. Ethan, Isla e Benji saíram juntos pelos fundos de Langley, levaram com sido algumas bolsas com qualquer coisa que precisassem, de gadjets à passaportes. O plano era desaparecer e impedir a tal guerra civil antes que acontecesse. Enquanto corriam e Ethan dizia o que iriam fazer, usando as palavras “Guerra Civil” para denominar a gravidade da situação, Benji logo com estranheza disse.

─ Pera aí, Guerra Civil? Não não não...quando me renderam eu vi os soldados falando em Russo, Ethan eram Russos com uniformes de combate do MI6.

─ Mas eu vi outros soldados com o sotaque britânico, e as câmeras registraram um Agente 00 comandando a missão. ─ Disse Ethan, começando a entender o que estava acontecendo, porém ainda um pouco confuso.

─ Ah não ser que os Russos estiverem infiltrados ali entre os Britânicos e nem mesmo eles sabem, estaria virando o Reino Unido contra nós? ─ Indagou Isla, enquanto os 3 subiam em uma outra van e logo saíam do território de Virgínia. Muitas perguntas e quase nenhuma resposta, era um enorme quebra cabeça que precisa ser montado e Hunt sabia que se ele não montasse logo esse quebra cabeça, os governantes de várias repúblicas começariam a se matar.

E em Londres, na rua Baker Street, casa 223C, lá estava o Agente Q, com sua mãe idosa. Eles não estavam completamente sozinhos, a mãe de Q o levou até um quarto no andar de cima, assim que abriram a porta, viram um enorme escritório desarrumado. Uma poltrona bem no centro, com alguém sentado ali, em uma posição intelectual, tomando um delicioso chá.

─ Joseph, veja quem está aqui...─ Disse a Mãe de Q, ao homem sentado na Poltrona, o mesmo era alto, esbelto, entre 35/40 anos, cabelos escuros e ondulados assim como os de Q, usava uma roupa social escura, quase um terno completo com exceção da grava, ele nunca usava gravatas. Logo o homem se levantou da poltrona, elegantemente, deixando sua xícara de chá em uma mesinha ao lado da Poltrona e finalmente encarando Q frente a frente, Q manteve seu semblante receoso, olhando aquele homem, enquanto o outro abria um sorriso largo, as próximas palavras saíram tão sádicas da boca de Joseph que mal poderia dizer que eram sinceras.

─ Desmond, como é bom te ver...irmão!


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