P.O.V. Rony

Eu sabia como destruir a horcrux, precisávamos das presas do basilisco, eu me lembro como elas destruíram o diário de Riddle, e o melhor é que eu sei como entrar na câmara secreta, e também sei o que tenho que falar para abri-la.

Mas a parte nada animadora é que o Harry sumiu com a Luna para ver como é o diadema de Rowena Ravenclaw, e a Hermione saiu para ajudar o George a proteger as passagens. Agora, eu não sei onde esses dois estão, e com toda certeza não vou sozinho pegar essas presas.

Sabendo que não tinha outra opção olhei em volta procurando alguém de confiança que pudesse me acompanhar, então eu vi ela, ela estava conversando com a Tonks de costas para mim, rapidamente corri na direção dela pegando o seu braço.

–Lucy, eu preciso da sua ajuda.- Falei, e antes que ela pudesse me responder sai correndo puxando-a pelo braço.

Consegui levar ela até a frente da escada que leva até o segundo andar, mas então ela parou bruscamente me impedindo subir.

–O que você acha que esta fazendo?- Ela gritou e puxou sua mão com força me desequilibrando.

–Eu preciso da sua ajuda.- Repeti, e já tinha subido cinco degraus da escada quando percebi que não tinha ninguém me acompanhando, me virei e encontrei ela parada exatamente no mesmo lugar com os braços cruzados e uma expressão irritada no rosto.

–Se não for pedir muito, da pra você explicar porque precisa da minha ajuda?- Ela perguntou ironicamente.

–Agora não da tempo de explicar tudo, mas é muito importante para derrotar Você-Sabe-Quem. Por favor vem comigo Lucy.- Depois de me ouvir falar, percebi que seu rosto suavizou um pouco, mas ela ainda não parecia disposta a me acompanhar.- Eu não vou te obrigar a vir comigo, mas eu sei que você quer tanto quanto eu que essa guerra acabe, e eu juro por toda a minha magia que isso é importante.

–Tudo bem Weasley, eu vou.- Ela respondeu e deu um passo em minha direção, mas parou novamente.- É melhor que isso seja realmente importante, e não que você só esteja com medinho de ficar sozinho.

Nem me dei ao trabalho de responder, afinal tudo que não temos é tempo. Continuamos em silêncio até chegar ao banheiro da Murta, entrei correndo nele indo em direção as pias.

–Por que estamos em um banheiro? Não dava pra esperar um pouco não tem uma guerra acontecendo a nossa volta e você quer parar pra ir ao banhei...- Lucy parou de falar quando viu a pia se abrindo formando uma passagem.

–É melhor irmos logo, como você mesma disse, tem uma guerra acontecendo a nossa volta.- Eu disse e puxei ela para a entrada junto comigo.

Ela ainda parecia surpresa pelo que tinha acontecido lá em cima quando vimos o esqueleto de uma cobra gigante na nossa frente. Senti a Lucy aumentar a pressão em volta da minha mão.

Eu estava completamente assustado, mas sabia que precisava pegar as presas, soltei a mão da Lucy da minha e me aproximei da carcaça que estava na nossa frente.

Pegar a presa foi fácil, mas a pior parte ainda estava por vir. Voltei para perto da Lucy e coloquei as presas no chão, também coloquei a taça de Helga Hufflepuff junto.

Eu sabia que precisava destruir aquela horcrux, mas toda vez que eu tentava, me vinha a cabeça memórias de quando eu destruí o medalhão.

–Deixa que eu faço.- Ouvi a Lucy falando e pegando a presa da minha mão.

Antes que eu conseguisse entender o que estava acontecendo ela já tinha apunhalado a taça. Um grito estridente saiu dela, assim como quando destruí a outra horcrux.

Rapidamente a Lucy se levantou e ficou ao meu lado, a tempo de ver toda a água que tinha na câmara levitar e depois cair com força sobre nós.

Eu realmente acreditava que iria morrer, e sem nem pensar direito eu beijei-a, seus lábios eram macios, e pareciam se moldar perfeitamente aos meus, não importava mais que estávamos completamente encharcados, ou que poderíamos morrer a qualquer momento, tudo perdeu completamente a importância.

Senti ela prendendo seus braços ao redor do meu pescoço e corresponder meu beijo vorazmente.

Quando nos separamos, ambos estávamos sem fôlego e corados. Eu coloquei minha testa apoiada na dela, eu não queria sair daqui, era como se tudo para fora tivesse sumido, mas então um estrondo veio do andar de cima nos trazendo de volta a realidade.

–Precisamos voltar.- Lucy disse com a voz ainda ofegante. Concordei com a cabeça sabendo que não conseguiria falar.

Peguei duas presas e seguimos novamente até o banheiro da murta. Assim que abrimos a porta para o corredor encontramos o caos que estava o castelo.

Estávamos voltando pro salão comunal, mas antes que pudéssemos chegar na escada demos de cara com o Harry.

–Eu sei onde o diadema está.- Ele falou assim que nos alcançou.

–Tudo bem, vamos atrás da Mione e depois vamos atrás da horcrux, eu sei como destruir elas.- Terminei apontando para as presas que estavam no meu colo.

–Boa sorte.- Lucy disse e rapidamente continuou o caminho para o salão principal.

Usamos o mapa dos marotos para encontrar a Hermione, e então o Harry nos contou sobre o diadema, ele contou que está escondido na sala precisa, onde ele tinha guardado o livro do príncipe mestiço.

Tínhamos acabado de entrar e começar a procurar quando a porta foi escancarada aberta e o Draco, Crabbe e Goyle entraram na sala.

–Você tem algo que me pertence Potter, e eu quero de volta.- Draco falou e antes que pudéssemos responder eles começaram a nos atacar.

Por um tempo foi fácil nos defendermos, mas então um dos idiotas conjurou o fogo maldito e não conseguia mais controlar.

–Aqui, encontrei algumas vassouras.- A Hermione gritou um pouco para trás.

Corremos para pegar a vassoura, e já estávamos quase na porta quando ouvimos o grito dos três soncerinos pedindo ajuda.

–Não podemos deixar eles queimando vivos lá.- Harry falou e já começou a voltar para ajuda-los.

–Eu juro que se nós morrermos eu te mato Harry Potter.- Eu disse irritado com a decisão dos dois.

Mesmo nos esforçando para ajuda-los, o Goyle caiu da vassoura, mas conseguimos salvar o Draco e o Crabbe.

–Eu deixei cair o diadema.- Hermione disse fracamente.- Eu fui tentar segurar o Goyle e caiu da minha mão.

–Tá tudo bem, o fogo maldito também pode destruir uma horcrux .- Harry falou enquanto fechava a porta.

De repente ele caiu de joelhos e começou a pressionar sua cicatriz, e depois de tanto tempo com o Harry, já sabíamos o que isso significava, ele estava tendo uma visão.

Rapidamente eu e a Mione corremos para o lado dele, e depois de um tempo finalmente ele acordou de seu estupor .

–Ele está na casa dos gritos.

É, parece que vamos ter que enfrentar o nosso maior inimigo.