Killer escrita por Paixão Anormal


Capítulo 17
Toda Felicidade Dura Pouco


Notas iniciais do capítulo

Oie, povo!
Vocês vão querer me matar por causa desse capítulo? Mas é claro.
Poxa, eu tô triste gente. Têm pessoas que pararam de comentaaaaar!
Comentem, pelo amor de Deus gente! Eu não escrevo isso aqui a toa.
E a quem comenta: amo vocês ta bom ♥ Não me matem no final do capítuloooo



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Envolvi com os braços sua cintura fina e colei nossos corpos. Suas mãos alternavam entre fazer uma espécie de cafuné na minha cabeça e puxar levemente meus cabelos. Seu braço direito envolveu minha nuca e sua mão esquerda agarrou a parte de trás da minha blusa. Ela mordeu meu lábio inferior e abrimos os olhos ao mesmo tempo. Ficamos nos olhando com as testas coladas até ela falar:

—Eu nunca deixaria você cortar o cabelo. –Dark me beijou novamente, com o dobro de intensidade dessa vez

—x-

Dark (ON)

Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo, só é extremamente difícil separar minha boca da dele.

Castiel começou a me empurrar em direção a parede e logo em seguida senti minhas costas batendo levemente na superfície dura e gelada da mesma. Seus beijos desceram para o meu pescoço e suspirei e agarrei seus fios carmim enquanto ele me dava um chupão.

—Gosta disso...? –009 sussurrou em meu ouvido extremamente sexy

Em resposta enfiei minha mão embaixo de sua blusa e arranhei suas costas quando os beijos desceram para minha clavícula. Há muito tempo alguém não me beijava nessa intensidade.

O ruivo agarrou minha bunda e me puxou para cima, ainda prensada na parede e eu envolvi minhas pernas na sua cintura. Nessa posição eu podia sentir um volume sendo formado embaixo da sua calça de moletom e eu admito que isso me excitou.

Tirei sua camisa e ele enfiou a mão embaixo da minha blusa, apertando um dos meus seios por cima do sutiã.

Castiel estava a me levar até o sofá quando a campainha tocou. Ele murmurou um “merda” antes de me colocar no chão.

—Quem será há essa hora? –perguntei receosa de ser a polícia

—Não sei... –o ruivo murmurou emburrado

Me sentei no sofá e fiquei olhando ele se dirigir até a porta quase batendo os pés de frustação.

009 abriu a porta e vi sua boca formar um perfeito “o” antes dele bate-la com uma intesidade fora do normal. 10 segundos depois sua feição era de pura raiva.

—Castiel, quem é...? –perguntei receosa

—Ninguém. –o ruivo respondeu seco

—Você pode sair daí pra eu ver quem é, fazendo o favor?

—Não. –ele falou inexpressivo

—Não? Então eu vou realmente ter que usar a porta dos fundos?

Antes que ele se tocasse que eu tinha como ver quem era, saí correndo em direção aos fundos da casa.

—Dark, volta aqui!

Não respondi e continuei correndo. Abri a porta e mantive a velocidade enquanto desviava das pedras no jardim.

—Dark, para!

—Não! –gritei ofegante

Cheguei na frente da casa e me deparei com uma garota de cabelos castanhos, olhos azuis, uma tatuagem que eu entendi serem borboletas que começavam no ombro, passavam pela clavícula e terminavam em um dos seios (particularmente eu achei feia), uma maquiagem bem pesada e uma roupa extremamente curta e colorida. Parei e a encarei:

—Pois não?

—Ah, oi querida, você pode pedir pro Castiel sair de casa? Você é o quê? Priminha dele? –a garota falou melosa e debochada. Segunda pessoa que acha que nós somos primos. Já não gostei dela.

—Castiel... Bom, eu acho que você deveria se apresentar primeiro, já que você quer entrar na minha casa. –dei ênfase no “minha”

A menina veio andando na minha direção como uma modelo desfila em uma passarela, com seus saltos batendo no asfalto da calçada. Agora eu percebi que ela já seria bem mais alta do que eu sem salto, com esses sapatos então... Ela pegou a ponta de uma mecha minha de cabelo e enrolou no dedo. Senti nojo disso, não gostei dela, na verdade, detestei. Puxei os fios a mão dela e a olhei de cara feia. A garota murmurou algo como “idiota” e mordeu a unha grande e vermelha do dedo mindinho.

—Sou Debrah, namorada do Castiel. –ela falou olhando para o poste de luz atrás de mim

Dei um passo para trás e encarei a calçada atrás dela. N-Namorada... Como assim? Não, não é possível. O Castiel não ficaria com uma garota dessas, acho que nem seria capaz de trair alguém. Ou seria? Estamos falando do Castiel, não é mesmo? Eu me sinto tão suja, tão usada que eu só... quero desaparecer.

—Sai daqui, ele ta... ocupado. –falei inventando uma desculpa

—Ocupado? Mas ele abriu a porta! –ela falou manhosa

—Já falei, ele ta ocupado. Volta mais tarde ta bom!? Talvez num horário normal de se visitar alguém. –a encarei desafiadora

—Abusada... Ta bom, mas eu volto, ouviu? –a garota apontou na minha direção e eu assenti ainda em êxtase

—Tchau. –falei ríspida e ela se virou, indo embora desfilando

Esperei a garota sumir do meu campo de vista para correr pra dentro de casa.

Eu devo estar com a maior carranca do mundo, porque Castiel me olhou com uma mistura de raiva e procupação.

—O que ela te falou? –009 perguntou receoso

—Não é melhor você perguntar pra ela? –falei enquanto subia as escadas

—Não. Eu não tenho o que falar com ela.

—Que falta de consideração com a sua namorada, garanhão... –respondi irônica enquanto batia a porta do quarto na cara dele e trancava

Abri as gavetas do armário e tirei todas minhas roupas enfiando-as na mochila. Enquanto isso Castiel batia na minha porta e falava para eu abrí-la ou ele iria arrombar a mesma. Não dei bola, ele não faria isso. Se não estava afim de gastar dinheiro nem para comida imagina para o conserto de uma porta.

Terminei de guardar minhas coisas e troquei de roupa. Destranquei a porta do quarto e Castiel me olhou de cima a baixo antes de perguntar aonde eu ia.

—Não te interessa. Só digo uma coisa, sua namorada vai passar aqui amanhã.

—Namorada? Que namorada?

—Ah, não se faça de desentendido Castiel. Meu Deus, eu fui tão estúpida de acreditar em você!

—Acreditar em mim? Mas o que raios eu fiz? A Debrah te falou alguma coisa? –já estávamos na saída da casa

—Debrah, então é esse o nome dela... –murmurei antes de sair correndo da casa

—Dark, volta aqui! –o ruivo corria atrás de mim

—Me deixa em paz seu imbecil! –aumentei a velocidade

Entrei em um beco sem 009 ver e escalei a parede até subir em um prédio. Hora de colocar as habilidades de mafiosa em prática.

Pulava as lajes dos prédios de uma em uma e sem perceber comecei a chorar. É óbvio que no dia em que nós dois nos conhecemos ele me seguiu por cima dos prédios, como eu tinha feito.

Aumentei a velocidade, já estava chegando na casa da Rosalya. Olhei para trás, nenhum sinal dele, ótimo.

 

Rosa me encarava em pé enquanto eu estava sentada no sofá com uma xícara de chá de camomila em mãos.

—Você vai me explicar tudo o que aconteceu. –a platinada falou séria e preocupada ao mesmo tempo, sentando-se na poltrona que estava na minha frente

—Ele... ele tem... –não me aguentei e comecei a chorar

—Ai meu Deus... Calma, não chora... –minha amiga se levantou, sentou-se ao meu lado e me abraçou

Coloquei a xícara em cima da mesinha de centro e a encarei. Meus olhos deviam estar vermelhos e inchados a esse ponto. Abaixei a cabeça e encarei minhas mãos, o que não foi bom, pois me lembrei de Debrah mordendo sua unha vermelha com cara de desprezo.

—Ele tem namorada, Rosa... –sussurrei

—Ele? Ele quem?

—O C-Castiel. –funguei e ela me encarou incrédula

—Namorada? Não é possível...

—Claro que é. Eu falei com ela, amiga...

—E vocês já ficaram?

Me senti uma idiota antes de assentir.

—Mas essa garota brotou do nada? Me conta essa história direito.

Relatei tudo a platinada, desde o jantar até a Debrah, incluindo os amassos. Eu juro que acho que nunca vi a Rosalya com tanta raiva na vida.

—Você vai morar aqui comigo e nunca mais vai olhar na cara desse garoto. Responde pro chefe que você não conhece esse idiota e que ele só te ajudou a se levantar quando você tinha caído no chão. Que vocês não têm nenhuma ligação. E agora que a senhorita vai morar comigo –ela me cutucou- se eles mandarem agentes procurarem você não vão nem te achar, já que acham que eu estou morta. Você está totalmente fora do mapa deles!

—Que bom... –murmurei e peguei o celular para enviar a mensagem para o chefe

—Agora vai dormir menina, tem um quarto de hóspedes aqui. Segundo corredor à direita.

—Okay, obrigada Rosa.

Me levantei e levei a mochila junto.

—Não vai terminar o chá? –minha amiga perguntou

—Não, pode ficar com ele. Obrigada de novo.

Saí de cena com a cabeça erguida. Bom, isso até sair do campo de visão dela. Quando entrei no quarto desabei.

Me joguei na cama e dormi em meio a lágrimas.

 

Acordei com uma forte dor de cabeça. Olhei ao redor e primeiramente estranhei onde eu estava, mas logo em seguida as lembranças voltaram na minha mente e eu voltei a me sentir um lixo.

Por que tudo que acontece de bom na minha vida acaba? Por que ele tinha que ter uma namorada? Finalmente quando eu tinha aberto mão da razão e me entregado a ele... Idiota!

Saí do quarto e me arrastei até a cozinha, onde Rosa preparava o café.

—Já acordou, anjinho?

—Já... –falei sem vontade

Ela andou até a mesa com duas xícaras de café com leite.

—Sabe o que eu acho que você precisa pra esquecer esses problemas?

—O quê?

—Depilação Brasileira! –ela quase cantou a palavra

—Oi? –perguntei incrédula- Eu não vou fazer isso, dói muito!

—Pra tudo tem uma primeira vez, flor. E essa será sua primeira de muitas! Tenho certeza que você vai continuar, além de ficar toda lisinha, você esquece os problemas e se acha mais bonita. Ah, vai, ninguém merece ficar peluda que nem uma ursa.

—Tá, ta bom. Eu vou, você ganhou... –só a Rosa pra me fazer aceitar uma coisa dessas

 

Saímos de casa e andamos durante uns 5 minutos até o salão de depilação. Ai meu Deus, que medo!

Entramos e ficamos na sala de espera durante uns 15 minutos até sermos chamadas.

Haviam várias salinhas individuais e eu fui dirigida para uma cor salmão.

Me deitei na maca e abaixei as calças. E lá vamos nós...

 

—Rosa, talvez você tenha razão sobre essa história de depilação brasileira...

—Eu sabia que você aceitaria que ajuda a esquecer os problemas!

Estávamos caminhando até o cabelereiro. Rosalya inventou que queria cortar os longos fios platinados e transformar em algo mais “moderno”.

Chegamos no salão e o cabelereiro que Rosa chamou de Alexy a guiou até uma das cadeiras.

—O que você vai fazer hoje minha diva? –o garoto de cabelos azuis perguntou a platinada

—Corta tudo Alexy!

—Tudo?

—Tudinho.

—Ai que ousada! –ele falou.

Depois de uma meia hora o cabelo da minha amiga estava cortado de uma forma bem estilosa, e cá entre nós, combinou muito com ela.

Alexy olhou para mim e deu um sorriso enorme.

—Trouxe coisa nova hoje, diva? –ele perguntou a minha amiga sem tirar os olhos com lentes de contato violetas de mim

—Ah sim. –ela respondeu- Mas ela não quer cortar esse cabelão de jeito nenhum

O azulado se aproximou de mim e passou a mão nos meus cabelos.

—Precisa de uma hidratação e cortar as pontinhas. Meu amor –ele me olhou- eu prometo que não vai mudar quase nada no comprimento e o cabelo vai ficar mais brilhante e sedoso.

Me dei por vencida e aceitei. Alexy e Rosa pulavam como duas gazelas prontas a vomitar um arco-íris pelo salão.

 

—Amiga, eu juro que o Alexy fez mágica com o seu cabelo, ele tá lindo. Longo, brilhante e sedoso. –a platinada comentava comigo enquanto voltávamos para casa

—Eu gostei dele. –dei uma risadinha

—Claro que gostou, oras! –ela bateu o dedo indicador na ponta do meu nariz

—Ele é engraçado!

—Hey, posso te contar um segredo? –ela baixou o tom de voz- Ele também é da máfia. Cuida dos desfarces.

—Nossa, por essa eu não esperava...

—Se tornou meu melhor amigo quando eu fui pra lá.

—Precisa nem explicar o porquê...

Estava tudo ótimo, até eu ver um corpo conhecido na praça por onde passávamos. Ele estava fumando, claramente para esquecer os problemas.

Tentei passar despercebida, mas ele me viu do mesmo jeito.

—Dark! –ele levantou em um pulo- Onde você foi?, eu te procurei a noite toda... –sua cara era de cansado. Quase senti pena, mas não...

—Quem é esse. Ah espera, já sei quem é. O mentiroso. –Rosa falou debochada

—É sério Dark, é mentira da Debrah, nós não estamos mais juntos!

Mais uma mentira... Ai ai, até que ponto ele vai?

—Para Castiel, eu não quero saber.

—Mas eu to falando a verdade! Eu não menti pra você em nenhum momento, acredita em mim, por favor!

—Cala a porra da boca, Castiel! –ele me encarou incrédulo- eu não quero mais papo contigo.

Saí de lá puxando Rosalya e pude ainda ouvir o ruivo falar um “Que saco!”.


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Notas finais do capítulo

Oi Oi Oi
Reviews?
Não me matem, plis!