Hello, I Love You escrita por Queen Of Peace


Capítulo 5
City Of Blinding Lights


Notas iniciais do capítulo

depois de um tempão sem postar nada, aqui vai um cap novinho
esse tá mais curto do que eu costumo escrever, mas é porque eu to trabalhando/estudando aí fica complicado pra escrever porque to sempre exausta T_T mas vou tentar não demorar muito, okay? Me perdoem mesmo e eu espero que gostem



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Peeta Mellark

Naquela noite o Devil's Bar estava lotado. E não era aquele lotado de todas as mesas estarem ocupadas. Ele estava literalmente lotado, e as pessoas se espremiam pra que pudessem caminhar entre as mesas e irem até o bar. Essa lotação significava que os bêbados estavam mais animados do que nunca com a apresentação da banda que tocava no palco improvisado.

Os rapazes estavam sorridentes, alegres por verem que as pessoas pareciam animadas com o show. Apesar de estarem tocando as mesmas músicas que haviam tocado na semana anterior, ninguém parecia se importar muito com isso. E cantavam animados quando conheciam as músicas tocadas, e o coro de bêbados dava vida ao pequeno show.

Peeta estava feliz. Estava tão alegre quanto os amigos apesar de ter muitos motivos pra se sentir chateado. Todos os problemas que tinha em casa, a saída de Jim da banda e sua mudança repentina pro Canadá. E além disso tudo ainda existia o Fator Katniss. Sim, fator com F maiúsculo por ser algo tão importante. Ele não conseguia tirá-la da cabeça. Sabia que era um assunto repetitivo e enjoado, mas simplesmente não conseguia esquecê-la.

E eles estavam tocando a sexta música da lista quando ele a viu. Sim, ele a viu. Katniss estava do outro lado do bar, e mesmo assim Peeta foi capaz de vê-la no meio daquele mar de gente. Ela estava sentada junto ao balcão, ao lado de um homem estranho que parecia muito empolgado por estar conversando com ela. Apesar de toda a distância, ele podia vê-la tão claramente que era como se ela estivesse bem ali na beirada do palco.

A princípio pensou que fosse uma alucinação. Achou que o pensamento constante de querer encontrá-la novamente tivesse feito com que sua mente criasse uma miragem dela no exato lugar onde tinham se encontrado há apenas uma semana.

Uma semana? Parecia ter sido uma eternidade.

Mas ela estava mesmo ali. Ele podia vê-la quase como se ela estivesse a apenas um metro de distância dele. Ele podia vê-la beber, e sorrir, e conversar com o cara estranho que estava ao seu lado. Precisou se concentrar bastante pra que não errasse algum acorde enquanto tocava e acabar estragando toda a música. Não que ele estivesse se preocupando muito com aquilo naquele momento. Só queria que a apresentação acabasse naquele instante pra que ele pudesse ir falar com Katniss. Sentiu vontade de largar a guitarra naquele mesmo instante e descer do palco pra que pudesse falar com ela.

Tentou olhar pra Finnick, pra que pudesse lhe dar um sinal de que queria que eles fizessem um intervalo ou qualquer coisa do tipo, mas o amigo estava concentrado demais no show e no seu microfone, que nem ao menos olhou na direção de Peeta. E ele começou a ficar nervoso, contando cada maldito segundo que se passava, rezando pro tempo passar mais rápido e a apresentação terminar de uma vez.

Tinha medo de que Katniss fosse embora sem esperá-lo. Aliás, o que lhe garantia que ela estava ali para vê-lo? Talvez ela só quisesse beber. Talvez estivesse num encontro com aquele cara estranho e os dois pensaram que seria legal beber ali. Justo ali. Talvez ela nem soubesse que Peeta tocaria ali naquela noite e estivesse louca pra ir embora agora que o tinha visto ali.

Mas a apresentação acabou rapidamente. Enquanto Finnick agradecia a plateia e dizia pra que eles comprassem mais cerveja, Peeta pulou pra fora do palco e correu até o camarim, trocando de camiseta no menor tempo possível. Quando deixou a sala, Finnick, Cato e Jim já estavam entrando, todos com cigarros e cervejas nas mãos. Eles nem ao menos se preocuparam em perguntar onde ele estava indo e por que tinha tanta pressa. Conheciam o amigo bem demais pra saber que tudo aquilo só poderia ser por causa de mulher.

— Já vai encontrar alguma namoradinha. — Peeta conseguiu ouvir Cato dizer antes de fechar a porta do camarim atrás de si. Namoradinha? Quem dera.

Empurrava as pessoas enquanto lutava pra passar entre elas. Usava os braços e os ombros pra abrir caminho entre as pessoas que se amontoavam ao redor das mesas, mas logo ele conseguiu se aproximar do bar. Katniss ainda conversava com o homem que estava seu lado, e Peeta se colocou entre os dois, sem se importar nem um pouco se estaria ou não interrompendo os dois e sendo inconveniente.

— Katniss! Que bom vê-la por aqui. — E era realmente ótimo vê-la ali. Ela nem podia imaginar.

— Ai, meu Deus, Peeta! Eu queria mesmo falar com você! — Um sorriso enorme surgiu nos lábios de Katniss, iluminando todo o seu rosto.

— Mesmo? Você poderia ter me ligado. Assim eu poderia te encontrar antes do show e seria mais tranquilo. — Ele tentou sorriu, mas não conseguiu.

— Nossa, é mesmo! Eu esqueci completamente que tinha seu número. — Ela deu uma risada sem graça, movendo a cabeça e tendo o rosto ocultado por algumas mechas do cabelo castanho. — Me desculpa mesmo por isso.

— Está tudo bem, não tem problema. — Mas ele franziu a testa, sentindo-se decepcionado. Ela nem ao menos se lembrava de que tinha seu número na agenda do celular. E enquanto isso ele passara dias sonhando acordado com o momento em que se encontrariam outra vez.

— Bem, o que você quer, então? — Ele não queria soar rude, mas sua voz acabou saindo mais grave do que o planejado. Mas se ela percebeu isso, não pareceu demonstrar.

— Eu queria te perguntar uma coisa.

— Pergunte.

Mas quando ela abriu a boca pra lhe fazer a tal pergunta, Peeta sentiu um par de mãos agarrarem seus braços, puxando-o pro lado. Era o homem estranho que estava ao lado de Katniss. Até agora ele não havia se manifestado, e o rapaz até mesmo já havia se esquecido dele. Mas talvez tivesse mesmo atrapalhado uma conversa, mas ainda não conseguia se sentir mal com isso.

— Sua banda é ótima — o homem disse, dando-lhe um sorriso.

— Hm... Obrigado — Peeta respondeu, arqueando as sobrancelhas.

— Meu nome é Cinna. Eu sou produtor musical e estou muito interessado na sua banda.

***

Com toda a euforia que envolveu a banda, Peeta acabou se esquecendo de Katniss. Acontece que Cinna era um ótimo produtor musical, e produzia muitas das bandas que Peeta, Finnick, Cato e Jim gostavam de ouvir. Eles sabiam que aquela era uma oportunidade única pra eles, e se reuniram com Cinna no camarim improvisado, deixando Katniss sozinha no bar.

Os rapazes estavam agitados, e pediram muitas cervejas pra que pudessem beber enquanto conversavam. O homem parecia estar muito interessado na banda e foi logo perguntando se eles tinham canções próprias ou se viviam de covers.

— Eu escrevo umas coisas — Peeta disse, dando um sorriso tímido. A verdade era que os rapazes sempre pediam pra que ele os deixasse tocar as músicas que ele escrevia, mas o garoto não considerava suas composições tão boas assim pra que fossem tocadas em suas apresentações.

— E as músicas que ele escreve são boas mesmo — Jim comentou, naquele seu jeito chapado.

As coisas começaram a andar depois disso. Cinna ficou ainda mais interessado depois de ver as letras que Peeta tinha no bloco de notas do celular. Achou que eram ótimas, e marcou uma data pra que eles aparecessem em seu estúdio pra que pudessem tocar uma música de autoria deles. Queria avaliar se eles eram tão bons com uma música própria do que eram com covers. Mas só havia um problema que nenhum deles mencionou naquele momento: A data marcada por Cinna era a mesma escolhida por Jim pra ir embora.

— O que nós vamos fazer? — Cato perguntou nervoso, torcendo as mãos e caminhando de um lado para outra. Cinna já tinha ido embora e ao invés de todos se sentarem e relaxarem, pareciam mais tensos do que nunca.

— Bem, é óbvio, não? — Finnick se pronunciou, arqueando as sobrancelhas. — O Jim não vai poder ir embora. Ele vai ter que ficar.

— Ah, Finnick... Já falamos sobre isso. Eu preciso ir fazer o que eu quero. E nós sabemos que por mais que goste pra caralho de vocês e da banda, isso não é realmente o que eu quero fazer da minha vida.

— Cara, você não pode nos abandonar justo agora! — Cato parecia desesperado. — Você tem noção que essa pode ser a grande oportunidade da nossa vida? Quer dizer, a única oportunidade!

— Eu sei, eu sei. E vocês vão precisar me desculpar, mas eu não vou mesmo deixar de ir pro Canadá por causa disso.

Katniss

Mais de uma hora havia se passado e nada de Peeta voltar. Katniss tomou tantas cervejas que logo a vontade de ir ao banheiro já era insuportável demais pra que ela conseguisse permanecer segurando. Deixou o balcão e correu até o banheiro. É claro que se arrependeu disso imediatamente. O banheiro estava com um cheiro horrível, e completamente molhado. Encheu o assento com papel higiénico e se contorceu inteira pra que nenhuma parte da sua bunda encostasse em alguma parte do assento que não estivesse completamente coberta com o papel. Era uma sorte que era tão flexível ou poderia ter deslocado um pé ou um pulso enquanto tentava achar uma posição pra que pudesse fazer xixi.

Quando finalmente terminou, ela enrolou as mãos em papel pra que pudesse limpar todos os papéis que tinha usado pra cobrir o assento. Jogou tudo dentro da lixeira e deu descarga. Depois disso passou quase dois minutos ensaboando e lavando as mãos. Não conseguia deixar de lado a sensação de que elas estavam imundas.

Assim que saiu do banheiro, deu de cara com Peeta. Ela escorregou porta afora (maldito piso molhado!) e o loiro conseguiu agarrá-la antes que ela desse de cara no chão.

— Parece que se tornou meu trabalho te segurar toda vez que você ameaça cair.

Katniss corou da cabeça aos pés. Ela não era tão atrapalhada assim. Só estava um pouco bêbada e o chão estava escorregadio. Até pensou em explicar tudo isso a Peeta, mas acabou deixando a ideia de lado. Não se daria ao trabalho.

— Podemos conversar agora? — ela perguntou, afastando-se do aperto dos braços dele.

— Claro. E me desculpe pela demora. Parece que aquele Cinna é um cara importante e está bem interessado na nossa banda.

— Peeta! Isso é ótimo! Aposto que ele vai produzir vocês ou coisa assim. — E deu um sorriso como se tivesse absoluta certeza de que aquilo iria acontecer.

— Assim eu espero. Bem, vamos. Vou procurar um lugar mais calmo pra gente conversar.

E os dois acabaram saindo do bar e atravessaram a rua até o ponto de ônibus, onde se sentaram lado a lado num banco vago. O ponto de ônibus estava vazio àquela hora da noite, e talvez nem os ônibus estivessem mais rodando naquele horário. Katniss reparou em como a cidade parecia tão viva vista dali. Tão viva mas ao mesmo tempo adormecida. Os prédios tinham suas fachadas acesas, mas as luzes das janelas estavam em sua maioria apagadas. Alguns carros passavam por eles vez ou outra, e os faróis iluminavam seus rostos e tudo o que tocavam. Pensou em como aquilo, aquele momento, daria um clipe incrível pra uma música do U2 que gostava muito.

— Bem, o que você quer me dizer? — Peeta foi logo perguntando, morto de curiosidade. Katniss deu um sorrisinho pra ele.

— Preciso te perguntar uma coisa.

— Sim. O que é?

— Você quer ser meu namorado?


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Notas finais do capítulo

e ai, gente???? o que vocês acham que vai acontecer?



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