Youth Gone Wild - Reescrevendo escrita por Rebeca R


Capítulo 2
Have A Nice Day


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Eu já tava com o capitulo pronto, mas super não pretendia postar hoje. Só que ai eu vejo esse monte de comentários lindos e eu fiquei muito, omg quanta gente diwa. Então, como eu sou uma autora leal, decidi postar hoje logo.
Espero que gostem!



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Have A Nice Day

Annabeth balançou a cabeça, sem querer acreditar.

– Meu Deus, Thalia! O que você estava pensando? – exclamou, passando a mão pelo cabelo loiro.

Ela tinha certeza absoluta de que a amiga estava ferrada.

– Ai, baixa a bola Annabeth. – A Grace revirou os olhos. – Vai dizer que você não lembra da festa na casa do Charles? Pois eu lembro muito bem do baseado na sua boca.

– Sim, mas foi uma vez. E numa festa. Na escola, Thalia? Você não podia esperar não?

– Ih, mamãe, não tô afim de sermão hoje não. Você vai me ajudar ou não?

– Vou. Mas não espere que eu participe também.

Elas estavam no refeitório, sentadas numa mesa mais no canto. A loira enfiou um biscoito inteiro na boca. Já estava ficando sem paciência para a rebeldia da amiga. Era até legal quando elas matavam aula para ficar no banheiro conversando, mas agora elas estavam no segundo ano. E as coisas eram muito mais graves do que “ficar no banheiro conversando”.

– Você podia, sei lá, ser a empresaria. – sugeriu a morena.

Annabeth deu uma risada irônica.

– Por que uma banda de colégio iria precisar de uma empresaria? – retrucou.

– Back vocal?

– Acho que você deveria começar procurando uma vocalista.

– Vocalista pra quê? – perguntou Luke, se sentando ao lado de Thalia.

– A Thalia quer formar uma banda. – soltou Annabeth, com uma risadinha.

A Grace bufou.

– Eu não quero formar uma banda. – explicou. – O diretor que mandou eu fazer isso, e agora estou desesperada, porque se eu não fizer estou fudida.

– Por que o diretor quer que você forme uma banda? Isso não seria tipo, uma coisa legal? – Luke parecia confuso.

Annie se intrometeu.

– Longa história. – disse, pensando que talvez a amiga não quisesse que o Castellan soubesse de tudo. Eles eram melhores amigos, mas Annabeth sempre desconfiara de algo acontecendo entre os dois. – Mas estamos falando de uma banda de colégio, do tipo chata, não de uma banda de rock ou algo assim.

Thalia quase pulou da cadeira.

– É isso! – exclamou, se sentando de novo.

Não sabia se era só impressão, mas a loira achava que aquela era a hora da amiga vir com uma das suas ideias insanas e perigosas, que geralmente acabavam com detenção para as duas.

– Uma banda de rock! – explicou diante dos olhares confusos.

– Ótima ideia, Thalia! – falou Luke, se animando também.

As engrenagens trabalharam rápido na cabeça de Annie, então ela logo entendeu. Claro que sim. Ia ser muito mais fácil fazer as pessoas participarem de uma banda de rock. Mas tinha um porém.

– O diretor não vai deixar.

– Ele não precisa saber. – a morena sorriu maliciosamente.

– A ideia não era você se livrar de problema? E agora tá indo atrás de mais? – a Chase se chateou. Poxa, em quantas cagadas a sua amiga ia se meter antes de aprender a lição?

– Hey, relaxa Annie. – o loiro tentou acalmar a situação.

– Não. Ela tá certa. Só vai me meter em mais confusão. – Thalia, surpreendentemente, respondeu.

Annabeth se recostou na cadeira, relaxando. Tomou mais alguns goles de suco. A morena olhava cabisbaixa para a comida, e Luke ficava olhando de uma para a outra, completamente frustrado. Finalmente, ele se pronunciou.

– Vocês não podem estar falando sério. É uma ideia maravilhosa! O diretor ia ver como a banda é boa e não ia reclamar de ser rock. Olha, se ajuda de incentivo, eu me ofereço como baterista.

Thalia deu um meio sorriso. Olhou para a amiga e depois para Luke de novo.

– Topo. – disse, por fim.

– Quando serão os ensaiou, chefinha? – ele perguntou, brincalhão.

– Sexta feira a tarde será o primeiro. O professor quer ver a banda já pronta até lá.

– Vou tentar falar com algum amigo para ver se topam. Acho que o Percy toca baixo ou algo assim.

– O Jackson? – Annie fez uma carranca ao ouvir esse nome.

– Sim, ele mesmo.

– O Jackson da noite do papel higiênico na casa dos DiAngelo? – Thalia arregalou os olhos.

– Do que vocês estão falando? – o loiro parecia confuso.

– Longa história. – respondeu a morena.

– Estavamos numa festa na casa da Silena Beauregard. – explicou Annabeth. – Já tava todo mundo um pouco alto. E aí ele sugeriu que fossemos na casa mal-assombrada dos irmãos DiAngelo e enchêssemos de papel higiênico. Uma ideia estupida, eu sei. Mas aí a gente foi. Quer dizer, menos Silena e Charles, que sumiram em algum ponto da festa. Connor e Travis Stoll lideraram a brincadeira. Então quando a gente já tinha gastado papel suficiente para limpar a bunda de um gigante, as luzes da casa se acenderam, e Hades veio para o gramado.

– Todo mundo saiu correndo. – Thalia continuou para a amiga. – Incluindo eu. Mas Percy tinha bebido demais. Ele caiu no meio do gramado e não conseguiu mais levantar. Annie ficou para ajudar, e a culpa acabou indo toda para os dois.

– Ou seja, eu tive minha primeira detenção por causa do Jackson.

Luke olhava de uma para a outra desacreditado.

– Uau. – ele disse. – Dessa eu não sabia. Ele nunca me contou.

– Garoto inteligente. – a morena falou, olhando cuidadosamente para Annie para ter certeza de que a amiga não a mataria pelo comentário. – Mas pode chama-lo para a banda. Tenho certeza de que as antigas magoas ficaram no passado, certo Annabeth?

– Certo. – a loira resmungou.

O sinal do fim do almoço tocou.

– Vejo vocês por aí. – falou Luke, indo embora logo em seguida.

A Chase foi a última a sair, pensando num jeito de impedir Thalia de fazer qualquer maluquice. É, pelo visto ia ser impossível.

***

Luke estava particularmente animado com a ideia da banda. Mentira, ele estava animado com a ideia de passar mais tempo com Thalia. Mas ninguém precisava saber disso por enquanto.

O loiro foi procurar por Percy na saída e encontrou o amigo no ponto de ônibus, segurando a mão do irmão mais novo e prestes e embarcar. Luke chegou a tempo de impedir.

– Ei, Percy! – exclamou, dando uma carrerinha para chegar até o amigo.

– Hey Luke. – respondeu, com um meio sorriso.

– Dou carona pra vocês hoje. – falou o loiro, sem pensar.

Nessa hora, as portas do ônibus se fecharam e o motorista arrastou pela rua.

– Já perdi o ônibus mesmo. – Percy deu de ombros.

Eles foram andando de volta para o colégio. Tyson, o irmão do moreno, estava brincando com bonequinhos lego que ele tirou da mochila de dinossauro. Ele estava no quinto ano, mas tinha mãos fortes e grandes, que surpreendentemente conseguiam mexer essas pecinhas delicadas do lego.

– Então. – Percy puxou assunto. – O que fez você virar uma pessoa tão gentil a ponto de oferecer carona para o seu amigo aqui?

– Cala a boca. – Luke retrucou, rindo. – Sabe a Thalia?

– Claro que sei. Você fala dela com uma frequência incrível.

– Idiota.

O moreno riu.

– Sim, a Thalia, continue.

– Hm, então, ela tá criando uma banda. De rock.

– Uau, esse tipo de coisa ainda funciona no ensino médio?

– Eu acho que sim, né. Então, o caso é que a gente ta precisando de membros. Você me disse outro dia que tocava baixo? Guitarra? Alguma coisa assim.

– Baixo. E cara, foi mal, mas não rola não.

Luke abriu a porta do carro e entrou. Percy fez o mesmo do outro lado.

– Ah, qual é Percy. – o loiro reclamou. – Vai ser legal.

– Não tô dizendo que não vai. Mas é muito broxante.

– Vai pelo menos num ensaio. Se você não gostar, ninguém nem precisa saber que você tentou.

– Ta, ta bom. Eu vou pro bendito ensaio. Mas sem promessas.

O resto do caminho foi bem silencioso. Luke colocou um CD do Bon Jovi pra ver se dava uma animada no amigo. Tyson soltava uma exclamação toda vez que terminava de montar alguma coisa com seus bonequinhos. O loiro pensou que Percy tinha que ensinar urgentemente o irmão a brincar com alguma coisa mais inteligente. Pecinhas lego? Eles brincavam com isso no jardim de infância! Estava na hora de Tyson descobrir o mundo dos videogames.

– Hm, Luke, você sabe se aquela amiga da Thalia, a Annabeth vai ta nessa banda aí também? – o moreno perguntou, tentando parecer desinteressado.

Luke deu um sorrisinho malicioso.

– Acho que sim. – respondeu.

– Eu tenho a leve impressão de que ela não gosta muito de mim.

– Concordo. A noite do papel higiênico não foi uma boa experiência para a Annie.

– Como você sabe dessa parada?

– Elas me contaram hoje, diferente de um certo amigo meu que nunca nem tocou no assunto.

– Ah, foi mal cara. Não era lá uma coisa muito relevante na minha vida.

– Uhum.

– Ela é bem bonita.

– Quem? – o loiro quase voou do banco.

– A Annabeth.

Luke caiu na gargalhada.

– Cê ta mexendo com fogo, colega.

– Como se a sua querida Grace também não queimasse.

O carro parou na frente da casa do moreno, na mesma rua que Luke. Tyson e Percy saíram do Opala vermelho.

– Tenha um bom dia! – o loiro riu, antes de arrancar.

Hee-ee-ey, have a nice day.


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Notas finais do capítulo

E ai, curtiram?
Me digam o que acharam nos reviews! Beijokas!