Rainy escrita por Fabi-Aiyu
Notas iniciais do capítulo
Wee.. Segunda one-shot pra minha Ai-chan perfeita, que eu tanto amo, que eu tanto tenho carinho. espero que goste bastante dessa segunda, porque ela é feita pra você, minha morena, com o maior carinho ♥3~~ Te amo, vidona
A chuva caia suave com o entardecer e eu me ocupava lendo um livro, esticada sobre o sofá da sala. Ela ia chegar tarde e eu bem sabia disso, mas ainda assim eu me sentia na obrigação de ficar esperando-a até tarde, a hora que ela chegasse e sentasse ao meu lado, onde eu pudesse abraçá-la fortemente.
Eu estava com frio, mas continuava preguiçosamente lá na sala, apenas com a minha camisola azulada. Eu ia esperá-la, com ou sem frio, e ia ficar sentada na sala até a hora que ela abrisse a porta e me abraçasse toda molhada.
Tudo bem, não precisava necessariamente ser molhada, mas... Que ela pudesse me abraçar, era mais do que suficiente pra mim.
A luz deu uma piscada fraca e logo tudo em volta estava escuro, o que me causou certo pavor porque eu tinha mais medo do que qualquer coisa de ficar sozinha no apartamento no breu em que eu me encontrava. E o que era pior: a única luz que ficava ali me iluminando era o meu celular.
E do nada ele havia começado a tocar.
Ao atender, meu corpo deu uma relevante relaxada, porque a voz dela me acalmava e muito, eu me sentia feliz ao ouví-la. Só que sua voz não era das mais felizes, e aquilo sim me fez sentir aquele receio de “algo ruim aconteceu”.
- Vem aqui em baixo. Tá sem luz, tem que abrir o portão pra mim.
- Não está com a chave?
- Acha que eu estaria se eu tivesse te ligando, Yume-chan?
- Bem, isso eu não sei, mas... - suspirei – Okay, koi. Eu estou indo.
Peguei o primeiro casaco que achei na frente e fechei, calçando os chinelos que estavam ao lado da porta de entrada de casa. Desci correndo pelas escadarias dos quatro andares que vinham abaixo de nós e suspirei, rodando a chave nos dedos, tentando manter meu celular aceso o maior tempo o possível para que o caminho estivesse iluminado.
Quando cheguei a porta de baixo, eu sorri docemente, abrindo-a para ela. Mas meu sorriso acabou diminuindo quando ela entrou, passando por mim e esperando eu fechar a porta para começar a dizer. E só pela sua entonação, eu percebi que ela estava stressada.
- O que houve?
- As pessoas estavam me irritando. - ela disse quando começamos a subir as escadarias – É um saco isso, elas acham que podem ficar me ligando no meio da aula.
- Eu ligava pra você quando estávamos no começo do namoro. Isso te causava alguma irritação?
- Não, você é diferente. - ela tirou o casaco e passou as mãos pelos cabelos enquanto entravamos dentro do nosso pequeno apartamento – Você podia me ligar que eu ia gostar, diferentemente de pessoas que ficam me ligando só pra fazer propaganda de telemarketing durante a minha aula. Sabe o que é isso?
Ela suspirou e foi para a lavanderia sem esperar minha resposta. Eu sei que ela gosta de chuva e tudo o mais, mas eu percebi que ela estava irritada de verdade e que a chuva que ela havia tomado só havia dificultado ainda mais as coisas.
Quando essas coisas aconteciam, eu preferia tentar puxar assuntos, ainda que ela preferisse o silêncio até que estivesse melhor. Eu odiava o silêncio, porque quase sempre eu tinha a mania estranha de achar que era comigo a coisa, ainda que eu soubesse que não.
E silêncio é simplesmente amargurante pra alguém que fala tanto quanto eu falo.
- Koi, eu--
Ela havia entrado no banheiro e fechado a porta para tomar banho. Eu fiquei ali parada junto a porta do quarto, olhando o nada. Ou melhor, olhando a madeira escura da nossa porta. Dei um suspiro mais longo e entrei no quarto.
Nunca eu conseguia deixar pra lá, sempre quis fazê-la sorrir pra mim, ainda que ela tenha tentado esconder tantas vezes ele de mim. Eu sempre comentava isso, e ela sorria pra mim, uma vez ou outra me afagava os cabelos com o carinho, ou me fazia carinho nos cabelos.
- Que foi?
Lá estava ela, me olhando e vendo como eu estava esticada na cama, observando-me da porta. Ela deixou a toalha de lado e caminhou até mim, sentando na beirada da cama e afagando meu cabelo com leveza enquanto eu virei meu rosto para poder olhá-la.
- Não foi nada... Só que... Eu fico preocupada quando você fica assim, em silêncio. Sabe disso, não sabe? Que eu fico me sentindo triste quando você fica quieta...
Ela deitou-se finalmente do meu lado e eu me virei totalmente de frente pra ela. Minha mão alcançou seu rosto e deslizei meus dedos por ele numa carícia suave, sutil. O carinho que ela precisava pra ver que eu estava ali, com ela. Querendo vê-la sorrir.
- Boba. Sabe que não é com você.
- Tudo bem, koi... Isso passa.
Depois de assentir, suas mãos circundaram a minha cintura, me puxando mais para perto dela e acariciando ali com a sua sutileza típica. Ela murmurou um pedido baixinho de desculpas, e eu sorri, desculpando-a com o mesmo argumento de sempre - “acontece, nee... Não posso te pedir pra estar bem todos os dias...” - e deitando a cabeça com a testa apoiada em seu ombro.
Uma de suas mãos subiu ao meu rosto e o levantou pelo queixo, me fazendo olhá-la dentro de seus olhos. Sorriu e murmurei o meu clichê eu te amo cheio de manha, ainda fazendo-lhe o carinho suave no rosto, ouvindo a chuva forte lá fora ainda.
- Ainda bem que acabou a luz.
- Por que, Ai-chan?
- Nee, Yume-chan... Assim eu posso ficar com você no escuro sem que você fique envergonhada de alguma coisa que eu faça.
Comecei a rir baixinho e ela me acompanhou. Certamente que as minhas bochechas haviam corado de forma bem relevante, mas ela não poderia ver, muito menos eu poderia ficar mais envergonhada por aquilo, porque tudo o que podia ver era meus olhos e alguma cor ou outra que estava em meu rosto.
Nos abraçamos fortemente e nossas bocas se colaram num selar longo de lábios, sendo seguido de um encaixe de lábios perfeito, o enroscar das línguas e o carinho que apenas nós sentíamos. As suas mãos continuavam abraçando-me e envolvendo meu corpo pela cintura, e nada mais eu podia e queria fazer além de retribuir o beijo e correspondê-lo na medida exata da minha necessidade de provar o amor que eu sentia por ela.
Como eu a amava. E como eu a amo, cada dia que eu podia abrir os olhos e me deparar com a cara preguiçosa de manhã era melhor do que tudo.
- Sabe, koi... Eu amo quando chegar irritada em casa...
- É? Por quê?
- Porque você sempre me trata com carinho extremo quando ficamos naquele silêncio todo. E isso é bom... - eu ri baixinho – Muito bom!
- Oh, minha menina mimada... Eu te amo muito, minha bebe.
- Também te amo, minha morena...
Voltamos a nos beijar com aquele fervor todo, como anteriormente, só que com cada vez mais carinho. Nossas pernas se enroscaram debaixo das cobertas e eu sorri, apertando-me contra ela e desejando que demorasse muito tempo pro sono chegar.
Ainda que isso significasse perder a hora na manhã seguinte para ver seu sorriso.
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Reviews? ♥3