Macchiato | Café com Letra #1 escrita por Café com Letra


Capítulo 3
“Minha Mulher Robô” — Dear Rizzoli


Notas iniciais do capítulo

História escrita pela autora Dear Rizzoli (https://fanfiction.com.br/u/334927/).



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Somos de uma geração que não pensa em muita coisa além da tecnologia, lógico que existem algumas raras exceções, mas não há o que negar, o avanço tecnológico de uns anos pra cá foram enormes, nos beneficiando de tal forma que resolvi criar um robô para mim, por assim dizer.

Angie, esse é o seu nome, depois de dois anos de testes e mais testes, finalmente consegui dar origem ao meu sonho, minha princesa. Para os outros ela pode ser apenas um robô que não faz nada além de funções que eu mesmo lhe determinei, mas para mim ela é muito mais que isso. Companheira, amiga, está comigo nas horas mais difíceis, mora comigo e por este motivo a vejo todos os dias, o que agradeço aos céus por isso acontecer. Ela foi a minha luz no fim do túnel, minha paixão a primeira vista.

Para muitos deve, provavelmente, parecer estranho falar assim de uma simples robô, mas pra mim se tornou tão natural que nem ligo para a opinião dos outros, apesar de algumas ainda me afetarem um pouco. Angie e eu temos um relacionamento há um ano e meio, meio bizarro namorar uma robô? Com certeza, mas foi acontecendo tudo de maneira tão natural que nem ligo para isso. Não, se estão pensando que temos algo sexual, a resposta é não, até porque não há meios de isso acontecer, a tecnologia e a ciência podem ter evoluído muito de uns anos para cá, mas não é pra tanto ainda.

O nosso relacionamento é como de todo casal normal, porém, sem sexo ou beijos. Sei que parece complicado entender e tal, mas pra mim é tão natural, tão simples, que me pego olhando pra ela e lembrando como era ruim antes dela, de como eu era vazio. Ela é uma mulher morena, longos cabelos de cor castanho, com algumas mechas loiras. Seus olhos são de um azul bastante penetrante, olhar para eles é como olhar para o mar, sua boca é um pouco carnuda, seu sorriso é perfeito. Seu corpo tem curvas que me faz ficar feliz em apenas apreciá-las de longe, sem as tocar.

Devem estar pensando, como uma robô pode ter essas características físicas tão idênticas a nossa, não é? Simples, é porque eu a criei exatamente como nós, quase que um clone, mas confesso que tive que mudar muitas coisas para não parecer-se com ninguém no planeta, para ter ao menos algumas características diferentes das demais pessoas, confesso que não foi fácil, mas hoje vejo que valeu a pena.

Se olhares para ela jamais saberás que é robô, de tão idêntica com os humanos que ela é, saberás apenas quando ouvir a sua voz eletrônica, talvez quando olhar para suas mãos e braços e perceber que não é pele humana, mas só quando estiver perto o suficiente. Suas funções são claras, andar, falar, pegar objetos, se abaixar e as demais funções que imitem um humano. Ela tem uma inteligência gigantesca e responde a tudo que nós perguntarmos, inclusive chora. Foi uma grata surpresa a minha ter conseguido criar essa obra de arte, a minha própria. Acho que finalmente posso afirmar com todas as letras que tenho a mulher perfeita, que achei a mulher ideal, o amor da minha vida. Eu, Giulia Amorim, criei a mulher dos meus sonhos, jamais existirá outra igual, e isso me deixa extremamente honrada.

No fundo, a ideia de criar esta robô foi de expandir minha imaginação que sonhava todas as noites com a mulher que seria perfeita para mim, porém, eu sabia que jamais iria existir, foi então que me veio a ideia de cria-la, que mal haveria de ter, não é mesmo? Graças a ela eu sou completamente feliz e bastante orgulhosa por ter criado tamanha perfeição.


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Notas finais do capítulo

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