The Real Price of a Family. escrita por KlaineMills


Capítulo 1
The Girl Who Loves The Sea


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, essa shot vai para a minha amiga secreta do KLM. Espero que goste! Eu achei bem fofinha e sofri um pouquinho escrevendo o drama.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/639012/chapter/1

The Real Price of a Family – Capítulo Único

Mais um dia amanhece na cidade que nunca dorme, e Kurt acorda atrasado para ir ao trabalho, por ter se divertido na noite passada. Ele corre em direção ao banheiro, toma o seu rápido banho e começa a se arrumar para partir em direção a Vogue.com. Quando finalmente termina o seu look e arruma seu cabelo minuciosamente em um perfeito topete, ele volta para o seu quarto e encontra um belo moreno em sua casa seminu.

Seu marido estava em um sono profundo, lhe deu um beijo nas costas nuas e saiu do quarto. Abriu a porta do quarto em frente ao seu e viu uma menininha com os cabelos cacheados bagunçados, dormindo feito um anjinho. Aproximou-se e deu um leve beijo em sua testa, correu mais ainda para não chegar tão atrasado no seu trabalho.

Depois de enfrentar quase trinta minutos de trânsito, finalmente chegou ao prédio da Vogue. Entrou correndo e quando chegou a sua sala, viu sua chefe sentada em sua cadeira.

— Está atrasado Hummel. – Ela falou autoritária.

— Eu sei Isabelle, me desculpe.

— Tudo bem, mas tenho uma noticia pra você.

— Por favor, não me demita, eu juro que nunca mais chego atrasado...

— Não vou demitir você, longe disso, você ganhou uma promoção.

— O que? – O castanho pergunta surpreso.

— Isso mesmo que você ouviu. Você agora é o meu braço direito, você é o mais novo editor chefe da revista. Parabéns!

— Ah meu deus, isso não é nenhuma pegadinha certo?

— Não Kurt, não é uma pegadinha. Agora suas horas de trabalho dobraram e terá mais responsabilidade, pois tudo o que for feito pelo pessoal passa pelas suas mãos para uma avaliação e depois eu dou o decisão final.

— Você não vai se arrepender Isabelle, eu vou ser o melhor editor chefe que a Vogue já viu, pode apostar. – Ele respondeu sorrindo, alegremente.

E foi assim que a vida da família Hummel-Anderson deu uma reviravolta e tudo começou a desandar.

[...]

Um ano depois...

 

Casa dos Hummel-Anderson

 

♪“Um peixe vive contente,

Aqui debaixo do mar

E o peixe que vai pra terra

Não sabe onde vai parar

Às vezes vai pra um aquário

O que não é ruim de fato

Mas quando o homem tem fome

O peixe vai para o prato (Não!)”♪

Blaine acordou ao som de uma música que lhe era familiar, ao olhar para o seu lado não tinha ninguém na cama. Ele se levantou, coçou os olhos por conta da claridade que os invadia enquanto andava pelo corredor do apartamento, chegou à sala e viu sua pequena sentada no sofá com o seu cachorrinho de pelúcia assistindo A Pequena Sereia pela milésima vez.

— Bom dia Papai.

— Bom dia pequena, onde está seu papai K.?

— Já foi para o trabalho.

— E você está aqui sozinha? Porque não me acordou pra te fazer companhia?

— Eu não queria te acordar, então coloquei o DVD pra assistir.

— Já tomou café? Quer alguma coisa?

— Panquecas. – Ela responde com um sorriso lindo no rosto.

— Já volto com suas panquecas. – Ele dá um beijo em sua bochecha e vai para a cozinha, cantando a música do filme.

Depois das panquecas feitas e saboreadas por eles, Tracy foi tomar o seu banho e Blaine terminou de lavar os pratos. Depois de toda a cozinha estar limpa, foi para o seu quarto tomar o seu banho e se arrumar para levar a filha até a escola.

Tracy estava no seu quarto vestindo o uniforme da escola e logo depois começou a arrumar sua mochila, seu pai entra no quarto vestindo uma calça jeans simples e uma camiseta polo roxa.

— Já está pronta?

— Não, falta arrumar essa juba cheia de cachos. – Ela fala bufando, por seu cabelo estar completamente desarrumado.

— Venha aqui, eu ajeito pra você. – Ela vai em direção ao seu pai e senta em seu colo. Blaine cuidadosamente começa a desembaraçar os cabelos de sua pequenina e faz um belo penteado. – Quando eu estava na época de escola, usava bastante gel nos cabelos porque era pior do que a juba do simba, só que com muitos cachos. Mas agora, não me importo mais, gosto dos meus cachos.

— Ah pai, você só não passa mais gel no cabelo porque o Papai K os adora assim.

— Isso é verdade, mas eu me acostumei com os meus cachos volumosos, e seu cabelo é lindo. Vamos, se não você irá se atrasar.

Eles pegam o elevador do prédio, dão bom dia ao porteiro e seguem pela rua caminhando de mãos dadas até o colégio de Tracy, que ficava a algumas quadras depois.

Vogue.com

Na sala do senhor Hummel, alguém estava levando reclamações, como sempre acontecia.

— Isso aqui está horrível, você terá que refazer.

— Mas Kurt...

— Eu não vou apresentar isso para a Isabelle, não desse jeito. Continue com a ideia inicial e aprimore o conteúdo, talvez fique melhor e depois passe aqui pra gente ver como ficou. Ok?

— Sim senhor, ainda hoje retorno com o resultado.

O castanho estava mais do que estressado e ainda era uma quarta-feira. E pelo visto o dia não seria nada bom, hoje era o dia das entregas dos trabalhos para a avaliação e isso estressava Kurt, pois nunca saia do jeito certo. Bem que Isabelle falou há um ano que esse trabalho era desgastante e cheio de responsabilidades, mas o castanho não ia voltar atrás por hipótese nenhuma, ele era muito orgulhoso para negar algo.

Seu telefone tocou avisando que uma mensagem tinha chegado. Ele checou e era do seu marido.

“Bom dia K, você nem me acordou hoje, espero que não esteja chateado com alguma coisa que eu tenha feito. Estou com saudades, hoje poderíamos sair a sós? Podemos deixar a Tracy na casa da Rachel por algumas horas. O que você acha? Beijos.” – B.

 

“Oi meu amor, me desculpe você estava lindo dormindo, não quis te acordar. Pode ser, mas eu não sei a hora que saiu daqui hoje. Não posso confirmar nada, me desculpe.” – K.

“Ok, então planejamos outra coisa mais tarde, um filme ou uma sessão de amasso. Pode ser?” – B.

“Ótimo, escolha o filme e assim que Tracy dormir, fazemos os dois ao mesmo tempo, que tal?” – K.

“Adorei a ideia, te espero a noite. Te amo, bom trabalho. Beijos!” B.

Depois da troca de mensagens com seu marido, Kurt ficou um pouco mais alegre e trabalhou o resto do dia com um sorriso no rosto.

Casa dos Hummel-Anderson

 

Depois de trocar mensagens com o seu marido, Blaine passou o resto da manhã e tarde sorridente e ansioso, pois finalmente ia matar a saudade do seu amor. A tarde passou rapidamente, e ele conseguiu terminar uma das músicas que estava fazendo.

Já estava na hora de ir buscar Tracy, o moreno foi andando tranquilamente pensando em qual filme assistir com Kurt. Quando chegou a escola da garota, ela já o esperava.

— Oi papai.

— Oi Tracy, como foi à aula de manhã? E as aulas de teatro, música e balé?

— Divertidas, mas cansativa.

— Hum... Eu estive pensando, faltam apenas uma semana pra uma pessoa especial fazer aniversário. Já pensou no que quer ganhar?

— Algo relacionado a Ariel. – Ela fala sorrindo.

— Você não se cansa desse filme?

— Você se cansa do papai? – Ela pergunta desafiadora e o moreno fica sem reação. – Pois é, foi o que eu imaginei.

— Quando foi que você cresceu tanto e ficou tão esperta e respondona?! – Ele fala sorrindo. – Vou cortar sua língua mocinha. – Eles vão caminhando por uma praça e na hora que o moreno fala ela mostra a língua pra ele e começa a correr. Pai e filha se divertem juntos, Blaine consegue alcançar Tracy e a pega no colo e dá alguns beijinhos no seu rosto.

— Sabe pai, eu queria mais que tudo que o papai K, passasse o dia com a gente no meu aniversário. – Ela diz triste.

— Oh querida, eu também. Mas ainda faltam sete dias, quem sabe ele não consegue? – Essa hipótese deixa a garota com esperança de passar o seu aniversário com os pais. Juntos.

Eles vão caminhando de volta pra casa em silêncio. Depois de alguns minutos, os dois chegam ao apartamento e Tracy vai para o banho. Blaine vai para seu quarto e fica pensando em tudo o que conversou com sua filha, até que a pequena entra com os cabelos molhados vestida em seu pijama favorito.

— No que o senhor tanto pensa? – Ela se deita do lado dele na cama.

— No seu pai. Hoje quero fazer alguma coisa pra ele.

— Então vamos, eu te ajudo a arrumar a casa e prometo que vou dormir cedo. – Ela fala sorrindo e o puxando pelo braço.

Tracy ajuda seu pai com o jantar, arruma a sala e ajuda com os preparativos pra noite. Além de separar o filme. Depois de tudo pronto, Blaine coloca o jantar de Tracy. A garota janta, se despede do pai dizendo que irá pro seu quarto fazer as atividades e logo depois dormir.Ele seguiu para o quarto e tomou um demorado banho, vestiu uma roupa confortável e se perfumou. Ele estava animado para as horas que iria passar com o marido, Blaine sentou no sofá e começou a assistir algum programa na televisão.

Vogue.com

Já passava das 22h30min e Kurt ainda estava atarefado com seu trabalho, algumas matérias não ficaram boas o suficiente e ele teve que refazer. Depois de horas de trabalho, Kurt estava cansado e nem se lembrava que um certo moreno que estava o esperando. As 23h25min, o castanho saiu do prédio da vogue e seguiu até sua casa, como já era tarde as ruas não estavam tão cheias e ele conseguiu chegar rapidamente no apartamento.

Abriu a porta com muito cuidado pra não fazer nenhum barulho e assim que entrou se deparou com Blaine deitado no sofá dormindo. E então, ele se lembrou. Tinha marcado com Blaine de assistir a um filme, lentamente ele sentou no sofá e passou a mão delicadamente no rosto do marido. Aos poucos Blaine foi acordando e quando viu Kurt sua cara ficou seria e um semblante triste apareceu em seu rosto.

— Me desculpe, não deu pra chegar cedo. Tive que refazer alguns trabalhos.

— Tudo bem, eu vou dormir. Boa noite Kurt. – Blaine se levantou e foi para seu quarto, triste e desolado, por não ter seu marido para si como era antes de ter sido promovido. O moreno deixou algumas lágrimas escapar e adormeceu novamente.

Kurt se sentindo um lixo, tomou um banho e se deitou ao lado de seu marido, pegando no sono logo em seguida.

Uma semana depois... 20 de fevereiro

Era hoje, o grande dia. Hoje a pequena Tracy completa oito anos, e Kurt e Blaine comemoravam o seu aniversário de casamento. Bom era esse o esperado.

Casa dos Hummel-Anderson

Um dia chuvoso amanheceu em Nova York, mas isso não abalou as emoções da herdeira da família Hummel-Anderson. Tracy estava feliz, hoje era seu aniversário, e ela estava ansiosa para receber seu presente. Ela acordou com um enorme sorriso no rosto, tomou seu banho, vestiu seu uniforme, e foi assistir alguns desenhos na TV.

Kurt acordou com um pouco de dor de cabeça essa manhã, tomou seu banho e fez sua higiene matinal, depois de tudo pronto foi à cozinha e tomou um comprimido pra sua dor. Quando estava saindo para o trabalho viu sua menina no sofá.

— Bom dia princesa, até mais tarde. – O castanho deu um beijo em sua cabeça e saiu porta a fora sem ao menos desejar um feliz aniversário para sua filha. Tracy ficou com lágrimas nos olhos, seu pai esquecera seu aniversário. Ela correu para seu quarto e desabou a chorar agarrada com seu cachorrinho de pelúcia preferido.

Blaine acordou e deu um pulo da cama, correu até o quarto de Tracy e quando abriu a porta ficou confuso, sua filha estava aos prantos.

— O que aconteceu, filha? – Ele sentou na cama e alisou os lindos cabelos cacheados. Ela quando ouviu a voz de seu pai, pulou no seu colo e o abraçou com força.

— P-papai K. E-Esqueceu que d-dia é h-hoje. – Ela falou soluçando e Blaine ficou chocado com isso. Como Kurt pode esquecer o dia da pessoa mais especial para o casal? Isso é totalmente imperdoável.

— Oh pequena, não chore. Tenho certeza que ele não esqueceu, só saiu atrasado. Quem sabe ele não faça uma surpresa pra você hoje à noite. – Ele disse limpando as lágrimas da garota. – Se acalme, está bem?

A menina balançou a cabeça em concordância e se acalmou no colo do pai. Blaine estava decepcionado com seu marido, se ele esqueceu o aniversário de Tracy com toda a certeza também esqueceu o dia em que casou com ele. Mas, ele prometeu a si mesmo cuidar de sua filha e deixá-la feliz.

— Porque está com o uniforme?

— Pra ir à escola, hoje é quarta. Tenho aula, e teatro à tarde. – Ela disse como se fosse obvio.

— Não, hoje você não vai para a escola. Nenhuma criança merece ir para escola no dia do aniversário. Pode ir tirando esse uniforme e trate de vestir uma roupa bonita e confortável. Vamos sair.

— Pra onde? – Ela perguntou animada.

— Surpresa, faz parte do seu presente.

A menina deixou as lágrimas de lado e colocou um lindo sorriso no rosto. Enquanto trocava sua roupa, Blaine foi à cozinha e preparou um café da manhã especial para a pequena. Tracy apareceu na cozinha com um vestido florido, uma tiara nos cabelos e uma sapatilha.

— Você está linda. Fiz panquecas de chocolate. – Os olhos da menina brilharam, eram suas panquecas prediletas.

Pai e filha tomaram café da manhã alegremente, Tracy se esqueceu do evento que acontecera mais cedo com Kurt, e tentava de todas as maneiras tirar alguma pista sobre seu presente de aniversário. Depois de terminar o café, o moreno foi tomar o seu banho, vestiu uma bermuda branca e uma camiseta listrada. Pegou seus óculos escuros, sua carteira e foi até a sala.

— Vamos?

— Sim, mas o senhor não vai me dizer mesmo pra onde estamos indo?

— Só posso dizer uma coisa. É um lugar que você nunca foi.

— Ah, pai. Assim não dá pra adivinhar. – Ela diz com uma cara triste.

— Deixe de ser curiosa e vamos logo, Ariel.

Ela abriu um sorriso e saiu do apartamento com o pai. Quando estavam no carro, Blaine seguiu caminho até o New York Aquarium, durante todo o caminho foram cantando e conversando animadamente. Assim que chegaram os olhos da menina brilharam de empolgação.

— Pai, eu não acredito. Eu queria vir aqui faz tempo e você nunca me trouxe.

— Estava esperando o momento certo. Gostou?

— Eu amei, vamos logo. – Ela disse saindo do carro pulando de alegria. Blaine sorriu, ver sua filha contente não tinha preço, era a melhor coisa do mundo.

Eles entraram no lugar e Tracy ficou maravilhada, a cada cantinho que eles iam, a cada animal marinho que ela via, ficava com um sorriso enorme nos lábios.

— Papai, seria muito legal se tivesse sereias aqui. – Ela disse enquanto encarava um tubarão enorme.

— Pena que são só seres mitológicos.

— Sabe o que seria muito legal? – Ela pergunta.

— O que?

— O senhor me contar a história da pequena sereia aqui. Enquanto vamos vendo todos os peixes, eu posso imaginar que estou no fundo do mar. – Ela fala com os olhos brilhando e com o pensamento longe.

— Eu vou tentar. Você me ajuda se eu por acaso esquecer alguma parte? – Ela afirma com a cabeça e espera o moreno começar a história.

“O rei Tritão, o grande Rei dos Mares, tinha muitas filhas, que adoravam o reino submarino no qual eles viviam. Mas a filha mais nova do rei, Ariel sonhava com o mundo acima da superfície - o mundo dos humanos. Apesar de seu pai ter pedido a ela que nunca fosse até lá, Ariel sempre lhe desobedecia. Ela e seu amigo Linguado gostavam de visitar Sabidão, a gaivota. Sabidão explicava-lhes tudo sobre os objetos dos humanos que Ariel encontrava no fundo do mar. Um dia Tritão soube que Ariel sempre subia à superfície e ficou furioso.

Como ele estava preocupado com a segurança da filha, pediu a Sebastião, o caranguejo, que ficasse de olho nela. Poucos dias depois Ariel avistou um navio.

— Humanos! - disse ela, nadando rapidamente em direção à embarcação.”

 

O moreno enquanto contava a história, mudava o tom de voz nas partes dos personagens, causando risos em Tracy.

“Ariel reparou que havia diversos marinheiros e um belo príncipe, que se chamava Eric. Foi amor à primeira vista!

Repentinamente, uma tempestade! O navio não resistiu e Eric caiu no mar.

— Eu tenho de salvá-lo! - gritou Ariel.

Ela segurou o príncipe com toda força e nadou até a praia, salvando-lhe a vida.

Ariel estava apaixonada!!

O rei Tritão ficou furioso quando soube que Ariel estava apaixonada por um humano, então destruiu todos os seus tesouros.

Ariel chorou muito, aquele era o seu tesouro favorito, o lugar que ela mais gostava.

Enquanto isso, Úrsula, a Bruxa do Mar, através de sua bola de cristal via tudo.

— Vou atingir o rei Tritão por meio de sua filha - planejou Úrsula.”

 

— Odeio a Úrsula, ela é a pior vilã que pode existir. – Tracy fala encarando um polvo no aquário se lembrando de como a vilã era nos filmes.

— É mesmo, além de ser muito feia. – Blaine ri e sua filha o acompanha caindo na gargalhada.

“A bruxa mandou suas enguias de estimação, Pedro e Juca, à gruta de Ariel, que convenceram a pequena sereia de que Úrsula poderia ajudá-la a conquistar seu amado príncipe.

Então ela foi ao encontro de Úrsula.

A proposta de Úrsula era tornar Ariel humana por três dias, se ele a beijasse antes do pôr-do-sol do terceiro dia ela ficaria com ele, caso contrário ela se tornaria escrava de Úrsula. E o preço pelos serviços seria a sua voz!

Após Ariel aceitar a proposta, a bruxa lançou-lhe um feitiço. Uma incrível transformação aconteceu. Apareceram pernas e sua voz ficou presa no colar de Úrsula.

O príncipe parecia não acreditar que aquela teria sido a garota que o salvara, pois ela não podia falar. Assim mesmo levou-a até o castelo.

Quase acontecia o beijo.

A bruxa percebeu e transformou-se numa donzela, falava e cantava com a voz que estava presa em seu colar. Eric acreditava ser a tal garota, portanto se casaria com ela.”

 

— O Eric é tão lindo, parece com você papai.

— Você acha?

— Sim, menos com esses cachos. – Ela fala rindo.

“Pobre Ariel estava enfeitiçado!

De repente Sabidão vê a imagem da noiva refletida no espelho, era a Úrsula, a Bruxa do Mar.

Rapidamente elaborou um plano.

Arrancou do pescoço da noiva o colar com a concha.

Esta quebrou-se, e Ariel recuperou sua voz, mas se transformou em sereia novamente, sendo levada por Úrsula para o fundo do mar.

De repente, um arpão atingiu o ombro de Úrsula. Era o príncipe Eric que viera resgatar Ariel!”

 

— O senhor está contando muito rápido. – Ela falou com uma careta.

— Desculpe filha, quando chegarmos em casa assistimos o filme juntos pode ser? – Ela concordou. – Agora me deixe terminar.

“Ele lutou com todas as forças, até que o navio do príncipe chocou-se contra ela, destruindo a diabólica Úrsula.

Ela realmente o ama, não é?- disse o Rei dos Mares a Sebastião.

— É verdade - respondeu o caranguejo.

— Nesse caso, não poderei manter minha filha junto a mim - disse Tritão.

Então o rei lançou um raio mágico na cauda da pequena sereia.

Naquele mesmo dia se casaram. Logo após a cerimônia, o príncipe e a pequena sereia saíram navegando em lua-de-mel e viveram felizes para sempre.”

 

— E fim. – Ele diz sorrindo.

— Adorei, é realmente muito engraçado quando o senhor muda a voz pra falar feito a Ariel. – Ela diz rindo. – Obrigado papai, esse foi o melhor presente de aniversário do mundo.

— De nada querida, é sempre bom ver esse sorriso no seu rosto. – Ele diz a abraçando. – Agora vamos porque ainda não acabou o seu presente.

— Para onde vamos agora? – Ela pergunta curiosa.

— Vamos almoçar e depois tenho algo pra te dar. Mas esse “algo” está em casa.

Eles foram caminhando até o carro e o moreno deu partida até um restaurante com tema do fundo do mar.

Vogue.com

Enquanto isso no trabalho, Kurt estava mais uma vez de mau humor. Tudo essa semana estava em cima dele, além de novas peças para serem feitas, tinha algumas coisas pra organizar e supervisionar. Um de seus companheiros de trabalho entrou em sua sala para entregar as fotos do edital.

— Aqui Kurt, todas as fotos escolhidas pela equipe.

— Obrigado Peter.

— A propósito. Parabéns!

— Pelo o que? – Ele pergunta confuso.

— Hoje não é o aniversário de sua filha? – O castanho parou por um segundo até que sua ficha caiu, ele esquecera completamente o aniversário de sua pequena.

O castanho não deu muita atenção a Peter e saiu correndo até a sala de Isabelle.

— Isabelle, eu posso sair mais cedo hoje?

— Pode por quê?

— Eu me esqueci do aniversário da minha filha. – Ele diz quase começando a chorar.

— Ah meu deus Kurt, o que deu em você? Vá logo, e de um beijo nela por mim. – O castanho assentiu e foi voando pra casa.

Enfrentou um trânsito de uma hora, e quando chegou ao apartamento por volta das 19h40min o encontrou vazio, sem sinal de Blaine ou Tracy. Rapidamente pegou seu celular e ligou para o marido, mas o mesmo deixou o celular em casa. Kurt sem saber o que fazer, resolveu esperar eles chegarem.

Blaine e Tracy

Tracy estava tendo o dia mais feliz da sua vida, junto ao seu pai B. Mas sentia falta do seu outro papai. Eles depois do almoço foram ao cinema e tomaram um sorvete. Chegaram em casa por volta das 20h30min, no elevador Blaine explicou seu presente para Tracy.

— Olha só, seu presente está espalhado pelo seu quarto, vou dizer os lugares. – Ela só fez concordar com a cabeça animada com o que estava por vir. – Tem um embaixo da cama, outro em cima da sua mesinha de cabeceira, um na sua estante e outra na sua mesinha de estudo. – Mas não era só isso. O quarto da garota estava todo “repaginado” e tudo com o tema da Pequena Sereia. Rachel e Jesse passaram a manhã e tarde inteira arrumando o novo quarto de sua afilhada.

Assim que a porta do elevador abriu, a garota correu até a porta do apartamento. Quando seu pai abriu a mesma, Tracy saiu em disparada até o quarto, sem nem sequer reparar Kurt sentado no sofá. Blaine entrou rindo e assim que escutou o grito animado de Tracy levantou o rosto e viu a garota correr até seus braços. O castanho assistiu tudo com lágrimas nos olhos por não estar participando desse momento.

Assim que Blaine viu Kurt, sua expressão mudou.

— Tracy, porque você não vai curtir o seu quarto novo e me deixa conversar com seu pai K? – Ela assentiu e saiu até seu quarto com a cabeça abaixada sem olhar para o castanho.

Assim que ouviram a porta do quarto ser fechada, Kurt iniciou sua fala...

— Blaine, me desculpe... – O moreno não deixou Kurt terminar de falar e o interrompeu.

— Não quero saber de suas desculpas Kurt, esquecer nosso aniversário de casamento, tudo bem isso eu aceito. Mas o aniversário da sua filha?! Aquela que passamos meses esperando nascer, conversando e imaginando como seria seu rosto, isso é demais. Você passou dos limites. – Kurt escutava tudo com lágrimas nos olhos. – Tudo isso por causa desse seu trabalho.

— Desculpe se estou tentando trazer dinheiro pra sustentar essa família. – Kurt explodiu e se exaltou. Blaine olhos pra ele com raiva nos olhos.

— Então quer dizer que eu não trabalho? Eu não coloco dinheiro em casa? Tudo bem Hummel, você está certo. – Blaine se retira e vai para o quarto da filha. Passa alguns minutos e depois volta à sala.

— Blaine vamos conversar como adultos, por favor. – Kurt implora.

— Não temos nada pra conversar Kurt, eu só peço que passe um tempo com sua filha, ela sente sua falta. – “E eu também.” O moreno completou em seus pensamentos e saiu porta a fora do apartamento, deixando o castanho sozinho na sala, chorando.

Kurt secou suas lágrimas e foi até o quarto de sua filha, quando abriu a porta ficou maravilhado com a mudança que tinha acontecido. O quarto tinha o papel de parede igual ao fundo do mar e tudo lembrava o filme favorito da filha. Ele viu Tracy sentada em sua cama lendo algum livro.

— Oi filha. – Ele falou com a voz calma. A garota não deu tanta atenção e continuou a ler seu livro. – Me desculpe, por tudo. – O castanho começou a chorar novamente e Tracy percebeu que ele estava sendo sincero e o abraçou.

Passaram alguns minutos abraçados e Kurt finalmente continuou...

— Feliz aniversário meu amor, me desculpe por ter esquecido, me desculpe por não dá a atenção devida, por estar tão afastado de você. Eu sinto muito.

— Tudo bem papai, eu sei que o seu trabalho é importante e que você é muito dedicado, mas eu não sou a única que estou sentindo sua falta aqui. Papai Blaine anda chorando pelos cantos, ele sente sua falta, ele anda triste e cabisbaixo todos os dias, eu até pensei que ele ficaria melhor semana passada quando estava arrumando uma noite de filmes para vocês, mas no outro dia ele acordou pior.

— Hoje é nosso aniversário de casamento, e eu me esqueci disso também. – Kurt fala abaixando a cabeça. – Eu não sei o que fazer.

— Tente trabalhar menos, passar mais tempo comigo e com o Papai.

Ele para pra pensar e vê que sua pequena tem razão.

— Prometo que vou arrumar essa grande burrada que eu fiz. – Ele diz prometendo a sua filha e a si mesmo. – E então como foi oseu dia? E quem te deu esse presente lindo? Seu quarto está perfeito. Desculpe-me, não tive tempo de comprar seu presente, quando me lembrei tudo que fiz foi correr pra casa pra te ver, mas você não estava aqui.

— Tudo bem papai, não precisa de presente. - Ela fala saindo de sua cama e andando até a mesinha de estudo. – Tudo o que eu mais quero é que você se acerte com o papai B. E foi a madrinha Rachel e o tio Jesse que ajudaram o papai arrumar o quarto. Eles arrumaram tudo enquanto eu estava fora com o papai, e tem aqui no bilhete que vou sair com eles amanhã à tarde.

— Você passou o dia fora de casa? Que legal, pra onde vocês foram?

Tracy contou tudo o que fez durante o dia, e a cada momento relatado um sorriso nos seus lábios se formava. Depois de quase uma hora conversando, já estava tarde e a menina tinha que dormir.

— Está na hora de dormir, filha. – Ele diz cubrindo-a com o edredom. – Até amanhã meu anjo, durma bem.

Ele deu um beijo em sua testa e foi até a sala, seu marido ainda não tinha retornado, então foi para seu quarto. Deitou em sua cama e começou a pensar em um jeito de consertar tudo isso, quando conseguiu formar algo em sua mente, a porta foi aberta. Blaine entrou e seguiu até o banheiro, demorou alguns minutos e saiu com uma toalha enrolada na cintura, seguiu até o closet, saiu de lá vestido em seu pijama, foi até seu lado da cama e pegou seu travesseiro e saiu do quarto sem dizer uma palavra, entro no quarto da sua filha, a mesma ainda não tinha dormido.

— Posso dormir com você? – Ele perguntou acanhado.

— Claro papai. – Ela se afastou e deixou um espaço para ele na cama. Os dois deitaram e Blaine fez cafuné na cabeça da garota até ela adormecer, dormindo em seguida.

Eram quase duas da madrugada e Kurt ainda não conseguia dormir, tudo o que fazia era chorar. Ele estava realmente arrependido, mas tinha que tomar uma decisão. Ou sua família ou seu trabalho. E ele já sabia qual dos dois escolher.

[...]

Kurt mal conseguiu dormir, então acordar não foi um problema. Saiu ainda de pijama à procura de Blaine na sala, mas não o achou, então foi no quarto de Tracy e viu a cena mais fofa de todas. Blaine e sua pequena dormindo abraçados, Kurt ficou observando as duas pessoas mais importantes pra ele por alguns minutos e depois foi tomar seu banho para ir até a Vogue.

Chegou ao prédio onde trabalhava uma hora depois e foi direto pra sala de sua chefe.

— Isabelle, precisamos conversar.

— Pode falar Kurt.

Casa dos Hummel-Anderson

Blaine e Tracy acordaram minutos depois que Kurt saiu. Fizeram toda a rotina e Blaine foi levar a pequena pra escola, lembrando-a de que Rachel iria buscá-la para o passeio.

— Até de noite filha, te amo! – Ele disse dando um beijo na sua cabeça.

— Também te amo papai, muito mesmo. – Ela disse o abraçando.

Blaine seguiu seu caminho, passou no supermercado pra comprar algumas coisas que faltavam em casa e voltou para a mesma, horas depois de ter saído.

Entrou em seu apartamento cheio de sacolas nas mãos e seguiu até a cozinha colocando tudo em cima do balcão.

— Blaine? – Perguntou Kurt entrando na sala, o moreno não respondeu. Kurt ficou encarando-o, mas o mesmo continuava mudo. – Vamos lá, você vai ficar sem falar comigo? Não seja infantil, precisamos conversar.

— O que você quer Kurt? – Ele perguntou começando a ficar irritado.

— Quero conversar com você, como adultos. Não adolescentes imaturos, quero me acertar com você. Pedir desculpas...

— Já disse que não quero saber das suas desculpas. Não adianta você sempre pedir, mas nunca mudar seus atos pra concertar seus erros. Estou cansado disso.

— Eu mudei.

— Não acredito em você. – Blaine disse saindo da cozinha sem dar a mínima pra Kurt.

— Eu pedi demissão. – Kurt falou alto e em bom tom.

Blaine parou no meio da sala, surpreso com a atitude do castanho. Virou-se e o encarou.

— Você o que?

— Eu pedi demissão, conversei com Isabelle e ela me promoveu... – A expressão de Blaine ficou seria. – Agora os meus desenhos são exclusivos da Vogue, vou fazer minha própria coleção pra revista, e o bom nisso tudo é que posso trabalhar em casa, só preciso ir a Vogue quatro vezes na semana pra acertar os detalhes.

Blaine estava chocado. O castanho pensou em se demitir por eles.

— Me desculpa, sei que fui um péssimo marido e principalmente um péssimo pai durante o ano que se passou. Prometo me redimir, participar da vida de Tracy como era antigamente, cuidar de você, te dar carinho e atenção. Por favor, me perdoe. Eu não sei viver sem você na minha vida, sem Tracy. – Kurt estava rompendo em lágrimas e Blaine não estava diferente. – Por favor.

Kurt estava implorando, o castanho chorava como um bebê. Blaine sem saber o que fazer, só abraçou o seu marido com força, como se fosse perdê-lo novamente.

— Eu te amo, demais. – Kurt falou soluçando.

— Também te amo, nunca mais faça isso. Nunca mais fique distante de nós. Senti sua falta. – Ele diz e logo atacou os lábios do seu marido, em um beijo molhado e cheio de saudades.

— Comprei um presente pra você. – O castanho diz indo até sua bolsa e tirando uma caixa pequena retangular. – Lembra que você perdeu sua gravata borboleta, aquela que usou no dia em que me pediu em casamento? Eu achei igual e comprei pra você.

— Ai meu deus Kurt, onde você achou? Eu amava essa gravata. – Ele disse com brilho nos olhos. – Obrigado. – Ele falou e beijou o castanho.

— Você me perdoa?

— Sim, te perdoou.

Blaine estava morrendo de saudades dos beijos e do corpo do castanho, então aquela reconciliação terminou na cama. Eles curtiram a tarde toda, já que Tracy estava com sua madrinha.

[...]

As 19h30min, a campanhia tocou. Kurt deixou Blaine na cama, vestiu seu roupão e foi atender a porta.

— Oi Papai.

— Oi filha, como foi seu dia? Oi Rachel, como você está?

— Oi Kurt, saudades de você. Bom, estou bem, mais infelizmente tenho que ir, Jesse está me esperando com Barbra no carro.

— Manda um beijo pra sua pequena estrela.

Rachel se despediu de Kurt e Tracy e saiu do apartamento.

— Cadê o papai B? Vocês conversaram?

— Sim, estamos bem. Ele está no quarto.

— Kuuuuuurt... – Blaine chamou.

— Já vou querido, Tracy chegou. – Kurt respondeu com um grito.

— Vou ao meu quarto guardar minha mochila.

— Depois passe lá no meu quarto tem algo que quero pra te dar!

A menina foi para seu quarto e Kurt seguiu para o seu. Assim que entrou viu Blaine de cueca na cama.

— Vista uma roupa Tracy vem daqui a pouco aqui.

Blaine foi ao banheiro, e Tracy entrou no quarto.

— Oi Ariel, fiquei com saudades. – Blaine disse saindo do banheiro com uma calça moletom e uma regata branca.

— Não mais que eu. – Kurt falou abraçando a garota.

— Senti falta disso. – Ela respondeu. – Falta de vocês dois assim, juntos e felizes.

Os dois sorriram e se encararam realmente isso fez falta na vida dos três e agora o castanho nunca mais irá cometer esse erro. Kurt pegou uma caixinha na mesinha ao lado de sua cama e deu a Tracy.

A garota abriu a caixa e dentro dela havia uma pulseira com alguns pingentes.

— Sua inicial, a minha e do seu pai, uma nota musical, uma estrela, uma gravata borboleta porque é a “marca” do seu pai, uma concha por causa da sua obsessão pelo fundo do mar e a cauda de uma sereia por causa da Ariel. – Ele foi explicando e apontando todos os pingentes que tinham na pulseira. – E a cada aniversário, iremos completar com outro pingente até a pulseira ficar completa, ou seja, quando você fizer dezoito anos.

Tracy ficou emocionada, ela deu um abraço apertado em Kurt e agradeceu.

— Tenho mais uma coisa pra você, na realidade são duas. Eu desenhei uma roupa pra você e no final do ano vamos a florida conhecer os parques da Disney e você vai conhecer a Ariel. Seu presente de aniversário, meu e de seu pai. – O castanho disse sorridente e o moreno assentiu, eles tinham decidido isso no começo da tarde.

— Ah meu deus, serio?! Obrigado. – Ela disse com lágrimas nos olhos, abraçando os dois ao mesmo tempo. – Eu amo vocês.

— Também te amamos querida. – Blaine respondeu.

A noite continuou com conversas animadas em relação à viagem, a menina contou como foi seu dia com sua madrinha e o que ganhou de presente.

Depois de todos os altos e baixos, das brigas e da saudade, ele percebeu qual era o real valor de sua família. Não importa o dinheiro, o trabalho, o sucesso se você tem as pessoas certas ao seu lado, lhe dando carinho e felicidade a todo o momento. E assim, a família Hummel-Anderson estava feliz novamente, unidos mais do que nunca.

— Tracy, o que você acha de um irmãozinho? – Blaine perguntou.

— O que?! – Kurt e Tracy falaram ao mesmo tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? E sim... talvez tenha a continuação! Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Real Price of a Family." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.