O Amor Impossível escrita por ludiangelo
- Vamos embora daqui- disse Nico.
Eu assenti ainda chorando. Ele se levantou me abraçando, e andou comigo até o rio invisível de Caronte, ah, sim, o Rio Styx, eu me lembrei nesse momento de vários mitos da mitologia grega, o Rio Styx, o Monte Olimpo, tudo que eu sabia veio a minha mente naquele momento.
- Como vamos voltar sem Caronte aqui?- Perguntei.
Ele olhou para mim com os olhos tristes, deveria ser de pena, ele me deu uma pequena bolinha de gude.
- Tenho várias dessas- disse ele.- Pise nela e mentalize aonde você quer ir.
- Não quero voltar ao acampamento- disse eu.- Não mais.
- Apenas deseje sair daqui.
Eu coloquei a bola no chão, e ele fez o mesmo com uma dele, nós pisamos ao mesmo tempo, esmagando-a inteira, e de repente estávamos do lado de fora do Estúdio Morto Ao Chegar.
- Aonde vamos?- Disse Nico.
- É uma boa pergunta- disse eu.
- Vamos seguir reto, pra ver onde vai dar?
- Tá bom- eu assenti.
Paramos de caminhar quando o sol se pôs, nós não tinhamos onde ficar, eu estava cansada, minha mente estava sobrecarregada com todas as palavras de Hades. Mesmo com toda a raiva que eu estava sentindo por Mariana eu queria que ela estivesse ali conosco, para arranjar um lugar para nós dormirmos.
- Aly- disse Nico quando o a luz do sol simplesmente sumiu, e as únicas luzes que iluminavam nosso caminho eram a dos neons.- Acho melhor arranjarmos algum lugar pra dormir.
- Concordo- disse eu.- Mas, onde?
- Têm algum dinheiro?
- Não...
Ele enfiou as mãos nos bolsos, procurando alguma coisa.
- Aqui- disse ele tirando alguns dólares do bolso.
- Onde você achou isso?
- No chão- disse ele.- Eu sou muito sortudo... admito.
- Achar dinheiro no chão não é lá tanta sorte.
- Não me referia a isso.
Eu o observei com curiosidade.
- A quê se referiu?
- A você.
Eu corei.
- Bem...- disse eu mudando de assunto.- Onde podemos ficar com... 150 dólares... ooou, uau! 150 dólares no chão!?
- É... bem, é pouco, eu sei, mas para uma noite, num hotel bem fraco acho que dá... mas, se você quiser um hotel melhor, pode fazer serviços extras...- ele começou a rir.
- Nico!- disse eu empurrando ele, acabando rindo também.
- Eu tô brincando- disse ele.- Mas eai, prefere ter um lugar pra dormir, ou comida?
- Hum... um lugar pra dormir, e outra, hotéis sempre tem aquelas castainhas grátis.
- Grátis? Talvez...- disse ele.- É só achar algum.
- Certo- disse eu.
Eu olhei em volta, e depois andei um pouco, com Nico indo atrás de mim. Eu achei um hotel bem simples, mas agradável.
- Que tal aqui?- Perguntei.
- Ótimo- disse ele sorrindo.
Nós entramos no hotel, era bonito pra falar a verdade, as paredes eram meio avermelhadas, o teto alto, o chão era de madeira, havia um pequeno hall de entrada, com alguns sofás e uma mesa de centro com um aquário com peixes dourados pequenos.
Nico foi até o balcão onde estava o recepcionista, eu fui atrás dele.
- Boa noite- disse ele.
- Boa noite- disse Nico.- Queremos um quarto... hum... com duas camas de solteiro?- Ele se virou para mim e eu assenti.- É, duas camas de solteiro.
- Sim, quantos dias?
- Apenas essa noite.
- Certo, são 280 dólares.
Eu e Nico trocamos olhares angústiados.
- 208 dólares? Qual quarto tem por 150?
- 150... 150...- disse o recepcionista mechendo no computador.- Um quarto de solteiro, e ainda nem é 150, é 100.
Nico se virou para mim.
- É o quê tem.
- Tá...- disse eu.
O recepcionista entregou a chave para Nico, e nós fomos em direção as escadas, que grunhiam à cada passo nosso.
- É aqui- disse Nico parando no primeiro andar e se virando a direita, ele andou até o meio do corredor e olhando cada número, até parar em uma porta escrito nº 189, ele abriu a porta com a chave e ligou a luz do quarto, depois trancou a porta.
- Pequeno- disse eu.
- É...- disse ele.- Pode dormir na cama, eu durmo no tapete.
- Nico, você não é cachorro, dorme na cama, e eu... dou um jeito.
- Não, nada disso, as damas tem privilégio.
- Ok...
- Pronto, você na cama e eu no chão.
- Não era isso que eu ia dizer- retruquei.- Nós cabemos os dois na cama.
Nico corou.
- É... é... claro.
Eu revirei os olhos.
- Vou tomar banho- disse Nico.
- E por a mesma roupa?- Perguntei.
- Ah... é verdade, é que eu tô com calor.
- Eu também, ninguém merece esse verão- disse eu.- Bom, pelo menos você tem uma alternativa, tira a camisa.
- É impressão minha ou você ta abusada hoje?
- Ha... ha!- Disse eu.
Ele sorriu.
- Não vou tirar a camisa na sua frente.
- Quer que eu arranque ela de você?
- Huum... então não era impressão!
Em empurrei Nico e ele caíu no chão, me puxando junto com ele, eu sorri e beijei ele.
- Eu te amo- disse eu.
- Não sabe como é um alívio ouvir isso- disse Nico.- Eu também te amo.
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Gostaram? então deixem reviews =DD [gente, relaxem, na parte 2 eles não vão fazer... "coisas feias", a fic é pra 13 anos, non pode XD]