Hunter and Hunted escrita por Mary Stones


Capítulo 2
Capítulo 2




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Londres, Inglaterra. 15 de março de 2014

– Lamento muito, mas não houve sobreviventes.

John Read era médico naquele hospital há mais de vinte anos e nunca tinha visto um caso como aquele. Naquele caso, o homicida não se limitou a matar as suas vítimas. Ele queria que elas sofressem até ao último minuto e que implorassem para ele as matasse. Ele colocou as suas vítimas (Carrie Jones Potts de quarenta e cinco anos, Ian Potts de quarenta e sete anos, Christopher Moon de vinte anos, Logan e James Potts de dezanove anos, Alexis Evans de dezanove anos, Morgana Blake de dezoito anos, Marlene Potts de dezasseis anos e Christian Potts de cinco anos – no total de nove vítimas) em banheiras de água com gelo durante duas goras, tendo o cuidado de nenhuma das suas vítimas morresse de hipotermia. Após isso, torturou-os com electricidade durante sete horas. Quando deu-se por satisfeito, decapitou as vítimas, da mais velha para a mais nova. Mas antes de incendiar a casa, pegou em cada uma das cabeças das vítimas e levou-as, como se elas não passassem de simples trofeus.

Rebecca Lahey deixou-se cair na cadeira. O bastardo do William tinha conseguido o que queria. Tinha eliminado toda a sua família e todos os que poderiam, num futuro não muito longínquo, juntar-se à sua família. Agora iria divertir-se, enviando a cabeça de cada uma para ela, já que não havia mais nenhum familiar para que …

– Ainda falta o Isaac. – Rebecca sussurrou, amaldiçoando-se por se ter esquecido do facto de ter um irmão gémeo em Beacon Hills, na Carolina do Norte. Agora que a sua tia morreu e todos os seus descendentes, a maldição iria para a única pessoa sem ela: Isaac Lahey. E isso significava ter que se mudar para a sua antiga casa no estado da Carolina do Norte. Sabia, por experiencia própria, que quando se recebe a maldição e se começa a ver o mundo por outros olhos, as pessoas pensam estar a ficar loucas. Ou então tem o azar de ver um Wesen transformar-se, e este mata-lo.

Suspirando, Rebecca levantou-se da cadeira e saiu em direcção da morgue. Ainda havia umas coisas a ser tratadas em Londres ande de rumar para os Estados Unidos da América.

Beacon Hills, Carolina do Norte, EUA, 16 de março de 2014

– Eu juro Scott! Aquele homem transformou-se numa espécie de lobisomem maluco com olhos vermelhos. Eu ainda sei o que vi. – Stiles gritou para Scott. Naquele dia, quando estavam a regressar para casa, avistou um homem, com que parecia a de um lobisomem quando se transformava, além de um par de olhos vermelhos-sangue. Mas parecia que ele era a única pessoa que tinha reparado na transformação do homem. Quando chamou Scott para ver se ele também o via, Scott negou, dizendo que era apenas um homem normal.

– Então explica-me o porque de ninguém ter visto isso. – Scott tinha medo de que o amigo começasse a ficar maluco depois da experiência de ser possuído pelo Nogitsume, um demónio japonês. Ele sentia-se culpado, afinal de contas foi por causa dele que o seu melhor amigo foi arrastado pata o mundo dos lobisomens e outras criaturas sobrenaturais.

– Scott, eu não estou maluco nem coisa do género. Mas eu vi um homem parecido com um lobisomem, com uns lindos olhos vermelho-sangue e umas amigáveis presas. Eu só não sei explicar o porque de mais ninguém ter visto isso. – Desabafou Stiles.

Stiles olhou para o melhor amigo, tentado descobrir o que diabos tinham acontecido. Mas cada vez que pensava, encontrava-se sempre num beco sem saída. Tinha a ligeira impressão que faltavam peças no puzzle para ele entender tudo isso. E que as peças que faltavam era peças-chave.

– O que o Stiles viu, eu também vi. Portanto se ele estiver maluco, eu também estou. – Isaac entrou na sala, sentando-se no sofá que estava vazio. – E eu não me lembro de ser possuído por alguma coisa nos últimos anos.

– E tu estavas ai à quanto tempo? – Perguntou Scott curioso. Depois da morte da caçadora, todos pensavam que Isaac iria sair da cidade, mudar de ares para tentar esquecer a caçadora. – Tu não devias estar a fazer as malas para ires embora?

– Eu estava a ouvir desde o início. E eu não vou embora pelo menos para já. – Isaac falou. Olhando para a cara de confusão de Stiles e vendo que este estava-se a preparar para fazer uma pergunta, acrescentou – Não dá para mudares de cidade quando não sabes se alguém vai transformar-se uma espécie e criatura sobrenatural, que só tu podes vê-la e depois de dizer que és um Grimm, ou tenta matar-te ou foge a sete pés.

– Um Grimm? – Scott perguntou. Sabia o que era um Grimm. Afinal de contas a irmã do se pai era uma. Mas tinha esperança que apenas tivesse ouvido mal ou que Isaac tivesse ouvido mal. A tia sempre lhe dissera que ser um Grimm era uma maldição que teria que suportar até ao fim da vida e graças a ela, a morte poderia vir mais rápida do que se pensava.

– Sim. Um Grimm. – Disse Isaac. – Tu por acaso sabes o que é um Grimm?

– Olha a minha tia sabe o que é e ela vai ficar alguns meses por aqui. Quando ela chegar pergunta-lhe o que é um Grimm.

Antes que eles perguntassem alguma coisa, Scott levantou e foi em direcção ao quarto. Não queria acreditar que dois elementos do seu pack tinham recebido a maldição que a sua tia tinha recebido com a morte do seu avô paterno. Foi graças a essa maldição que Artemis se afastasse da família. Das poucas vezes que tinha visto a sua tia, ela sempre lhe dissera que era um perigo ela estar à beira da ex-cunhada e do filho e que os seus inimigos poderiam aproveitar-se disso para ficarem com a chave, que ela religiosamente guardava sabe-se-lá-a-onde.

Ouvindo o telemóvel a tocar, pegou nele e olhou o visor. Atendeu e disse:

– Olá, Kira.

– Scott, reúne o pack e vem a minha casa. Não faças perguntas. Quando chegares aqui respondo-te a todas. – Kira falou, desligando o telemóvel logo após falar aquilo. Scott pegou no telemóvel e começou a mandar mensagens para a Lydia, Danny, Peter e Derek para se reunirem na casa da Kira. Saiu do quarto, tendo o cuidado de fechar aporta. Se algum curioso fosse ali, poderia ver mais do que esperava. No seu armário além de coisas relacionadas ao mundo dos lobisomens e do seu pack, também tinham coisas relacionadas com o mundo dos Grimm e coisas que a sua tia tinha pedido que ficasse na sua casa na sua última visita.

Ao fechar à sala, reparou que tanto Isaac como Stiles estavam entretidos a ver uma serie de vampiros e, ironicamente, de lobisomens. De tão concentrados que estavam a assistir a serie, não separaram que o moreno estava na sala.

– A Kira pediu que fossemos à casa dela. – Falou Scott, tomando a atenção que eles tinham na televisão. – E não me façam perguntas. Ela não me deixou perguntar nada. A única coisa que falou é que era urgente.

Dez minutos depois estavam à porá da casa dela. Os carros de Lydia, de Peter, de Derek e de Danny já estavam estacionados na rua, o que por outras palavras queria dizer era que eles eram os últimos a chegar e que provavelmente os que estavam na casa estariam à espera deles.

Tocaram à campainha e apareceu-lhe um Derek Hale irritado, o que não era uma coisa nova para eles que se habituaram a vê-lo sempre assim e praticamente nunca o tinham visto com outra expressão na cara que não fosse de irritação. Ao entrarem na casa, reparam que as cosas que costumavam ficar no hall de entrada tinham desaparecido e que no seu lugar havia caixas. E em todas as caixas havia uma etiqueta com um New York escrito. Foram em direcção à sala e viram que se passava a mesma coisa que no hall de entrada, tendo ficado apenas algumas cadeiras embrulhadas num plástico com a mesma etiqueta que as caixas do hall.

Ao ver que todos já tinham chegado, Kira entrou na sala.

– Qual é o motivo de estarmos aqui mesmo? – Perguntou Peter.

– Eu só vos queria avisar que a minha família e eu vamos regressar a New York. – Começou Kira. – O que a minha mãe tinha que fazer nesta cidade já está feio, além que o meu pai recebeu uma proposta para voltar a ser o professor de história da Universidade da Columbia. E a minha mãe quer que eu me afaste dos problemas sobrenaturais que estão ligados a esta cidade.

Ao ouvirem esta notícia, todos ficaram em choque. Apesar de ser nova na cidade, muitos que estavam ali presentes já a consideravam uma amiga e parte do pack. Seria difícil para muitos despedirem-se dela. Mas todos sabiam que a mãe dela tinha razão. A cidade, por algum motivo que ainda ninguém perdera tempo a descobrir, sempre atraiu as criaturas do sobrenatural desde a antiguidade. E também sabiam que Kira, sendo nova neste mundo de criaturas sobrenaturais, poderia magoar-se e quem sabe morrer por causa deste mundo. Preferiam que ela fosse viver noutro estado do que vê-la morta.

– E quando é que partes? – Perguntou Lydia.

– Hoje.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem deste capítulo e que me desculpem pelos erros que cometi.



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