Desenhando nas Nuvens escrita por Miss Addams


Capítulo 1
Vancouver


Notas iniciais do capítulo

Venga!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/638761/chapter/1

Toronto, Canadá

Ela não sabia realmente o que estava sentindo naquele momento. Claro, além do frio daquele país, naquele fim de ano, naquele fim de dia, naquele inverno, e naquele momento, naquele fim de mundo.

Talvez fosse injusto classificar assim aquela cidade tão bonita, mas ela não imaginava que fosse estar ali, não por ele.

Quando num dia em que dispensou sua empregada e decidiu por ela mesma, fazer uma limpeza em sua casa, além das dores no corpo especialmente nas costas na região da bacia, não esperava reencontrar aquele pedaço de papel que ela mesma escondeu. Depois de tomar todos os remédios para as suas dores e estar devidamente acomodada em sua cama de casal confortável, ela olhou de novo com mais calma e com mais atenção.

Uma carta. Na verdade, ela gostava de pensar assim por que em realidade era um bilhete, com um conteúdo direto e... Grosseiro? Sincero? Insignificante? Intenso?

Na época que o recebeu ela estava com tanta raiva que só queria rasgá-lo, entretanto não teve coragem, então o escondeu para reencontrá-lo hoje anos mais tarde. E tudo começou a parti daí.

O desejo. E a pesquisa.

A pesquisa?

Começou por seu celular, não tinha números. Depois e-mails, não havia letras, underline, arroba, sequer. Redes sociais, estavam desatualizadas, então ela voltou para o celular e ligou para as pessoas que poderiam lhe dar notícias, ninguém sabia de nada, até que se lembrou de pessoas do seu trabalho era o elo mais perto e distante que os ligam ainda.

Descobriu que ele tinha viajado, Cancún de férias iria logo que visitasse a mãe, mas pronto ele voltaria para a Capital.

Novamente a estaca zero.

Os antigos colegas de trabalho, os que foram mais próximos, algum deles tinha que ter alguma notícia. A primeira? Não. O Segundo? Também não. A Terceira? Nem ideia. Quando sua esperança estava acabando tentou e com o quarto, como foi?

Foi assim que conseguiu um endereço e uma possibilidade de encontrá-lo. Ah, se Christopher não fosse comprometido, ela lhe daria um beijo na boca de tão feliz que ficou. Ok! Talvez não tão longe, na bochecha bastaria.

Mas, e o desejo despertado?

O desejo era único. Vê-lo novamente.

E ela reencontrou novamente Alfonso Herrera, o autor daquela carta que a fez viajar até o Canadá em pleno inverno para somente revê-lo. Ele estava numa espécie de bar-lanchonete antiga para o ano em que estavam, mas que tanto ela quanto ele frequentou muito em sua época. Ele estava trabalhando, lhe serviu um café bem quente e ela lhe disse que queria conversar com ele.

Foi assim que ela estava parada em frente ao bar esperando do lado de fora o horário dele vencer, não sabia o que sentia por que naquele momento até o seu desejo que já foi saciado estava frio.

Enfiou as luvas brancas que agasalhavam suas mãos nos bolsos do grosso casado e uma delas apertou a carta que trazia.

Nesse instante ele saiu do bar, trocaram breves palavras e começaram a caminhar em silêncio ela se deixou conduzir por ele que deveria conhecer a cidade bem melhor que ela, que esteve ali no máximo cinco vezes na vida.

Atravessaram uma praça chegaram num parque e ela parou ao vê-lo se abaixar para pegar um galho seco de alguma árvore dali e simplesmente jogou seu corpo. Alfonso na sua frente jogou o corpo para cair num amontoado de neve e ela estava ali parada o olhando desacreditada, até que ele depois de um considerável tempo de olhos fechados os abriu e não para olhá-la e sim para mirar o céu.

Ela decidiu fazer o mesmo que ele, só não se jogou, apenas deitou o corpo no amontoado ao seu lado e enquanto testava a qualidade de suas roupas para o inverno, um vento bateu o seu rosto e ela fez careta e espremeu os olhos sentindo o frio na pele. Olhou para o lado e Poncho continuava ali imóvel e calado apenas olhando para o céu.

:- Viajou quilômetros de distância, conseguiu descobrir onde eu estou e chegou até aqui para ficar calada, Dulce? – A voz dele saiu tranquila, nítida, diferente de quando ela escutou dentro do bar, cheio de ruídos e interferências.

:- Não. – ela respondeu surpresa. Em seu íntimo ela queria que ele começasse o diálogo por mais que ela tenha viajado só para isso, mesmo que fosse por curiosidade dele. Fazia anos e anos que não se viam.

:- Conseguiu me encontrar pelo Christopher? – Ele perguntou e ela ignorou o início de raiva que brotou em seu interior pela forma como ele falava com ela.

:- Isso, ele me contou que estava de passeio na cidade e encontrou você trabalhando por aqui. Nunca imaginei isso. – ela confessou agora mais aliviada por estarem conversando em vez daquele silêncio perturbador.

:- Nunca imaginou o que?

:- Você trabalhando de garçom num bar no Canadá. Por quê?

Se ela não tivesse fazendo a mesma ação que ele, observando o céu, ela veria que ele abriu um sorriso torto como há dias não fazia.

:- Curiosidade. – ele disse escondendo o sorriso – Estava uma vez na praia em Cancún e me veio essa vontade, é como naquele filme onde dois motoqueiros conhecem a América do sul assim na aventura, eu fiz o mesmo. – ele deu os ombros mesmo que ela não visse. – Estou aqui há quase uma semana, há três dias trabalho como garçom e talvez a dois eu volte para casa. Ainda não me decidi.

Dulce não poderia negar que ficou surpresa com o que ele contou, realmente uma aventura, se lembrou que também tinha vontade de fazer loucuras assim, tinha vontade de viajar para Cancún, comprar artesanatos de algum vendedor ambulante e ela mesma vender. Mas, nunca o fez.

:- E o que estamos observando tanto?

:- As nuvens. Faço isso desde comecei a trabalhar de garçom é como cumprir um desejo.

Então ela estava correta, por que era justamente isso que estava fazendo. E daquele lugar parecia que as nuvens eram maiores e tinham inúmeras formas e figuras.

:- O que você veio fazer aqui Dulce? – ele perguntou num outro tom, um que a assustou e a fez recuar mesmo que seu corpo permanecesse, assim como o dele, deitado na neve. Ela colocou a mão no bolso onde estava a carta e ali deixou.

Como não disse nada, ele se levantou do chão meio bruto espalhando mais neve do que qualquer outra coisa e com o galho que tinha nas mãos começou a deslizar marcando um traço e movimentava o braço concentrado no que estava fazendo.

Dulce se levantou também e ficou sentada o observando, resolveu arriscar um palpite.

:- Poncho o que está fazendo?

:- Desenhando na neve não está vendo? – ele falou grosseiro e ela concluiu que ele estava irritado por ela não ter respondido sua pergunta. Ou talvez pela situação estranha mesmo, os dois ali deitados, olhando nuvens num final de tarde no Canadá.

Aproveitando que ele estava desenhando bruscamente ao redor dela, sentou-se melhor e abraçou suas pernas e passou a observar com mais atenção seus detalhes. Ele tinha uma barba grossa, o cabelo estava curto mais tinha uma quantidade branca notável as entradas bem mais nítidas e maiores, ele tinha engordado dava para ver pelo rosto e pescoço, abaixo dos olhos tinha rugas que estavam ali esperando ele sorrir para se mostrarem, as veias dos braços bem mais saltadas, a pele mais ressecada e as mãos pelo que lembrava quando ele a serviu, estavam mais ásperas tinham mais calos e surgiram umas machinhas entre uma veia saltada e outra.

Aquele definitivamente estava longe de ser o Poncho que gostava de esportes mesmo sem ligar para a aparência, que ela conheceu antes. E apesar de todas essas observações, estava encantada com o que viu, talvez por vê-lo com seus olhos ou por ser ele mesmo.

:- Chega! – ele parou o que fazia e jogou o galho para qualquer lugar, caminhou até onde ela estava sentada e se ajoelhou. – Por que você está aqui? O que você quer de mim? Veio saber como eu estou o que eu fiz desde a última vez em que nos vimos?

Ele perguntou irritado com ela, por seu silêncio e pela forma como lhe olhava desde que a encontrou no bar.

:- Eu posso contar, posso me descrever se você quiser. – ele tomou fôlego apoiando as mãos em suas coxas.

:- Estamos no ano de 2026, eu tenho quarenta e dois anos, na minha casa tem pilhas e pilhas do meu trabalho me esperando para ler, tenho 3 projetos para o próximo ano; meu filho está na casa dos avós maternos em alguma cidade da Espanha falei com ele hoje de manhã só que ainda sinto sua falta; três semanas atrás meu médico me disse que estou com muito stress então me recomendou férias, eu viajei para casa da minha mãe, fui para praia com meus amigos e minha noiva e de última hora sozinho eu viajei para o Canadá, por conta de uma lembrança, o que você quer saber mais?

Dulce passou a respirar rapidamente assim como ele à medida que contava, Poncho não falaria que estava no Canadá porque sonhou com ela, na verdade com uma lembrança do namoro deles naquela cidade gelada. Isso ele não contaria a ela.

:- Eu estou ficando careca – passou a mão na cabeça para que ela visse – tenho calos nas mãos, rugas e – abriu a jaqueta que usava, afrouxou o cachecol que tinha no pescoço, descendo o zíper da blusa de frio que tinha e mostrou a ela a estampa de uma camisa do superman. – E engordei, como pode ver, estou velho Dulce. – disse meio derrotado, sentindo nervosismo e pavor.

Não podia ter uma recaída com ela ali, não essa altura do campeonato.

:- Eu... – ela começou a falar e ficou sem saber o que dizer, com tanta informação e a explosão diante dela. – Eu vim por que faz tempo que não nos vemos, fazem dois anos..

:- Quatro anos. – ele a cortou. – Fazem quatro anos que não nos vemos.

A última vez que ele a viu foi num evento, onde ela estava acompanhada do marido e grávida. 4 anos era mais ou menos a idade do seu caçula, Dulce com 40 anos, tinha duas meninas e um menino em seu casamento.

:- Fazem 4 anos que não nos vemos. – ela repetiu. – Eu reencontrei algo e tive vontade de revê-lo.

:- O que você achou? – ele perguntou tentando ficar calmo, ela estava linda mais velha sim, estava com a mesma fisionomia de algumas familiares suas, só que Dulce envelheceu de forma única.

:- Isso. – ela tirou o papel do bolso e lhe mostrou após abrir com cuidado e dificuldade por conta das luvas. – A carta que você me enviou no dia do meu casamento.

“Seja feliz! E algum dia me conte se realmente o foi.

Ele releu o que tinha escrito anos atrás, em letras grandes numa folha de caderno qualquer, olhou o desenho de um esquilo da folha e teve vontade de sorrir, por que foi intencional. Tinha sido um dos primeiros a receber o convite dela do seu casamento e mesmo que tivesse livre na data não presenciaria, por que aquele acontecimento era demais pra ele. Demorou para que ela o perdoasse por não ter ido, era difícil escutar frases como “Só faltou você lá.” ou “Era importante pra mim.”

Hoje ele tem a certeza que não se arrependeu.

:- Eu fui feliz. – ela contou vendo que ele olhava a carta, como ela gosta de pensar, em suas mãos com o pensamento longe. – Eu sou feliz.

Se ela pudesse saber o pensamento dele, saberia que ele estava incomodado por ela ter vindo de tão longe para demonstrar isso, que era feliz, conseguiu e tinha que mostrar isso para ele.

Se ele pudesse saber o pensamento dela, saberia que ela estava incomodada com a verdade, ela era feliz e fazia questão de mostrar a todos isso por que passou muito tempo triste em sua vida, mas era estranho por que antes imaginou essa felicidade com ele e depois de se dar conta que isso nunca chegaria. O triste era ver que conseguiu o que tanto desejou, ser feliz sem ele.

:- Que bom. – ele disse com educação, engolindo o orgulho e a vontade de gritar com ela para que saísse dali para que ele ficasse sozinho. – Ele ainda continua sendo seu Oasis?

Dulce o olhou confusa por que sabia que Poncho não se referia a ele.

:- O seu marido. – ele revelou. – Uma vez escutei você contando para suas amigas, numa festa que estávamos, que ele representava o seu Oasis. Devo dizer que é bonita essa sua definição com elementos de natureza, a sua cara.

Mesmo ele não sendo irônico ela sentiu como se fosse.

:- Ele é meu marido, o homem que consegue me tranquilizar e representa uma diferença em meio a tudo o que eu sou.

:- Como um Oasis no deserto. – Poncho concluiu por ela, a surpreendendo. – Sabe de uma coisa eu sempre gostei mais de Coldplay. – ele comentou sentando na neve agora relaxando mais, não vendo ela mais como uma ameaça e nem sua história de felicidade e seu marido que representa um Oasis.

:- Eu não falava da banda, Poncho. – ela falou séria.

:- Mas, eu sim. – ele falou calmo, ignorando tudo.

:- Nunca pensei que você fosse se tornar um velho chato e ranzinza. – quando ela foi perceber já o tinha alfinetado.

:- A minha realidade é dura demais para você? Não precisa ficar aqui para enxergá-la, pode voltar para sua casa, seus filhos e seu casamento, Dulce. – agora sim ele estava sendo irônico. – Já me mostrou que é feliz, que cumpriu com o que eu desejei para você, não precisa me mostrar mais nada. – Que você está bem, que quer jogar na minha cara que conseguiu ser feliz sem mim. Que está linda e que... Que o deixava ainda sem palavras. Isso ele não disse.

:- Não seja grosseiro eu vim aqui com a melhor das intenções, na intenção de mostrar para você que está tudo bem esperando que você me conte que esteja tudo bem com você, de rever você. – Que eu estava com saudade de você, que eu tenho que controlar esse desejo absurdo de querer beijar você. Isso ela também não disse.

Os dois ficaram em silêncio assim como as palavras que não foram ditas.

:- E sua noiva? – Ela perguntou.

:- O que é que tem ela?

Ela é importante para você, o que ela significa, tem vontade de casar com ela, ter filhos com ela, você a ama? Dulce até teve vontade de perguntar, mas não conseguiria, ele a entenderia mal.

:- Sabe que você está aqui?

:- Não, ela viajou para a casa dos pais dela em Puebla. – ele respondeu.

Aquele clima chato fazia com que Dulce quisesse voltar a deitar e voltar a olhar as nuvens, brincar de descobrir desenhos nelas era melhor. Ela olhou para o lado e aquela neve toda do parque, as pessoas caminhando tranquilas aproveitando a paisagem, fez ela se lembrar do passado, quando esteve ali com ele a trabalho.

:- Esse lugar é banhado de lembranças. – ela desviou o olhar se lembrando dos dois ainda namorados andando pela cidade.

Ele concordou com ela mesmo em silêncio. Foi num sonho com umas lembranças dessas que o fez viajar para o Canadá, aliás, esse sonho e entre outras razões. Poncho se surpreendeu quando viu Dulce deixar o papel de lado e começar a tirar as luvas que tinha, também as deixando de lado, suspirando ela se aproximou dele colocando elas sob sua camisa de superman, tinha se esquecido de voltar a fechar sua jaqueta e seu casaco novamente.

:- Eu vim até aqui não só por quer te ver de novo, por querer que você veja essa carta novamente. – ela tinha o brilho no olhar, ele notou assim que olhou em seus olhos e a ameaça voltou, um alerta de perigo rondava os dois. Só que ele não a afastaria.

:- Dulce e seu marido? – ele perguntou por perguntar, não se importava de verdade.

:- O que é que tem ele? – ela engoliu saliva na sua frente, nervosa. E ele achou que era contagioso por que fez o mesmo.

:- Você é fiel. – Disse pedindo mentalmente para que ela mandasse sua fidelidade para o espaço.

:- Sou fiel aos meus sentimentos. E eu sei que se voltar para minha casa, sem ceder o que eu estou sentindo vou me arrepender completamente. – ela já respirava pesado dava para ver a fumaça saindo da sua boca e seu nariz, não que fosse isso que ele estivesse reparando no momento. – E sinto vontade de beijar você.

Ela falou subindo as mãos do seu peito para o seu pescoço e nuca, arrepiando ele. E o beijou, assim como a menina do passado fez com seu namorado, com a mesma vontade, com o mesmo desejo e com a mesma gana. Reconhecendo o gosto um do outro, o mesmo cara chato, a mesma menina indecisa. Ela ia se afastar dele, mas ele não deixou puxando ela pela cintura e exigindo mais do beijo por que se aquele beijo não se repetiria novamente, ele faria com que fosse único.

Único, mas ele chegou no final.

Tanto a fumaça que saia da boca dele como a da boca dela se encontravam, assim como a fumaça que saia dos narizes, também se unificavam. Eles foram se separando aos poucos, não tinha tempo para pensar em nada, nem em consequências ou que veio antes, só no que sentiam agora. O olhar só foi quebrado por Poncho que fechou os olhos e se jogou, deitando na neve novamente.

Não demorou a que Dulce o seguisse deitando dessa vez mais próxima a ele. Com o pé Poncho balançava marcando a neve, com a mão esquerda ele fazia o mesmo desenhando qualquer coisa na neve ao seu lado sem se importar com o gelo que ficava sua mão, com a mão direita ele se aproximou com cuidado e tomou a mão dela segurando com firmeza, ela sequer se importou, estava olhando as nuvens daquele dia sem sol de inverno.

Poncho pouco tempo atrás quando estava na casa de sua mãe, vendo antigas fotos suas de quando criança com roupas de super herois, se lembrou da sua vontade de tocar as nuvens, do desejo de desenha-las. Daí surgiu também a vontade de ser piloto de avião.

Se lembrou que uma vez seu irmão lhe disse que para tocar as nuvens era só sentir a chuva por que a água que caia no chão vinha do céu, e essa era uma forma de está próximo dele. Só que como ele faria para desenhar as nuvens?

Pela neve. Concluiu quando estava na praia também desenhando só que na areia. Foi assim que ele decidiu vir para o Canadá, para cumprir seu desejo de criança, para escrever uma crise existencial que o tomava. Tudo bem que ter sonhando com Dulce também ajudou na decisão de viajar para Toronto.

E agora ele poderia dizer que conseguiu, se livrar do seu stress, cumprir com seu desejo de menino, desenhando na neve e ela estava ali do lado dele, também observando as nuvens. Aquilo era o mais próximo do céu que ele poderia estar.

Se isso não é amor o que mais pode ser?


Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí???? :D

Está virando rotina isso de música no final, né? Mas, não posso evitar, a da vez é O que eu também não entendo do Jota Quest. Aqui para escutar: https://www.youtube.com/watch?v=ToQ-W2ass8Y



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desenhando nas Nuvens" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.