Essa noite havia sido curta. Acordei eram quatro horas da manhã. Nunca havia acordado tão cedo antes. Não sabia o que ia fazer agora, minhas aulas só começavam bem mais tarde. Essas aulas eram muitas, eu tinha que estudar o que uma pessoa normal estudaria em dezessete em quatro ou cinco anos. Só assim eu poderia conviver com outras pessoas, não que eu estivesse reclamando, mas de vez em quando era bom dar umas escapadas sem ter de se preocupar com o seu “metabolismo”.

    Resolvi procurar meus pais. Eu precisava dar uma palavrinha com a minha mãe.

    Procurei por eles por toda a casa, mas não tinha ninguém lá. Então fui correndo pela floresta até chegar à casa dos meus avós. Entrei, procurei e não achei ninguém lá também, nem mesmo minha avó Esme. Dei mais uma olhada ao redor e dei de cara com minha tia Rosalie.

   --Oi tia. Você por acaso viu meus pais por aí? – perguntei

   --Acho que não, mas se você não os encontrou por aqui provavelmente devem estar caçando com os outros. – ela respondeu – Falando nisso ontem a noite seu amigo saco de pulgas estava procurando por você.

   Minha tia e o Jake nunca se deram muito bem. Sempre que estavam juntos ou mesmo quando estavam em lugares bem distantes um do outro eles conseguiam se importunar.

   --Tia quantas vezes eu já pedi, você poderia evitar ofender o Jake pelo menos na minha frente? – questionei, mas acabei dando uma risada, por mais incomodo que fosse essas suas brigas eu as vezes acabava me divertindo. E quando olhei para ela vi que estava rindo também então respondeu.

   --Posso tentar.

   -- Esta bem. Então vou procurar por eles na floresta, depois eu volto. – e sai pela porta dos fundos.

   Jake não era o único a ter problemas com a minha tia, meus pais também não tinham uma relação muito pacifica com ela. Outro problema que eles preferiam não explicar.

   Não tive que andar muito que já encontrei meus pais. Eles estavam sentados conversando, ambos pareciam tão bem, calmos e pareciam estar se divertindo pelo sorriso em seus rostos. O que me fez lembrar, eu queria uma coisa como a que eles tinham, foi ai que pensei no Jake e no imprint que ele teve.

   Me senti mal em estragar a conversa deles mas lá fui eu:  

   --Oi

   A primeira á responder foi minha mãe: Oi querida

   --Como passou a noite – perguntou meu pai

   -- Bem, mas curta. Como o vovô disse que aconteceria.

   -- É ele sabe melhor do que todos nós o que esta acontecendo com você. – concordou minha mãe

   --Bom vou deixar vocês á sós sei que esta querendo conversar com sua mãe. – observou meu pai que já estava se retirando se despediu de minha mãe e de mim, eu dei um grande abraço nele e disse obrigado. Por mais que seu poder fosse um infortúnio as vezes ele entendia muito bem quando precisávamos de privacidade. Enquanto ele ia andando me dirigi a minha mãe:

   --Mãe, nós precisamos resolver algumas coisas sobre o que eu descobri, não sei por quanto tempo vou conseguir manter isso em segredo.