Ela acorda incomodada com a claridade em sua face. Abri os olhos aos poucos e com isso começa a analisar o ambiente em que se encontra, aquele ressinto nos últimos meses ficou familiar para ela, olha para seu próprio corpo e percebi que esta nua, olha para o lado esquerdo já sabendo o que encontrara lá. Ele está de bruços com o rosto virado para o lado esquerdo. Ela analisa suas costas por um tempo e se perde em pensamentos, repassando a noite passada, e se repreendendo mentalmente por deixar chegar onde chegou novamente, não por ela, mas sim por ele, pelo sentimento ainda vivo dentro dele, a esperança de que tudo volte ao normal, volte a ser como era a 8 anos atrás.

Oito anos se passaram desde sua saída de Lima para New York. Tanta coisa aconteceu nestes 8 anos que se alguém falasse que ela se encontraria na situação atual, ela soltaria uma gargalhada na cara de quem dissesse que aos 26 anos ela seria a maior estrela da Broadway, isso ela já tinha certeza, mais que seria dona da maior produtora dos espetáculos, que estaria milionária, solteira, com uma imagem de Dama de preto, e a mais absurdo, que suas melhores amigas seriam Santana Lopez e Brittany S. Pierce, é realmente ela iria rir na cara do sujeito.

A pessoa ao seu lado solta um suspiro que automaticamente a desliga dos seus pensamentos e a traz de volta a realidade. Ela levanta o tronco a procura de seu aparelho celular e o encontra em uma poltrona junto com sua bolsa ao lado da porta, com muita cautela se levante e vai de encontro com o mesmo. Ela está enrolada com um lençol de seda branco que a deixa com um ar sensual, com seus cabelos lisos soltos e bagunçados. Quando destrava a tela de bloqueio, 11:10, e isso so significa uma coisa: Ela está mais que atrasada, ela está fudidamente fudida, pois esta 10min atrasada com para uma reunião com sua advogada e sua mão direita, que tratasse nada mais que também suas melhores amigas.

- Merda! – Bate em sua testa já prevendo o que lhe espera quando entrar no escritório. Com isso começa a buscar suas roupas, coloca a calcinha que encontra próxima a porta do banheiro, e não muito longe seu sutiã. Seu vestido se encontra próxima a porta de saída e corre para busca-lo, porem quando pega o mesmo, ao virar para colocá-lo acaba esbarando na poltrona que esta sua bolsa e a dor a faz soltar um gritinho, que a faz levar a mão a boca para reprimir o grito. – Merda, merda, merda.....

- Rach? –

- Err... hey dorminhoco.

-Você já vai?

- Tenho uma reunião superimportante com a Santana e a Brittany, e você sabe como aquela latina fica quando me atraso ou não compareço a uma reunião, e logo esta que é superimportante e que está marcada a duas semanas.

Ela coloca seu vestido e seus saltos e se aproxima de sua companhia.

- Fecha para mim.

- Claro. – Enquanto ele fecha seu vestido, se aproveita para passar as pontas dos dedos por suas costas lentamente. Ele está sentado na beira da cama e está em pé entre suas pernas, ao terminar de fechar o vestido ele passar seus longos braços ao redor de sua cintura fina e a puxa para seu colo, fazendo com que ela se assuste e solte um gritinho e uma gargalhada. – Não vá.

- Finn, por favor não complica, você sabe que tenho que ir. – Ela passa os braços ao redor do pescoço do rapaz, e lhe dar um selinho.

- E quando iremos nos encontrar novamente? – Ele a encara com um sorriso bobo nos lábios e olhos esperançosos.

- Finn, você sabe que não temos mais nada, que seguimos nossas vidas e que as vezes temos recaídas, mais é apenas isso recaídas.

- Mais eu te amo, e sei que você me ama.

- Isso é verdade, eu lhe amo, mais como amigo. E isso que temos é apenas um passa tempo.

- Não para mim! – Seus olhos estão lagrimosos e o sorriso não existia mais ali.

- Então acho que paramos por aqui. Desde o início deixei claro minhas intenções com você, expliquei que não voltaríamos, que não envolveríamos sentimentos nisso – Ela apontava entre ele e ela. – E que se um dia, algum sentimento viesse à tona, acabaríamos com o que estivéssemos, e esse dia chegou.

- Não faz isso comigo Rachel, por favor?!

- Sinto muito. – Ela se levanta do colo do rapaz e segui para a porta, mas antes de fechar a mesma, ela vira para o rapaz que continua no mesmo lugar de cabeça baixa. – Você merece mais que isso. – E assim sai do quarto de hotel do qual frequentou os últimos meses.

Ao entrar em seu carro, segui para sua empresa. Chegando lá respira fundo já se preparando para o que lhe aguardava, se olha uma última vez pelo retrovisor e segui. Ao chegar na recepção, encontra sua assistente aflita, que à vela suspira alto e levanta suas mãos aos céus em forma de agradecimento.

- Onde você estava? E que cara é essa? Você está péssima!

- Bom dia para você também Camilla, é sempre um prazer.

- Onde está seu celular? Já te liguei mil vezes.

- Está aqui. – Ela pega seu celular na bolsa e destrava o mesmo. – E não foi mil vezes, foi apenas 25 vezes. – Lhe oferece um sorriso sem graça.

- Deixa de gracinha que a satã não está muito feliz, ela saiu daqui não faz nem 2 min, não entendi o que ela falava, mais coisa boa sei que não era.

- Quer dizer que vim à toa?! Que chato.

- Rach é sério, vai para sua sala, lava este rosto que vou em seu apartamento a procura de uma muda de roupa para você trocar, por que o as pessoas iram falar se te encontrar com a mesma roupa de ontem.

- Não ligo para isso, e não preciso de outra roupa, estarei na minha sala se precisar de mim. Ahh.. Camilla?

- Sim?

- Me trais um café por favor.

- Claro.

Rachel segue para sua sala, ao entrar joga sua bolsa em uma das duas cadeiras em frente a sua mesa e começa a checar ligações e mensagens recebidas desde a noite passada.

- Dez ligações da Sant, oito da Britt, doze da Cassandra, duas de um numero estranho, mensagens... – Nessa hora a porta abri, ela levanta a cabeça para olhar a pessoa a sua frente. – Hey.

- Serio Rachel mesma roupa? Quem foi dessa vez? Nicoly? Cassandra? Dani? Emily? Finn? Samuel? Falta algum? Ahh claro New York toda.

- New York toda sério? Sou tão boa assim? E uma das vantagens de usar apenas preto é essa, preto é preto, posso repetir e ninguém percebi.

- Deus pareci uma versão Santana de oito anos atrás. E sim, percebesse sim, e principalmente os paparazzi.

- Britt não é para tanto. Uma coisa que não entendo é como você e a Sant ficaram assim chatas.

- Não ficamos chatas Rachel, crescemos essa é a diferença e outra...- Seu celular toca a impedindo de continuar. – Oi amor? .... Sim ela está aqui, ok vou passar, te amo. – Brittany passa o celular para Rachel, onde a mesma ao receber faz uma careta já preparada para receber xingamentos em espanhol.

- Hey Sant!

- Sant um escambou, Rachel eu já estou de saco cheio desse seu jeito infantil de levar a vida, você já não escuta seus pais, nem a Britt e muito menos a mim. Você sabe que so queremos o seu bem.

- Eu sei Sant, mais ....

- Não terminei de falar...

- Desculpa.

- Você sabe que a mídia está em cima de você, que está te difamando, falando que você só vive de festa, que a cada noite é uma companhia diferente, e entre outras coisas que não lembro no momento. Esta noite você irá jantar lá em casa, não se atrase, esteja lá as 20:00, e já sabe se você não vai até a Santana...

- Santana vai até você.

- Não! Se você não vai até Santana, você irá puxadas pelos cabelos.

- Hahahaha... ok, já entendi. Tchau Santana. – Ela passa o aparelho para Brittany onde a mesma caminha até a porta ainda com Santana na linha.

- Até mais Rach.

- Até Britt. – Brittany sai da sala de Rachel e vai até a sua, fecha a porta e senta em sua cadeira.

- Amor, você acha que isso vai ser uma boa ideia?

- Amor, você sabe que só existe duas pessoas que ela teme, eu costumava ser uma delas, porem você sabe que ela não me ouve mais, e muito menos me teme, então só podemos recorrer a uma pessoa agora.

- Eu realmente espero que isso der certo.

- Dará amor, dará.