MONICA

–Não acredito como eu pude ser tão estupida - eu gritava pela rua que estava deserta

Eu chorava como nunca chorei antes, como eu fui tão burra, tão otaria eu não tenho palavras para descrever o tamanho da minha idiotice.

Eu confiei nele e assim que ele me retribui eu o amo de verdade, pra ele eu sou apenas um jogo um misero jogo, na primeira oportunidade ele me traiu e da pior forma possível.

Traiu na mesma festa que eu estava e para piorar com a mesma menina que eu fui traída da outra vez. Como ele pode, ele jogou baixo muito baixo ele me destruiu em míseros segundos.

Eu continuava a caminha apenas com os meus pensamentos me ferindo com cada lembrança cada momento até que sinto dois braços me puxarem assim que viro vejo o canalha culpado por tudo isso:

–O que você quer? Me solta- eu disse e ele largou o meu braço

–Monica eu não tive culpa – a típica desculpa

– Então você vai dizer que ela estava beijando sozinha me poupe cebola – eu disse voltando a andar mas logo percebi que ele me seguia eu me enfureci então logo parei e virei para encara-lo

–Você quer parar de me seguir agradeço- eu disse me virando novamente

–Eu vou ir atrás de você até que você me deixe explicar

–Explicar o que? O quanto eu fui idiota em confiar em você e serio estou com nojo de você nunca pensei que iria tão baixo – eu disse praticamente cuspindo as palavras e por mais que tentasse não conseguia conter as lagrimas que insistiam em escorrer pelo meu rosto

– Eu não te trai, ela me agarrou... e você pode esta com nojo so que eu continuo e continuarei te amando você acreditando ou não – ele disse e as palavras me ferem mais do que qualquer coisa

–Porque você insisti em menti eu vi a cena Cebola eu vi – eu gritava descontrolada e por impulso acabei me sentada na calçada abaixei minha cabeça e comecei a chorar

–Não chora Mo você acaba comigo quando fica desse jeito-ele disse se sentando ao meu lado

–Larga de ser hipócrita você me deixou desse jeito – eu disse levantando a cabeça para o encarar eu já estava me preparando para bater nele quando sentir seus lábios nos meus.

Não pensei duas vezes e correspondi mesmo sabendo que estava sendo uma idiota por estar fazendo aquilo, mas o que custa pelo menos uma última vez.

EU deixei me levar pelo momento e quando acabamos o beijo eu o abracei e só depois me dei conta do que havia feito.

– Não era pra isso ter acontecido- eu disse e sai correndo atitude de criança pode até ser mas não ligo porque por mais incrível eu não consigo me arrepender.

Fui pra casa, acho melhor não voltar naquela festa depois invento alguma coisa tenho um problema maior para resolver ...

Será que foi ele que beijou ela? Ou foi o contrario? vamos combinar que a Carmem e uma vadia e eu não duvido nada.

Mas se foi ela eu agir como uma idiota com o Ce e agora ... Com tantas perguntas me atormentando resolvi tomar um banho... Assim que sai do chuveiro me sentir renovada uma nova pessoa fui para sala me joguei no sofá e acabei adormecendo.

CARMEM

Nossa como eu amo fazer essas coisas, tadinho agora está todo desconsolado no bar tentando esquecer de tudo... Sabia que a idiota da Monica iria cair que nem uma boba o ponto fraco dela sempre foi a desconfiança. Mas o pior foi ele como pode acreditar que eu estava bêbada.

Nossa que burro, mas confesso que estou ótima com isso o plano saiu como o combinado minha irmã vai adorar saber como eu consegui efetuar bem.

Sou tirada dos meus pensamentos quando Tony me puxa para dançar esse loiro acaba comigo e um verdadeiro pedaço de mal caminho que pena que minha irmã acha que não serve pra nada... Fazer o que.

– o que você aprontou? -ele me perguntou com um sorriso no canto dos lábios

–Nada... de mais logo logo você vai saber – eu disse e nós voltamos a dançar

CEBOLA

–Eu não acredito que ela não acreditou em mim – eu disse puxando o cascão e virando mais um copo de bebida

–Cara já chega de beber não vai adiantar nada –O Franja repetia eles não entendem que eu não vou parar

–EU não vou parar, garçom me traz mais um copo – eu falei e logo fui servido

–Cebola você acha que ela queria te ver assim? – o Quim me perguntou

–Por ela eu poderia estar morto ela está com mais ódio do que qualquer coisa-eu disse já começando a contar a história de novo quando fui atrapalhado

–Cebolacio Junior Menezes da Silva solte esse copo agora – eu olhei para trás e vi a figura de Denise com os braços cruzados me encarando

–O que você vai fazer pra eu para – eu disse voltando a beber

–Para de ser idiota – ela disse pegando o copo da minha mão e jogando no chão

–Para de ser idiota você, olha o que você fez com a minha bebida- eu disse gritando chamando atenção de todos

–Quer saber, enche a cara mas você acha que vai mudar algo? Não vai mudar nada se você quiser ela de volta corre atrás ou então se acostuma em saber que perdeu para sempre -ela disse me virando as costas e por mais que eu não queira concorda e verdade

NARRADORA

Cebola mesmo sabendo o que tinha que fazer continuava bebendo até que os meninos viram que se não interferissem ele ficaria ali o resto da festa. Sem pensar duas vezes eles o seguraram mesmo com a inúmeras reclamações e o levaram pra casa assim que chegaram já deram de cara com Monica no sofá.

–Monica sai daí – Cascão gritava enquanto segurava Cebola

MONICA

Eu já havia pegado no sono quando ouvi um grito do cascão assim que abri meus olhos dei de cara com os meninos segurando o Ce completamente bêbado o que raios aconteceu.Me levantei e fui tentar ajudar até que eu Ce começa a falar

–Ela nunca vai acreditar que eu a amo nunca – ele repetiu essa frase 3 vezes e cada vez que ouviu partia meu coração em pedaços mas resolvi focar um pouco no acontecido os meninos voltaram pra festa e então sobrou eu pra cuida do Ce.

Até confesso mesmo se todos tivessem aqui quem iria cuidar seria eu, eu o amo apesar de tudo. Antes de saírem o Cas e o Luca carregaram ele pro meu quarto.

Assim que saíram eu puxei o Ce o que estava sendo meio complicado porque ele não estava colaborando muito a única coisa que ele dizia era que me amava e que se fosse para viver sem mim preferia morrer.

Eu o levei para o banheiro e o coloquei com roupa e tudo debaixo do chuveiro ainda bem que ele estava com o short de praia

–Aii essa agua ta gelada – ele reclamou enquanto eu me esforçava para segura-lo e não me molhar

–EU não mandei você encher a cara –eu disse o empurrando mais para a agua

–eu não vou ficar aqui sozinho eu não quero – ele disse fazendo birra

–eu to do seu lado você não está sozinho agora fica quieto e tenta ficar em pé- eu falei mas logo fui puxada para um abraço

–Agora eu não to sozinho – ele disse me dando um beijo na testa

–Cebola você me molhou – eu reclamei enquanto sentia a agua batendo entre mim e ele

–Eu te amo – ele disse, assim que eu desliguei o chuveiro eu fiquei sem reação mais logo respondi

–Eu também te amo, mas agora vamos antes que você pegue um resfriado – eu disse e o puxei para o quarto eu peguei outro short pra ele, e uma toalha enquanto ele me encarava

–Monica? – ele me chamou

–Que foi? – eu perguntei o encarando

–Você vai me ver pelado? – está agora eu fiquei constrangida espero que ele não se lembre disso

–Não você vai se trocar – eu disse o entregando as coisas e saído do quarto

Eu fui no quarto da Maga e peguei qualquer roupa que achei se eu ficasse com aquela roupa ai sim que pegaria um resfriado, assim que me troquei desci para a a cozinha e preparei um café subi para o quarto novamente mas quando cheguei encontrei o Ce deitado dormindo.

Me aproximei, coloquei o café no criado mudo e me deitei ao seu lado não adianta acorda-lo agora, logo senti o braço dele me abraçando e sua boca se aproximando do meu ouvido e assim pude ouvir sua voz rouca

–Me desculpa, eu não fiz nada eu te amo mais que tudo – ele disse e logo voltou a dormir agora com certeza estou mais confusa do que tudo.