Welcome to London escrita por Kit Kat


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

It's me again!
Espero que gostem.



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Sofia

Minha terça-feira começou normal, só mudou de direção com o convite repentino de Henrique para conversar.

Flash Back

Aula de Biologia – 8h

Enquanto o professor desenhava na lousa passo a passo sobre Meiose e Mitose, vi algo cair em minha mesa, olhei para trás procurando o culpado e Henrique acenou. Abri e li o que estava escrito:

“Preciso falar com você, 15h no jardim. É importante”

Achei estranho e agora estou aqui caminhando até o jardim um pouco apreensiva, o que será que aconteceu? Cheguei lá e avistei Henrique perto do lago. (Sim, nossa escola tem um lago. Morram de inveja U.U).

– Achei que não viria. – Henrique comentou.

– Você disse que era importante então eu vim. – falei.

– Bom, o que eu tenho pra te falar é um pouco complicado, portanto não me interrompa ok? – pediu.

– Nossa, deve ser sério mesmo.

– Você não faz ideia. – Henrique resmungou um pouco alto.

– Oi?

– Nada. Am... Olha Sofia, já faz algum tempo que estou sentindo isso e eu só descobri o que era agora.

– Ai meus deuses, você está doente. É grave? Corre risco de vida? Precisamos te levar para o hospital!! – eu disse aflita.

– Acalme-se Sofia, não é nada disso. O que eu falei sobre interrupções?

– Desculpe. Prossiga.

– Então, como eu estava dizendo, Sofia eu gosto de você.

– Também gosto de você Henrique. Você é meu melhor amigo, praticamente um irmão.

– Não é nesse sentido, é mais que isso, é amor. – ele explicou e pegou minhas mãos.

– Não Henrique. Você está confundindo as coisas. – respondi soltando minhas mãos.

Um movimento inútil, pois assim que soltei, Henrique pôs suas mãos em meu rosto, olhou em meus olhos e disse:

– Sofia, eu te amo.

E, sem mais nem menos, me beijou! Isso que você leu, meu caro leitor. Ele me beijou. Tudo bem que foi só um selinho (porque eu evitei que isso fosse mais longe), mas ainda assim. Afastei-me bruscamente, passei os dedos em minha boca. Estava assustada.

– Sofia, me desculpa. Eu não queria, eu... eu...

– Preciso ir Henrique. Depois a gente se fala. – despedi-me.

– Sofia, por favor. – Henrique pediu segurando meus braços.

– Outra hora. Espaço pessoal, Henrique, espaço pessoal.

Saí o mais rápido que pude. Um turbilhão de pensamentos passava pela minha cabeça. Precisava pensar. Precisava das meninas.

Procurei por elas feito louca e só consegui encontra-las meia hora depois na quadra. O que elas estavam fazendo lá? Boa pergunta, mas a resposta terá que esperar um pouco. Arrastei Helena e Alice até nosso quarto.

– Tá doida Sofia? Pra que essa correria toda? – perguntou Helena.

– O Henrique me beijou! – falei de uma vez.

– O QUÊ?! – exclamaram.

– Isso mesmo que vocês ouviram.

– Quando, onde, por quê? – Alice perguntou.

– Hoje. No jardim. Porque, segundo ele, ele me ama.

– Explica essa história direito, Sofia. – Helena pediu.

Explique tudo, desde o bilhete até a fuga.

– Por essa eu não esperava. – Alice comentou.

– Muito menos eu. – concordou Helena.

– Meninas, o que eu faço??

– Eu não sou expert em relacionamentos mas não acho que seja uma boa ideia vocês tentarem alguma coisa. – Helena palpitou.

– Até porque eu não consigo ver vocês dois juntos como um casal. Pra mim vocês estão mais para irmãos. – Alice explicou.

– Eu falei isso pra ele, além do mais se nós começarmos a namorar e dia terminássemos estragaria nossa amizade. – falei. – Mas antes de tomar qualquer decisão, preciso comer senão meu cérebro não funciona.

Fomos ao refeitório. O jantar foi tranquilo. O pessoal falando besteiras, rindo de besteiras. Henrique e eu não trocamos olhares, nem se quer conversamos. Estava um clima meio tenso, acho que ele estava se sentindo culpado. Não fiquei muito tempo lá, precisava tomar uma decisão.

No outro dia...

Assim que acordei fui em busca de Henrique precisava falar com ele nem que tivesse que matar alua pra isso. Encontrei-o saindo do refeitório.

– Bom Dia. Tem um minuto? – perguntei.

– Claro, o que precisa? – respondeu.

– Falar com você, temos assuntos pendentes.

– Sem problemas. Vem, vamos dar uma caminhada.

E assim, fomos andando pela escola. Vi que ele estava desviando do assuntou ou tentando me enrolar, até que parei e disse:

– Henrique, eu tomei uma decisão.

– Que seria? – ele perguntou esperançoso.

– Eu sinto muito, mas não daria certo entre nós. – respondi.

– O quê, por quê?

– Henrique pensa um pouco. Somos amigos desde o jardim da infância! Te considero como um irmão não como um namorado. Além do mais não quero estragar nossa amizade. – tentei explicar.

– Como você sabe se ainda não tentou Sofia?! Por favor, me dê uma chance. – Henrique suplicou.

– Henrique, por favor, entenda. Esse “amor” que está sentindo é amor de amigo, de irmão.

– Não Sofia. Vou provar que você está errada. Você ainda vai me amar. Guarde minhas palavras. – ele disse e saiu frustrado.

Meu mundo desabou. De todas as pessoas do mundo, Henrique era a última que eu esperava uma reação dessas. Nunca imaginei que ele falaria assim comigo, ele sempre foi compreensivo. Acho que acabei de perder um amigo.

Não estava com cabeça para assistir à aula hoje, entretanto não sabia onde me esconder, visto que a diretora fiscalizava todos os lugares para achar matadores de aulas. Estava andando pelo jardim, pensando em tudo o que aconteceu, de repente escuto uma voz atrás de mim:

– Ora, ora, mas o que temos aqui.

Travei. Esperando ser a diretora supliquei:

– Por favor, me desculpa! Prometo que isso não vai se repetir só não me mande pra detenção outra vez!

Virei-me e encontrei Heitor tendo uma crise de risos.

– Quer me matar do coração, idiota.

– Relaxa baixinha, seu segredo está seguro comigo. – ele disse. – Vem, quero te mostrar um lugar.

E assim ele me arrastou até o anfiteatro. O que íamos fazer lá? Pensei que ele fosse parar por aí, mas ele foi além. Fomos até a coxia e bem no canto, coberta por uma cortina preta, havia uma porta que levava para o porão. Ao chegarmos lá fiquei impressionada. Havia vários figurinos e restos de cenário guardados e lá no fundo outra porta que dava para uma sala pequena com um retroprojetor.

– Bem vinda ao meu esconderijo!

– Uau, um mini cinema? – perguntei.

– É, por ai. Ninguém além de você sabe que esse lugar existe.

– Devo me sentir honrada então.

– Claro. Mas e aí? Que filme?

– Que tal... Percy Jackson e o Mar de Monstros?

– Você gosta de filme? – perguntou surpreso.

– Gosto de criticar o filme. – expliquei.

– Mil vezes o livro. – comentou.

– Concordo.

~Várias críticas depois~

– Abre o jogo, baixinha, o que aconteceu?

– Eu e o Henrique discutimos hoje. Desculpe mas não quero desabafar agora.

– Sem problemas. – ele disse e me abraçou.

Ficamos assim por um tempo quando escutei passos. Corremos nos esconder, Heitor desligou o retroprojetor e eu apaguei a luz. Escondemo-nos entre uma prateleira a uma parede, não foi um lugar tão bom mas era melhor que nada. Eu fique encostada na parede e Heitor na minha frente. Estávamos com a respiração acelerada, olhei para cima e vi seus lindos olhos verdes me encarando; ele foi se aproximando, aproximando e minha cabeça latejava ~perto demais! Perto demais! ~ de repente a porta se abriu, ele se recompôs mas ainda não tirava os olhos de mim.

Passaram-se alguns minutos, a porta se fechara e já não se ouvia ruído algum. Corremos o mais rápido que podíamos para fora de lá.

Já era hora do almoço.

– Obrigada pela distração, grandão, estava precisando.

– Se precisar é só chamar.

Ficamos nos encarando por um momento até que ele começou a se aproximar e depositou um beijo em minha testa.

– Até mais baixinha. – ele disse.

– Até...

E foi assim que meu coração começou a bater mais forte por Heitor Vielmonte.


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Notas finais do capítulo

Galera que está acompanhando a fic, essa semana vai ser um pouco corrida pra mim. (5 provas pra estudar/fazer) Então, tentarei postar amanhã, caso não consiga só sexta okey?
Desde já agradeço a atenção de vocês!
Beijos azuis



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