Lumos! Interativa escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 14
Quadros e Flertes


Notas iniciais do capítulo

Yei, pessoinhas do meu coração (se escondendo das armas de fogo).
Como podem ver, eu não abandonei, só sou lerda mesmo (acho que digo isso sempre né? Fazer o que...)
Esse cap tá beeeeem tranquilo, bem coisa de adolescente mesmo, mas o próximo vai ter mais relação com a trama central (espero eu.).
No mais, tenham uma boa leitura!
*Correndo para as colinas antes que me matem*



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— Você tem certeza sobre isso?

— É lógico que eu tenho certeza! Eu sempre tenho certeza de tudo o que falo!

Glen observou sua companheira de cima, mostrando seu habitual ceticismo com relação às tantas certezas que ela afirmava ter. Desde que firmara amizade com Alana, aqueles olhares tornaram-se frequentes entre ambos.

Um mês após o jogo de Grifindor, e a dupla ainda debatia sobre praticamente tudo. Naquele exato instante, porém, a jovem integrante da Corvinal tentava convencê-lo a deixá-la ver suas pinturas. Ele ainda lamentava o fato de confiar a ela sua maneira de passar o tempo quando não estava cuidando do castelo. Irritava-o ainda mais a razão de estar reticente quanto ao pedido dela.

Ele passou as mãos pelos cabelos, em um tom forte de roxo – fruto de outro feitiço de Cateline – e suspirou, pensando em desculpas para dizer. Não encontrou nenhuma decente. — Eu não pinto tão bem assim, nem ao menos é algo digno de ser visto.

Uma meia mentira, afinal ele tinha orgulho das próprias obras, embora não soubesse se poderiam cativar outras pessoas. Simplesmente gostava de mantê-las para si mesmo. Pintar era a sua forma de aliviar a frustração e ocupar a mente, entrar em um mundo mágico onde fora negado ao nascer. Era grato aos fundadores por terem deixado-o habitar na escola, lógico, mas apenas quando misturava a tinta e usava-a para criar linhas sobre a tela, era que se sentia realmente parte de algo maior.

— Deixe de ser tão mesquinho! — ela fez um biquinho, cruzando os braços. — E não deve ser tão ruim assim! Deixe-me ver, deixe-me ver, deixe-me…

— Caramba, você não desiste?

— Desistir? Nem sei o que significa, isso é de comer?

— Haha… engraçadinha. — ele riu por um tempo, e deixou seus ombros vergarem. — Tudo bem, se você insiste tanto assim.

— Prometo não rir se forem muito ruins! — ela deu pulinhos de alegria, por pouco não tropeçando e indo ao chão. Glen apressou-se em agarrá-la pelo cotovelo até que readquirisse seu parco equilíbrio. Ele absteve-se de afirmar o quanto isso era o que menos preocupava-o. — E como compensação, vou te levar a um lugar bem legal!

— Imagino que seja incrível mesmo, com seu péssimo senso de direção deve encontrá-lo uma vez por ano. — implicou, colocando uma mão nas costas dela para fazê-la andar adiante e adicionando em seguida, com um ar mais sério. — Tente não se perder de mim, tudo bem?

— Sim, senhor!

E seguiu pelos extensos corredores, com uma Alana absolutamente satisfeita andando bem ao seu lado. De vez em quando precisava segurá-la para que não caísse, isso quando ela não derrubava ambos no chão – o que aconteceu três vezes. Ainda assim, de alguma forma, conseguiram chegar ao aposento particular do rapaz, localizado no porão, no mesmo nível do dormitório dos lufanos.

Assim que Glen abriu a porta, os olhos de Alana passaram a brilhar. Não pelo quarto, afinal era tão simples que não havia nada a dizer sobre ele… até mesmo a mobília era pouca, resumindo-se em uma cama, uma escrivaninha e os um cavalete. A luz vinha de uma janela extensa, dando ao rapaz a luminosidade necessária para que pintasse, embora a menina tenha notado um castiçal elegante fixado a parede mais próxima de sua mesa.

O que mais chamava a atenção eram as telas, inúmeras delas, espalhadas pelo aposento. Havia rabiscos, desenhos em preto e branco e verdadeiras obras de arte coloridas. Alana percebeu que as paisagens predominavam, e imaginava que Glen usava seu tempo livre andando pelo terreno da escola, capturando cenas belíssimas.

— Feche a boca, está me deixando constrangido.

Ela automaticamente fez o que ele pedia, nem lembrava quando tinha entreaberto os lábios. Depois de vislumbrar aquilo tudo por algum tempo, a cabeça virando de um lado para o outro sem saber em que prender sua atenção, conseguiu finalmente expressar seus sentimentos. — É tudo tão bonito… você realmente tem um dom maravilhoso, Glen!

Ele tirou os olhos momentaneamente dela para murmurar um “obrigado” tímido, arrependendo-se de tal postura logo depois. Ao reerguer a cabeça, viu-a tocar com delicadeza um dos painéis que havia criado para manter ocultas algumas outras pinturas. Como esperado, o acessório desprendeu-se da parede, e ela precisou agarrá-lo com força para que não caísse. O que deixou-a frente a frente com seu próprio rosto.

Eram ao todo seis retratos, a maior parte em esboço, um devidamente colorido e assinado. Os dois permaneciam paralisados, Alana encarando as pinturas de cima a baixo, com os olhos arregalados, enquanto Glen amaldiçoava-se por ter subestimado a falta de jeito dela. Uma gotinha de suor desceu da testa dele, e ele moveu-se para enxugá-la, engolindo em seco.

Ela achou… ela achou, ela achou, ela achou, oh, meu Deus, como sou idiota!

— Essa sou eu?

— Hum… é… pois é, então, sobre isso…

— São lindos! — ela deu meia volta para observá-lo, um sorriso mais quente que o sol estampado em seu rosto.

O coração dele falhou uma batida.

— Er… não está zangada ou algo do tipo? Não vai gritar e sair correndo como se eu fosse um doente? A propósito eu não sou, é que você tem… ãh… uma ótima estrutura óssea.

— Uma ótima estrutura óssea?

— Sim…

— Quer dizer que você me acha bonita?

Ele sentiu o sangue subir ao seu rosto tão rápido que poderia ter ficado tonto. Adoraria arranjar um lugar para enfiar a cabeça, será que a tal Sala Precisa aparecia para abortos? — Hum… sim… um pouco.

Em resposta ela apenas riu, docemente. Sua cara deveria estar mesmo ridícula. — Que coincidência.

Glen deu uma risada nervosa. — O que é coincidência?

— Eu… — deu uma pausa, seus olhos claros vendo algo perto da perna dele. — Ora essa, Vega, quantas vezes mais pretende me deixar preocupada? — ela pôs as mãos nas cadeiras, e Glen franziu o cenho, virando a cabeça para enxergar com o quê a moça falava. Ao ver uma gata balinês, tudo fez sentido… aparentemente o animalzinho tinha fugido da dona pela enésima vez, aquilo nem era mais novidade, mas Alana ficava nervosa sempre que acontecia. Ela diminuiu a parca distância que havia entre os dois e agachou-se para pegar o bichinho, que aninhou-se contente em seu colo.

— Acho que está na hora de irmos… logo tenho de voltar para as minhas tarefas, e você tem aulas também, não é?

— Ah, é, verdade! Obrigada por me lembrar!

Ela esqueceu mesmo!?

— De nada. — ele esperou-a sair do quarto para voltar a entrar no mesmo, apoiando-se no batente. — Até mais tarde.

— Até mais. — ela ensaiou um movimento de corrida, mas parou na metade e endireitou o corpo para observá-lo mais uma vez. — Ei, Glen. Da próxima vez, vou te levar àquele lugar especial, tudo bem?

— Que tipo de lugar é?

— Não vou dizer, é uma surpresa!

Ele fez uma careta, rezando para que suas batidas de coração não estivessem tão altas quanto pareciam para si mesmo. — Tanto faz. E não corra, ou vai acabar se machucando… e a gata também!

Alana mostrou-lhe a língua, deu-lhe as costas e começou a andar calmamente, Vega ronronando feliz em seu colo. Glen murmurou uma dúzia de imprecauções e dirigiu-se ao painel para recolocá-lo no lugar, não sem ficar um bom tempo encarando os esboços que fizera da garota antes de escondê-los. Suspirando, ajeitou tudo como deveria estar e deixou o quarto, batendo a porta atrás de si.

 

X-X

 

Na Sala Comunal da Lufa-Lufa reinava a balburdia de sempre, com seus numerosos alunos brincando, brigando e importunando-se como acontecia todos os dias. Max contava vários feitos mitológicos de Apolo, o deus grego do Sol, para um aglomerado de companheiros que sentavam-se ao seu lado. Dimitry dormia em um dos cantos, usando uma obra qualquer apenas para cobrir o rosto – independente do barulho ao seu redor. Anastácia esforçava-se para ler um dos livros que Max lhe emprestara – sobre deuses egípcios – encolhida numa das poltronas.

Como se a bagunça não fosse suficiente, duas figuras que não deveriam estar ali adentraram o recinto sem cerimônia alguma. O primeiro, Ian, gesticulava impacientemente para a segunda, Katherine, enquanto gritava com ela. — Vamos resolver isso de uma vez por todas, e ai você vai fazer o que eu mandar pelo resto do ano!

— Ha, pobrezinho, acho melhor acordar pra vida, está sonhando alto demais.

O barulho parou imediatamente, todos os integrantes da sala observaram os recém-chegados. Então uma boa parte das meninas gritou escandalosamente o nome de Ian, enquanto os rapazes suspiraram por ver Kat. Uma parte menor de ambos os gêneros bufaram com antipatia. Max saudou-os com um aceno de mão, Ani sorriu timidamente e Dimitry não fez mais que erguer o livro momentaneamente para observar quem havia chegado, pondo-se a abaixá-lo logo depois.

— Viu só? Eu disse.

— Argh, você não sabe contar também, pelo visto.

— Quem não sabe contar aqui, garota!?

— Er… — Max interrompeu, levantando uma sobrancelha. — Sabem como eu detesto apartar uma briga entre os dois, mas podem me dizer o que está acontecendo desta vez?

— Sobre o que estão discutindo? — perguntou Ani, fechando o livro que lia.

— Aposto que estão debatendo quem tem mais fãs. — murmurou Dimitry baixinho, para ninguém em especial.

Os dois pararam de trocar olhares furiosos para focarem-se nos amigos. Katherine fez um sinal para que eles os seguissem para fora da sala, ao passo que Ian apoiou ambas as mãos na cintura. — Precisamos falar com vocês sobre algo especialmente sério. Vamos!

— Bem, se você diz. — Max foi o primeiro a levantar-se e se aproximar.

— Mas a leitura estava tão interessante… — choramingou Ani, arrastando os pés e abraçando o livro.

— Não se preocupe, não precisa ter pressa em me devolver.

— Er… mesmo assim…

— Dimitry, até quando você vai continuar dormindo ai? — protestou Kat, seus olhos ferinos brilhando de insatisfação ao reparar que o rapaz nem se mexera.

— Para sempre, de preferência.

— Levante-se e venha nos ajudar!

— Eu não quero ajudar ninguém, considerem que estou amaldiçoado a dormir por toda a eternidade, a menos que ganhe o beijo de amor verdadeiro que me libertará.

A sonserina abriu um sorriso malicioso. — Se você quer um beijo, eu vou até ai e resolvo isso.

— Meu sonho de dormir para sempre vai se realizar. Uhu!

Ani pôde jurar que ouviu os suspiros de inveja quando Katherine, revoltada, foi até o rapaz deitado e agarrou-o pelo colarinho, tentando beijá-lo a força como algum tipo irracional de vingança, ao passo que Dimitry usava a mão para afugentá-la dali.

— Sai… Katherine, saia de cima de mim! — ele pôs a mão espalmada para que ela beijasse no lugar de sua boca. — Certo, venceu, estou me levantando! Garota louca…

O grupo deixou a sala depois disso, ouvindo os cochichos que logo deram lugar ao barulho usual. Ian reclamava com Kat, alegando que ela estava tentando ultrapassá-lo fazendo pontuações antes da hora.

— Pontuação? De que estão falando? — Anastácia recostou-se na parede, trocando olhares entre um e outro. Dimitry rapidamente elegeu seu ombro como um bom travesseiro e logo tinha deitado a cabeça nele. — Dim, você é pesado!

— E seu ombro é confortável, não me culpe.

— Do que mais poderíamos estar falando? — Katherine respondeu finalmente, erguendo o queixo, com sua atitude superior habitual. — É sobre a minha competição com Ian para saber quem é o mais desejado de Hogwarts.

O trio de lufanos observou os dois competidores de cima a baixo. Max deixou-se cair sentado e logo depois rolava pelo piso de tanto rir. Ani soerguera suas sobrancelhas e entreabrira os lábios, tentando buscar palavras para dizer, mas não encontrando nenhuma. Dimitry franziu o cenho, estreitando os olhos avermelhados. — Sério mesmo que me acordaram pra isso!?

— É um assunto muito sério. — retrucaram em resposta, praticamente ao mesmo tempo.

— Uau, isso é… muito empolgante.

Anastácia balançou a cabeça para sair de sua estupefação. — Tenho até medo de perguntar, mas como pretendem competir?

— Beijando todos os interessados. — Ian alegou, como se fosse uma resposta óbvia. — Mas como nenhum de nós confia no outro pra contabilizar, precisamos de vocês como… hum… juízes.

— Eu passo. — Dimitry bocejou, levantando uma mão e fazendo menção de voltar para a Sala Comunal, antes de ter seu braço segurado por Katherine.

— Ah, você não vai a lugar nenhum, querido.

— Me dê um bom motivo pra eu participar dessa coisa sem sentido.

Talvez Ian e Kat pudessem até admitir que aquela era uma mera forma de fazer com que se divertissem, desde o desaparecimento de Ana que aqueles três estavam um pouco mais retraídos que o normal. Mas é claro que, considerando a rivalidade longa entre a sonserina e o grifinório, aquilo era apenas um dos motivos, e ambos nunca falariam tal coisa em voz alta.

— Você pode ser o primeiro da minha lista!

— Eu disse para me dar um bom motivo. — ele uniu as sobrancelhas. — E não quero um beijo seu.

— Tolice, todo mundo quer um beijo meu.

— Francamente. — Dimitry bufou, desvencilhando-se dela para voltar a recostar-se na parede, ao lado de Ani. — Eu participo, se me deixar em paz.

— Me parece ótimo. — Katherine piscou os olhos verdes, sedutoramente. — Não quer mesmo ser o primeiro?

— Não…

Max, que havia conseguido recuperar-se do ataque de risos e já colocava-se de pé com o apoio de Anastácia, passou as mãos pelas vestes para limpá-las e sorriu, ainda rindo um pouco. — Isso vai ser muito inútil, mas muito engraçado. Eu topo!

— Isso é errado de tantas maneiras que não consigo nem enumerá-las. — a lufana disse, cruzando os braços. — Ian, como você acha que vai conquistar a Lottie fazendo essas coisas?

O ruivo jogou os longos cabelos para trás, encarando Anastácia. — De que está falando? Eu flerto com Charllotie como flerto com qualquer outra garota, não tenho nada com ela. — mesmo dizendo isso, seus dentes trincaram. Ani achou aquilo um tanto suspeito, mas preferiu deixar pra lá.

— Tanto faz, mas eu tenho uma condição. Nada de ficarem iludindo as garotas e os garotos, apenas peçam os beijos e quem quiser vai dá-los.

— Ahn, que tédio… — Kat resmungou, ao mesmo tempo que Ian fez uma careta de desgosto.

— Tá, tá, é justo! — concordou por fim, espalmando as mãos. — Então, Ani… posso começar com você?

A menina ruborizou-se de imediato. Começou a fazer um monte de gestos sem significado algum, antes de deixar suas mãos caírem rente ao corpo e alegar num sussurro tímido. — Eu não beijo qualquer pessoa.

Ian e Kat trocaram olhares. — Ela obviamente nunca beijou ninguém.

— Com toda certeza.

— Significa que quer fazer isso com alguém especial.

— Possivelmente está apaixonada e…

Anastácia reparou que agora todos olhavam para ela, até mesmo Dimitry, com seu jeito meio dormindo, meio acordado de sempre. Encolheu-se em direção a parede, como se fosse um fantasma e pudesse atravessá-la.

— Você está mesmo gostando de alguém, Ani? — Max questionou, perto demais dela. Sentiu o rosto queimar de constrangimento, uniu as mãos abaixo na altura do peito e falou, um pouco mais alto do que esperava – na verdade, quase gritando:

— Isso não é da conta de ninguém! — fez uma pausa, percebendo que havia fechado os olhos. Quando voltou a abri-los, notou surpresa nos olhares do resto do grupo. Não entendeu muito bem a expressão meio decepcionada de Max, mas tinha que mover a atenção para longe dela mesma, o mais rápido possível. — Er… o que estão esperando? Vão à luta… à caça… enfim, vocês entenderam.

— Relaxe garota, estamos apenas brincando com você. — Katherine revirou os olhos, sorrindo um pouco. — Bom… acho melhor nos dividirmos, não? Garotas para um lado, rapazes para o outro?

— E nos encontramos no final do dia. — complementou Ian. — Que vença o mais desejável!

— Já sabemos quem será.

Os dois se olharam uma última vez, faíscas dançando de um para o outro. Então giraram nos calcanhares e marcharam para lados opostos, seus juízes respectivos seguindo-os segundos depois, não muito confiantes de que aquela era uma boa ideia.

 

X-X

 

Connor andava pelos corredores de Hogwarts sem prestar muita atenção no que acontecia ao redor. Aquilo era normal para ele, o rapaz facilmente se perdia em pensamentos, e não era novidade vê-lo vagando sem rumo pela escola, quando não estava em aula ou fazendo algo relevante. Ele tinha em mente que a aula de Herbologia com Helga começaria em pouco tempo, e como era uma matéria que gostava, dificilmente se atrasaria para a mesma.

Não percebeu que parara no meio do caminho, os olhos sonhadores focalizados nas extensas janelas que deixavam o sol entrar. Uma chuva de meteoros aconteceria dali a alguns dias, e ele não queria perdê-la de forma alguma. A dois anos, quando fizera treze, seus pais aproveitaram o período sem aulas para levá-lo a um campo aberto, e foram juntos que vislumbraram aquele fenômeno fantástico, riscos cintilantes rasgando o negro pontilhado.

Aquela memória marcara-o profundamente, tanto que era a própria que ativava seu patrono. No ano anterior, Connor fora incapaz de ver a chuva, mas desta vez ele estaria preparado. Pensara em chamar Alana para acompanhá-lo, não que tivesse interesse pela amiga pequena e atrapalhada, mas sabia que ela amava os assuntos do céu tanto quanto ele.

Foi enquanto ele sonhava acordado, as mãos enfiadas nos bolsos – afinal odiava seu tamanho avantajado – que Connor sentiu. Ele não percebera a aproximação da pessoa, obviamente, e foi surpreendido com mãos macias e delicadas que envolviam seu rosto e…

Um beijo.

Nos lábios.

Espera…

Seus olhos desceram para encarar Katherine, que colocara as mãos na cintura e sorria descaradamente. Ani estava mais atrás, olhando de um para o outro absolutamente chocada. — Katherine! Eu disse para pedir, não para roubar!

A sonserina balançou a mão. — Isso não é importante!

Connor franziu o cenho, dando de ombros. — Tá, né… — e continuou seu caminho, como se absolutamente nada tivesse acontecido. Também ignorou a discussão que iniciou-se atrás de si, Anastácia alegando que aquilo não contara e Kat argumentando qualquer coisa em sua defesa.

Um beijo dificilmente o abalaria, a menos que a menina que o desse abalasse-o antes. E para alguma coisa tirá-lo de sua zona de conforto, precisava ser muito interessante. Não que Katherine fosse desinteressante, só não era o tipo dele – e, pensando bem, nunca imaginara que “tipo” ele teria.

Foi assoviando baixo que ele manteve o passo, apressando-se para a aula de Helga.

Afinal, plantas faziam mais sentido para ele do que garotas… e não se sentia frustrado por isso.

 

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Alana


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Notas finais do capítulo

*Voltando para dar as notas finais e sumir minutos depois*
O nome da Alana tá ali em baixo porque pra variar não consegui postar a imagem, então tive de me contentar em por um link. Se não estiver funcionado, por favor, me avisem. :(
Bem... como avisado, tá bem bonitinho. Temos Alana e Glen (futuro casal vinte), Kat e Ian se digladiando por pouca coisa (normal) e metade dos nossos personagens sendo assediados por um dos dois.
Não temos Cateline, nem Charllotie e nem Andrômeda nessa capítulo pois elas brilharam muito no último (e se ferraram também), e tento dar o mesmo espaço para todos os personagens - embora eu goste mais de alguns, normalmente no quesito história, então estes costumam ter um pouco mais de destaque. Também só temos menção a Helguinha desta vez. Mas no próximo uma parte desse pessoal volta com força total.
Quero agradecer pela paciência que vocês tem comigo (precisam de muita né? Eu sei, desculpe) e pela persistência em continuar lendo. Obrigada a todos, e nos vemos em breve... Eu acho... rsrs

Ps.: Se tiverem alguma critica ou dica sobre o uso de seu personagem, pode dizer, levarei em consideração, tudo bem?
Vamos fazer uma pequena brincadeirinha, digam qual é a estrela da história, vamos ver quem dos nossos alunos antigos tem mais fãs -q



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