Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey! Primeiramente: Obrigada por tudo (comentários, favoritos, acompanhamentos) tudo isso me deixa muito feliz! :)

Agora vou esclarecer uma coisinha: A fic é completamente universo alternativo. Como vocês viram, o Steve é realmente um Chef de cozinha e a Nat é uma agente secreta (nada de Viúva Negra). Não haverá SHIELD e a não haverá qualquer coisa relacionada aos super heróis.
Bom, qualquer duvida, podem perguntar e me desculpem por ter causado esse equivoco.

Sem mais delongas, Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/638127/chapter/3

O cabelo molhado de suor grudava nas têmporas, assim como a terra arenosa que o vento levantava contra seu rosto, mas isso não parecia incomoda-la. Com passos firmes, ela continuava subindo o terreno pedregoso indo em direção ao seu alvo. A arma pendurada no ombro deixava claro que haveria morte e como que anunciando isso, um pássaro grasnou no imenso céu azul acima da sua cabeça.

Ela olha rapidamente para cima e depois em volta. Aquele maldito pássaro poderia chamar atenção de fizesse muito barulho. Como nada acontecia, ela voltou a subir a pequena colina pedregosa, tomando cuidado para não tropeçar ou ser picada por algum animal peçonhento.

Novamente o pássaro grasna e ela o observa por alguns instantes... parecia uma ave de rapina, águia talvez, de qualquer forma, não importava. O que realmente importava era o homem de estatura mediana e musculoso que acabava de sair de uma pequena tenda alguns metros a sua frente. Ele escolhera uma área aberta para montar acampamento, completamente descampado e aparentemente de difícil acesso. O GPS lhe guiara o tempo todo, mas sozinha e sem o auxílio da tecnologia ela gastaria muito mais horas à sua procura.

Contudo, a ruiva parecia desconfiada. Para um atirador de elite ele havia escolhido um ponto baixo, de pouca visualização. De onde o acampamento estava, ele ficava escondido pelas colinas para quem estivesse passando na estrada ou até mesmo a pé, mas ficava completamente visível e até mesmo vulnerável para qualquer um que sobrevoasse o local, ou estivesse passando pelas colinas, como ela estava.

Os olhos dela perscrutaram todo o local. Ele não seria tão idiota assim... ou seria? Com um suspiro ela caminha cuidadosamente até a beirada da colina, um ponto alto, de boa visibilidade, que estava firmemente seguro sob a base de uma rocha.

“Perfeito.” Ela murmura e rapidamente de abaixa no local.

Ela começa a montar a arma, sempre observando seu alvo que parecia completamente alheio a sua presença ali. Ele caminhava despreocupadamente entre a barraca e a pequena fogueira da qual subia uma fina fumaça branca, se espreguiçava e continuava lá, andando. Quem o visse de cima, pensaria se tratar de alguém procurando um pouco de paz e sossego do inferno que é a cidade. Ele não era tão idiota assim....

“Você escolheu um belo lugar para morrer.” A ruiva comenta deitando-se no chão quente de barriga para baixo.

Põe o dedo no gatilho e quando o homem está completamente na mira, o som de pneus a sobressalta. Havia mais alguém ali.

O carro militar para a poucos metros do acampamento improvisado e 4 homens saltam do mesmo, todos vestidos como soldados americanos. Natasha engole seco. Aquilo definitivamente não estava nos planos.

Um dos homens se coloca rapidamente à frente do quarteto e estende a mão, que é apertada pelo alvo. Seriam eles novos desertores? A pergunta paira acima da ruiva que se mantem firme no chão, sua respiração praticamente imperceptível. Os homens rapidamente se cumprimentam e trocam algumas palavras que a ruiva tenta a todo custo descobrir quais são, porem nem seu ótimo talento para ler lábios (em 7 idiomas diferentes) foi capaz de descobrir do que se tratava. O homem que aparentava ser o líder do grupo, entra na barraca, juntamente com o alvo e um segundo homem, os outros dois montam guarda na porta.

Natasha olha para o relógio digital em seu pulso e verifica o horário 13hrs45min p.m. aquela missão deveria ser cumprida o mais rápido possível, afinal, ela ainda tinha 2horas de viagem de volta para casa. Mas, como que contrariando suas expectativas, a pequena reunião dentro da barraca, perdura por mais de duas horas e seu estomago havia começado a roncar a muito. Definitivamente, seu dia estava indo de mal a pior.

Em determinado momento, um dos homens de guarda, caminha em sua direção, o que a deixa apreensiva, porem ele para diante de um arbusto e começava a urinar, o que faz a ruiva franzir os lábios diante da visão. Mesmo estando numa área mais elevada, ela ainda podia ser vista de cima. Suas mãos continuam posicionadas no gatilho, esperando o momento certo, entretanto, o maldito momento parecia não aparecer nunca. Ela sentia câimbras no braço esquerdo e tinha quase certeza que havia sido picada por algum inseto na perna direita, pois a mesma não parava de cocar.

Quando estava num debate interno sobre adiar aquela missão, a barraca é aberta e os três homens saem de dentro dela. Eles trocam algumas palavras e dessa vez ela consegue pegar algumas, embora não soubesse o idioma e tão pouco o que queria dizer, ela ariscaria se tratar de árabe, ou algum idioma do oriente bem próximo a ele. Um dos homens retira um envelope de dentro da jaqueta e entrega ao alvo, que rapidamente o coloca dentro da sua própria. Eles se cumprimentam novamente e da mesma forma que apareceram, vão embora, abruptamente.

“Agora é a hora!” Natasha murmura. “Dez, nove, oito, sete...” ela começa a contar lentamente, enquanto ouve o som dos pneus se afastando. “Cinco, quatro, três...” o homem gira nos calcanhares pronto para entrar novamente na barraca. “Um.” o som do disparo não passa de um leve silvo, que corta o ar e é seguido de um rápido baque quando o corpo do homem cai de lado completamente sem vida.

A mulher ruiva continua onde está, esperando algum sinal de movimento, mas nada acontece e ela se põe de pé. Ela pega a arma e a coloca no ombro, descendo a colina pedregosa com cuidado, porém com precisão. Anda até o homem que jaz morto, e o observa rapidamente. Um filete de sangue corre pela terra alaranjada, saindo do pequeno buraco que trespassa sua cabeça, de uma têmpora a outra.

Ela se abaixa rapidamente e pega o envelope na jaqueta do homem. As letras ali escritas não faziam nenhum sentido, talvez fosse algum código, de qualquer forma, ela não pretendia ficar ali tentando descobrir. Passando por cima do corpo, ela entrou na barraca e a vasculhou rapidamente, encontrou algumas armas, documentos e outros dois envelopes, assim como um caderninho. Guardou tudo em sacos plásticos e os colocou na pequena bolsa que trazia consigo. Saiu da barraca e sem sequer dar uma última olhada para o corpo, caminhou para longe dali.

O céu já ganhava tons mais alaranjados e rosa, se aproximando do pôr do sol e consequentemente do anoitecer. Ela se permitiu apreciar a paisagem que era realmente bonita e suspirou cansada. A ave grasnou novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até terça :)