Eles já haviam feito aquilo dezenas, centenas, talvez até milhares de vezes, tanto entre si quanto com outras pessoas antes de se conhecerem, mas de alguma forma, parecia que tudo era novo, diferente, mais excitante... talvez fosse a vontade se sempre inovar e não permitir que o sexo se tornasse apenas uma obrigação no casamento, talvez fosse a vontade e curiosidade de descobrir mais e mais formas de dar e proporcionar prazer um ao outro. A questão é que enquanto Steve roçava os lábios pela pele sensível da mulher e lhe proporcionava mais um orgasmo, Natasha tentava a todo custo manter a sanidade... Steve conseguia literalmente foder até com sua mente.

Eles haviam deixado um rastro de roupas pela casa, Natasha não fazia ideia se haviam trancado ou não a garagem e no fundo não se importava se acordasse pela manhã e não encontrasse o carro lá. Tudo o que ela precisava naquele momento era sentir o corpo do marido pressionado contra o seu e como que lendo seus pensamentos – ou talvez só tivesse ficado claro nos seus olhos – Steve passa um dos braços por baixo do pescoço da mulher, erguendo sua cabeça e trazendo seu corpo mais para próximo de si mesmo. Ele arfava, e era visível todas as gotas de suor que brotavam em sua pele e escorriam pelos cantos do seu rosto e nariz. O cabelo loiro estava completamente bagunçado e molhado, para a ruiva, não havia nada – nem nenhum homem – que ficasse mais sexy durante o sexo que seu marido.

Natasha acaricia de leve a face do marido, tentando estabilizar sua própria respiração. Ela sentia o peso do corpo dele, embora ele não estivesse completamente ‘largado’ sobre ela. Suas pernas ainda tremiam devido o ultimo orgasmo e ela tinha dúvidas se conseguiria montar uma frase coerente... o melhor mesmo era apenas sentir e deixar transbordar... e acredite, ela já havia transbordado algumas vezes desde que chegaram em casa.

“Você parece cansada...” Steve comenta dando um sorriso de lado.

Mesmo com a toda a penumbra do quarto Natasha podia ver claramente o brilho malicioso nos olhos azuis do loiro. Ela sabia que ele próprio já estava cansado, afinal, por melhor que fosse o sexo, era cansativo também. A onda de prazer custava a ser alcançada e quando era, durava apenas alguns segundos... de puro êxtase.

“Nenhum pouco” ela afirma com um suspiro “Você que não me parece nada bem...” ela tentou soar de forma séria, mas o sorriso a entregou no final.

“Você me cansa.” Steve admite “De uma forma que eu sequer consigo entender, mas que eu não sei como e talvez nem consiga ficar sem.”

“Essa foi a declaração mais estranha que eu já ouvi.” A expressão de falsa confusão de Natasha faz Steve rir.

“Eu já fiz piores.” Confessa.

“Já fez mesmo... e também já fez as mais sacanas, românticas, engraçadas, irritantes... você sabe como me conquistar constantemente.”

“Eu tento.” Steve concorda convencido.

“Sabe de uma coisa?”

“O que?” pergunta curioso.

“Minhas pernas... elas pararam de tremer.” A ruiva confessa e olha sugestiva para Steve que sem desviar os olhos começa a acariciar uma das pernas da mulher que estava dobrada ao lado do seu corpo.

As caricias vão do joelho até a coxa e retornam, e esse movimento constante faz a besta insaciável de Natasha acordar e começar a rugir implorando por alimento. Natasha se contorce, suas mãos procurando algo – ou alguma parte do corpo do marido – na qual pudesse expressar o que sentia. Gemidos e murmúrios não eram mais suficientes. Steve provocava sua besta de uma forma incontrolável e de forma inexplicável ele sabia exatamente como alimenta-la devidamente, ou pelo menos sacia-la momentaneamente.

A visão da cabeleireira ruiva desgrenhada, os lábios avermelhados – e ainda mais carnudos devido a excitação – era o combustível que alimentava o ego de Steve, pois ele sabia que ele conseguia prover as necessidades físicas da esposa, da mesma forma que ela provia as dele. Em 5 anos o sexo era uma coisa que não havia mudado, mesmo quando tudo parecia diferente, pois eles ainda se preocupavam com o que o outro queria e precisava. Aliás, havia mudado sim, para melhor. Todos os pudores, receios e falsas regras haviam sido abandonadas quando alcançaram o nível de intimidade que permitia dizer o que queriam e como queriam.

As mãos da mulher exploravam sem medo, os lábios dele percorriam sem receio, nesse jogo de explorar e conquistar, o mundo exterior era esquecido. Os problemas – mesmo que conjugais – o trabalho, os amigos, tudo era deixado de lado. Que explodisse uma 3° guerra mundial, que eles não se importariam... Okay, se importariam sim, mas não o bastante para abandonar o quarto onde o único som ouvido era o da cama, rangendo sob o peso, o contato, a energia que era liberada do corpo de ambos, que naquele momento mais parecia um só.