Toc.. Toc.. escrita por Avalon Ride
Notas iniciais do capítulo
Devo me desculpar, pessoas essa semana eu não tive muito tempo de postar caps nas fics. Estou no meu último semestre na faculdade e estou começando meu TCC, então por esse motivo não pude trazer o capítulo para vocês.
Esse também é pequeno, pois é a parte cortada do outro, prometo não demorar com as postagens e à partir de agora irei postar os capítulos inteiros, estão bem grandes, mas bem legais.
Espero que entendam a demora e que me desculpem.
Sem mais delongas.. Boa leitura!
— Boo?.. — Perguntou a grande criatura azul.
Mary o observou com suavidade, analisando cada traço daquela criatura. Era exatamente como ela se lembrava, sem tirar nem por. A jovem sonhava todas as noites com aquele ser, sempre daquela forma e nunca com algo diferente, sonhava com a brincadeira de pique, com o correr e todos e até desespero de alguém. O azul não havia mudado nem uma gota.
Sullivan fazia o mesmo, analisava aquele ser que não parecia a humana baixinha e doidinha que ele conhecera, esta, era maior e com toda certeza não acreditava mais em monstros dentro do armário. Mas, ainda sim, ela o havia chamado de algo que ninguém o havia chamado durante muito tempo.
Parando para ligá-la à garotinha ele pôde ver as semelhanças, os cabelos ainda negros e estavam amarrados em um coque, olhos escuros e roupas largas. Ela ainda usava roupas maiores que ela e o rosto ainda era o mesmo, ainda era de criança inocente com medo de algo, ainda era meigo e delicado e a criança crescida ainda tinha a voz fina, calma e dengosa. Por mais que tenha passado certo tempo, ela ainda era a Boo, a criança perdida.
— Essa não é a coisa. — Falou o monstro baixinho em formato de limão.
— Claro que é, mas ela cresceu. — Disse o azul, sorrindo.
— Não é não, eu reconheceria a coisa. Eu não vejo semelhanças ne..
— Mike Wazowski.. — Falou a jovem sussurrante o interrompendo. Ambos a fitaram, enquanto a mesma permanecia parada de joelhos em sua cama.
Seus olhos alternaram de um para o outro e a garota já não sabia mais o que pensar. No momento que ela havia decidido que tudo não passara de um sonho e desenhos assustadores, sua porta resolvera brilhar e revelar as criaturas que vivem do outro lado.
Isso a fez lembrar que eles não eram bons, assim como Randall a assustava, os dois ali eram assustadores de outras crianças e isso significava que eles queria o mal de alguém, Mary se sentiu desprotegida e protegida ao mesmo tempo e isso confundia sua mente.
— É a coisa! — Bradou a criatura verde fazendo o coração da adolescente disparar e o grito escapar de sua garganta. — Não, não, não.. Calma.
— Não grita, ela está assustada. — Sullivan o repreendeu.
— Assustada? A garota que colocou Monstrópoles em quarentena tempos atrás está assustada? — O verde pergunto sarcástico.
— Monstrópolis? — Ela interveio, falava muito baixo, por vergonha e medo. Então esse era o nome daquela cidade, um nome bem obvio para um lugar cheio de monstros.
— Como cresceu tão rápido? — Sulley quis saber enquanto dava dois passos na direção da cama onde ela estava. Boo, se afastou deixando o medo à mostra.
— Treze. — Disse ela, a jovem e puxou a coberta para se cobrir e olhá-lo por cima do pano, as folhas que antes estavam ali caíram no chão. — Se passaram treze anos.
— Nossa, muito tempo. — Falou Mike. — Não parecia tanto.
— Para mim pareceu. — Ela confessou triste.
Suley deu um sorriso leve e abriu seus braços, a princípio a jovem não havia entendido, mas a criatura esperou e após recordar de um abraço cálido de despedida ela soltou a coberta levemente, olhando para as criaturas que a assustava e a confortava ao mesmo tempo. Ela caminhou por sobre a cama até que chegar perto o suficiente da coisa azul e o abraçar o mais apertado que conseguiu.
Aquela abraço trouxe parte de sua memória perdida de volta e lhe contou que seu amigo estava ali, pronto para protege-la de qualquer assustador. Assim como Sulley via a criança de três anos como ela sempre fora, não importava o tamanho que ela tivesse, ela sempre seria a coisinha escandalosa, brincalhona e desastrada, que corria pela fabrica e pelo apertamento dos monstros.
— Mary! — Bradou uma voz no andar de baixo, era fina como a de Boo, mas um pouco madura. A garota correu até a porta de seu quarto a abrindo as pressas.
— Que foi mãe?! — Gritou em reposta.
— A filha dos vizinhos quer te conhecer, venha cá. — Após ouvir tais palavras a garota olhou para trás, iria pedir que as criaturas esperassem sua volta e dizer que ela só iria dizer oi, mas eles já não estavam mais ali.
Os olhos da menina percorreram o quarto e não viram nada de anormal ali, a porta do armário estava aberta e dizia que ninguém estava lá, isso a entristeceu um pouco.
Mary, pensou consigo. Talvez tenha imaginado tudo novamente, talvez estivesse ficando obcecada por algo que não existia e talvez estivesse envolvida demais ao passado. Sua infância a estava enlouquecendo e aquilo poderia destruí-la.
Estava na hora de crescer, esquecer o que aquilo eram e parar de imaginar.
Ela era uma adulta e deveria agir como tal.
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Bom esse seria o capítulo 3 parte 2 mas acho estranho nomear capítulos assim então ficou como quatro mesmo.
Espero que tenham gostado da fic até aqui e que eu veja todos no próximo capítulo