Toc.. Toc.. escrita por Avalon Ride


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Devo me desculpar, pessoas essa semana eu não tive muito tempo de postar caps nas fics. Estou no meu último semestre na faculdade e estou começando meu TCC, então por esse motivo não pude trazer o capítulo para vocês.

Esse também é pequeno, pois é a parte cortada do outro, prometo não demorar com as postagens e à partir de agora irei postar os capítulos inteiros, estão bem grandes, mas bem legais.

Espero que entendam a demora e que me desculpem.

Sem mais delongas.. Boa leitura!



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— Boo?.. — Perguntou a grande criatura azul.

Mary o observou com suavidade, analisando cada traço daquela criatura. Era exatamente como ela se lembrava, sem tirar nem por. A jovem sonhava todas as noites com aquele ser, sempre daquela forma e nunca com algo diferente, sonhava com a brincadeira de pique, com o correr e todos e até desespero de alguém. O azul não havia mudado nem uma gota.

Sullivan fazia o mesmo, analisava aquele ser que não parecia a humana baixinha e doidinha que ele conhecera, esta, era maior e com toda certeza não acreditava mais em monstros dentro do armário. Mas, ainda sim, ela o havia chamado de algo que ninguém o havia chamado durante muito tempo.

Parando para ligá-la à garotinha ele pôde ver as semelhanças, os cabelos ainda negros e estavam amarrados em um coque, olhos escuros e roupas largas. Ela ainda usava roupas maiores que ela e o rosto ainda era o mesmo, ainda era de criança inocente com medo de algo, ainda era meigo e delicado e a criança crescida ainda tinha a voz fina, calma e dengosa. Por mais que tenha passado certo tempo, ela ainda era a Boo, a criança perdida.

— Essa não é a coisa. — Falou o monstro baixinho em formato de limão.

— Claro que é, mas ela cresceu. — Disse o azul, sorrindo.

— Não é não, eu reconheceria a coisa. Eu não vejo semelhanças ne..

— Mike Wazowski.. — Falou a jovem sussurrante o interrompendo. Ambos a fitaram, enquanto a mesma permanecia parada de joelhos em sua cama.

Seus olhos alternaram de um para o outro e a garota já não sabia mais o que pensar. No momento que ela havia decidido que tudo não passara de um sonho e desenhos assustadores, sua porta resolvera brilhar e revelar as criaturas que vivem do outro lado.

Isso a fez lembrar que eles não eram bons, assim como Randall a assustava, os dois ali eram assustadores de outras crianças e isso significava que eles queria o mal de alguém, Mary se sentiu desprotegida e protegida ao mesmo tempo e isso confundia sua mente.

— É a coisa! — Bradou a criatura verde fazendo o coração da adolescente disparar e o grito escapar de sua garganta. — Não, não, não.. Calma.

— Não grita, ela está assustada. — Sullivan o repreendeu.

— Assustada? A garota que colocou Monstrópoles em quarentena tempos atrás está assustada? — O verde pergunto sarcástico.

— Monstrópolis? — Ela interveio, falava muito baixo, por vergonha e medo. Então esse era o nome daquela cidade, um nome bem obvio para um lugar cheio de monstros.

— Como cresceu tão rápido? — Sulley quis saber enquanto dava dois passos na direção da cama onde ela estava. Boo, se afastou deixando o medo à mostra.

— Treze. — Disse ela, a jovem e puxou a coberta para se cobrir e olhá-lo por cima do pano, as folhas que antes estavam ali caíram no chão. — Se passaram treze anos.

— Nossa, muito tempo. — Falou Mike. — Não parecia tanto.

— Para mim pareceu. — Ela confessou triste.

Suley deu um sorriso leve e abriu seus braços, a princípio a jovem não havia entendido, mas a criatura esperou e após recordar de um abraço cálido de despedida ela soltou a coberta levemente, olhando para as criaturas que a assustava e a confortava ao mesmo tempo. Ela caminhou por sobre a cama até que chegar perto o suficiente da coisa azul e o abraçar o mais apertado que conseguiu.

Aquela abraço trouxe parte de sua memória perdida de volta e lhe contou que seu amigo estava ali, pronto para protege-la de qualquer assustador. Assim como Sulley via a criança de três anos como ela sempre fora, não importava o tamanho que ela tivesse, ela sempre seria a coisinha escandalosa, brincalhona e desastrada, que corria pela fabrica e pelo apertamento dos monstros.

— Mary! — Bradou uma voz no andar de baixo, era fina como a de Boo, mas um pouco madura. A garota correu até a porta de seu quarto a abrindo as pressas.

— Que foi mãe?! — Gritou em reposta.

— A filha dos vizinhos quer te conhecer, venha cá. — Após ouvir tais palavras a garota olhou para trás, iria pedir que as criaturas esperassem sua volta e dizer que ela só iria dizer oi, mas eles já não estavam mais ali.

Os olhos da menina percorreram o quarto e não viram nada de anormal ali, a porta do armário estava aberta e dizia que ninguém estava lá, isso a entristeceu um pouco.

Mary, pensou consigo. Talvez tenha imaginado tudo novamente, talvez estivesse ficando obcecada por algo que não existia e talvez estivesse envolvida demais ao passado. Sua infância a estava enlouquecendo e aquilo poderia destruí-la.

Estava na hora de crescer, esquecer o que aquilo eram e parar de imaginar.

Ela era uma adulta e deveria agir como tal.


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Notas finais do capítulo

Bom esse seria o capítulo 3 parte 2 mas acho estranho nomear capítulos assim então ficou como quatro mesmo.

Espero que tenham gostado da fic até aqui e que eu veja todos no próximo capítulo