JaJa's Eventful Journey escrita por Agama


Capítulo 2
Capítulo 2: Ataque


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap saindo. Boa leitura galera o/



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Jason arma seu arco. Sua mira está apontando diretamente para um grande urso pardo, algo que JaJa demorou cerca de quatro horas para avistar, acha ele. Pelo menos um ele garantiria para si. O urso, em sua pacata mente irracional, sequer nota a presença do jovem ruivo a 15 metros de distância. Jason espera o melhor momento. E atira bem na cabeça do urso, derrubando-o instantaneamente, de forma indolor e rápida. Ele se aproxima pra ver os resultados do tiro.

Após uma breve análise, ele nota que o cérebro do urso foi perfurado de forma certeira, deixando uma rachadura no crânio. JaJa pensa em levar o urso inteiro consigo, mas está um tanto esgotado depois de uma longa caminhada em busca desse animal, tento conseguido apenas pequenos coelhos e esquilos antes do grande peludo que acabou achando. Ele decide recolher a pele do animal. Tira uma faca do bolso e começa o trabalho manual. Apesar de não ser um profissional nato nessa situação, Jason tem anos de experiência e sabe pelo menos o princípio do que fazer. Em outras circunstâncias, ele levaria o animal para um local mais adequado, mas não pensou nisso, só queria encerrar seu dia com uma bela pele a sua disposição. Ele se ajoelha para cortar melhor.


– Okay, agora é a parte chata. – Diz JaJa pra si mesmo sorrindo.


Ele começa a rasgar o couro, tentando preservar ao máximo os pelos e evitar o sangue – algo complicado. Ele continua o trabalho por alguns minutos até que sente algo estranho. Uma presença. Como se algo estivesse o observando. Ele dá olhadas em volta, mas não vê nada demais, além de pássaros nas árvores e o som do farfalhar das folhas com o forte vento que ainda predominava, as quase dez horas da manhã. O céu continuava nublado. Jason decide continuar.

Está quase terminando a parte do torso do animal, quando sente novamente a sensação de estar sendo observado. “Não devem ser animais comuns”, pensa Jason. Ele olha novamente para trás, mas nada vê. Desconfiado, continua olhando os arredores. Até que nota algo diferente que ele não é acostumado a ver pelo bosque, próximo a uma árvore ao lado do corpo do urso. Um cogumelo. Ele era vermelho-vinho, com pequenos pontos pretos em cima dele. Seu caule era branco e tinha um formato até comum ao de um fungo qualquer. Mas ainda assim, Jason sente algo errado. Ele solta a faca e vai verificar o fungo. Ele chega a alguns centímetros do cogumelo. Chega mais perto. Mais perto.

Até que o fungo solta uma nuvem de esporos no rosto de Jason. O jovem cai pra trás, com uma queimação horrível no nariz.


– Arg, o que diabos é isso? – Ele coça desesperadamente o rosto.


Um braço verde musgo repentinamente sai do solo, ao ledo do cogumelo. Logo saem dois e após isso uma cabeça. Era uma cabeça ovular, sem orelhas, nariz ou cabelos, com uma grande testa vazia. No entanto, vazio também era o resto da face, exceto por uma enorme boca sorridente de grossos lábios negros. Aos poucos o resto do seu corpo sai da terra, revelando um corpo musculoso e branquias no pescoço e abdome. Unhas afiadas e dedos finos, junto com braços bem mais longos que de um humano, além de ter um corpo sem um único fio de pelo. Suas pernas, não existiam. Eram uma massa incorpórea de fungos e formações de musgo, que se mexiam sem parar, em uma nuvem quase líquida de viscosidade. Ao longo de seu corpo, vários fungos emergiam, além de centenas em suas costas, exatamente igual ao visto por Jason antes.

Jason este que estava chocado com a visão que aparecera aos seus olhos. Um ser amedrontador emergira bem abaixo de seus pés. Ele tenta andar pra trás mas tropeça no chão e cai. Ele continua tentando se arrastar para trás, mas está com algo que pode se chamar de medo imprescindível. O ser começa a se aproximar dele, com seus membros inferiores borbulhando em musgo. A aberração continua sorrindo. Até que fala:


– Jason Jaggermond, presumo. – Ele fala, numa voz fina, ainda com o sorriso no rosto. – ENTO! – No que ele grita, desce o braço sobre a cabeça de Jason, que não consegue nem gritar.


A unica coisa que Jason pensa...

...é em sobreviver.


– TEMI!! – Vindo de absolutamente lugar nenhum, um novo e estranho ser surge, segurando o braço do monstro de cogumelos e o torcendo.

– AAAOOOO!!! – Grita o monstro, com o braço praticamente se retorcendo.


O novo ser é de pele completamente azul escura, com algo parecido como a luz de estrelas e galáxias no plano de fundo que era seu corpo. Era ainda mais musculoso que o ser de cogumelos. Seu corpo era adornado em algumas partes como os punhos, ombros, pernas e o peitoral, por placas douradas, que contrastavam com o azul de sua pele. Suas ombreiras tinham espécies de asas, enfeitando e acabando a obra da armadura. No entanto, algo a mais se destacava. Junto aos seus lábios, com algo parecido com um batom dourado, havia uma lua nova deitada, cobrindo seus olhos, não sendo visíveis, como se ele fosse “cego”, também na cor dourada. Na sua orelha esquerda, um brinco em formato de estrela.

O guerreiro era incrivelmente forte para aguentar sozinho toda a força do ser de fungos. Jason, ainda totalmente embasbacado, decide ter uma reação. Ele pensa em como queria socar o rosto daquele monstro, se concentrando nisso. Na mesma hora, o ser de armadura lunar abaixa seu tronco, o levantando rapidamente em seguida, junto com seu braço direito, realizando um uppercut no monstro, que voa para trás.


– AAAAOOO!!! – O monstro cai no chão, num som reverberador de folhas.


No entanto, rapidamente ele se recopõe, se transformando numa gosma de musgo e recuperando a forma fisica em seguida, se reerguendo. O ser põe a mão no maxilar, como se estivesse sentindo dor.


– Hm, essa realmente machucou. Que interessante, então você realmente é um usuário de stand como sua mãe? Intrigante. Pena que não irá descobrir como usa-lo. Sinta a ira de No Can Do!! ENTOO LO MOOOON!!! - No Can Do dispara tiros de esporos de suas mãos, indo em direção de Jason, que agora se encontra de pé.

– TEMI!! – O ser lunar dá um soco contra os esporos, os defletindo por completo. Mas No Can Do continua persistindo e lançando novas nuvens de esporos. Ele continua socando os tiros, gritando a cada golpe. – TEMI, TEMI, TEMI, TEMI, TEMI...!!! – Nenhum dos tiros acerta nem ao ser, nem a Jason.

– ENTO! Você acha que está imune aos golpes de No Can Do? Acho que deveria ver melhor o poder da natureza! ENTO!! – Ele solta uma nuvem vinda das duas mãos, muito maior que as outras, com quase o triplo do tamanho.


Jason sabe que pode desviar, usando seu ser para aparar o golpe. “Stand o nome, ele disse?”, pensa JaJa. Mas ele sente algo errado. Como uma percepção espacial tomasse conta dele, ele olha para trás. E vê a cabeça do urso que ele estava tirando o couro aberta, coberta por cogumelos implantados pelos esporos defletidos. E de dentro dela uma nuvem de esporos sendo lançada ao ruivo. Um cerco. Jason estava encurralado. Não poderia usar seu “stand” para aparar ambos os ataques. Ele vê ambos os golpes chegando rapidamente. Decide aparar o maior, para evitar o máximo de dano.


– TEEEMIIII... – O ser carrega um soco poderoso. - ... AROOOOO!!! – Ele soca a nuvem, fazendo-a se defletir por completo. Mas a outra continuava se aproximando. Jason espera receber o golpe.

– Blinded in Chains! – Uma voz familiar surge atrás de Jason. Ele olha para a direção de onde veio o ataque. E vê um novo ser, ainda maior que seu guerreiro lunar, aparando o segundo golpe com suas correntes metálicas, cruzando os braços ao final do ataque, numa pose totalmente épica.


O humanoide tinha com certeza bem mais que dois metros de altura, algo entre 2’40 e 2’50. Tinha pele completamente cinza e possuía joelheiras e cotoveleiras de aço. Usava uma espécie de capacete em formato de um sinal de positivo (+), com passagem para os olhos, nariz e boca. Seus olhos eram humanos, com uma íris verde, e sua boca, de lábios grossos. No local onde deveriam haver orelhas, há um parafuso posicionado em ambos os lados. Em suas mãos, grandes manoplas de aço negro, com correntes presas aos pulsos, da mesma cor. No seu peitoral, uma tatuagem de caveira, com asas de morcego aos lados. E o dono da criatura, era o mesmo da voz que ouvira a pouco tempo.


– Matt! – Grita Jason ao ver o amigo.

– Não é hora de agradecer JaJa. – Ele anda em direção ao No Can Do. – Então, um stand por aqui? – Diz o Matt, ainda caminhando até o stand inimigo, estalando os dedos das mãos. – Vamos ver se ele aguenta alguns rounds comigo.

– ENTOO! Um velhote como você contra eu, No Can Do?? Você não é pareo nem pra cabeça de urso que está pisando! - Matt olha pra baixo e percebe que está realmente pisando na cabeça em decomposição do animal. Abaixo dela, ele vê esporos começando a se debater.

– “Ah, droga”. – Pensa Matt.

– ENTOOOO!!!! – A cabeça explode em milhares de esporos, adentrando a perna direita de Sanders.


Ele tenta chutar a nuvem, mas ela se agarra á sua perna, começando a queimar. Como se estivessem arrancando sua carne. Isso se não realmente estivessem.


– ARG! – Grita Matthew. – Blinded in Chains! – O Stand cinza atira suas correntes no inimigo, usando o magnetismo para controla-las.

– Errou!! – No Can Do se transforma na sua forma líquida de novo, reaparecendo em seguida fora das correntes. – ENTO!! – Atira uma bola de esporos em Matt, atingindo sua face.

– Matt!! – Jason ameaça ajudar, mas No Can Do aparece logo atrás dele.

– NANANÃO! ENTO LO MOOOON!! – Ele solta uma rajada de esporos a queima roupa em Jason, mas ele reage mais rápido.

– TEMI!!! – Seu stand rapidamente aparece e realiza um gancho no rosto do inimigo, fazendo-o cambalear. No Can Do ainda tenta reagir, mas o guerreiro lunar pega sua pele flácida do pescoço e o puxa de volta. – Isso ainda não acabou! TEMI! – Um soco no estômago.

– AAAAAAOOOO!!! – Grita o ser de fungos.

– TEMI!! – Outro no rosto. – TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI!!! – Numa serie de socos, brilhando como a luz da mais resplandescente lua, o guerreiro lunar finaliza o alvo, não esquecendo do golpe final. – AROOOOOOOO!!!!! – Num som de ossos quebrando, o stand inimigo vai ao chão.


Os esporos na perna de Matt somem, juntamente com o corpo de No Can Do, que se transforma em um brilho ofuscado antes de desaparecer. De relance, Matt vê um corpo caindo atrás de uma árvore. Era de uma mulher, aparentemente adulta, com cabelo lilás e roupas de frio. Jason vai ao encontro do amigo.

– Você está bem? – Estende a mão para levantar o colega, que aceita a ajuda.

– Sim, apesar de estar ardendo um pouco. – Diz Sanders.

– Ah que bom. – Jason dá um soco no rosto de Matt, que cai no chão novamente.

– Mas o que... – Matt tenta reagir, mas sente uma dor terrível no maxilar.

– Stands? Monstros de fungos? No Can Do? Blinded in Chains? Que porcaria é essa? Por quê não me disse isso antes? O que aconteceu ali? Eu podia ter morrido! – Grita Jason, visivelmente irritado. Matt levanta, com a mão no queixo.

– Stands... são seres espirituais manifestados pela força de sua alma. – Começa Matt. – Eles normalmente segue a vontade do usuário, defendendo-o ou sendo usados para ataques, cada um contendo habilidades únicas. O meu, Blinded in Chains. – Ao ser mencionado, o stand aparece. – Me permite controlar polos magnéticos. Não simplesmente o magnetismo entre metais, apesar de ser mais fácil, mas também os polos de moléculas e átomos, como elétrons e prótons.

– Blinded in Chains... e qual seria o nome do meu stand? – Questiona Jason.

– Bom, pelas luas em seu corpo, e sua coloração escura... que tal – Matt pensa um pouco. – Dark Side of the Moon? – JaJa sorri.

– Perfe.. – Nesse momento ambos escutam uma explosão. Eles olham para o lado do som, vendo um gigantesco mar de chamas a cerca de 20 ou 30 metros a frente deles.


Eles pensam em correr para longe, mas depois do que acabou de ocorrer, eles tinham que verificar o que era. Talvez fosse outra stand? Um novo inimigo? Um termo que mal acabou de conhecer já começa a mudar completamente o rumo da vida do jovem Jaggermond. Eles correm, e quanto mais se aproximam, mais Jason percebe como a área é familiar. Até que ele nota uma estrada. A mesma estrada que leva para sua casa.


– “Não. Não. Não pode ser.” – Pensa ele, fazendo-o correr mais rápido.


Chegando ao local da explosão, árvores ao redor queimando, juntamente a sua casa. Quase toda a grama do seu gramado estava destruída pelas chamas. Ao chão, vê um corpo de um homem sendo incinerado. Mas algo mais estranho se destaca. Jason vê Azalea seguindo um homem, saindo de sua casa, em meio ao fogo. Ele tem quase o mesmo tamanho que Jason, um pouco menor. Usava uma manta vermelha cobrindo todo o corpo, com um capuz cobrindo o rosto. Nos seus braços, carregava a Sra. Pendlestar, adormecida. Braços estes que jurava Jason, eram feitos de ferro.


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Notas finais do capítulo

Referências e Curiosidades:

No Can Do, o nome do stand dos fungos, é referência á musica da banda Sugarbabes.

Blinded in Chains, stand de Matt, é referência a música da banda Avenged Sevenfold.

Dark Side of The Moon, stand de Jason, é referência ao álbum "The Dark Side of The Moon", da banda Pink Floyd.

O grito de guerra do stand No Can Do, ENTO!!, é uma referência ao gênero de fungo Entoloma, e o ENTO LO MOOON!! é só uma brincadeira com o fato dele estar atacando o Dark Side of The Moon.

O grito de guerra do Dark Side of The Moon, "TEMI TEMI TEMI TEMI TEMI AROO!!" é uma referência á deusa grega da lua e da caça, Ártemis (aro temi, Ártemis).

Bom, é isso galera, até o proximo cap :D comentem, pls xD



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