Não Volte... escrita por Guilherme Fraga


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa noite seres humanos que habitam o vasto planeta terra, espero que gostem, e se curtirem minha escrita deem uma olhada em minhas outras histórias...



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Oi,

Gostaria de começar essa história de uma forma "legal". Havia pensado no clássico "Era Uma Vez", ou talvez em uma crítica à ele. Pensei em direto ao ponto, mas não consigo sem fazer rodeios. Pensei em mil maneiras e cheguei a conclusão de que a melhor e única maneira de se começar essa história seja pelo final!

-Bom, senhor cavalheiro, eu digo e repito! Não volte... - o impetuoso menino falava sem medo algum levantando o dedo acima da cabeça.

-Menino, entregue essa carta à sua mãe. Diga que sentirei saudades, mas que no final eu vou voltar para ser feliz ao lado dela!

-Não prometo isso não, senhor.

-Mas por que não?

-Minha mãe não pode esperar tanto tempo alguém que pode ou não voltar.

O homem montado no cavalo sorriu nostálgico.

-Vai ser como da primeira vez...

-Bom senhor cavalheiro, eu imploro que não volte... - Falava uma jovem de longos cabelos loiros.

-Não quer que eu volte, Valentina. - disse um jovem esguio montado em um cavalo mal cuidado.

-Quero que fique!

-Quando eu voltar!

-E se não voltar? O que farei?! - a jovem caminhava de costas para ele e não percebera que ele desceu do cavalo. -Se não ficar, não vai conhecer esse teu filho. - ela passava a mão sobre a barriga que ainda não mostrava nada.

-Se eu ficar, Joao Dollegario me mata, sabe disso! - exclamou o jovem perto da garota.

-Mas por que não o enfrenta?

-Sabe que tenho que partir! Se te machuca tanto me ver aqui, por que veio?

-Por que te amo... -disse com sinceridade virando-se para ele. - Por que não quero perder você... Não sei viver sem você Antônio!

-Valentina... Por favor... Também te amo! Mas não faça isso ficar mais difícil para nós dois. -o jovem beijou a testa da loira e montando em seu cavalo partiu sobre os campos de lavanda.

Passaram-se dias sem notícia alguma de Antônio. Valentina fervilhava em sua casa. Seu pai estava internado na cidade, e ela não tinha dinheiro para visita-lo.

Depois de sete semanas a jovem inocente recebe uma carta do cavalheiro. Ela estava receosa e depois de examinar o papel, o leu.

"Cara Valentina,

Sei que há tempos não dou notícia. Estou enfrentando graves problemas aqui. Não consigo trabalho... Soube que Joao Dollegario mandou gente atrás de mim.

Tenho medo de não voltar... Devida ter de ouvido e ter ficado, afinal, você sempre está certa!

Tenho que ser breve.

Do seu ainda, espero, amado!"

Valentina estava pasma e aliviada (se é que se podia dizer isso).

-Eu só quero você aqui... Preciso de você...

Semanas se repetiram em uma rotina viciando e nada de notícias.

Passando do se cerca de dois meses a jovem deu a luz prematuramente a uma criança, Enrico.

O tempo se seguiu o garoto cresceu firme e forte. A agora mãe era triste e símbolo de mal agouro para as pessoas da cidade. Todos comentavam que ela era uma iludida que ainda esperava a volta de Antônio.

Depois de completos exatos oito dias do aniversário do menino, uma sombra sobre a relva morta do campo aparecesse. Ele monta um cavalo sujo e com fome. Suas roupas pareciam ser novas, mas estavam rasgadas e com lama.

Enrico brincava no jardim quando prontamente viu uma ventania em forma de gente bater em sua porta.

-Valentina!!! Eu voltei! Voltei por ti! -falou o homem sem ter notado o garoto.

-Senhor, se é minha mãe que o senhor procura, ela não está! -disse Enrico perto de Antônio.

-Filho? -falou o agora homem, olhando para a criança. - Valentina é sua mãe?

-Sim, mas ela não está...

-E por acaso, onde ela está?

-No inferno.

-No inferno?

-Sim é para lá que vão as pessoas que se matam... -o garoto agora voltou a brincar perto de uma árvore.

-O que está dizendo?? Valentina se matou?

-O corpo está aí dentro...

-Então, o que eu faço?!! -o homem atônito, estava sem reação, mas no fundo achava que era uma brincadeira.

-Não volte!!

-Não posso, eu amo Valentina.

-Bom, senhor cavalheiro, eu digo e repito! Não volte... - o impetuoso menino falava sem medo algum levantando o dedo acima da cabeça.

-Menino, então entregue essa carta à sua mãe... Diga que sentirei saudades, mas que no final eu vou voltar para ser feliz ao lado dela!

-Não prometo isso não, senhor.

-Mas por que não?

-Minha mãe não pode esperar tanto tempo alguém que pode ou não voltar.

O homem montado no cavalo sorriu nostálgico.

-Vai ser como da primeira vez... -ele fora interrompido pelo garoto.

-Não! Minha mãe está morta, e não a nada que possa fazer, então NÃO VOLTE!

Antônio estava ignorando tudo que o garoto dizia.

-Preciso vê-la uma ultima vez...

-O corpo ainda está na casa... -o garoto apontou para a contrição atrás do homem. -Mas não acho que deva fazer isso.

O homem sem se importar girou a maçaneta, e entrou na casa. Estava tremendo de medo, a cima de tudo da verdade. Valentina não podia estar morta.

Antônio examinou cômodo por cômodo, e nada de corpo, quando desceu as escadas perto da porta falou (esperando que Enrico ouvisse).

-Aqui não tem corpo algum! -exclamou ele chagando na porta e ouvindo.

-Aqui fora também não...

Antônio ouviu a voz... Mas não viu de onde veio, pois não tinha nada lá fora. Com medo de tudo, Antônio montou em seu cavalo e sai em disparada.

O homem nem percebera que deixou cair a carta...

"Valentina,

Desculpe-me, estive preso... Por assassinato. Não me honro disso, mas fiz o que me pediu... Ainda te amo, espero que você também ainda me ame..."

Ele nunca mais voltou...


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Notas finais do capítulo

Bom, foi isso... curto... espero que tenham gostado... e quem sabe em breve tem mais...



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