O Deus de Sempre. escrita por Melekuteer


Capítulo 1
Um Deus?


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi isso tudo em um dia Ç.ÇVou descansar um poucoEspero que gostem do capitulo!



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Lá estava Birth, novamente acordando para outro dia tedioso em sua pequena e insignificante vida...Ele tem seus 16 anos, não trabalha e mora sozinho, isso por que sua mãe é rica, mas que logo após o parto de seu filho teve na sua confusa cabeça a ideia de que queria ser uma ornitóloga, isso é, queria estudar a vida dos pássaros, por isso o nome “Birth” que ao contrário do que vocês pensam não é o Birth de Pokémon emerald, e sim Birth de “Bird”, como ela sabia que seria estranho colocar o nome de seu filho de “pássaro” ela modificou um pouco o nome, então saiu mundo afora para saber mais sobre tais criaturas penadas, deixando com seu filho uma quantia de dinheiro que sustentaria ele pelo resto de sua vida, ou até ela voltar, o que Birth já está a muito desacreditado que possa acontecer, ele pensa que ela pode der morrido por um ataque de águia, por isso deixou ele sozinho por 16 longos e tediosos anos...E provavelmente é o que aconteceu à ela.

Ele se levanta de sua pequena cama, sonolento, pois ainda é cedo pra alguém desempregado acordar, ele vai até seu guarda-roupas de madeira antigo e pega uma roupa qualquer que seja melhor que seu pijama com listras amarelas. Ele vai até o banheiro de seu grande quarto, lava seu rosto e escova os dentes. Ele sai de seu quarto que fica no segundo andar de sua mansão. -que ele teima em se referir como casa comum- Desce até a sala e encontra a empregada limpando o cômodo.

–Bom dia. – Ele disse, ainda com uma voz um tanto sonolenta.

A empregada não responde, apenas olha para ele e dá um sorriso, ela parecia estar apressada para poder limpar o resto da casa.

–Vou à padaria comprar algo. – Disse enquanto passava pela empregada chegando até a porta. – Eu volto mais tarde, também irei dar uma caminhada. – Ele abre a porta de madeira de sua casa indo até a rua.

Ele segue até a padaria que tinha acabado de abrir, logo deduziu que deveriam ser umas 6 da manhã, pega um café e um bolinho de chocolate como sempre.

–Hoje, novamente, vai ser um dia tedioso...Como sempre. – Ele afirma isso com toda a certeza do mundo, pois depois de uma vida inteira, com os dias parecendo sempre iguais, ele já sabia que qualquer chance de algo de novo acontecer era quase nula.

–Ora, se está tão entediado, ache uma garota de sua idade, você já esta com idade pra esse tipo de coisa! – Exclamou a velhinha da padaria, que sempre tenta dar conselhos de como podia melhorar os dias de Birth, claro que sempre sem sucesso, pois Birth é preguiçoso o suficiente a ponto de não querer fazer o mínimo de esforço para acabar com seu tédio.

–Olha, acho que isso não daria muito certo... – Disse Birth sem auto confiança quanto a fazer alguma garota gostar dele.

–Ah...Entendi, você é gay, não é? – Disse a velhinha sem entender o que ele quis dizer.

–O que?! – Ele soltou um grito espantado e surpreso com a habilidade que a velhinha não tinha para compreender a situação. Mas ele logo deixou passar pois ela é uma velhinha e ele sabe como é errado discutir com velhinhas. – Não é nada disso! Eu só não acho que conseguiria fazer uma garota da minha idade gostar de mim...E eu já terminei, tome, 10 pratas, pode ficar com o troco. – Ele sai da padaria rápidamente para caminhar, ainda um pouco irritado com o que acabou de passar.

–Podre garotinho...Ele não sabe o que ser rico pode fazer com as garotas... – Disse a velhinha por algum motivo lembrando de sua adolescência quando os telefones nem eram famosos e os fuscas eram carros de ponta, quando conheceu o dono de um cavalo -e naquela época era sinônimo de riquesa ter um cavalo pois os únicos que tinham fuscas eram pessoas do governo- e se apaixonou por ele. Esse cara nem deu bola pra ela e foi embora da cidade 3 dias depois, mesmo assim ela nunca esqueceu do tal homem...Anos depois ela conheceu um homem um pouco mais velho que ela, estão juntos até hoje, e ela não sabe que este homem era o tal homem do cavalo de sua adolescência.

***

Birth em sua lenta caminhada matinal pela cidade viu em um calendário em uma loja que hoje era quinta-feira, o que pra ele era horrível, pois nas quintas-feiras era que aconteciam as piores coisas, ele deu sorte de nessa semana não faltar bolinhos de chocolate na padaria...O que leva ele a acreditar que as quintas-feiras são piores que sextas-feiras 13? Bem, foi numa quinta-feira que sua mãe abandonou ele. Foi numa quinta-feira que ele caiu da escada de sua casa que levava pra sala quase quebrando o braço. Foi numa quinta-feira em que ele pegou um resfriado terrível. Entre muitos outros momentos ruins de sua vida.

Agora, ele fica parado quase paralisado de medo quando ouviu um rosnado de cachorro atrás dele, ele não precisava nem olhar para perceber que a criatura atrás dele era o “Cerberus”(nome totalmente merecido), um cachorro demoníaco da rua, incrivelmente ele era o único cão no quarteirão todo, ninguém sabe qual a raça dele, nem de qual cadela ele nasceu, ninguém sabe nem se uma vez ele foi filhote, só sabem a data em que ele apareceu na rua...Foi em 2005 em maio, a primeira quinta-feira de maio, dia 5...Agora entendem o por que da quinta feira ser um dia amaldiçoado não é?

Droga... – Ele pensou, se ele ficasse parado ali tinha 100% de chances dele perder a perna pro Cerberus, então, ele decidiu tomar uma decisão perigosa, correr como se não houvesse amanhã, então ele respira fundo...fecha os olhos...Pensa um pouco...E percebe que está perdendo tempo parado ali, ele começa a correr tão rápido quanto aqueles cervos fugindo de tigres que você vê no Discovery Channel, logo Cerberus, que não admite que suas presas fujam de maneira nenhuma, vai atrás de Birth.

Depois de cinco intermináveis minutos correndo incansavelmente de Cerberus ele tem a ideia de entrar num beco, muito escuro no caso.

Ele corre pra dentro do primeiro beco que vê e vira a direita...Ele esperou uns dois minutos parado e nada de Cerberus... Ele estava se sentindo vitorioso, ele foi o primeiro em 5 anos a conseguir fugir de Cerberus.

Então, ele fica menos tenso e começa a reparar no local onde ele se encontrava...Um beco escuro, era quase impossível a luz do sol entrar naquele beco, era como um local esquecido por Deus. Ele percebe que a sua frente tem uma casinha pequena, parece ser bem antiga, é uma casa bem sombria.

Quem poderia morar no fundo de um beco como este...? – Pensou, ele estava ofegante até em seus pensamentos depois de correr tanto...Meio confuso e curioso, ele sente uma vontade imensa de girar aquela maçaneta...Mesmo que na porta de madeira esteja gravado com letras bem grandes e legíveis “NÃO ENTRE!” . Mas ele sentia que algo o atraia para aquela casa, poderia ser sua imensa curiosidade...Ele sabia que estaria cometendo um crime entrando assim na casa dos outros, então ele tentou ao máximo se conter.

–Não...Eu não posso entrar! – Disse com um tom decidido, mas logo após dizer isso, ele começou a ouvir o barulho das unhas desnecessariamente grandes das patas de Cerberus se aproximar, ele estava farejando Birth! Logo ele se viu tendo que se esconder, e o primeiro lugar que veio em sua mente foi a casa, como ela apenas emanava um cheiro de poeira ele pensou que seria um bom esconderijo pra fugir do olfato avançado de Cerberus, ele gira a maçaneta da porta, e pra sua surpresa, ela estava destrancada, ele entra rapidamente na casa e fecha a porta atrás dele.

–Ok...Agora que eu estou aqui dentro, eu vou ter que matar minha curiosidade...- Disse Birth olhando em volta, e percebendo que dentro da casa era um breu completo.

–Ah droga...Pelo jeito, acho que essa casa não tem luz...Ainda bem que eu trago comigo a minha lanterna de emergência... – Ele ascende a lanterna, ela ilumina bem, mas quanto mais ele passa a lanterna em volta mais ele se decepciona vendo que a casa é totalmente vazia...Até que ele passa a lanterna no chão, e vê que a uns dois metros à sua frente tem um tipo de botão no chão, ele vai até ele e não hesita em pisar nele.

O chão de pedra começa a produzir um som alto e estranho, e em questão de segundos uma escada levando a um tipo de “porão” aparece. Birth com sua imensa curiosidade começa a descer a escada, mesmo que com um pouco de medo, que pelo que ele sabe até agora isso pode ser a casa de um bruxo ou algo assim.

Quando ele chega ao fim da escada ele percebe que aquilo era realmente um porão, ele começa a passar a lanterna em tudo outra vez, começando a se decepcionar mais uma vez, pois este lugar também parecia vazio. Até que ele fica um pouco surpreso quando passa a luz da lanterna na parede e vê umas coisas em uma língua diferente escritas nela.

O que pode ser isso? Um encantamento ou algo assim? – Pensou, um pouco assustado com o que via, mas mesmo assim decidiu tentar ler aquilo. – Ahnim Aghet Murth Asten Mithol Za “Fisher”...? Isso tudo é muito estra—Ele é interrompido por um grande clarão de luz negra, com o susto ele deixa sua lanterna cair no chão e ela se quebra. O clarão acaba e por um breve momento um silencio estranho reinou sobre o lugar, até ser quebrado por uma voz de alguém.

–Ah...Legal, fui invocado...E por que num lugar tão escuro? Que droga...- Disse o estranho que agora acompanhava Birth na escuridão, logo após sua reclamação ele estalou seus dedos e o lugar ficou iluminado.

–P-Pera, o que você fez? O que você é? Como você entrou aqui? – Disse gritando bem assustado.

–(Ah...Ok, ele me invocou e não sabe quem eu sou...Provavelmente não foi propositalmente a minha invocação...Até imagino o que deve ter acontecido...) Se acalme garoto, não fique tão assustado, você quer respostas não é? Então vai ter. – Disse o homem estranho ainda meio confuso com o que estava acontecendo.

–Ok! Vai falando! – Disse Birth assustado, e até um pouco desesperado pensando na possibilidade de que o que estava na sua frente poderia ser um tipo de demônio humanoide.

–Primeiro, fale direito comigo, meu nome é Fisher, eu sou um Deus, e você me invocou. Acho que as outras perguntas também se respondem só com isso. – Disse o tal Deus que Birth teria invocado.

–Pera...Um Deus? Tá falando sério? Tá, você fez uns truques de mágica, mas você quer me dizer que é um deus? Ah fala sério. – Desacreditado no que Fisher disse, Birth subiu as escadas do porão demonstrando o quão ateu ele era, e saiu da casa. O que foi uma má ideia pois Cerberus estava esperando do lado de fora. Quando Birth se deu conta do perigo ele entrou correndo na casa.

–Problemas com o cão? – Disse Fisher rindo do medo de Birth na frente dele. – Deixe que eu cuido disso. – Fisher sai da casa e se vê de frente pro cão demoníaco. – Ok...Vamos ver se vai continuar tão valentão depois disso... – Birth presencia algo inexplicável, todos os dentes de Cerberus caíram, e as unhas dele sumiram, aquilo era impossível, foi quando ele viu que teria que acreditar que aquele cara estranho era mesmo um Deus. – Eu não disse? Um Deus. Hehe. –Cerberus sai correndo de medo.

–Ok...Depois disso, eu sou obrigado a acreditar que você é mesmo um Deus...Mas então, o que você quer de mim? – Perguntou Birth ainda impressionado pelo modo de como o demoníaco Cerberus se rendeu ao medo.

–Ora...Nada, mas sabe, onde eu tava antes também era bem chato...E eu percebi que você também vive entediado...Então, eu irei ficar um tempo aqui, vou morar com você, vai ser legal viver um pouco no meio dos humanos. – Disse Fisher sem querer saber da opinião de Birth quanto a isso, pois sabia que ele não se atreveria a desafiar um Deus.

– (Oh meu Deus...Não! Mas se eu disser qualquer coisa pra contrariar ele poderia resultar na minha morte...) Não vejo problemas nisso. (SOCORRO!) – Disse sem pensar direito nos pensamentos, pois, ele como um Deus, pode ler a mente dele quando quiser, é o que Fisher fez, mas ele já estava acostumado com esse tipo de reação, ele também não era um dos Deuses mais amados.

Agora, quando Birth achava que sua vida não podia mudar, ou piorar, ele se encontra com um deus que irá morar com ele...A convivência desses dois não será das melhores, mas eles terão de se acostumar.


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