Bleeding Love Life Lies escrita por Amy Moore


Capítulo 12
Capítulo 12




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Capítulo 12
Eu tentei

Rony, Hermione, Harry e eu íamos para a aula de Herbologia quando Harry finalmente contou sobre sua aula com Dumbledore. Eu sabia que ele havia visto Riddle quando ainda era um garoto, através das memórias de Dumbledore. Mesmo assim, nada disse. Era melhor assim. 
Logo Harry perguntou sobre a última festinha de Slughorn, a qual eu não fora. Não prestei muita atenção, pois estava me distraindo com muitíssima facilidade. Só peguei mesmo a parte em que Hermione falou que haveria uma festa de Natal. Lembrei perfeitamente de como seria essa festa. E, enquanto eu relembrava, Hermione discutia com Rony — normal. Eu até podia chamá-lo para a festa, uma vez que Hermione não o levaria por conta da briga, mas chamaria Fred. 
Lógico

O primeiro jogo de quadribol se aproximava e eu estava ansiosa. E por falar em jogo... Esse era o mais especial. Era contra Sonserina. E Malfoy não iria jogar. Eu sabia que o filho de uma mãe aprontava algo e Harry também sabia. Enquanto ele falava disso mo outro dia, dei um jeito de sumir. Eu não queria mentir outra vez. 
Enquanto eu andava rapidamente para a arquibancada, Edwin apareceu com um bilhete. Era de Dumbledore. Ele queria que eu fosse conversar com Malfoy. Fiquei com tanta raiva ao ler o bilhete... Eu não conseguia entender porque Dumbledore confiava tanto em mim, porque achava que eu podia mudar aquele arrogantezinho. Eu não podia. Ele era assim e ninguém podia mudar isso. 
Mesmo assim, dei meia volta a adentrei o castelo de má vontade. 
Uma vez no corredor do sétimo andar, avistei uma garotinha com uma balança em mãos. Tive que rir. Era Crabbe, ou Goyle, cuidando da entrada da Sala Precisa, vestido como menina após tomar a Poção Polissuco. Exatamente o que eu precisava. Afinal, eu não sabia a localização exata da sala. 
Tirei a varinha das vestes. 
— Abbafiato — murmurei. O feitiço certamente faria com que Malfoy não pudesse nos ouvir aqui fora. 
A(o) menina(o) me olhou e jogou a balança no chão, correndo pelo corredor logo depois. Eu ri uma vez mais. 
Preciso falar com Malfoy. Pensei três vezes essa mesma frase e a parede se abriu, dando passagem para mim. Eu sorri. Não sabia que seria assim tão fácil. 
Adentrei a sala, procurando-o. Logo o avistei, com expressão chocada. 
— Eu esperava ver você aqui — eu disse. 
Passou-se pouco menos de um minuto. 
— Como...? 
— Sei muita coisa sobre você — eu disse. — Sabe, não estou muito feliz por estar aqui. Estou perdendo um ótimo jogo. 
— Então, volte para ele — disse, rispidamente. — Não chamei você aqui. 
Se eu não quebrar a cara dele hoje, não quebro nunca mais, pensei. 
— Senti sua falta lá, sabia? — Eu ri. — Pretendia derrubá-lo da vassoura. — Fiz uma expressão falsamente desapontada. — Acho que vou ter que me contentar em derrubar sua namorada, a Parkinson. 
Ele parecia furioso. Eu claramente chegara num momento impróprio. Legal! 
— Saia daqui — disse. — Agora. 
— Ah... — fingi pensar. — Não. 
Ele me encarou por um momento. Virei-me de costas; sabia que teria que dar explicações a ele, e não diria a verdade. 
Usando o feitiço convocatório, fiz meu i-Pod aparecer. Eu nem sabia se funcionava aqui, mas... 
— Na verdade — eu disse —, eu vim buscar uma coisa. — Mostrei meu i-Pod. — Uma nascida trouxa não vive sem seus objetos trouxas. 
Ele semicerrou os olhos quando voltei a olhá-lo. Deu passos largos em minha direção, acabando com a distância entre nós e agarrou meu braço. 
— Saia. 
Olhei para seu braço esquerdo, que agarrava o meu. Não resisti; estendi a mão e segurei seu pulso. Ele recuou imediatamente, sem me soltar. 
— A marca ainda dói? — perguntei. Ele claramente pretendia perguntar como eu sabia a respeito, mas pareceu perceber que eu sabia mesmo muito sobre ele, então, nada disse. 
E a inspiração veio a mim. Fiz o que Dumbledore queria. Tentei “salvá-lo”. 
— Draco — eu disse. Ele meio que estremeceu. — As coisas não têm que ser assim. 
— D-do que você está falando? 
Respirei fundo. 
— Eu sei que Voldemort ameaçou você e sua família, mas não precisa ser assim. Eu posso ajudar. 
Ele ficou apavorado. Não o culpo. Afinal, eu sabia dos planos de todos eles. E isso seria algo que custaria a vida dos Malfoy se chegasse aos ouvidos de Voldemort. 
Eu meio que tinha Malfoy em minhas mãos. Na verdade, eu o tinha totalmente em minhas mãos. 
— Eu sei dos planos — eu disse. — Sei que você fez Bell pegar o colar através da Madame Rosmerta. 
Malfoy decididamente perdeu a pouca cor do rosto. Eu meio que senti pena dele. Eu acho. 
Ele soltou meu braço e afundou numa cadeira, escondendo o rosto nas mãos. Senti um aperto no peito. 
— Draco? 
— Ele vai me matar — disse, numa voz abafada. — Se ele souber... que você sabe... 
Eu me ajoelhei em sua frente e me apoiei em seus joelhos. Ele ainda não me olhava. Segurei sua mão e o fiz me olhar. 
— Ele não vai saber — murmurei. — Ninguém vai. Isso é entre nós dois. 
Seus olhos buscaram a sinceridade nos meus. Ela estava lá. 
— Me deixa te ajudar — pedi. Ele balançou a cabeça. 
— Você não pode — murmurou. — Ninguém pode. 
Bufei. 
— Não seja idiota — eu disse. — É claro que posso. Escute, nós tiramos seu pai de Azkaban, trazemos sua mãe e levamos vocês para longe. Eu... 
— Não — disse ele. — Não. 
— Vamos, Draco. Pense bem. 
— Vá embora. Eu não quero mais falar nisso. — Seu tom voltara a ser arrogante. Afastei-me dele. 
— Por que você tem que ser assim? Poxa, eu estou tentando te ajudar! — Deixei escapar antes que pensasse no que dizia. Depois saí correndo, irritada. 
Bom, eu tentei. 


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