A festa estava agitada demais para parar.

Um... Dois... Três... Beber.

Charlie dançava sem se importar com nada, seja garotos ou garotas, ela apenas queria se divertir, e que se fodam os pensamentos dos outros sobre ela.

Um garoto se aproxima, ela o beija, sem mesmo saber quem era, estava bêbada demais para isso, ela mal conseguia pensar direito.

— Ficou louca?! — Era Caleb, seu melhor amigo, mas ela não estava nem aí, ela rebolava nele, e ele gostava, só não admitia, ele sai do ressinto, prevendo o PT da amiga.

Beber... Dançar... Beber... Caleb... Puft!

Charlie Duncan caiu no chão como uma fruta madura. Foi levada para casa, com a ajuda de Caleb. Amy olhava a garota com decepção, enquanto Bob levava a garota no colo para o quarto.

Dia seguinte...

Charlie acordou com sua cabeça doendo, devido a ressaca da noite anterior. Ela olhou seu relógio e eram duas da tarde, e se assusta com o horário, mas depois pensou: Quem liga? Eu que não.

Ela se levantou preguiçosamente de sua cama, se dirigindo ao banheiro. Ela entra na ducha, deixando a água escorrer sobre seu corpo, aquilo tirava o peso e a tensão, era maravilhoso. Ouviu o toque de seu celular do lado de fora da ducha, o mesmo se encontrava ao lado da pia. Ela sai, fecha a ducha, se enrola em uma toalha e atende.

— Alô. — Ela fala com uma voz de sono.

— Charlie! Como está aí em casa?! — Teddy pergunta animada, Charlie revira os olhos. Não por causa de Teddy, mas por causa de sua pergunta.

— Normal. — Ela responde.

— E sua vida? — Mais uma vez ela revira os olhos. Está uma merda, queria dizer.

— Normal também. Sinto sua falta. — Charlie diz e sorri ao lembrar da irmã. A única pessoa da família que ligava para ela, pois parecia que o resto fingia que a mesma não existia.

— Tenho que ir, Gabe está me chamando. Ah! Ele te mandou um beijo. — Teddy diz e desliga o telefone rápido.

— Aff. — Resmunga Charlie, deixando o celular de lado.

Segunda-feira

Charlie transava em seu quarto com Thomas McMillan, um garoto de sua escola, na qual ela sempre chamava para transas. Ambos saíram da sala no último tempo com uma certa vontade, e foram direto para a casa de Charlie Duncan.

Gemidos... Mais gemidos... E pronto!

Thomas sai da cama da loira, tirando sua camisinha e jogando-a no lixo do quarto. Charlie dá um último beijo no cara e ele retribui com um sorriso. Logo em seguida, ele sai, sem falar nada.

Charlie se senta em sua cama, pega uma de suas cervejas que escondia de baixo da mesma, e bebe. Aquilo sustentava ela.

Beber... Beber... E parou.

Não pretendo ficar bêbada hoje, Ela pensou.

A garota se encontrava de calcinha e sutiã, ela desce as escadas da mesma casa de sempre, se deita no sofá e dorme, do jeito que estava.

— Charlie! — A voz ecoou em sua cabeça, ela se levanta do sofá e olha seu relógio de pulso, eram seis horas. — O que faz de roupas íntimas dormindo no sofá? — Pergunta Bob.

— Fiquei no tédio e resolvi dar uma cochilada. — Ela responde fria e sai. Quando põe seu pé no primeiro degrau da escada é parada por uma voz.

— Charlie, não continue subindo. Temos que te mostrar uma coisa. — Era essa voz mesmo? Era ela? — Charlie se vira e se depara com Teddy, mas não só Teddy, como Gabe e PJ.

A família estava reunida, como em seus sonhos. E todos olhavam apenas para ela.

— O que está acontecendo? — Ela pergunta para todos sem entender nada.

— Charlie, nós viemos te mostrar uma coisa que havíamos perdido há muitos anos. — PJ afirma.

— E que encontramos recentemente, nas coisas do papai. Sente-se no sofá. Você vai adorar. — Gabe garante.

Ela se senta, ainda sem entender, e a TV liga, e começam vídeos repetitivos de Teddy numa época distante, quando Charlie era apenas um bebê. E todos eles terminavam com uma mesma frase.

Meses depois...

Charlie, com os vídeos de Teddy, aprendeu que para viver bem, não é necessário ser rebelde. Na verdade, todos da família a amavam, mas ela achava que sendo rebelde, iria melhorar em algo, mas apenas piorou. Hoje ela é outra garota, uma garota como Teddy Duncan. Dedicada, amigável e amorosa. E sempre quando algo de ruim acontecia, ela pensava na frase que passava no final dos vídeos de Teddy.

Boa sorte, Charlie!