Ter esperança de encontrar alguém, depois de tanto tempo, pode significar alegria, felicidade, mas também pode trazer de voltar à dor e a culpa, o medo e a tristeza.

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— Brenda, você pode parar? – Faur gritou, assim que saiu do outro elevador, na cobertura da torre Stark, mas Brenda não o deu ouvidos, e continuou andando, abriu a porta e saiu para fora. – Brenda! – ele alcançou e pegando seu braço, a virou para ele; ela chorava compulsivamente, mas forçou um sorriso.

— Você deve estar muito feliz, não é? Talvez ela volte, mas só talvez. – ele não sabia o que dizer. – Mas sabe de uma coisa? – puxou seu braço dele. – Eu espero que ela não volte nunca! Nunca! – aquilo não era verdade, mas ela estava triste e com medo do que a volta de Ariza significaria.

— Não diga isso. Você não pensa assim. – ela riu com desdém; ela limpou as lágrimas com as mãos.

— Ah, você acha? Você não pode ler minha mente, não se eu não quiser. – arrumou os cabelos que o vento balançava. – Ok. Vou descer.

Ela andou até perto da porta, então ele a chamou.

— O quê?

— Você está legal? – ela riu com desdém.

— Faz uma semana, Faur. Você acha mesmo que eu iria ficar uma semana chorando porque meu ex prefere alguém que não está mais ao seu alcance? – ela desejou que Tina não tivesse contado para ninguém a semana de fosso que ela teve no apart dela. – Faur, eu estou ótima. Tchau.

No elevador, as lágrimas desceram com tudo, ela mordeu o punho para evitar soluçar, ela pensava no que Ariza tinha dito a ela uma vez.

— “Não deixa que uma ideia boba te atrapalhe Brenda. Ás vezes o coração nos prega peças e nos faz vez o que não existe”.

— “O quê, sua maluca”?

— “Você sabe Brenda, não finja ser daltônica para azul. – Ariza riu e saiu andando para sabe-se lá onde, Brenda não tinha a menor vontade de saber”.

Ariza, como você pode ajudar tanto, e atrapalhar tanto na mesma medida?, pensou.

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Será que ela vai mesmo voltar?, pensou, olhou para as chamas azuis em suas mãos, a única lembrança que ele tinha dela, o fogo que não queimava. – Cortesia de despedida, Ariza? – falou em voz alta.

Desceu pela claraboia do quarto e andou até o quarto ao lado, onde as paredes eram salpicadas de tinta, e quase podia ouvir a voz dela de novo, por cima do ombro.

— “Que desenho horrível Theodore”.

— “Falou a desenhista nata”.

— “Se bem que para um monstro, está bonitinho”. – ele virou para ela.

— “É um cachorro”.

— “Sério?” – ela apontou um ponto qualquer no desenho – “Achei que isso era um terceiro olho” – e riu, ele levantou a folha e ia amassá-la.

— “Não! Não joga fora! Eu sempre quis ter um desenho de um cãozinho alien.” – ela tirou a folha dele e saiu andando para o elevador.

Ele olhou a tela não terminada na sua frente, fazia um ano que estava daquele jeito, um esboço de uma espiral negra descendo sobre uma menina meio borrada.

— Talvez eu devesse terminar esse... Um dia.

Ele havia feito um painel para um amigo de Tony uma vez, mas quase não o terminara por ter brigado com a filha do cara. Uma menina chata, que cismara que ele deveria sair com ela. Além do que, ele não se sentia bem em inventar de sair com alguém, ter beijado Esperanza na festa de ano novo tinha sido um erro, agora ela o secava sempre que estavam na mesma sala, e Dale havia lhe dito que ela tinha uma queda por ele.

— Era só o que faltava. Eu bebo, penso em uma, e beijo outra. – Dale largou o controle.

— Pensa em quem?

— Esquece, senão eu te expulso daqui.

— Se acha, só porque mora sozinho né? – pegou o controle de volta e voltou-se para o vídeo game.

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Tony dormira na oficina, mesmo com Jarvis o lembrando que deveria ir para cama.

— Senhor Stark, Pepper chegou.

— Anthony! Não me diga que dormiu aqui na oficina?

— Eu sou um irresponsável, não é mesmo Pepper?

— Tony. – Pepper chegou perto dele e o abraçou. – Você não tem culpa do que aconteceu.

— Ei, você não iria ficar em Tóquio até o fim de semana?

— Banner me ligou. Agora venha, vamos subir. Você precisa estar bem para me contar o que houve.

— E para ouvir você reclamando, não é? – Pepper sorriu.

— Não, talvez para traçarmos um plano para a situação, Banner apenas me disse que você estava mal por algo relacionado à Ariza.

— Ela ainda pode estar por ai Pepper. – Pepper parou e o encarou.

— Então você deve procurá-la. – Tony ia falar. – Tony, enquanto houver esperança, ela deve ser usada.

— Tem razão. – passou a mão no rosto. – Jarvis?

— Sim, senhor?!

— Dê um jeito de contatar Thor. Peça para ele me esperar no meu escritório. – subiu com Pepper, vestiu-se e contou o que acontecera no caminho para a Torre Stark.

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— Tony, o que você quer? – Thor perguntou, parecendo sonolento. – Vir de Londres até Nova Iorque a essa hora da manhã é cansativo até para um deus.

— Temos uma missão de busca.

— Quem? – Thor perguntou.

— Ariza. Temos um sinal, então iremos usa-lo. – Thor sorriu, não era de seu feitio desistir das pessoas.

— Então vamos.