Adorável Vizinho escrita por Cacau


Capítulo 4
3° - Você ainda vai me causar muitos problemas


Notas iniciais do capítulo

GENTE, EU ME EXPLICO E DEPOIS VOCÊS ME MATAM OK?

Então, primeiramente, como estão? Tudo bem? Eu finalmente estou ótima. :D
Agora deixem-me explicar porque a louca aqui sumiu por um mês mais ou menos.
Eu estava com problemas emocionais e consequentemente perdi toda a (pouca) criatividade que eu tenho. E pra tudo ficar ainda melhor, meu notebook decidiu que não quer ligar de jeito algum e eu fui obrigada a escrever pelo celular. Então me perdoem os erros ok? E me avisem sobre eles!
Enfim, eu espero que vocês realmente me desculpem e entendam o meu lado. Sei que o capítulo também nem compensa com essas míseras 1.200 palavras, mas já é alguma coisa certo?
Ah e o capítulo vai ser narrado pelo nosso querido Matt. ❤
Ok ok, eu vou deixar vocês lerem! Mas lêem as notas finais que eu tenho que falar mais algumas coisinhas.
Boa leitura ❤



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Quando minha mãe me contou que se mudaria para outro país com o namorado, eu logo vi que não teria outra opção a não ser largar minha namorada e toda a minha vida no Brasil para vim com ela. E com isso, eu surtei.

Não que eu seja o tipo de adolescente rebelde, longe disso, mas como assim eu iria para o outro lado da América deixando todos que eu amo para trás? Inclusive minha querida Anne.

Eu não fazia ideia de como seria minha vida sem as pessoas que convivem comigo desde que me entendo por gente. Mas era a minha mãe e eu não a abandonaria por nada nesse mundo.

Então eu me despidi de todos, jurei para Anne que voltaria logo e vim para os Estados Unidos com minha mãe e meu padrasto, com quem eu nunca me entendi muito bem.

E Anne e eu nos amamos, claro que superaríamos a distância entre nós. Afinal, eu já tenho tudo planejado.

Já é o meu último ano no colegial e assim que eu me formar, volto para o Brasil e a peço em casamento. Se ela aceitar - e eu espero que aceite - nós nos casamos e quem sabe ela vem comigo pra cá.

Contudo, enquanto isso não acontece, estou me esforçando para ficar bem e não pirar por me sentir tão deslocado por aqui.

Aí eu descobri que tenho uma vizinha adolescente e provavelmente maluca por andar sem calças pelo quarto com a cortina aberta e no dia seguinte, descobri que estudaria com ela também.

Com isso tive a péssima ideia de tentar me aproximar de quem sabe uma futura amiga e acabei por descobrir que ela é muito mais maluca do que eu seria capaz de imaginar.

A garota simplesmente concluiu, por si só, que eu era gay sabe-se lá porquê. Então decidiu inventar um bilhete falso com o nome de outra garota só para comprovar sua suspeita, e como se tudo isso já não bastasse, quem acabou surtando com toda essa história bizarra, foi ela.

O que Charlie tem na cabeça além daquele cabelo vermelho? Vento?

E só agora eu me liguei da atitude tosca que tive ao ler aquele bilhete. Fiz aquela garota passar vergonha em público e ainda injustamente. Acho que a ideia de perder Anne com essa distância está me deixando maluco.

Porém, eu sei caro leitor, isso não é justificativa. E é exatamente por isso que eu irei me desculpar com Hillary amanhã mesmo e lhe dizer que tudo não passou de um infeliz engano. Só não irei entregar Charlie é claro, porque não me parece uma boa ideia arrumar mais confusão com ela.

Enfim, espero não apanhar da garota.

(...)

Depois da ruiva ter fechado a porta sem esperar eu terminar de escrever, dei um longo suspiro e tentei não me irritar. Caramba, eu só queria fazer amigos. Qual o meu problema?

Pra tirar os problemas da cabeça, liguei pra Anne pelo skype e ela atendeu muito rápido, como se estivesse esperando por isso. O que é bem a cara dela.

Anne é bem ciumenta e as vezes insegura demais, mesmo sabendo o quanto eu a amo.

Não demorou muito para que perguntasse se eu já havia feito amizades aqui e eu contar sobre Charlie.

– Eu descobri que tenho uma vizinha da minha idade, que por coincidência estuda na mesma escola e turma que eu. Ela parece ser bem legal apesar de meio doida. - eu ri e tirei obviamente a parte em que a "conheci" sem calças e de toda a armação que ela fez.

Mesmo assim, minha querida Anne ficou enciumada.

– Vizinha é? Ela é bonita? Eu achei que você tinha feito amigos e não amigas.

– Anne meu amor, você sabe que só tenho olhos pra você. - disse vendo um sorriso lindo e todo tímido crescer em seus lábios.

Eu realmente à amo muito.

(...)

Na manhã seguinte, esperei Charlie sair de sua casa e a obriguei a me ouvir.

– Charlie!

– O que é garoto?

– Será que da pra gente se entender? Eu sou novo aqui, não conheço ninguém e você é minha vizinha. Não quero correr o risco de ser morto a qualquer momento por você. - ela riu e o vento balançou aquelas cabelos ruivos dela, indo para o seu rosto e consequentemente para a boca.

– Sabe, meu cabelo tem um gosto bom. - ela comentou ajeitando-os, eu ri. - Então, sei que exagerei armando tudo aquilo ontem e...

– Seria mais fácil ter me perguntado. - murmurei mais para mim do que para ela, porém, obviamente a interrompi. Então recebi um olhar assassino que me fez calar a boca.

– Enfim, já sei que você não é gay e que provavelmente sua namorada brasileira é linda. Afinal, ouço falar bastante sobre a beleza das mulheres do seu país. - eu sorri e concordei. Charlie me deu um sorriso amarelo e saiu andando na minha frente.

Sempre tão simpática.

Alcancei ela e fomos juntos para o colégio enquanto eu tentava conversar o mais pacificamente possível com ela. E não é que meio que deu certo? Apesar de uma ou outra patada daquela ruiva, até que conversamos como pessoas civilizadas.

Talvez ela possa me ajudar a não me sentir tão deslocado por aqui. Eu espero.

Assim que entramos no pátio do colégio, o grupo dos caras do time de futebol americano vieram em nossa em direção. Eles pareciam já estar esperando pela gente, o que me deixou confuso.

Ouvi Charlie murmurar algumas coisas que não consegui entender, mas pareciam palavrões.

– Você que é o novato? - um dele perguntou, eu assenti. - O que humilhou minha namorada?

Droga! Eu estou muito ferrado!

– Foi um mal entendido! Eu estava indo agora mesmo me desculpar com ela. - ele me olhou mais uma vez com cara de poucos amigos e me pegou pela gola da camiseta.

– No final da aula vou perguntar a Hillary se você se desculpou com ela e se ela disser que não...

– Chega! Vai embora Josh! Ele vai falar com ela, agora vaza. - Charlie interrompeu-o e expulsou ele e seu grupo.

Todo o pessoal do colégio que nos observavam atentamente até então, voltaram a se comportar normalmente.

A ruiva me olhou com um sorriso amarelo no rosto e eu quis muito matá-la naquele momento. Porém, eu novamente chamaria a atenção de todo o colégio para mim. Além de eu ser novato e ter arrumado briga com o provável capitão do time de futebol, eu ainda seria o assassino de uma ruiva maluca. Sendo assim, optei por sair dali e ir em direção ao meu armário, deixando minha vizinha para trás.

Eu irei falar com Hillary e me desculpar pela atitude tosca e injusta que tive graças a Charlie e sua armação besta e também aos meus problemas que afetaram no meu comportamento. Espero que ela conte ao namorado que me desculpei e que assim, ele não me mate.

– Matthew! - Charlie chamou me tirando dos meus devaneios enquanto eu pegava meus materiais no armário.

– Foi mal por essa confusão toda mas, você não vai contar pra aquela vaca que foi eu quem eu fiz o bilhete né?

Eu revirei os olhos e neguei com a cabeça. Ela suspirou aliviada e saiu.

Essa garota ainda vai me causar muitos problemas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Prometo não demorar mais todo esse tempo e trazer capítulos realmente maiores.
É que meu emocional não estava me ajudando nada. Desculpem mais uma vez por tanta demora.
E muito obrigado por todos os comentários que recebi. Agradeço imensamente pelas críticas construtivas e pelos elogios, vocês são uns amores. (Eu vou responder os que faltam assim que eu tiver tempo ok? Prometo!)
E também muito obrigado a vocês, leitores lindos, que não abandonaram essa fic apesar da minha demora extrema. Vocês são os melhores. ❤
Prometo voltar logo. Um beijo. ❤



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