POV Alisme.

Eu não sabia quase nada...

Só tinha conhecimento de meu nome...

Alisme Hale Cullen.

Eu sabia onde meus pais viviam...

Uma pequena cidade chamada Forks...

Eu sabia que tinha tios e tias adotivos.. E avós também... E uma prima...

Uma imagem conhecida veio á minha cabeça...

Uma jovem de cabelos escuros e espetados... O nome dela?

Alice.

Alice Cullen.

Minha mãe. Que mal sabia que tinha uma filha...

Escondi o rosto com as mãos, e me pus a chorar...

Eu tinha uma mãe.

Eu sabia disso há algum tempo, mas era como se eu tivesse acabado de descobrir a minha realidade...

Ainda havia uma pequena luz no fim do túnel...

Quem sabe um dia eu poderia encontrá-la, ser feliz...

Afinal, a esperança é a última que morre...

Esperança.

-Alisme?

Olho para cima. Minha melhor amiga Rosesme estava me chamando.

-Olá Rose. - eu murmurei fraca.

-Você coseguiu ver minha mãe?

Todos na terra dos humanos perdidos sabiam que eu tinha visões de tudo o que eu escolhesse...

Forcei a memória e tive uma vaga lembrança de uma mulher maravilhosa...

Seus cabelos loiros caiam em cascata em suas costas... 

Eram brilhantes e sedosos...

Ela dava inveja a qualquer ser que olhasse para ela.

Como se fosse uma Deusa...  Seu nome?

Rosalie Cullen.

Um choque percorreu meu corpo, abracei meus joelhos e coloquei minha cabeça entre eles.

A revelação veio como um tornado em minha cabeça...

-Você é minha prima Rosesme...

Levantei a cabeça lentamente, com medo de sua reação...

Ela seria capaz de rejeitar a única menina humana que queria saber sobre seus pais?

Seria capaz de rejeitar "a esquisita"?

Ou então, ela poderia me amar, e continuar a expandir sua amizade comigo.

Ela me olhou com amor, e inesperadamente, me abraçou..

-E-eu te-tenho uma pri-prima... ?

Eu a abracei de volta, afagando suas costas...

-Acalme-se...  Você tem uma prima...  Uma mãe...  Um pai...  Tios... E avós... Assim como eu... Não há motivos para chorar...

Ironicamente, ela chorou descontrolada me abraçando mais forte ainda...

Ela sentiu o que eu sentia...

Pela primeira vez em nossas vidas, tinhámos esperanças...

De sermos amadas...

De sermos consoladas..

De termos família...

Mas eu sabia, que só havia uma maneira de conseguir isso...

Sacrifício.

Abandonar todas as outras crianças...

Abandonar amigos.

Abandonar amizades...

Abandonar...  tudo o que temos...