~Leiam as notas iniciais~

Karina

Será que ainda estamos no mesmo dia, semana ou ano? Não, porque pra mim o tempo não pareceu passar, ou simplesmente passou voando e eu nem me dei conta. Eu e Pedro estávamos deitados sobre á toalha de piquenique, nós estávamos de frente um pro outro, seus braços envolvia minha cintura e me apertava contra seu corpo, nossas pernas estavam entrelaçadas e nossas bocas estavam coladas já fazia algum tempo e eu estava estranhando a falta de ar ainda não ter nos invadido, será que até isso estava ao nosso favor? Não que eu estivesse reclamando dessas coisas todas, mas como eu já disse é tudo muito estranho, um estranho bom.

Pedro foi parando o beijo com alguns selinhos demorados, ele puxou meu lábio inferior com um pouco de cautela e juntou sua testa á minha olhando profundamente em meus olhos. Seus olhos brilhavam mais do que nunca, pareciam que estrelas haviam entrado em suas orbitas. Meu sorriso bobo apareceu fazendo Pê ri também, sempre que estávamos juntos tudo em mim simplesmente mudava, era como se uma nova Karina aparecesse, a Karina do Pê. Brega? Nam, só que o amor mudou de nome.

– Amor da minha vida – Disse ele rindo.

– Oi razão da minha existência.

– Eu preciso de uma foto sua.

– Pra que? – Eu me afastei um pouco e franzi á testa.

– A única foto sua que eu tenho é de quando você tinha 11 anos, fica um pouco difícil vê suas feições de agora naquela garotinha.

– Você ainda tem aquela foto?!

– Mas é claro, acha que eu jogaria uma joia daquela fora? Lembro-me até a dedicatória, de tanto lê aquilo acabei gravando.

– Ô coisa linda – Eu lhe dei um selinho.

– Mas vem cá, você ainda tem á foto que eu ti dei?

– Claro né, aquilo também é uma joia pra mim, tá lá guardadinha e muito bem guardada viu.

– Humm bom mesmo – ele me abraçou forte – Amor já deve ser bem tarde né, vamos embora?

– Ahh não Pê vamos ficar aqui vamos.

– Mas amor e o frio?

– Que frio? Nos teus braços eu me mantenho aquecida.

– Meu Deus mais que mulher mais romântica essa que eu fui arrumar – Ele disse rindo e olhando para cima.

– E que coisa mais linda essa que apareceu na minha vida – Eu disse forçando um pouco á voz e apertando suas bochechas – E ai? Vamos ficar por aqui mesmo? – Fiz bico.

– Com essa cara gostosa como eu resistiria?

– Oba.

– E você já está com sono?

– Não.

– Que pena.

– Por quê?

– Porque ti vê dormir é á melhor coisa que tem ainda mais em meus braços.

– Depois eu que sou á romântica né?

– Isso pega sabia?

– O amor? Sabia. – Pedro deu risada.

– Amor além de mim e do André, você já namorou mais alguém?

– Não só vocês.

– E ficou?

– Apenas duas vezes, eu não acho muito legal isso de ficar e eu só fiquei porque eu perdi uma aposta.

– Haha sério?

– Aham e foi horrível e você.

– Não nunca perdi uma aposta.

– Besta – eu revirei os olhos – Eu estou falando se você namorou mais alguém além de mim e da Alice.

– Não só vocês mesmo.

– Fico?

– Digamos que ouve uma pequena grande traiçãozinha em nosso relacionamento.

– Ela sabe?

– Nem desconfia.

– Foi tão grande assim?

– Digamos que eu peguei 7 na mesma noite.

– Pedro!

– Amor foi sem querer.

– Como uma pessoa pega 7 sem querer?

– Sabe aquele lance né de sair com os amigos beber todas e não saber o que você está fazendo.

– Se você não sabia o que estava fazendo como você sabe que pegou 7?

– Me contaram.

– Meu pai – eu balancei á cabeça negativamente.

– Mas só foram uns beijinhos, eu não tinha vontade de ficar com ninguém nem mesmo com a Alice, porque á toda tempo eu só pensava em uma mulher.

– É? Ela deve ser uma mulher de sorte.

– Ô ela tem á sorte grande, além dela ser uma linda loira, com um corpo escultural, ter roubado os brilhos de todas as estrelas e ter colocado nos próprios olhos e ter o sorriso mais magnífico de todos, ela é a melhor pessoa que um homem poderia ter ao lado – Eu senti meu rosto queimar e tinha á certeza que eu estava mais vermelha que um pimentão – Ahh e fica á coisa mais linda com vergonha.

– Pê – eu afundei meu rosto na curvatura de seu pescoço.

– Oi minha princesa! – Ele se movimentou e ficou por cima de mim – Cara eu vou parar de te dizer eu te amo – Eu tirei meu rosto de seu pescoço e o olhei.

– Por quê?

– Comecei á achar essas três palavras muito sem graça diante desse sentimento tão imenso que eu sinto por você, me sinto meio bobo de ficar dizendo pra você toda hora que eu te amo.

– Você não se atreva á parar de dizer isso jamais.

– E se eu parar?

– Aii eu não ti encho de beijinhos nunca mais.

– Ahh não sem seus beijos eu não existo. Ok, ok, eu não vou parar de dizer isso.

– Então comece.

– Eu te amo – selinho – Muito – selinho – Muito mesmo – selinho – Mais- selinho – Que – selinho – Minha – selinho – Própria – selinho – Vida. EU TE AMO! – Ele gritou fazendo com que sua voz fosse ecoada.

– EU TAMBÉM TE AMO! – Eu também elevei minha voz.

Pedro colou seus lábios aos meus e ambos sorrimos durante o beijo. Passamos á noite ali, abraçadinho entre beijos e chamegos apenas nos curtindo.