Was escrita por Mary Hollywood


Capítulo 1
One Shot




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Terminava de preparar um bolinho de arroz muito mal recheado e feito quando a campainha tocou. Lavou as mãos rapidamente e correu pra atender.

Se deparou então com o falso ruivo, os cabelos todos puxados pra trás por conta do gel que usava, roupas bonitinhas e claro, aquele olhar estranho.

Levantou o papel: “Posso entrar?”.

— Não. — ia fechar a porta de brincadeira, mas resolveu só dizer a verdade. — Hahah, sabe que pode, mesmo que eu não deixasse, você entraria. — rindo deixou-o passar.

Idiota”.

— Só por você, queridinho. — debochou o moreno. — Já comeu? Fiz umas coisas estranhas aqui um pouco antes de você brotar.

Não. Quero provar o que fez.”

— Gordo. — pegou o prato com bolinhos e levou até a mesa e deixou ele pegar. — Não acha que tem vindo muito aqui ultimamente? Mesmo nos dias que não vou visitar mamãe... você não tem família, não? — colocou um pouco da comida na boca e sentou-se ao lado do belo rapaz mais novo.

Isao comeu lenta e silenciosamente, as vezes olhando para o amigo, só quando acabou e bebeu um copo d’água que buscou seus objetos com que se comunicava para finalmente responder:

Tenho, só que você é mais legal que eles, meu primo perdeu a graça já muito tempo.” — apagou o que escreveu para dizer — “Relaxa, depois eu paro.” — em seguida ficaram em silêncio.

— Não sei como deveria me sentir sobre isso. — ajeitou-se calmamente, de modo com que via muito bem cada centímetro do seu rosto fino, era realmente muito belo.

O jeito como a franja começava a cair sobre seu delicado nariz, era mágico. Seus olhos brilhavam por conta do Sol da tarde, pôde observar o mais novo bagunçar os fios freneticamente até se livrar de todo o gel.

Que bonitinho.

Se inclinou lentamente para observar melhor suas feições, nem percebeu que estava agindo estranhamente, começou a pensar coisas.

Será que ele já beijou alguém antes? Pelo amor de Deus, é lógico que sim, namorara o seu ex-namorado. Do jeito que é fofo. Bom, mas ele é meio inconveniente e mau, tem gosto pra tudo, né? — pensava enquanto se aproximava mais.

Isao já tinha notado a mudança nos ares e encontrava-se sem jeito, o que o rapaz estava fazendo?

Não podia dizer que não era desejável, as vezes até era um garoto um tanto legal, meio fútil, mas legalzinho. Também gostava de sua voz másculo, porém nem tanto, era um meio-a-meio agradável.

— Para de escrever... a sua voz é legal, e você não tem mais nada que te impeça. — comentou encarando mais descaradamente.

Virou a cabeça em rejeição ao pedido, estava começando a se encolher no sofá de tão próximos que estavam ficando, o que deveria fazer? Seria uma brincadeira de muito mal gosto?

Shizumiki já tinha notado àquela altura o que estava fazendo, entretanto não quisera parar, como seria a maciez de seus lábios.

Takagui não tinha qualquer intensão de desviar mais, então sussurrou roucamente:

— Nós vamos mesmo fazer isso?

E sem qualquer resposta, os lábios tocaram-se um pouco culpados, todavia, não pararam. Buscaram um pouco mais daquilo, e então o moreno subitamente separou-se do outro.

— Droga, não devia ter feito isso... — resmungou baixo.

O ruivo lhe observou tranquilamente antes de puxa-lo para mais um beijo, o outro, apesar da reclamação anterior, nada fez a não ser dessa vez por a língua para proporcionar mais prazer ao ato.

Enrolou os dedos nos cabelos médios e lhe puxou mais. Parara, durante alguns segundos e se observaram. Aoi posicionou os fios ruivos atrás da orelha. Beijou sua bochecha e sem seguida o maxilar fino, sua pele era tão macia quanto a parte que acabara de tocar.

Tocou o braço fino do adolescente, como se aquilo tudo fosse um ritual, e eles nada diziam, parecia que se falassem, a magia acabaria.

Bom, já estava na hora de acabar.

— Talvez devêssemos parar por aqui. — foi o que o moreno disse, um pouco arrependido, só sabia que era o certo a se fazer; — Nossa afobação adolescente pode se tornar um problema. — estava avermelhado, passou as mãos pela própria face e esfregou, como se para recobrar a consciência.

O menor se encolheu um tanto no canto do sofá, tentando descobrir se aquilo era mesmo real.

— Eu realmente gosto de você, sabes muito bem disso.... — o menor declarou sem vergonha de nenhuma palavra. — Se me beijastes, é porquê também gosta, certo?

— Sinceramente? Não sei ao certo. — respondeu sem graça. — Acho que eu não teria feito só por fazer.

Silêncio.

— E muito estranho falar sobre isso, muito mesmo. — admitiu ainda no cantinho do sofá, não esperava aquela resposta, em seus sonhos apaixonados, seria inteiramente correspondido, que terrível ilusão. — Tudo bem, não precisa mentir, não é como se eu fosse derreter por não ser correspondido.

— Mesmo que eu diga que eu gosto de você igualmente, o que nós faríamos? Namoraríamos? Consegue imaginar?

— Não.

O mais velho deixou escapar uma risada debochada, amava a sinceridade daquele rapaz, era perfeita.

—... Mas quero muito saber como seria, pois de ver maravilhoso. — afirmou.

O sorriso desapareceu aos poucos , não teria o que falar dessa vez. Ao contrário de quando ficara com Kido, que tudo estava conturbado e se estabilizou, eles estavam estabilizados a muito tempo.

— Quer que eu responda o que?

— Eu queria que você me abraçasse e calasse a boca, mas isso não é bem a sua cara, isso é bom em parte, não consigo saber o que vai fazer. —era uma conversa no mínimo estranha, não bizarra. — Você é tão sem i—

Foi calado por um novo beijo. Ficou chocado por conta de ter sido tão repentino, quando percebeu, tinha sido jogado deitado no sofá com as mãos presas pelo maior.

— Pronto, tá feliz agora? — nunca se imaginara naquela situação, sabe, em cima de um rapaz. Aoi era um cara versátil. — Eu não pedi pra você ir embora, te prendi no sofá, isso foi romântico o suficiente?

Isao estava imóvel, olhava fixamente para Aoi, seu rosto foi ficando vermelho aos poucos, até ficar completamente, seus olhos ficaram marejados e ficaram em silêncio até a primeira lágrima escorregar e correr lentamente pelas têmporas e molhar o sofá. Virou o rosto envergonhado e choramingou.

Foi.

Aquilo seria o máximo de romantismo que conseguiriam, estava perfeito, estava feliz, estranhamente feliz pelo o que havia acontecido.

Com certeza se o ruivo fosse um pouco mais dócil, o romance seria diferente, mas estava bonito daquele jeito, a forma como se tratariam em um relacionamento seria ácida e fofamente, com certeza.

Depois daquela frase seu relacionamento estava fechado, gostavam um do outro e por isso ficaram juntos.

Seu relacionamento a partir daí, é um segredo deles.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se não, pelo menos eu dei o meu melhor , né? :B



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