Segunda

—Mal me pergunte maninha linda, o que nós temos de lanche hoje?

—Temos Polvilho e água!

—Bem não é tão ruim da pra fazer tapioca!

—Beiju!

—Eu chamo do jeito que quero, tapioca é mais conhecido!

As duas continuaram nesta discussão por mais um tempo enquanto preparavam a massa, após colocaram na frigideira sem óleo...

—Liza sábado já é a apresentação, como acha que eu vou me sair?

—Lógico que bem, você é a garotinha mais talentosa que eu conheço!

Bia sorri contente...

—O que pretende faze hoje?

—Eu vou procurar um novo emprego só que agora descente e irei me matricular na academia de dança da cidade visinha!

—Nossa o Caio fez toda essa mudança... Literalmente O amor é capaz de tudo! —Liza corou um pouquinho com a fala da Bia.

—Vocês estão namorando?

—Acho que ainda não!

—Hum, eu acho que o Caio precisa de atitude!

—Para de cuidar da vida dos outros e vira esse beiju antes que queime!

Bia virou a tapioca com cuidado, depois passou manteiga no lado já pronto, assim que terminaram a refeição, ambas se sentaram na cadeira e colocaram os pratos na pequena mesa de madeira. 

—Sabe Bia você já ta ficando uma moça, semana que vem vai fazer 13 anos.

—Isso é muito bom! O que eu vou ganhar?

—Se tiver sorte um beijo e abraço!

{...}

Liza deixou a irmã no portão do colégio e se deparou com uma sena decepcionante, ela viu Caio abraçando a professora morena de cabelos pretos.

—Liza o que foi? Bia perguntou sem notar o ocorrido.

—Nada, eu vou procurar algo para eu fazer...

—Vai com Deus e boa sorte na tentativa de emprego!

A loira concordou e depois se deslocou até o ponto de ônibus mais próximo, o coração estava doendo mais ela não permitiu a si sofrer por alguém e lagrimas era algo que não pretendia gastar. Muitas pessoas a empurrava para mais perto da lataria devido a grande aglomeração de pessoas no veiculo coletivo. Demorou muito tempo para chegar à outra cidade então para se entreter colocou alguns toques de musica clássicos param se acostumar com o ritmo novamente.

—Oi! —Uma mulher bem nova que segurava um bebê a cumprimentou.

—Oi. —Liza não estava afim de conversar então não lhe deu atenção.

—Não se lembra de mim?

—Na verdade não!

—Eu sou á Sofia, irmã do Caio, e você é a Liza, certo?

—Sou sim me desculpe por não reconhecer eu ando tão voada! —Ela disse educada mesmo não querendo pensar no garoto.

—Tudo bem, onde está indo?

—Me escrever na academia de dança. E você?

—Vou voltar para casa, meu marido chega amanhã e eu quero deixar tudo perfeito para ele!

—Que bom.

As duas conversaram o trajeto todo.

—Eu tenho que descer Sofia até mais.

A academia de dança ficava apenas a dois quarteirões dali.

Ao chegar se surpreendeu com a entrada era linda e havia um teatro bem ao lado.

—Com licença eu queria me escrever!

—Me passe os seus dados e depois espere na cadeira que vou anunciar o seu teste.

Assim Liza fez e após alguns minutos adentrou para sala de teste. A garota ficou muito animada só não esperou a reação dos avaliadores assim que terminou!

—Você já tem experiência?

—Eu participei de um escola de dança por três anos e após participei de um grupo de dança, chegamos a fazer 10 aberturas de shows mas ai me afastei.

—Você tem talento para ser professora em vez de aluna, o que acha da proposta?

—Está falando serio eu amaria!

—Pois bem está contratada, depois vai a minha sala pra mim acertar sua turma e o salário.

—Certo.

Ela conheceu o ambiente e após ensaiou algumas coreografias conhecida pelas classes, também teria que se atualizar com os métodos da academia então ele começou a trabalhar imediatamente, o salário ficou de 2500 reais e a turma foi dos nove aos onze...

Enquanto retornava para casa o celular não parava de tocar, e todas as ligações eram do Caio, mas ela preferiu não atender para não acabar brigando.

Ao chegar a casa ele contou todas as novidades a adolescente que por sinal se alegrou muito.

—Maninha eu fico feliz, mas tenho que te dizer que o Caio perguntou a seu respeito o dia inteiro!

—E daí!

—Ele te ama e acho que a cena presenciada foi apenas um mal entendido, ele te ligou a tarde toda e você não atendeu... Então ele pediu para que eu te entrega-se isso.

Era um boque de rosas vermelhas com um cartão em forma de coração. Estava escrito o seguinte:

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

1 Coríntios 13:4-7

E eu tenho absoluta certeza que te amo não sei o que fiz pra não me atender, mas perdoe-me, jamais amei alguém como amo você loira linda!

Não pense que ela se comoveu com o presente e com o cartão ao invés ficou muito nervosa por tais palavras então decidiu tirar satisfação!

Ela pegou o celular que estava no sofá e imediatamente discou o numero!

—Como ouse fazer isso!/ Não se faça de desentendido.../ Calma. Eu estou super calma!/ Diz que me ama mais fica grudado naquela morena horrorosa !/ Eu to errada! Com certeza não/ Trairá!!!!

Ela subiu a todo vapor para o quarto. Alguns minutos depois ouviu um toc, toc na porta.

—Bia larga de me atormenta.

—Hum não é a Bia!

—O que acha que está fazendo aqui Caio, pensei que eu havia sido clara com você.

—E foi agora é minha vez de ser claro!

—Pode tentar mais acho que não vai conseguir!

—Bem a morena é uma professora do colégio e devido uma oportunidade no exterior ela vai sair então eu estava me despedindo dela, na verdade somos amigos e foi ela que me arrumou o emprego mais não tem mais nada além disso.

—Espere que eu acredite nisso!

—Espero que sim, pois é verdade, ciúmes não é saudável!

—Não é legal ver a pessoa que agente gosta abraçado com outra. —Liza diz se rendendo. —Mas me desculpe se fui boba.

—Você acabou de compensar tudo com esse gosto! —Caio falou andando até ela e á beijando suavemente.

—te amo.

—Você aceita namorar comigo?

—Claro que sim! —Liza confirmou com mais um beijo só que agora desajeitado e descontrolado devido à euforia.

—Loira que tal assistirmos um filme!

—Vai passar agorinha a filha do pastor, pode ser!

—Acho ótimo!

E assim fizeram as pazes...