Na manha seguinte tomamos o café e fomos para a única aula do dia que era do Lockhart, e eu nem preciso falar o quão chata a aula foi e quando bateu o sinal foi uma alegria só.

– Francamente, escrever uma poesia sobre a vitoria dele sobre um lobisomem e voce ainda diz que ele não é um idiota- disse Rony para Hermione que fez uma careta.

– Ele não é idiota Rony, e sinceramente ele não será manipulado para assinar uma permissão de um livro da sessão reservada para uma aluno do segundo ano-disse Mione revoltada para mim.

– Essa é sua deixa maninha, vai lá, não tem mais ninguém na sala- falou Harry, assenti e fui para a sala novamente.

– Senhorita Evans? Esqueceu algo?

– Não senhor professor, é que eu queria pedir para o senhor se... eu fico ate sem graça de perguntar, mas sera que poderia dar um autografo para uma amiga minha? Ela é uma grande admiradora.

– Amiga sua? Sei- disse ele dando uma piscadela, forcei um sorriso e entreguei um pergaminho para que ele assinasse- como quer a sua dedicatória?

– Sem dedicatórias professor, só sua assinatura basta- ele assinou, eu agradeci e sai.

– E ai? Conseguiu?- perguntou Hermione desafiadora.

– Não.

– Eu disse não é, ele não seria tao imprudente assim- disse ela virando para os garotos, enquanto ela falava eu mostrei as costas dela a permissão assinada por Lockhart, e eles começaram a rir- qual é a graça?

– Pelo visto seu professor favorito foi facilmente manipulado pela Lira- disse Harry que disfarçava o riso e apontava para a permissão em minhas mãos. Hermione ficou boquiaberta, sem palavras.

– Demais. Como conseguiu isso?- perguntou Rony.

– Só disse duas palavras chave, admiradora e autografo. Foi oque bastou. Olha pessoal, vocês se importariam de procurar o livro sem mim? É que eu prometi a Cedrico que ficaria na enfermaria ate que ele saia.

– Por mim tudo bem, estamos subindo para o salao comunal, quer que leve suas coisas ate a nossa casa?- perguntou meu irmão.

– Não, eu vou ir ate lá, vou trocar de roupa e logo irei para a ala hospitalar.

Enquanto íamos ate o salao comunal as pessoas nos encaravam, e quando entramos nada mudou. Subi para meus aposentos e voltei para a sala onde havia deixado meus amigos.

– Boa sorte com aquela bibliotecária doida, e Harry não vou assistir o jogo, sabe porque(Fred e Angelina, é eu ainda não superei ), sei que voce vai ganhar do Malfoy. Estou indo entao, e quero que me contem tudo depois. Tenham uma boa tarde- quando íamos saindo ouvi a voz de alguém muito animado.

– Oi Ravenna, ola Harry, oi pessoal.

– Ola Colin- dissemos, mas apenas eu falei com um tom animador.

– Ravenna oque houve? Voce sumiu, queria muito conversar com voce, sera que voce poderia seder um pouco do seu tempo?- disse ele sem respirar.

– É claro Colin, mas pode ser caminhando? Tenho que ir para a ala hospitalar agora- ele concordou, nos despedimos dos outros e saímos rumo a enfermaria.

– Queria te agradecer por ter me levado para assistir o treino da grifinoria.

– Mas nem houve treino naquele dia Colin, eu sinto muito por não ter assistido, mas hoje sera o jogo e voce ira gostar.

– É não teve treino mesmo, mas é que voce tem sido muito legal comigo, não sei porque mas a maioria das pessoas me evitam, voce é diferente das outras, voce é bonita, legal, esperta, bonita, amiga, caridosa, e muito bonita, e...

– Obrigada Colin, é muito gentil de sua parte- interrompi ele.

– Bom... eu queria te dizer algumas coisas, mas achei que seria melhor escrito- disse ele pegando um pequeno rolo do bolso- fiz isso para voc...

– Sai dessa escola sua aberração...

– Por sua culpa Ced esta quase morrendo na ala hospitalar- disseram duas garotas em um tom muito desagradável- sabemos que voce atiçou a serpente sobre ele.

– Não eu não fiz isso- disse ao choro enquanto lembrava que Cedrico realmente podia ter morrido.

– O diretor não deveria permitir a entrada de aberrações como voce e seu irmão de virem a essa escola, meu pai trabalha no ministério e pode dar um jeito em te expulsar e tirar o diretor que permite ameaças como voce e seu irmão nessa escola.

– Calem a boca, não falem assim dela- falou Colin que entrou na minha frente em forma de me proteger.

– Saia da frente garoto estupido, essa aberração vai sair daqui por bem ou mal.

– Ela não é uma aberração- assim que terminou a frase ele deu um pisao nas meninas que eram maior que ele- corre Ravenna.

E meio atordoada com a situação sai desnorteada rumo a ala hospitalar, entrei desesperada na ala que bati a porta com tanta força que Cedrico se assustou tentou se levantar rapidamente e gemeu de dor.

– Oque houve com voce bela? Oque seu irmão disse que voce ficou assim?

– Me certificaram de algo que eu já sabia, umas meninas me barraram no corredor enquanto falava com Colin, e disseram coisas ruins, não sei como mas descobriram que eu sou Ofidioglota, disseram que eu fiz a cobra te atacar. Colin me ajudou a fugir delas...

– Mas quem contou? Não havia ninguém lá e ate agora ninguém sabia que eu estou aqui.

– Eu não sei, mas foi horrível, disseram coisas muito dolorosas.

– Não fique assim, a culpa não foi sua. Voce bem que me avisou para que eu não pegasse a serpente, se eu tivesse te ouvido isso não aconteceria. Agora fique calma.

– Uma delas disse que podia fazer com que me tirasse da escola a Harry também e o diretor por aceitar pessoas como eu e meu irmão.

– São pessoas idiotas, não deve dar ouvidos a elas. Vem cá- assim fiz me aproximei mais dele e ele me deu um aconchegante abraço- se voce não tivesse falado para a serpente ficar no mesmo lugar eu poderia ter morrido. Ofidioglossia não foi tao ruim assim, eu poderia ter morrido se voce não falasse com as cobras. Obrigado por não me deixar morrer-disse ele para me consolar.

Passamos o dia inteiro comendo doces que ele havia recebido de algumas admiradoras que pareciam descobrir rapidamente do ocorrido. Depois jogamos snaps explosivo.

– Pensei que as meninas fossem me matar, elas pareciam fãs enfurecida- disse já humorada, Cedrico riu.

Madame Pomfrey entrou correndo conversando com alguém.

– Deveriam ter vindo imediatamente para cá, onde estavam com a cabeça em deixar aquele doido fazer isso com ele, a curandeira aqui sou eu e não ele.

– Meu braço vai voltar ao normal não vai?- imediatamente reconheci a voz de Harry e fui correndo ate onde ele estava.

– Harry? Oque aconteceu? Por Merlin oque fizeram com voce? Seu braço, ele esta...

– Horrível? Nojento talvez...

– Acho que enfeitiçaram um balaço para que o perseguisse e acabou quebrando o braço dele, Lockhart tentou consertar e... bem acho que não conseguiu- disse Hermione.

– Não se preocupem, eu darei um jeito nisso. É claro que o processo sera doloroso e vai ter que passar a noite aqui. Vou procurar minha receita e preparar o antidoto, com licença crianças- disse a medibruxa e saiu.

– Harry oque aconteceu ?- ele levantou o braço molenga e Cedrico fez uma cara engraçada- o balaço fez isso com voce?- negou Harry- seus ossos devem estar triturados ai dentro.

– Pra falar a verdade ele nem tem mais os ossos- disse Hermione.

– Voce fez isso Hermione?- perguntou curioso.

– Se fosse ela o feitiço seria bem sucedido, mas como foi Lockhart...- Hermione pareceu contente com o um elogio. Depois de alguns minutos de conversa madame Pomfrey apareceu com uma garrafa com a tampa em formato de crânio.

– Olha, tome um copo desse remédio a cada uma hora- disse ela enquanto ele ia tomar, mas logo ele cuspiu longe o remédio- não esperava que tivesse sabor de suco de abobora, não é? Agora tome e tente dormir. E srt peço-lhe que saia- pediu ela a Mione.

– É claro, tenham uma boa noite- disse Mione que logo saiu.

– Mais uma coisa senhor Potter, como o esquelesce faz com que os ossos cresçam, faz com que o processo seja um pouco doloroso, vai ter que ser forte- Harry balançou a cabeça- bom vou descansar. Se ficar com febre molha a bucha que esta na cabeceira e coloque sobre a testa do seu irmão, Srt Evans pode me chamar se preciso for- assenti e ela saiu.

Conversamos sobre o jogo, para minha surpresa Harry disse que Malfoy não era tao ruim quanto imaginávamos, também me disse que conseguiram o livro de poções . Cedrico adormeceu antes de nós e Harry logo depois, e não demorou muito também cai no sono...

...

– Que foi Harry? Esta tendo dores?- disse meio dormindo quando senti que alguém me cutucava- Harry para, o que quer?- mas como as cutucadas não paravam eu abri os olhos e levei um susto.

– Dobby?- gritei e Cedrico resmungou dormindo, entao sussurrei- Dobby oque quer aqui?

– Dobby veio pedir para que a senhorita e seu irmão voltem para suas casas, aqui não é seguro senhorita.

Harry gemeu de dor e Dobby subiu em sua cama para ver sua febre. Harry acordou quando sentiu a agua da bucha escorrer em seu rosto.

– Oque faz aqui?- disse Harry raivoso.

– Pedir para que os senhores saiam da escola, nada que eu fiz adiantou, o portal para a estação, a cobra no campo, os julgamentos dos alunos sobre vocês, nem sequer o balaço enfeitiçado.

– Você conjurou a cobra? Cedrico podia ter morrido. E as garotas... se Colin não tivesse me ajudado eu iria ser espancada. Tem ideia do que aprontou? Harry não se aguenta de dor por sua culpa.

– Rony e eu quase fomos expulsos da escola, por causa dessa brincadeira idiota- disse Harry tentando se levantar com um dos braços.

– Dobby teve que se castigar por isso senhor- disse ele mostrando as mãos enfaixadas- mas Dobby só quer o bem do sr e da srt.

– Se eu tivesse com o meu braço bom eu te mataria, mas como voce fez o favor de quebra-lo não vou poder, talvez Ravenna faça isso.

– Que horror Harry, isso é coisa que se fale? Ele só queria nos ajudar, é claro que só piorou a situação, mas queria apenas o nosso bem estar.

– Me sinto lisonjeado pela bondade da senhorita- disse o pequeno orelhudo com um leve sorriso- mas já estou acostumado com ameaças srt, Dobby recebe pelo menos cinco por dia de seus amos- disse ele enxugando as lagrimas em algo que simulava uma roupa.

Harry e eu nos olhamos com um sentimento de pena em nossos rostos.

– Para que usa isso?- perguntou Harry se referindo ao pedaço de pano sujo que ele trajava.

– Isso é o símbolo da escravidão do elfo domestico. Só somos libertos se o nosso dono nos der uma peça de suas roupas. Eles tomam o máximo de cuidado para que isso não aconteça, senhor.

– Dobby, porque quer tanto que Harry e eu desistamos da escola?

– Ah senhorita, quando voce sabe quem estava no auge de sua maldade, nós elfos, eramos tratados como vermes, não que hoje não seja diferente- disse enxugando as lagrimas- mas nossa vida melhorou quando derrotaram ele, srt. Mas enfim, coisas terríveis vao ou já estao acontecendo nessa escola, e Dobby não pode deixar que os senhores fiquem, já que a historia vai se repetir, agora que a câmara foi reaberta- disse ele horrorizado.

– Entao existe mesmo uma câmara, e ela já foi aberta uma vez- disse Harry me olhando intrigado- nos conte Dobby, nos conte sobre ela.

O pequenino nos olhou por um instante e logo pegou uma garrafa e começou a se bater, coloquei-o em cima da cama para ficar na nossa altura e tirei a garrafa de suas pequenas mãos.

– Por que se empenha tanto em nos proteger, sendo que não somos trouxas? Não entendo. Como a câmara pode nos ameçar?

– A senhorita... coisas ruins irão acontecer aqui, e os senhores tem que ir antes que comecem...

– Se sabe sobre a câmara deve saber também quem a abriu, nos diga Dobby quem abriu a câmara na primeira vez?

– Dobby não pode senhor...

– Dobby precisa nos ajudar, nossos amigos trouxas correm grande risco se isso for verdade, faremos de tudo para não perde-los, mas sem sua ajuda vai ser mais difícil- disse pensando especialmente em Hermione e Colin.

– Arriscariam a vida pelos amigos?- perguntou curioso e choroso- Doby não pode ajudar, é uma atitude bonita e nobre mas precisam salvar os senhores mesmos.

Ao ouvir sons de passos que vinham do corredor para a ala hospitalar ficamos em silencio, e quando estavam quase se aproximando da porta Dobby deu um aceno de despedida e em um estalar de dedos sumiu. Entao Harry e eu fingíamos dormir quando Dumbledore e Minerva entararm carregando oque parecia ser uma estatua.

– Chame Papoula Minerva- assim ela fez e em segundos depois ela voltou acompanhada pela a medibruxa.

– Mais um ataque senhor diretor?- perguntou a mulher e vi com os olhos semicerrados o diretor confirmar infeliz com a cabeça.

– O encontrei na escada. Estava com um cacho de uvas a caminho daqui, creio que viria visitar alguém. Acho que Potter- disse a professora. Harry que estava virado de frente a mim me olhou assustado.

– Talvez ele tenha batido uma foto de quem o atacou- disse o diretor. E antes mesmo de terminar a frase a primeira pessoa que me veio a cabeça foi Colin que não saia sem sua câmera, disse a Harry o nome dele baixo para que só ele ouvisse e ele assentiu com a cabeça.

Um estouro e cheiro de queimado vinha da direção deles.

– Estao todas derretidas- disse a professora- oque significa Alvo?

– Que a câmara secreta foi reaberta...

– Mas quem poderia ter feito isso diretor?- perguntou a medibruxa.

– A pergunta não é quem, é como...- dizendo essas palavras o diretor saiu quieto acompanhado de Minerva, logo após fechar cortinas em volta do leito e Colin madame Pomfrey se foi.

– Voce ouviu, a câmara realmente existe e foi reaberta- me levantei e comecei a sondar para ver se não havia ninguém ali- temos que agir logo, Hermione corre perigo- nem esperei Harry se manifestar corri para onde estava o corpo petrificado de Colin, olhei horrorizada, dei um passo para traz e bati de costa com Harry.

– Ele gostava de voce- disse ele me abraçando.

– Ele me protegeu de garotas que queriam bater em mim hoje de manha, e pelo visto apanhou em meu lugar- disse afastando os cabelos louros de sua testa, em baixo da mecha tinha um hematoma- Harry amanha vou começar a especular se Draco é mesmo o herdeiro de Sonserina, mas tentem fazer a poção polissuco, para ocaso do meu plano não der certo.

– Oque pretende fazer Lira?

– O mesmo que vocês, só que da minha maneira, bom vamos nos deitar amanha será um novo dia.

– Boa noite Colin...