A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 2
Capítulo I - O Primeiro Desafio




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Após as últimas palavras de Dormin, montei-me em Agro, e desci as escadas da direita, levando até o Solo. A luz incomodou meus olhos por um instante, mas logo, me acostumei. O que separava as duas escadas, era mais um lance, mas que não levava para dentro do Santuário. Elas levavam para uma espécie de Estátua, com vários símbolos que brilhavam e escureciam.

Ignorei o pequeno altar, e segui reto, admirando a paisagem. Aquela Terras eram muito lindas. Eu vim do Sul, e estava andando em direção ao Norte, para uma grande montanha. Logo, me lembrei da frase de Dormin: “Eleve tua espada pela luz, e vá para o lugar onde sua luz se encontra”.

Retirei a espada da bainha, e levantei-a. De repente, vários feixes de Luz apareceram do nada. Com meu breve susto, acabei impulsionando Agro para a esquerda, e quase tombei. Todos os Oito feixes de luz se alinharam, mas logo se dispersaram.

– Mas... O que é isso? – perguntei a mim mesmo, enquanto parava Agro.

Ainda com a espada levantada, comecei a mover a égua para a direita e esquerda. Conforme a espada mudava de lugar, as luzes se alinhavam ou se dispersavam. Logo encontrei a estabilidade, e um único Feixe de Luz, apontou para o pé da montanha, coincidentemente a mesma que estava andando em direção.

É por ali... – pensei.

Haviam algumas falhas geográficas no caminho, como elevações de terreno, e pude ver também uma árvore, à poucos metros de distância de mim. Desci de Agro, e me aproximei dela. O que pensava ser possível, era realidade. Haviam frutas.

Estava com muita fome, por causa da longa viagem. Peguei meu Arco, e duas Flechas. Preparei uma, e disparei em direção da fruta. Por muito pouco que eu não erro. Ao acertar, a fruta caiu sobre a grama, que permitiu um leve impacto quando tocou o chão.

Era uma fruta estranha, mas muito saborosa. Procurei por mais delas, mas era a única. Mesmo com um gostinho de “quero-mais”, subi em Agro, e voltei a cavalgar em direção ao pé da montanha.

O que é um Colosso? – pensava.

O Sol dava um belo ar luminoso por aquelas Terras. Mas no momento em que entrei na sombra da montanha, o ar mudou para sinistro. Só havia grama em pequenos pontos, o que fazia de grande parte, um solo de terra, seco.

Mais à frente, a montanha parecia se dividir, criando um beco sem saída. Haviam dois lances, de mais ou menos 7 degraus cada um, com dois pilares em suas extremidades. À esquerda, uma grande parede bem detalhada, que chegava até o topo da montanha.

Pude perceber também, vários desfiladeiros, que também chegavam até o topo. A meu lado direito, haviam várias vinhas, que desciam de uma parte superior. Me aproximei, e me agarrei nelas. Comecei a escalar. Ao chegar na parte superior, vi que era o caminho certo para chegar ao topo.

Agro deu um leve relincho. Sabia o que ela queria dizer.

– Eu já volto Agro, fiquei aqui...

Continuei o caminho pela direita, onde tive que pular para alcançar o outro lado. Me pendurei em uma parte mais superior, e escalei. Virando a esquerda, havia o que parecia ser uma ponte de madeira, construída por alguém.

Uma ponte... Será que esse lugar já foi habitado? E se foi, por qual motivo ele foi proibido? – pensava enquanto atravessava-a.

Logo, tive que pular outro, e mais à frente, pude ver um pedaço de um pilar, caído no meio do caminho. Tentei move-lo, mas foi inútil. Percebi um pequeno espaço entre sua base e a parede, que poderia ser atravessado. Me agachei, preparei, e praticamente mergulhei para frente, finalizando com uma cambalhota.

Subi novamente mais dois níveis, até que me deparei com um bloco gigante, com uma parte que poderia ser escalada, levando até o outro lado. Subi, dei uma volta pendurado por ele, e tive que pular para trás.

Por pouco que não consigo agarrar na borda. Fiz uma força, e consegui subir. A frente, havia uma rampa, que levava até um lugar enorme, rodeado de Paredes de Pedra. Haviam algumas árvores Secas, e no fim, um templo que parecia estar meio enterrado.

De repente, um enorme rugido, que vinha de uma parte do local que não era visível de onde estava. Quando me aproximei, um enorme pé bateu ao chão, fazendo-me rolar para trás com o impacto. Logo, surgiu uma Criatura gigante, com mais ou menos 21 metros. Ela vestia uma armadura de pedra e o que parecia ser ferro, e com uma Enorme Clava de ponta quadrada na mão direita.

Fiquei sem palavras. Apenas observava a criatura, que andava tranquilamente pelo local, sem ao menos me notar. Seu andar criava uma grande nuvem de poeira, dando mais terror ao que estava acontecendo.

– O... O que...? Isso é um Colosso? – comecei a falar comigo mesmo – É com isso que... Eu tenho que lutar...?

Após alguns segundos, tentando chegar perto da criatura, e ao mesmo tempo analisando-a, procurando alguma forma de derrota-lo, peguei meu Arco, e disparei uma Flecha, acertando a parte esquerda de suas costas. Pude ver um pequeno jarro de sangue. A criatura nem se mexeu, apenas continuou a andar para frente.

Como?! Ele não sentiu nada?!!

Preparei outra flecha, mas tive uma ideia. Juntei meus dedos indicador e polegar, e os colocando em minha boca, executei um alto assovio, que fez a criatura parar de andar.

É agora! – disparei a flecha.

Enquanto a criatura se virava para trás, a flecha ia em sua direção até que acertou em cheio seu rosto. Mesmo assim, o colosso apenas olhou em minha direção. Seus olhos eram negros, com um intenso brilho azul. Ao olhar para eles, me congelei. De repente, eles mudaram de azul para laranja, um tanto que avermelhado, e a criatura estendeu seu braço esquerdo em minha direção, e o direito, que carregava a clava, para trás, como se estivesse pegando um impulso.

Merda...! – me toquei do que estava prestes a acontecer.

O Colosso bateu sua Clava com toda a força no chão, não me acertando, mas me jogando longe com a força do impacto. Enquanto rolava pela terra, pude escutar a voz de Dormin, ecoando pelo local.

Segure a tua espada para refletir a luz sobre o colosso. Seus sinais vitais serão revelados.

Me levantei com um pouco de dificuldade, e ergui minha espada para cima. Surgiram os Oito feixes de Luz, que se alinhavam para seu tornozelo esquerdo, e para a ponta de sua cabeça.

– É... Lá que tenho que... chegar...!

De onde eu havia parado, era possível ver o Santuário. Para ser mais preciso, o corpo “dela”. Somente ao olhar, eu senti um fogo dentro de mim, que aumentava a cada segundo que se passava. Olhei para o Colosso, e estendi a espada para ele. Logo, fiz um movimento, girando ela, e estendendo-a para trás, enquanto avancei em sua direção.

A criatura levantou sua perna direita, e pisoteou o chão, tentando me acertar. Porém, eu mergulhei para o lado oposto, e pulei em sua perna esquerda. Vi uma cicatriz, de onde escorria um líquido negro. Parecia que o sangue dos Colossos tinha outra coloração. Estendi a espada, e a cravei uma vez.

Ele gritou de dor, e caiu de joelhos. Já sei para o que me servia aquilo. Logo, penetrei novamente a espada, fazendo o Colosso cair de frente ao chão, permitindo que escalasse sua perna até suas costas. Foi o que fiz. Ao chegar, havia uma Plataforma, onde poderia me segurar para recuperar meu fôlego.

Mas não foi tão sossegado assim. O Colosso se mexia de um lado para o outro, e no tempo em que deveria recuperar meu equilíbrio, estava perdendo-o mais ainda. Decidi me agarrar em suas costas novamente, e subir para seu pescoço.

Havia um pedaço da Coluna exposto, o que parecia ser muito dolorido. Por um instante, senti dó daquela criatura. Mas precisava extermina-la, era meu objetivo. Cheguei até sua cabeça, onde um brilho azul muito forte ascendeu, com o mesmo símbolo que carregava em meu manto.

Não pensei duas vezes. Estendi minha espada para cima, e logo, dei a primeira Cravada. Novamente, o Colosso emitiu um rugido, mas um muito mais doloroso. Meu coração se apertou na mesma hora, e eu parei de me mover.

– Me...

Preparei a Segunda Cravada, e a efetuei logo em seguida, fazendo jorrar uma enorme quantidade de sangue, seguido de mais um gemido de dor.

– Me Perdoe...!

Estendi novamente a espada para trás, e mais uma vez, a penetrei no crâneo do Colosso. A esse ponto, ele apenas murmurava.

– Por Favor...!!

Minha mão tremia. Não conseguia efetuar a última. Parece que sentia a mesma dor que a criatura, só que toda concentrada em meu coração. Então, preparei novamente a espada.

– Me Perdoe, por favor...!!!

Com isso, o golpe final foi executado, e senti o Colosso parar de se mover. O Símbolo desapareceu, e lentamente, a criatura foi tombando para frente. A clava foi solta, e seu corpo tombou ao chão, criando um enorme impacto. Sua mão esquerda caiu vagarosamente, devido à resistência do ar, fazendo um leve assovio, e logo, se batendo contra o chão.

Havia me segurado para não cair do Colosso, mas quando o mesmo tocou o chão, morto, me soltei dele, e caí de uma altura de mais ou menos 2 metros, que distanciava sua cabeça do solo. Estava totalmente exausto, tanto fisicamente quando mentalmente. De repente, saíram da cabeça do Colosso, espécies de Essências negras, que voaram ao céu, e logo, vieram com tudo em minha direção.

Eles me possuíram, fazendo-me cair desacordado ao chão. Quando fechei meus olhos, a única coisa que vi foi uma brilhante e forte luz, e um sussurro, da qual não identifiquei o propósito. Logo, a Luz desapareceu, e eu me encontrei em uma escuridão total.


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Notas finais do capítulo

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