The Fulcrum escrita por Juli06


Capítulo 2
Capítulo 2




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Capítulo Dois

Dois anos depois...

Dembe entrou na sala e sorriu da cena, Reddington estava sentado confortavelmente no sofá com o pé na mesinha em sua frente. Ele estava em uma roupa leve e totalmente fora de seus padrões e ele tinha certeza que tinha um dedo de Lizzie nisso. E falando nisso ela estava deitada com a cabeça no colo dele, eles olhavam intrigados para a televisão, arriscando um olhar para o aparelho Dembe revirou os olhos.

– Os Vingadores? Sério? – Resmungou ele.

– Que foi? É legal.

– Eu tenho que concordar com ela, Dembe. – Falou Reddington e sorriu. – Eu consigo até me identificar com o homem de ferro.

Dembe o encarou chocado, Lizzie o encarou também, voltando seu olhar para Dembe eles caíram na gargalhada.

– O quê? – Questionou Reddington confuso.

~.~

Mais um arquivo foi posto no pendrive e Lizzie guardou no cofre. Ela sabia que enquanto fosse viva todo o arquivo de extorsão estaria seguro, mas ela podia morrer a qualquer momento por isso todo dia ela redigia cada número, cada nome e pesquisava cada rosto que lembrava e colocava no pendrive. Era o seguro de vida dela, de Reddington e Dembe.

– Lizzie, você terminou?

– Sim, já vou. – Gritou ela e sorriu.

Os últimos dois anos tinha sido um pouco corrido, mas ela não se arrependia do que tinha feito, mesmo sabendo que tinha decepcionado seus amigos ela precisava se esconder. Ela não era uma criminosa, apesar que agora ela era o número 1 dos mais procurados do FBI. O que rendeu uma semana inteira de resmungo de Reddington, ele tinha ficado chateado por ela ser tão nova e ter mais importância “que eu. Eu estou há anos na área. Como você é mais procurada que eu?”, resmungou ele chateado.

Porém, eles não tinham esquecido da Blacklist, enquanto Lizzie cuidava de manter os poderosos na linha, Reddington ficava responsável de pegar os bandidos mais perigosos. Eles tinham ajudado o Post Office com a captura de mais de trinta bandidos sempre entregando um arquivo com mais um da lista. Segundo Reddington faltava pouco para pegarem o número um. Lizzie não sabia quem era, mas não insistia em saber. Pois ela tinha um arquivo que não tinha mostrado a Reddington, a vingança que ela tanto queria.

– Vamos nos atrasar para o almoço, Lizzie. – Chamou Reddington mais uma vez.

– Estou indo, Red. – Falou ela e desceu.

~.~

Sra. Jones tinha um pequeno restaurante no sul da Inglaterra, a vila que morava era pequena e pacata. Por ali nada acontecia, o último escândalo tinha sido quando uma jovem donzela tinha abandonado seu noivo no altar para fugir com o jardineiro de sua fazenda. Porém, quando os novos moradores da Mansão Morgan chegaram ao local, um pequeno alvoroço se instalou, todos estavam curiosos para saber quem eram e o porquê de estarem ali.

E falando neles ela assistiu quando o trio entrou. O homem mais velho, vestido com seu inseparável terno três peças e seu chapéu, deixou a jovem mulher entrar primeiro, o segundo homem entrou logo em seguida. Ninguém tinha chegando muito perto durante alguns dias, mas a simpatia do homem e a doçura da mulher deixaram a todos encantados e eles fizeram amigos rapidamente.

No entanto Sra. Jones tinha trabalhado no campo de guerra e viu de perto alguns inimigos, todos tomados por uma raiva incontida, um perigo nos olhos. Assim que ela os encarou soube que não poderia ir de encontro com suas vontades, todos tinham um olhar perigoso, mas a mulher tinha algo que dizia que sabia mais do que qualquer um e que não se arriscassem com ela.

O homem mais velho também tinha um olhar perigoso, mas ao olhar para jovem ele sempre suavizava sua voz e seu olhar quase em reverência. Até aquele momento Sra. Jones não sabia a natureza do relacionamento entre eles, eles não eram pai e filha, disso ela tinha certeza, a adoração que ele via nos olhos dele não era direcionado para uma filha e os olhos dela brilhavam de admiração quando ele contava uma história. O que eles sentiam era além da paixão, era um amor incondicional.

Por último Sra. Jones observou o outro homem, ele era calado e muito observador, sempre em alerta como se a qualquer momento alguma coisa fosse acontecer. O homem mais velho o tratava como filho, isso ela podia ver. A jovem também o tratava bem, como um irmão mais velho, sempre implicando ou cutucando, arrancado risadas do homem mais velho ou um sorriso tímido do jovem rapaz.

– Sra. Jones, que bom que está no balcão hoje. Não é que seus funcionários não sejam bons, mas eu sempre acho que a senhora capricha no meu pedaço de torta. – Falou o homem e sorriu charmosamente indo ao encontro dela e sentando no banquinho. Ela não podia negar que sempre sentia suas pernas bambas quando ele fazia isso. – Será que poderia colocar um pedaço dessa torta de limão?

– Pode deixar, Raymond.

– Ótimo. – Falou ele e se voltou para jovem. – Você quer algum pedaço, Lizzie?

– Chocolate. – Sorriu ela e as convinhas apareceram em sua face.

– Você ouviu a dama. – Gargalhou ele. E olhou para o outro homem, mas ele já tinha pedido seu próprio pedaço de torta e comia tranquilamente. – Sabe, Sra. Jones, quando eu morei na França havia uma linda mulher chamada Margox. Ela fazia uma torta esplêndida, mas um dia quando entrei em sua padaria a vigilância sanitária estava lá. Você nem imagina o que ela colocava naquelas tortas. Passei dias vomitando.

– Nojento, Red. – A jovem se juntou a eles e fez uma careta para o final da história.

– Acontece, Sweetheart. – Sorriu ele e ela apenas revirou os olhos.

Depois que eles saíram de lá Sra. Jones viu o homem mais velho entrelaçar as mãos com a dela e a jovem moça falou algo que fez os dois homens sorrirem. De modo brincalhão ela pegou o chapéu dele e colocou em sua própria cabeça. O cenário merecia uma foto, uma família diferente das outras reunidas pelo destino que a Sra. Jones estava longe de saber o motivo, principalmente porque depois de três dias eles foram embora.

~.~

Era uma manhã fria de quarta-feira, Reddington estava tomando seu café da manhã quando recebeu o telefonema, respirando fundo ele deixou que o alívio se infiltrasse em seu corpo, finalmente ele tinha conseguido encontrar o número 1 da sua lista negra. Agora com todas as ameaças exterminada ele poderia ter uma vida relativamente normal, pois ele ainda era um criminoso.

Porém ele sabia que teria que contar a Lizzie quem era o número um de sua lista e não sabia qual seria a reação dela. Chegando ao quarto ele bateu uma vez e a chamou, ele pode escutar a voz rouca de sono e segundos depois ela apareceu com o cabelo bagunçado e um olhar totalmente sonolento, ela nunca pareceu tão linda para ele.

– O que houve, Red?

– Acabei de receber uma ligação. – Sorriu ele. – Eu o encontrei, Lizzie. O último nome da minha lista.

– O número 1? Você vai me dizer quem é, não é? – Questionou ela e sorriu agora totalmente acordada.

– Exato. – Ele sorriu novamente. – Agora vá se arrumar, temos que ir para a Alemanha. Sairemos em uma hora, Dembe já entrou em contato com o piloto.

Duas horas depois eles estavam lado a lado no avião. Reddington estava com um documento na mão, ele já tinha contado parte do plano para ela mais ainda não tinha revelado a identidade do criminoso.

– Então Lizzie, ele é um dos criminosos mais perigosos que eu conheço, foi ele que me iniciou nessa vida. Que me fez abrir mão da minha família e é responsável por todos os problemas que enfrentamos. – Falou ele com raiva. Lizzie nunca tinha o visto com tanta fúria no olhar.

– E quem é ele?

– Edward Scott. – Falou ele e esperou pelo protesto dela ao ouvir o nome do seu pai, mas para sua surpresa ela abriu um pequeno sorriso.

– Red, eu sei que você esperava um protesto, mas eu o quero ainda mais que você. – Falou ela e sabia que seu olhar se igualava ao dele, totalmente coberto por fúria. – Tudo o que aconteceu de ruim em nossas vidas foi por causa dele. E ele é o criminoso mais poderoso do arquivo do Fulcrum.

Gargalhando Reddington não se conteve e a abraçou:

– Lizzie, eu disse a você que seriamos uma ótima equipe.

– Na lei e no crime?

– Exato, Sweetheart.

– Sério? – Questionou Dembe. – Vocês vão fazer o que agora, abrir um fã-clube?

Lizzie revirou os olhos e jogou papeis nele, arrancando mais uma gargalhada de Reddington e fazendo Dembe ri também.

– Lizzie, você sabe que depois que o prendemos você poderá voltar para casa, não é?

– Eu sei, você também poderá. – Disse ela. – Todos os números que eu tenho provam que o único culpado pelo o que aconteceu com você é culpa dele.

– Lizzie, eu sou um criminoso. Mesmo que você prove que fui uma vítima eu cometi meus próprios crimes. – Falou Reddington entristecido.

– Mas você ainda tem um acordo de imunidade. – Ela sorriu.

– Que foi anulado depois que fugi.

– Nosso amigo, o juiz Denner, pode nos ajudar. - Ela sorriu perigosamente.

– O que eu fiz com você? Você está pior que eu, Lizzie. – Ele disse e soltou uma risada debochada.

– Vamos, Red. Seremos aceitos de braços abertos depois que pegarmos meu pai. – Sorriu ela.

– Assim como o filho pródigo. – Debochou Dembe.

– Hoje você está bem engraçadinho, não é, Dembe?

– Você dois parecem duas crianças. – Reddington balançou a cabeça e sorriu. – Mas acho que mereço isso.

– Você merece muito mais, Red. – Lizzie falou isso e o encarou. – Principalmente aquela noite de sono.

Surpreso ele a encarou e estreitou os olhos, ele deveria saber.

– Quando chegarmos vou fazer uma visitinha para o Agente Ressler. – Resmungou ele.

Antes que Lizzie pudesse retrucar o piloto avisou que estariam descendo na Alemanha em poucos minutos.

– Está na hora de termos nossa vida de volta, tio Red. – Ela sorriu abertamente e recebeu mais um sorriso em sua direção. Dembe também sorriu.

Bem.. dois meses depois eles tinham retornado como heróis assim como ela tinha previsto e Reddington finalmente teve sua tão sonhada noite de sono, mesmo que na manhã seguinte ele revirou os olhos quando encontrou Dembe e Lizzie brigando sobre quem faria as panquecas enquanto Kaplan sorria e bebia uma xícara de café.

Mas tudo isso não teria sido possível se uma visita especial não tivesse sido feita ao Almirante Edward Scott...

~.~

Edward Scott sempre teve um sexto sentido quando se referia ao perigo e ele ainda estava vivo graças a isso. Então quando ele parou de ouvir a conversa entre seus guardas costas ele sabia que alguma coisa muito errada estava acontecendo.

Antes que pudesse pegar o telefone as portas foram abertas e um tiro ecoou por todo o ambiente, o telefone praticamente explodiu em sua mão. Receoso ele olhou para a porta e encarou seu antigo subordinado, Raymond Reddington.

– Olá Capitão. – Falou ele e sorriu debochadamente.

Edward o encarou e o que viu em seus olhos o deixou com um pouco de medo, era um olhar mortal e ele sabia que não sairia dali vivo.

– Ray, quanto tempo. O que o trás aqui?

– Eu vim matar você na verdade. – Sorriu ele. – Mas eu vim trazer alguém que estava louco para te encontrar.

Reddington adentrou ainda mais na sala, Edward então percebeu uma figura atrás dele e arregalou os olhos. Os olhos dela era de um azul cintilante e tinha uma frieza capaz de congelar qualquer ambiente. Ela o encarava como se ele fosse uma presa prestes a morrer e ele não tinha dúvida disso.

– Masha. – Sussurrou ele.

– Olá, pai. – Falou ela e sorriu perigosamente. Lizzie então apontou a arma e atirou.

Fim


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