“Pane no sistema, alguém me desconfigurou

Aonde estão meus olhos de robô?

Eu não sabia, eu não tinha percebido

Eu sempre achei que era vivo.”

Nós somos como robôs, subordinados, com a vida controlada como se não fôssemos vivos.

“Parafuso e fluido em lugar de articulação

Até achava que aqui batia um coração

Nada é orgânico, é tudo programado

E eu achando que tinha me libertado

Mas lá vem eles novamente, eu sei o que vão fazer

Reinstalar o sistema.”

É como se fôssemos programados para agir, agimos sempre igual, imitando uns aos outros, seguindo padrões e modas como se tivéssemos um sistema instalado que nunca atualiza.

“Pense, fale, compre, beba

Leia, vote, não se esqueça

Use, seja, ouça, diga

Tenha, more, gaste,

Pense, fale, compre, beba

Leia, vote, não se esqueça,

Use, seja, ouça, diga.”

Somos controlados pela mídia, o que dizem nós fazemos, viramos marionetes nas mãos dos outros e as cordas estão bem seguras, não são soltas nunca, nem por um momento deixamos de ser como bonecos, presos a quem nos comanda, fazendo apenas o que ele manda.

“Não, senhor, sim, senhor

Não, senhor, sim, senhor.”

Agimos como soldados em um exército, como se uma ordem não obedecida fosse causar dor. Seguimos modinhas e padrões ao invés de sermos nós mesmos e só agradamos aos outros, estamos felizes assim? Não os deixe reinstalar o sistema!