O Natal escrita por Angela Borges
“Ofegante Hermione corria com sua varinha a mão por dentro de uma enorme floresta fria e escura, seus pés se chafurdavam na lama a todo o momento, suas roupas sujas e com grandes rasgos faziam com que ela sentisse o vento corta-lhe como uma fraca extremamente afiada. Seus lábios já arroxeados mostravam que o frio e o cansaço estavam lhe vencendo e antes mesmo que pudesse parar tombou caiando sobre uma grande quantidade de folhas lamacentas. Sua vista estava embaçada e seus pensamentos necessitavam de respostas.
- Finalmente desistiu Granger. – Hermione arrepiou-se ao ouvir aquela voz.
Porque estava correndo? Porque estou suja? De onde aquela voz vem? E como assim desistiu? O que aconteceu? Uma risada ecoou assim revelando o primeiro vulto, era uma pessoa de capa negra e usava uma mascara prata. Mais outros cinco vultos se revelavam, todos usavam as mesmas roupas, tirando um que vestia apenas uma manta negra com detalhes em prata.
- Foi tão divertida essa brincadeirinha sua... – Debochou o homem.
Ela só o encarava enquanto tentava recuperar o seu fôlego.
- Pena que não podemos brincar novamente. – A voz dele se tornou mais grosa e agressiva.
- Quem e você e o que quer de mim? – Berrou a castanha.
- Realmente não sabe quem sou? – O homem deu uma breve pausa. – De você não quero mais nada...
- Se não quer mais nada, o que faço aqui? – A castanha temia aquela resposta.
- Quero lhe mostrar alguém – Ele novamente deu uma breve pausa. – Realmente não sabe quem sou? – Ele parecia um pouco triste.
- Se eu soubesse já teria o chamado pelo nome, não? – Ela parecia decidida a irritá-lo.
- Não me afronte. – A ponta de uma faca passou pelo rosto pálido da Hermione que soltou um gemido.
O tal homem ainda segurando a faca na qual tinha uma grande quantidade do sangue dela, virou-se de costas para ela e arrancou sua mascara, assim revelando belíssimos cabelos loiros.
- É a sua ultima chance de adivinhar quem sou eu... – Ele estava serio.
- Eu não me importo de quem você é, eu só quero ir embora. – Assim que ela terminou a frase o homem mostrou sua real face, fazendo com que ela arregalasse os olhos e começasse a chorar.
- Como e bom vê-la chorar. – Malfoy lambeu a grande quantia de sangue que havia na faca. – Mesmo sendo uma sangue-ruim seu sangue e bem saboroso. – Ele soltou uma gargalhada de sua própria frase.
Ela continuava a chorar...
- Oh sim antes que eu me esqueça... – Malfoy apontou para uma nova pessoa de capa. – Você vai adorar saber quem e essa incrível comensal, Granger. – O loiro virou a garota de costas e tirou seu capuz que revelou um cabelo liso vermelho-fogo. A menina arrancou sua mascara e virou-se, revelando que ela era...”
- Hermione. – A castanha fora acordada pela voz rouca do ruivo.
Ela abriu os olhos e assim que viu a face seria do ruivo enroscou-se no pescoço dele e sussurrou:
- Que bom vê-lo aqui.
- O que aconteceu? – Ele também a abraçou.
- Nada. – Mentiu. – E que e bom saber que pelo menos você esta aqui.
- Sr. Weasley... – M.Pomfrey assustou-se com a cena. – Acho melhor ir para o seu Salão Comunal descansar um pouco, você deve estar exausto. - Completou.
- Mais e que... – O ruivo foi interrompido pela enfermeira.
- Amanhã poderás visitá-la novamente. – Ela sorriu. – E quem sabe amanhã ela já receba alta, ai tu vens buscá-la. – Completou dando uma rápida piscadela para o ruivo que captou a mensagem.
- Tchau. – O ruivo beijou a testa da castanha que retribui com um sorriso meigo.
A M.Pomfrey retirou-se e finalmente Hermione rendeu-se ao cansaço e dormiu.
Os passos de alguém eram abafados pela conversas que ocorriam nas escadarias, a cada degrau a pessoa sorria mais até que chegou ao quadro.
- Senha.
- Pele de Ararambóia. – Respondeu.
Com um pequeno estrondo o quadro se abriu, e assim que prosseguiu tudo que havia em suas mãos foram para o chão.
- Harry... – Sussurrou levando a mão aos lábios.
- Gina!– Berrou o moreno soltando-se das garras de Kamyle.
A ruiva o encarava, seus olhos se contrariam e quando menos esperava uma lagrima começou a rolar pelo seu rosto rosado, o moreno em total desespero levantou-se e foi até ela, mas o que ele não esperava era o que ia receber assim que chegasse nela:
PAFT.
A ruiva sem nenhum pudor acertou-lhe com uma bofetada certeira.
- Ei. – Kamyle manifestou-se, mais logo foi interrompida.
- Não se meta Kamyle. – A morena calou-se, porém ficou a observar os dois.
A ruiva olhou bem no fundo os olhos verdes inebriantes do moreno e quando sua ultima lagrima tocou o chão um pequeno estalo foi ouvido, juntamente com seus passos apressados em forma de corrida.
- Gina... – Sussurrou sem sucesso.
A lua tão bela e redonda avançou na escuridão, assim pondo-se no meio do céu anunciando o começo de uma nova e esplendorosa noite.
- Draquinho. – Guinchou Pansy.
Será que não era obvio e claro o suficiente para que Pansy notasse que ele não desejava encará-la e muito menos conversar?
- Draquinho. – Guinchou novamente.
O loiro a ignorou: “Por Merlin será que ela não desistir? Será que ela quer que eu grite aos quatro ventos que não quero olhar na sua cara?” o loiro se afundava em pensamentos. Por algum motivo o loiro sentiu que Pansy guincharia novamente e antes mesmo que ela pensasse em concretizar a respondeu desejando que fosse breve.
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