Olhei pelo retrovisor novamente e vi o caminhão de atrás parar. – Isso não é bom. – Reduzimos a velocidade devagar até parar em uma distância razoável deles.

– O quê iremos fazer? – Rose que estava sentada no banco do passageiro pegou o comunicador desesperada.

– Eles destruirão os caminhões e nos matarão. – Falei olhando o caminhão de trás que tinha parado começar a andar. – Ele não irá parar, passará com tudo sobre nós. – O caminhão agora se aproximava rapidamente.

– Desgraçados, nós não sairemos ilesos. – Jasper falou irritado. – Encosta! – Rapidamente fomos para o acostamento e um plano começou a se formar na minha mente. Assim que encostamos o caminhão passou rapidamente pela estrada, se ainda estivéssemos lá seriamos arrastados.

– Jasper, não seria melhor atacarmos? – Sugeri observando o caminhão que passou fazer o retorno na pista.

– Acho que teremos que destruir os caminhões que estão nós bloqueando, do outro conseguiremos fugir... – Ele sussurrou baixo como se estivesse falando para si mesmo.

– Eu tenho um plano... – Comecei a falar, mas ele me cortou.

– NÃO, seus planos acabarão te matando. – Jasper me cortou.

– Você ainda não percebeu que a prioridade deles não é nos matar e sim destruir os caminhões com os nossos robôs? E eles nem precisam sair dos caminhões, basta apenas se chocarem contra essa lata velha.

– Estou pensando... – Ele falou aflito.

– Então pense rápido... – Falei olhando para o caminhão que acabava de contornar a pista e se preparava para vim em nossa direção novamente. – Não temos muito tempo...

– Inferno... Fala a merda do plano.

– Certo. Eu, Rose e Jessica iremos até os dois caminhões e colocaremos explosivos...

– O quê? Tem um monte de robôs lá dentro. – Rose me encarou atônita.

– Eu sei. Por isso daremos cobertura a Jessica.

– Ótimo! Ele não quer morrer sozinho, quer me levar também! – Escutei ela resmungar.

– Estamos abertos para ideias... – Falei olhando o caminhão se aproximar, só que dessa vez mais devagar e parar a quase um metro e meio de nós. Como ninguém falou nada recomecei. – Então, enquanto estivermos lá vocês nos dão cobertura. Faremos tudo o mais rápido possível. – Avisei aos outros pelo comunicador. Depois olhei para Jessica esperando ela falar algo.

– É, né... Parece ser o único jeito. – Falou desanimada dando de ombros. – Um homem com um tapa-olho me dará cobertura! O quê mais preciso para me sentir segura? – Gargalhei com Rose e comecei a dirigir até os caminhões. Passei rapidamente pelo que estava parado na estrada.

– Não se preocupe, terá a proteção de Odin! – Rose piscou me encarou rindo.

– Puta merda, outro apelido? – Perguntei revoltado.

– Pra ela ver que tem deus caolho, assim ela se sentirá protegida. – Suspirei parando o Jeep perto dos caminhões que bloqueavam a pista.

– Não deixem os caminhões desprotegidos. – Falei pelo comunicador e sai do Jeep engatilhando a metralhadora. Rose ficou perto do Jeep nos observando de longe e eu fui com Jessica. Mas antes que ela colocasse os explosivos nos caminhões escutei as portas se abrirem. – Merda, vamos logo. – Apontei a arma para a parte traseira do caminhão, Jessica jogou o explosivo adesivo em um dos caminhões. Corremos para o carro e Rose que tinha assumido o volante deu a ré rapidamente.

– Assim que estivermos longe o suficiente acionarei as bombas. – Jessica falou pegando o que parecia ser um celular. Olhei para os caminhões e vi os robôs começarem a sair.

– Mais rápido. – Falei colocando parte do meu corpo para fora do carro pela janela, atirei em alguns robôs que tentavam chegar até o carro. Mirei em um que vinha com rapidez até nós, quando apertei o gatilho escutei uma explosão e acabei errando o alvo. Olhei para os caminhões esperando vê-los destruídos, mas eles estavam intactos. Rose parou o carro ainda de ré e me encarou assustada. Temeroso, respirei fundo e olhei pelo retrovisor, vi um dos nossos caminhões totalmente destruídos. O caminhão estava coberto de chamas e os seus restos no chão junto com os restos dos robôs.

– Não... – Olhei para Jessica que tinha os olhos cheios de lagrimas assim como Rose. Senti um impacto no Jeep e vi os robôs se jogarem contra o Jeep. Respirei fundo e limpei a garganta me recompondo. Destravei a arma e atirei em alguns robôs, mas não conseguiria dá conta de todos eles.

– Rose? – Chamei desesperado. – Rose? ROSE... – Na terceira tentativa ela me encarou. – Ainda não terminamos, dê um fora daqui. – Ela balançou a cabeça e respirou fundo. Acelerou o carro enquanto eu atirava em alguns, vi mais robôs saírem dos caminhões. – Jessica...

– Tudo bem, já estou acionando... – Escutei sua voz falhar. E outra explosão surgiu, só que dessa vez nos dois caminhões dos robôs. – Malditos, desgraçados...

– Rose pare o carro, sobraram alguns robôs. – Pedi abrindo a porta e esperei ela parar. Rapidamente recarreguei a metralhadora e sai do Jeep atirando nos robôs. Meu ódio era tanto que acertei em todos que mirei sem errar um único tiro.

– Perdemos os robôs... – Jasper se aproximou abatido. – E perdemos o Tyler também... – O encarei assustado e abaixei a cabeça aturdido. – Ele não era lá um exemplo de pessoa, mas era uma vida e parte do grupo.

– Eu sei e sinto muito. Não tinha raiva dele, ele só agia como um idiota as vezes.

– Ainda não podemos ficar de luto... – Alice veio até nós apontando para o caminhão que tinha destruído o nosso, as portas dele se abriram e os robôs começaram a sair.

– Espalhem-se! – Jasper gritou correndo para um lado, corri na direção contraria tomando uma posição. Atirei em todos que via, percebi Jessica jogar bombas em um pequeno grupo que seguia em direção ao nosso caminhão. Aos poucos foram diminuindo, até destruirmos todos. – Estão todos bem? – Nos aproximando assentindo. – Vamos antes que apareçam mais, estamos á poucas horas de Atlanta.

Voltamos para os carros sem dizer nada, nosso caminhão começou a andar só que dessa vez era Alice que estava dirigindo. Depois de um tempo na estrada chegamos a Atlanta, em menos de uma hora chegaríamos à mansão.

– Ainda não consigo me conformar... – Jessica falou encarando a floresta pela janela. – Estávamos tão bem, tudo parecia dá certo...

– Ainda não acabou, pra nossa sorte aquele era o caminhão que continha menos robôs. Tinha quarenta nele, então ainda temos sessenta.

– Estamos a poucos minutos da mansão, quando chegarmos perto da estrada que nos levará até a mansão iremos com extrema cautela. – Jasper comunicou pelo rádio.

Continuamos durante um tempo até chegar na pequena estrada que nos levaria até a mansão. Já era noite e todos estavam cansados.

– Atenção! – O Jeep do Jasper parou na entrada da estrada. – Iremos descer para eliminar os que estiverem perto dos portões e avisar para Isabella que chegamos.

O grupo começou a caminhar pela estrada e nós ficamos protegendo o caminhão. Só então percebi o que significava chegar, todos os problemas que eu teria assim que chegasse veio com tudo. Suspirei pensando em como falaria para Bella que o Marcus morreu e como explicaria para minha filha esse ferimento no meu olho.

Olhei para Rose que parecia ansiosa e sorri. – Nervosa?

– Um pouco... – Falou suspirando e contorcendo as mãos. – Sabe, no fundo eu realmente sabia que ele não estava morto. Eu nem conseguia agir como se ele estivesse. – Sorri assentido. – Mas e você? Apesar desse sorriso, essas rugas de preocupação na sua testa te entregam. – Respirei fundo e passei a mão no cabelo.

– Muitas coisas virão e outras serão jogadas nas minhas costas. – Suspirei apertando os olhos. – Assim que chegar terei que falar para Bella o que aconteceu com o Marcus, não sei o que ela vai pensar. Tem o ferimento no meu olho Nessie vai ficar irritadíssima por saber que fui irresponsável... - Rose tocou meu ombro me fazendo olha-la.

– Em nenhum desses momentos você estará sozinho. – Ela sorriu me encorajando, sorri de volta apertando sua mão. Percebemos o Jasper e Alice voltarem tranquilamente.

– Podemos ir, está tudo tranquilo. – Jasper entrou no Jeep.

– Nada melhor que uma noite tranquila para apagar uma tarde turbulenta. – Alice falou entrando no caminhão. Rose e eu entramos no Jeep os seguindo. O Jeep e o caminhão rapidamente entraram pelos portões da mansão, já eu por impulso diminui a velocidade.

– Edward, eu já falei que você não estará só. Nada disso foi sua culpa. – Assim que entramos pelos portões olhei para o pátio perto da imensa fonte e encontrei Bella, Nessie, Tony e Emm. Eles olhavam ansiosamente para os carros. Emm esperando Rose, Tony me esperando e talvez Nessie também se ela não estiver mais com raiva... E Bella esperando Marcus.

Abri a porta do Jeep e caminhei devagar entre o caminhão e o meu Jeep. Respirei fundo e fui em direção a fonte, com o coração quase saindo pela boca.