Entramos nos carros e a Jessica foi dirigindo, deitei a cabeça no banco olhando a paisagem.

– Me desculpem... – Escutei Michael sussurrar e o encarei pelo retrovisor. – Eu entrei em desespero, não sabia o que fazer. – Angela que estava ao seu lado no banco de trás o encarou com pena. – Sei que não é desculpa, mas só estou tentando explicar como me senti.

– Nem todos nascem com coragem, mas nós precisamos ter... – Falei voltando a olhar pela janela. – Você não está sozinho, nós o ajudaríamos se tivesse problemas...

– Eu sei... Vi como destruiu seu robô e como destruiu os que atacavam o Erick.

– Meu primeiro ato de coragem foi quando vi os meus filhos encurralados por um robô. – Jessica e Angela continuavam em silêncio. – Nossa coragem vem de razões. Fui corajoso pelos meus filhos e não pensei na minha vida. Eles são mais importantes que minha vida, mas não estou pedindo que você nós coloque em primeiro lugar ou coisa do tipo, por quê está na equipe EOE? – Perguntei voltando a fitá-lo.

– Quero ajudar as pessoas... Quero ajudar a livrar o mundo dos robôs...

– Ótimo, em teoria é realmente bonito... Mas você sabe que pode morrer tentando né?

– Sim... - Sussurrou em um fio de voz.

– Se você morresse hoje lutando contra os robôs de mais cedo, você cumpriria o seu proposito, de forma corajosa e digna. Mas se sua atitude de hoje cedo tivesse matado todos, você teria falhado muito mais, você teria sido covarde antes, durante e depois. E teria matado todos nós.

– Sinto muito... – Me surpreendi quando vi algumas lágrimas descer de seus olhos.

– Prometi aos meus filhos que voltaria vivo, espero que me ajude nisso e não faça nada que coloque todos em risco. – Percebi que no final de tudo ele é apenas um garoto assustado.

– Eu prometo. – Ele falou firme. Jessica desviou a atenção da estrada e me encarou sorrindo. Antes que pudéssemos falar mais alguma coisa escutamos uma explosão e barulho de tiros, o Jeep da frente freou derrapando na estrada.

– O quê está acontecendo? – Perguntei pegando o comunicador.

– Tem um caminhão das industrias Volture na estrada e alguns carros com pessoas atirando neles. – Dei o comunicador a Jessica e fui para a parte de cima do carro onde tinha a metralhadora e poderia ver melhor a estrada.

Tinha um caminhão da Volture virado no meio da estrada impossibilitando os carros de seguir, um pouco atrás tinha dois carros parados um ao lado do outro. Algumas pessoas atirando nos robôs que saiam do caminhão e se aproximavam deles.

– Vamos ajuda-los? – Voltei rapidamente para dentro do carro pegando o comunicador.

– É a única forma de passar, se formos voltar irá demorar mais. – Jasper respondeu. – Alice vai nós dar cobertura de cima do carro como sniper e Jessica na metralhadora do Jeep. Edward e Tyler vêm comigo. – Jessica tomou sua posição, sai do carro indo em direção ao Jeep do Jasper, vi Alice se posicionando.

– É um grupo do exército? – Perguntei destravando a metralhadora.

– Não parece, acho que é um grupo de resistentes. – Fomos nós aproximando dos carros abaixados, quando estávamos perto deles o suficiente Jasper se pronunciou. – Sou o capitão Jasper Whitlock do EOE, esse é o Comandante Edward Cullen e o Tyler Crow... – Antes que ele terminasse foi interrompido.

– Edward Cullen? – Encarei atônito a mulher que apareceu na minha frente. – Não acredito...

– Rose... – Falei me aproximando e a abracei. – Deus... Você não morre mais.

– Espero que não. – Respondeu rindo.

– Espero que não. – Respondeu rindo.

– Os robôs estão chegando perto... – Um homem moreno se aproximou com uma metralhadora e nós encarou desconfiado.

– Tudo bem, Quil... – Rose foi interrompida por gritos.

– NÃO, NÃO... JARED... – Corremos para a parte a frente do carro e vimos um corpo no chão com a cabeça todo virada para trás.

– Deus... – Prendi a respiração encarando a cena horrorizado. O homem que gritou correu atirando em um grupo de robôs que se aproximavam.

– Embry... – Rose falou desesperada. – Ele vai morrer...

– Vamos. – Jasper falou se aproximando, seguimos ele atirando no grupo que não parava de crescer.

– Todos estão vindos só do caminhão?

– Não parece possível. – Falei observando eles se separarem para atacar. – Temos que tomar posições melhore. – Corri para o canto esquerdo da estrada atirando nos que vinham.

– EMBRY, VOLTE ISSO É SUICÍDIO. – Quil gritou, mas Embry parecei-a não escuta-lo ou talvez ele não se importasse em morrer. Um robô pulou em cima dele agarrando seu pescoço e isso o deixou vulnerável sem poder atirar nós outros que se aproximavam.

– Droga, ele vai morrer... – Vários robôs se jogaram contra ele, alguns caiam imóveis no chão com tiros certeiros na cabeça. Olhei para trás e vi Alice atirando de cima do Jeep, mas infelizmente não adiantou, mais robôs se aproximaram e o cobriram.

– NÃO, NÃO... – Quil gritou se ajoelhando no chão chorando. Aproximei-me atirando nós que tentavam se aproximar dele e toquei rapidamente o seu ombro fazendo ele me encarar.

– Você tem que atirar ou sair daqui... Se continuar assim nós dois iremos morrer. – Falei sem para de atirar, pela visão periférica observei ele encarar os robôs e recarregar a metralhadora.

– Vamos acabar com esses desgraçados.