Pokémon Nuzlocke: Sky Above Us escrita por Umisachi Misaki


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

WHY HELLO THERE EVERIUAN
Como prometido, apareci aqui com uma fic nova de Pokémon, yaaay UwU Foi uma ideia que tive há um tempo já, mas as zoeiras da vida me impediram de escrever, e só procrastinei até ter algo realmente. Só fiz porque camp nano matters.
Esse capítulo mesmo me deu um trabalho, mas foi bastante divertido de fazer. Por enquanto, tá bem tipico de prólogo mesmo -qq I mean, pouca coisa acontecendo, mais pra introdução e acostumar vocês com as tretas da história.
Espero que gostem, fantasmas (scawy ;w;) e não fantasmas.
Well then, boa leitura /o/



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O momento em que Mark saiu de casa foi quase o mesmo em que a escuridão da noite estava sendo, aos poucos, afastada para longe.

Agora, os intensos raios de sol se encarregavam de afastar tudo o que, uma vez, pertencera à noite. Em pouco tempo, apenas uma única estrela pôde ser vista no céu, a qual também foi afastada, dando lugar aos quentes raios de sol, insistindo em se fazer presentes em todos os lugares de seu alcance. Desde as árvores em algumas calçadas, até as montanhas ao longe, tudo passava a ganhar nova cor e calor, perdendo o frio característico de antes.

Parecendo se incomodar com algo mais do que a claridade, Mark resmungou. Estava mais do que aborrecido com aquele dia em especial, e isso se dava pelo simples fato de que não estava saindo àquela hora da manhã porque procurava a paz que o horário lhe proporcionava. E estava longe de ser.

Na verdade, não passava de uma manhã de trabalho. Um dia em que Mark se estressaria, irritando-se com o fato de estar saindo tão cedo, com o intuito de caminhar para o prédio onde trabalhava, perto o suficiente para o uso de um ônibus tornar-se desnecessário. O local ficava a trinta minutos a pé, então só lhe sobrava a opção de andar o trajeto todo, o que certamente contribuía para seu humor matinal.

Nenhum daqueles pensamentos, porém, mudaria a condição em que estava, e por isso, os afastou, franzindo o cenho em seguida. Caso quisesse ganhar a vida, teria que se forçar a caminhar em direção ao prédio, de qualquer forma.

Felizmente, o tempo passou rápido, e por isso, foi capaz de avistar a grande construção cinza onde trabalhava. Esta, por sua vez, possuía seis andares, todos eles repletos de salas e laboratórios diversos, além de escritórios e da sala onde seu chefe ficava. Bufando, Mark pouco demorou a adentrá-lo, dirigindo um breve cumprimento à mulher que ficava na recepção, para então tomar o elevador em direção ao quinto andar. Quando o elevador parou no local desejado, apressou o passo, caminhando em direção à sua sala, procurando evitar se encontrar com alguém desnecessário ou começar qualquer tipo de conversa que não tivesse um quê de importância. Por isso, apenas dirigiu um breve cumprimento àqueles que encontrava, e, após destrancar a porta de sua sala, entrou rapidamente, dispensando tudo que não lhe interessava.

Suspirou, deixando-se observar o local por um momento, identificando as diversas paredes pintadas de branco, servindo de apoio para os muitos armários e prateleiras ali presentes. Estas, por sua vez, possuíam os mais variados tipos de pequenos potes e tubos de ensaio, vazios no momento. Além disso, havia muitas outras coisas na sala, tal como máquinas e diversas mesas repletas de papéis, lápis e pequenos objetos desorganizados. Franziu o cenho para elas, e ao invés de arrumar o local, apenas afastou seus pertences para um lado, deixando a mala descansar sobre a mesa.

Resmungando vez ou outra, abriu a maleta, e olhou para ela com desânimo. Quanto mais cedo começasse, mais cedo terminaria. E mais tempo teria para terminar a parte mais interessante de seu trabalho. Por isso, o homem puxou uma cadeira para si e se voltou para sua maleta, vasculhando por seus pertences até encontrar duas coisas em especial. Uma delas se tratava de uma pequena bola azul de borracha, facilmente adaptando-se ao tamanho de sua mão, para que, dessa forma, a tarefa de apertá-la seguidas vezes fosse mais fácil.

A segunda coisa, apesar de também ser uma esfera, era completamente diferente da primeira, tanto em aparência quanto em propósito.

A começar pelo tamanho, semelhante a uma pequena bolinha de gude, para então as cores que a dividiam em dois, vermelho e branco, demarcados verticalmente por uma cor negra. Ali, exatamente no centro da esfera, era onde um pequeno botão igualmente branco se mostrava, o qual não demorou a ser pressionado pelo homem de cabelos escuros. Com tal toque, a Pokéball expandiu-se rapidamente, ajustando-se ao tamanho de sua mão. Pressionou o botão novamente, dessa vez para que dispositivo vermelho e branco se abrisse, enchendo a sala com uma forte luz branca, forçando o homem de jaleco a proteger seus olhos da súbita claridade, pelo menos até ser capaz de abri-los novamente.

Assim que o fez, quase não pode deixar de conter um sorriso, direcionado para a figura agora sentada em sua mesa, encarando-o com igual curiosidade.

O canídeo que ali se encontrava era pequeno, ainda mais para sua espécie, indicando que não passava de um filhote. Em sua maior parte, o corpo era coberto por curtos pelos negros, a única exceção sendo o peito, a barriga e o focinho na cor laranja, em contraste à cor escura de seu corpo. Seus olhos eram vermelhos, tão escuros e brilhantes que se assemelhava à cor do sangue. Exibiam um brilho de curiosidade, esta direcionada para o local ao seu redor, a fim de encontrar qualquer coisa que fosse indicar que não conhecia a sala em que estava no momento.

Seus olhos, porém, não eram o mais estranho em sua aparência. O o que mais chamava a atenção era o par de ossos curvos em suas costas, próximos aos ombros e sua curta cauda negra. Não só estes, como também em todas as quatro patas, havia um único osso curvado, como braceletes de materiais bastante incomuns.

Para completar, no topo de sua cabeça, logo entre o par de orelhas igualmente curtas, encontrava-se a parte superior de um crânio de algo desconhecido, que, por vezes, fizera Mark pensar que era do próprio cão, a julgar que, assim como o restante dos ossos, era preso a seu corpo.

O Houndour ergueu uma sobrancelha para Mark, se perguntando qual o motivo de ele o encarar daquela maneira. A pergunta não recebeu resposta, já que Mark acabou por suspirar apenas, dando as costas para o Pokémon e indo em direção a um canto qualquer da sala. Ali, o cão o observou tirar um celular do bolso e discar um número. Esperou durante vários momentos, ouvindo o som que indicava que a chamada estava sendo feita, continuando até que, pouco depois, ouviu o som característico de que fora atendido.

— Mark? – A voz do outro lado da linha perguntou, usando um tom tão surpreso quanto aborrecido para falar. — Já não te disse pra não me ligar a essa hora?

— Ah, vai se foder, Igor – A resposta rude foi rápida, mas fora dita com um riso. — Agora é importante.

— Ugh, o que você quer?

A partir daí, o Houndour parou de escutar, preferindo se deitar sobre a mesa e descansar a cabeça entre as patas. Esperava que Mark terminasse logo, já que, assim como ele, pensava que quanto mais cedo começasse, mais cedo conseguiria sair dali e se ver livre da esfera vermelha e branca em que fora posto. Afinal, não era exatamente um Pokémon de Mark. Estava ali apenas para ajudá-lo em algum tipo de experimento, não sabia ao certo. Após isso, o homem o liberaria da Pokeball, e estaria livre para voltar à sua vida, que era tudo o que desejava no momento.

Mas, como não podia fazer nada para agilizar o processo, preferiu apenas se deitar, deixando os pensamentos vagarem em sua mente, por vezes se distraindo quando a orelha captava um som vindo de Mark quanto à conversa ou fora da sala, ouvindo tal som por um momento para ver se este era interessante, e então voltar a deitar novamente.

— ...Então, eu posso mandar uma... — fragmentos das palavras do cientista se fizeram ouvir, alcançando as orelhas do pequeno e interrompendo o fluxo de pensamentos dele mais uma vez. — Assim você pode estudar a espécime e ver o que pode fazer.

Quase que imediatamente, o cão ergueu a cabeça, os orbes vermelhos de seus olhos dirigindo-se para a figura de costas do homem, esperando pela resposta de Igor. Parecia surpreso e incrédulo ao mesmo tempo, a ponto de duvidar de si mesmo, buscando a real resposta para a única pergunta que se formou em sua mente.

As orelhas se ergueram novamente, focando sua atenção no homem de jaleco branco e em suas palavras.

— Sim, sim, a espécime já está pronta. Posso mandar daqui a uns dias, assim que eu encontrar um meio de transportá-lo em segurança. – Uma pequena pausa foi feita, apenas para que o homem pudesse apertar a pequena bolinha azul em sua mão diversas vezes, um tanto alheio de que o fazia. — Se ao menos o transporte funcionasse...

A sobrancelha do Pokémon negro foi ao ar, exibindo a crescente indignação que se apossava de seu corpo. Não podia acreditar nas palavras de Mark, quanto mais em suas futuras ações. Sempre achara que ficaria junto dele por alguns dias, talvez até semanas, e não que seria mandado para outro lugar para ser estudado.

Não era isso que Mark havia dito, e, por isso, acabou por nutrir certa raiva dele, repreendendo-o mentalmente por não tê-lo avisado. E talvez fosse por esse motivo que o Pokémon acabou se deixando levar pelo sentimento, saltando em direção ao chão com um pequeno som de suas unhas se chocando contra o piso, apenas para voltar para a porta entreaberta da sala. Sairia dali agora mesmo, e não seria nenhum humano de jaleco que o mandaria para outro humano que nem ao mesmo conhecia.

— Ei! – A voz de Mark soou, chamando a atenção do pequeno. Encontrou-o com a bolinha azul e o celular ainda em suas mãos, indício de que provavelmente acabara de terminar sua conversa com Igor e que ainda não desistira de apertá-la entre seus dedos. — Onde pensa que vai? Ainda não terminei com você.

De resposta, o cão latiu brevemente, exibindo todo o aborrecimento e indignação que sentia. Em seguida, voltou-se para a porta novamente, procurando ignorá-lo. Isso, porém, não foi o que o cientista permitiu: em poucos passos, alcançou a porta, fechando-a e trancando-a logo em seguida, impedindo que o pequeno saísse.

Imediatamente, a raiva tomou conta do cão. Como Mark ousava trancá-lo lá dentro? Como ousava fazer algo que já não mais queria?

— Já disse que ainda não terminei com você, bichinho.

Encarou-o com irritação, não impedindo um segundo latido de se fazer presente, seguido por um rosnado vindo do fundo de sua garganta. A esse ponto, os pensamentos bagunçados já não tinham mais tanta relevância, de modo que o aborrecimento pudesse se tornar em raiva.

Sem pensar duas vezes, saltou na direção do homem, a mandíbula se abrindo a meio caminho. Um grito deixou os lábios do homem quando os dentes do Houndour se fecharam em seu braço, segurando com força o suficiente para se suspender no ar, ao mesmo passo em que os dentes afiados rasgavam o pano do jaleco branco e a blusa por baixo dele. Um segundo grito, e Mark tentou tirá-lo dali fazendo a primeira coisa que lhe viesse à mente. Levou o braço ao ar, e balançou-o ali diversas vezes, gritando xingamentos para o cão e ordenando que o soltasse. Tudo o que conseguiu, porém, foram as unhas do cão juntando-se aos dentes, a fim de conseguir apoio melhor para se manter ali.

Em um quase desespero, Mark continuou com a tarefa, aumentando a força com que o braço descia do ar cada vez mais, esperando que a dor dos dentes do cão o deixasse logo. No entanto, apenas conseguia fazer com que o Houndour enterrasse suas presas cada vez mais, aumentando a intensidade de sua dor, e, por este motivo, nada parecia que iria melhorar, pelo menos não tão cedo assim.

Ou, pelo menos, foi isso que pensou.

Momentos depois, o esforço para tirar o cão negro de seu braço pareceu dar frutos, embora fosse de uma forma bastante súbita. Sem qualquer aviso, um som alto se fez presente, seguido por um ganido vindo do cachorro de fogo, e logo não demorou para que Mark o visse ser lançado para trás com violência, batendo contra um dos muitos armários cheios de vidros vazios para então cair no chão, um baque surdo se fazendo presente. Com o choque, o armário oscilou, e vários dos recipientes de lá caíram no chão, espalhando cacos de vidro por todo o local e criando um estardalhaço mais que desnecessário.

O som permaneceu ali por vários momentos, incomodando os ouvidos do homem de jaleco branco, apenas para parar subitamente, deixando o silêncio reinar na sala mais uma vez. A única coisa que realmente pôde ser ouvida, não fora o cão se levantando, rosnando, nem o armário que oscilara com o impacto caindo em cima do animal, nada disso, era apenas a respiração pesada de Mark, descompassada, encarregando-se de devolver o ar perdido com o susto para seus pulmões.

Aos poucos, a respiração pesada voltou ao normal, reduzindo-se a um suspiro e um resmungo de dor. Olhou para a manga do jaleco, franzindo o cenho ao vê-la toda rasgada, coberta de um liquido vermelho. Resmungou novamente, incomodado com a dor que ainda estava ali, e, com desânimo exagerado, foi em direção à mesa bagunçada em que deixara sua maleta, puxando a Pokeball aberta para si.

Fechou-a com um único movimento, porém rápido. Pressionou o botão central, e apontou a esfera para o cão de fogo caído no chão, provavelmente desacordado, e observou a luz vermelha seguir em sua direção, tomando-o até que ele não passasse de uma silhueta vermelha, a qual foi sugada para dentro do dispositivo. Pressionou o botão central mais uma vez, desta vez para que a esfera voltasse ao tamanho de bolinha de gude da primeira vez que havia pegado.

Os dedos apertaram a segunda esfera em sua mão, pouco se importando com a dor que lhe causava ao fazê-lo, muito menos com o sangue escorrendo pelo pulso até cair e sujá-la. Sem pensar, a mão que ainda segurava a Pokeball foi ao ar, e com um movimento brusco, jogou-a com violência contra o chão, não impedindo a voz de deixar um grito escapar por entre seus lábios, toda sua raiva contida nele.

Mais uma vez, os dedos apertaram a bolinha azul, com tamanha força que se irritou ainda mais ao vê-la escapar de seus dedos e cair no chão, quicando em direção ao armário e se chocando contra um dos poucos frascos de vidro que ali restavam.

Aquele dia realmente não estava bom.


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Notas finais do capítulo

YEY FIM DE CAPÍTULO! So so, o que acharam? Como disse antes, eu gostei das coisas que ocorreram nesse, o Mark é sexy, mhm~
Bom, agora indo pros detalhes técnicos... Essa é outra long fic, vai ser postada toda segunda-feira a cada duas semanas PORQUE OH GOD DUAS FICS AO MESMO TEMPO, e pode ser que haja alguns imprevistos vez ou outra. Peguei o costume de escrever todo dia, mas ainda assim, sacomé né, blocks, e tal. Pode ser que, assim como a H&H, ela fique parada por um tempinho às vezes pra evitar a demora dos capítulos, mas vou tentar manter as duas sempre atualizadas. Mas, porém, entretanto, enquanto a H&H estiver em hiatus, teremos capítulo toda semana~
ANYWAYS, leitores, seus lindos, não tenham medo, eu gosto de criticas, ok? Qualquer coisa que verem de errado, seja na gramatica ou na narração, me avisem, e farei o possível pra melhorar. Qualquer outro comentário é muito bem-vindo ^u^