A Esposinha escrita por Puella


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aí suas lindas, restaurei a fic, como eu havia dito em O Contrato, então aproveitem bem e me deixem mais animada ainda :)... Embora essa história tenha uma cara adocicada, garanto para vocês que teremos uma traminha especial por baixo dos panos.... mas vamos ao que interessa neh...



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AQUELES beijos não saiam de sua cabeça.

Já fazia algumas horas que Sigyn ainda tentava dormir, mas a lembrança do contato dos lábios do príncipe com o seu ruminava várias e várias vezes dentro de sua mente. A jovem tocou os lábios dando um suspiro involuntário.

Se sentia uma boba, mas ao mesmo tempo era impossível não se sentir.

– Eu lhe disse que costumava ser invasivo.

Sigyn se afastou dele por um momento, a face ardia.

– Eu sei que disse, mas não imaginei que estivesse falando tão sério – ela falou rápida e levemente aborrecida pelo constrangimento.

– E ela ficou sem jeito de novo! – Loki falou divertindo-se.

– Não teve graça – ela disse finalmente se recompondo, cruzou os braços e encarou o príncipe com um olhar acusador – Não pode sair me beijando assim, nem casamos e... e... e eu sou uma moça pura! Não posso beijar ainda!

Loki a olhou com um misto de (falsa) surpresa.

– Nunca havia beijado antes?

– Claro que não! – ela disse como se fosse algo óbvio.

Loki gargalhou, mas parou quando viu Sigyn a ponto de chorar.

– Ora não chore – ele recuperou o fôlego – não que eu esteja rindo de ti. É que você foi tão natural, e foi um pouco engraçado, só isso. Hum? – ele entonou de uma maneira carinhosa – diga que não gostou e eu vou entender.

Ela se empertigou no banco onde estavam sentados, encarando as duas mãos que estavam unidas em seu colo e então o fitou nos olhos.

– Não é isso. É que eu sempre acreditei que as pessoas se beijam porque se amam. Não é assim?

Loki parou de rir, ponderando aquelas palavras por algum momento. Seu semblante era pensativo.

– Não está errado – ele então a fitou – mas, não quer dizer que está certo. Mas como iremos nos casar, obviamente eu terei que ama-la, e você também irar me amar, e assim será com o tempo – e então sorriu para ela tocando seu queixo – Mas tudo isso começa com palavras, toques, beijos...

– Estou até me sentindo tentado a te beijar de novo – ele disse com a voz um pouco rouca.

– Oh, céus – ela disse sem pensar.

O segundo beijo fora um pouco diferente do primeiro. Embora ela estivesse passiva em boa parte do processo, era maravilhoso sentir os lábios dele. Ao fim os dois ainda estavam próximos.

– É melhor voltarmos – Loki falou levantando-se de repente.

– Dois beijos...

Sigyn fechou os olhos, e entregou-se finamente ao encantador mundo dos sonhos, onde o cardápio era de bons e longos beijos com seu príncipe.

X

Durante aquela semana, o castelo estava bastante movimentado e agitado. Sigyn mal havia visto seu noivo. Ela era levada de lá para cá pela mãe e pela rainha. O mais engraçado era que ambas em momentos particulares lhe davam orientações quanto ao que se dizia “ficar finalmente a sós com o marido”.

– Sigyn, haja o que houver, não se assuste com seu marido e faça tudo o que ele disser – sua mãe dizia – e garanta que ele derrame a semente em você!

Quanto a Frigga. Diferente de Ivaine, a rainha não tão especifica quanto à questão reprodutiva.

– Minha menina, não se assuste – ela lhe disse um dia antes da cerimônia – eu sei que sua mãe é um pouco ortodoxa demais – ela riu – mas não leve tanto ao pé da letra o que ela diz.

– Eu sei disso minha rainha – Sigyn sorriu discretamente – mas apesar de tudo, lady Ivaine só tem a melhor das intenções.

– Eu sei minha criança. Mas saiba, que a intimidade de um casal é algo muito especial. E garanto que é uma questão de tempo para que você perceba isso, quando estiverem juntos. Mas se quer um conselho primordial para uma noite de núpcias, então lhe darei este: um bom gole de vinho. Não muito, mas um pouco para que se sinta relaxada. É bem importante.

Sigyn não entendeu aquilo, mas futuramente agradeceria a rainha.

Ao final daquela semana tensa e corrida, Sigyn se via cercada de amas que a perfumavam, vestiam e adornavam como se ela fosse uma manequim de uma vitrine. Ao final todas a fitavam com um brilho bobo nos olhos. Ao finalmente se olhar no espelho, ela pode constatar que todo aquele trabalho dera sim um resultado satisfatório. Ela estava linda, a devida altura de uma rainha ou algo parecido. Ele tinha uma seda branca decorado com detalhes em dourado, com um lado sem manga e outro com uma manga longa e transparente. Não era algo berrante ou chamativo demais, era mais discreto ainda sim, perfeito para uma noiva da realeza. Seus cabelos estavam soltos e caiam em perfeitas cascatas rubras, e parte dele preso em pequenas presilhas com pedras encrustadas.

Sua mãe apareceu logo em seguida, entrando pela porta do quarto, fitou a filha com visível satisfação. Com um gesto ela pediu que as amas saíssem do quarto, para ficar a sós com Sigyn. A mulher mais velha caminhou até a filha e segurou suas mãos com delicadeza.

– Você está linda – ela disse agora um pouco emotiva – minha menininha...

Após uma pausa, ela prosseguiu.

– Você cresceu tão rápido. E vejo você assim, uma moça crescida – ela respirou um pouco – eu sei que fui muito severa às vezes, sei que pareço chata ou metódica às vezes. Mas se fui assim foi sempre com uma única intenção: o seu bem querida.

– Eu sei mamãe – Sigyn olhou a mãe com carinho – não se preocupe quanto a isso.

As duas se abraçaram e Ivaine disse mais uma coisa.

– Agora, minha filha o último conselho que lhe dou é que tenha muito, muito cuidado com esta corte. A primeira coisa que você deve ter em mente é que não se pode confiar em qualquer um por aqui.

Ela então se afastou fazendo um carinho na bochecha da filha.

– Há muitas pessoas ruins na corte, não se esqueça disso.

– Não me esquecerei – a filha assentiu.

Sigyn sabia bem o que sua mãe queria dizer sobre a corte asgardiana. Lady Ivaine poderia ter várias manias, mas em relação a isso, a mãe de Sigyn tinha uma intuição certeira. Embora estivesse prestes a fazer parte da família real, Sigyn tinha uma vaga noção daquele terreno onde ela pisaria. A corte era um antro de falsos e oportunistas, onde haviam pessoas dos mais diversos tipos que fariam de tudo para alcançar um lugar entre os entes do rei Odin.

E era também por isso que ela aconselhava tanto a Sigyn que ela tivesse um herdeiro de seu marido o quanto antes. Após a saída da mãe de seu quarto Sigyn ficou sentada encarando o próprio reflexo, pensando consigo mesma que sua vida mudaria drasticamente a partir do evento daquela noite, há algumas horas.

A sua cerimônia de casamento.


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Notas finais do capítulo

No próximo, o casório... hehehe e quanto a noite de núpcias (eh, eu conheço vcs ( ͡° ͜ʖ ͡°) heheeh) hum... brincadeira, quem me lê ou já me acompanha sabe que eu não escrevo hentais hihihih, mas gosto de fazer cenas de amor românticas certo? Então espero vcs no próximo, viu?
Nos falamos nos comentários ;) suas lindas!!!



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