A Esposinha escrita por Puella


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi! Euzinha de novo....
Vim um pouco mais rápida que a encomenda, é que tive uma vibe muito boa para escrever.... e bem, estamos entrando numa fase tensa na história... bem gente, minhas férias estão acabando então minhas postagens não serão tãooo ligeiras, mas quero ver se me organizo numa rotina fixa de postagens sempre nas sextas e sábados, de preferência, espero conseguir fazer desse jeito ^^
Sem mais delongas, boa leitura!



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SIGYN finalmente apareceu em um jantar, após os dias em que ficou recolhida. Embora aparentasse estar um pouco magra, continuava encantadora. Usava um belo vestido de tom purpura, um pouco diferente dos seus usuais. Suas madeixas ruivas caiam com delicadas cascatas cacheadas nas pontas. Conversava com Sif enquanto as duas beliscavam alguma comida.

— Vejo que está revigorada, minha cunhada – Sif a olhou com curiosidade.

— Sim, estou – a jovem deu um sorriso confiante - foi difícil tudo o que passei, mas, tenho que me erguer e seguir em frente. Sou uma princesa de Asgard, afinal de contas! Mas e você, Sif? Como tem estado?

— Bem – a mulher de cabelos loiros chegou perto o suficiente para sussurrar no ouvido da outra – tenho uma suspeita, acho que estou grávida.

Sigyn fez uma expressão teatral.

— Verdade? Thor sabe?

— Não – ela sorriu de maneira cúmplice – eu ainda não tenho certeza, mas minhas regras estão atrasadas faz um mês...

Depois ela fez uma expressão triste.

— Deuses! – disse recriminando a si mesma - Desculpe! Não devia ter falado...

— O quê? – Sigyn sabia o motivo, mas não transpareceu.

— Achei que isso fosse entristecê-la, afinal, você perdeu o seu bebê....

Sigyn a fitou com doçura, sabia que Sif era competitiva, mas não era má pessoa, um pouco metida talvez.

— Sif, pelo contrário, fico feliz. Afinal era o que você e Thor queriam, não?

Ao ouvir o nome do marido a loira corou sorrindo inconscientemente.

— É, é sim. Mas não conte a ninguém! Ainda não é certo!

— Sabe que pode confiar em mim, Sif.

A esposa de Thor sorriu.

— Sim eu sei. É bom tê-la de volta – ela disse com sinceridade – as norns sabem, eu achei que você fosse morrer de desgosto naqueles dias!

— Isso já passou.

— E quanto a Loki? Como vocês estão?

Sigyn se lembrou do que havia acontecido pela manhã.

— Estamos nos ajustando – ela deu um meio sorriso. 

— Lady Sigyn!

Ouvir aquela voz trouxe um gosto amargo na boca de Sigyn. Ela se virou lentamente, cuidando para não mudar a sua doce expressão. Não queria demonstrar o quanto Lorelei a afetava. Por falar em Lorelei, estava bem voluptuosa em seu vestido verde água que era aberto nas laterais dando um vislumbre de suas pernas torneadas.

— Não se lembra de mim?

“Como eu poderia esquecer” a jovem pensou ao mesmo tempo em que queria destrinchar o rosto perfeito daquela rameira. Sigyn fez uma expressão confusa.

— Sinto muito, mas eu não me recordo de você.

— Eu era aluna de seu marido, Mestre Loki – Lorelei coçou a cabeça, fingindo ingenuidade – nos conhecemos no dia em que estive na biblioteca.

— Hum – Sigyn suspirou – ai céus, eu realmente não me lembro... peço perdão por isso, sou meio avoada às vezes...

— Imagine, não há problema algum, isso acontece, não é mesmo?

— Claro! São tantas coisas irrelevantes que a gente não consegue lembrar-se de tudo.

Sif disfarçou o riso. Estava achando aquilo interessante. Lorelei deu um riso desconcertado.

— Pois então Lory – Sigyn prosseguiu.

— Lorelei.

— Ah, desculpe – a jovem disse forma doce – o que deseja?

— Ah, só queria saber se milady está bem. Soube o que aconteceu com o seu bebê... eu sinto muito, minha irmã mesmo já perdeu uma vez.

— Obrigada pela consideração.

— Deve ter sido difícil para o seu marido, imagino...

Sigyn deu um suspiro teatral, utilizando uma expressão boba no rosto disse:

— Ah, foi. Mas ele tem me dado muito apoio, além do que, somos jovens e – ela acariciou o próprio ventre – já estamos tratando disso...

— Claro.

— Adoraria continuar – ela deu uma pausa – nossa “adorável” conversa, mas vou me retirar, foi um prazer, Lorel...

Sigyn puxou Sif e saiu tão rápido que nem ao menos ouviu quando Lorelei iria lhe corrigir pela segunda vez. Quando já estavam um pouco distantes Sigyn rangeu os dentes.

Aquela mulher tinha que aparecer?

— Rameira, ordinária, vagabunda...

— Não devia gastar seu vocabulário com ela – Sif comentou rindo de forma matreira – aliás, adorei a forma como você se saiu...

— Meu marido é uma ótima referência.

E por falar no marido, Loki estava conversado com Thor e seu outro irmão, Vidar. Sigyn estava nervosa, caminhou a passos largos indo na direção do marido, sentou em seu colo pegando o de surpresa. Ela olhou para trás vendo Lorelei ao longe, a outra olhava para os dois. Agiu sem pensar direito, bem ela nunca pensava direito quando se sentia enciumada.

— Sigyn, o que está... – a jovem puxou o marido pelo pescoço, beijando com certa brusquidão.

Ela se afastou apenas quando já não tinha mais ar. Ele a encarou levemente surpreso, estava corado e com os lábios inchados. Todos os presentes olharam aquilo estupefatos. Odin mesmo estava com a boca levemente aberta. Ivaine, a mãe de Sigyn e seu pai fitaram aquilo com certa desaprovação. Thor e Vidar trocaram olhares e depois fitaram o irmão caçula com certa malícia.

— Nossa – Sif falou para si mesma – ela fez mesmo...

Sigyn encarou Lorelei ao longe, tinha uma expressão de malícia. Lorelei sentiu raiva, mas disfarçou, saindo discretamente entre as pessoas.

                                                                       *

Loki e Sigyn entraram no quarto. A jovem caminhou calmamente até penteadeira, olhando-se no espelho ela tirava suas joias e desarrumava o penteado. Loki tirou o gibão de couro que utilizava e as botas, tinha um olhar serio e fitou a esposa através do espelho.

— Posso saber o que foi aquilo?

— Aquilo o quê?

— A cena que fez lá embaixo?

A jovem virou-se para fita-lo. Tinha a mais inocente das expressões.

— O que? Não posso beijar o meu marido? Eu... achei que você tinha gostado...   

— Poderia ser em outro lugar, não frente de todos... é depois, não foi um beijo nada casto...

— Você não tem muito gabarito para falar em coisas castas, querido – ela se levantou.

— Estava querendo provocar alguém – ele estreitou os olhos – ah já sei! Pelas norns Sigyn! Ela de novo?

— Eu estou apenas marcando o meu território – ela retrucou, chegando perto dele e alisando o seu peito – mostrando a todos que você é meu, só meu...

— Se afirma isso com tanta certeza, então por que essa cisma?

Ela mordeu o lábio inferior e então se afastou como se ele não fosse nada. Foi até o armário e pegou algumas mantas de pele e começou a colocar no chão.

— O que está fazendo?

— A sua cama.

— O quê?

Ela virou-se para ele com um sorriso insolente.

— A. Sua. Cama – ela disse pausadamente, se divertindo com expressão de choque dele – achou mesmo que iria dividir a cama comigo?

— Mas você...

— Eu disse que poderia voltar a dormir aqui. E você vai, mas não na mesma cama. Ou achou que as coisas seriam fáceis só porque me tomou em seus braços pela manhã?

— Eu pensei que...

— Pensou errado, queridinho – Sigyn caminhou confiante até ele, olhando com seus encantadores olhos azuis – se quiser me ter... terá que me merecer...

Loki agora tinha as duas mãos unidas, um gesto de nervosismo que ele tinha. Fitava sua esposa com um olhar estupefato.

— Estás louca?

— Não.

— E em que no nome dos deuses quer com isso? Por Hell, Sigyn! Eu achei que estávamos nos entendendo!

Sigyn tinha os braços cruzados.

— Ainda estou magoada com você.

— Magoada? Não me venha com essa! Está fazendo isso por causa de Lorelei. Sigyn – ele lhe encarou com seriedade – eu mal noto aquela mulher. Não vê que essa sua cisma com ela está interferindo no nosso casamento?

Maldita hora em que ela apareceu, pensou o príncipe. Ele caminhou em direção à esposa, e está deu um passo atrás até finalmente sentir a cama atrás de si. Loki chegou bem perto, com rosto próximo ao dela e falou de maneira firme e calculada.

— Eu me recuso a dormir no chão. Não sou nenhuma espécie de capacho. Sou seu marido e o meu lugar é ao seu lado da cama. Tenho esse direito, e você como minha esposa não pode me negar.

— Você não manda em mim – ela disse – e na cama você não fica.

Loki riu.

— Ah, céus. Ficaste realmente louca. Só pode ser, até porque eu não veria outro motivo para ter se portado de maneira tão vulgar no jantar, beijando-me como uma meretriz.

Sigyn lhe desferiu um tapa no rosto que ecoou por todo quarto, o encarou com raiva e os olhos levemente marejados.

— Não me ofenda – ela disse entredentes.

Ele lhe proferiu um olhar de raiva, sabia que tinha sido exagerado nas palavras. Ela o havia excitado com aquele beijo e agora fazia todo aquele teatro para mantê-lo longe de tocá-la. Não, ele definitivamente deixaria barato. Mostraria para sua esposinha que o quanto ela iria se arrepender daquela ideia. Puxou-a com brusquidão para perto de si assustando a jovem, afinal ele nunca havia se portado de maneira bruta com ela.

— E você não me menospreze – seu hálito ia encontro à pele dela – eu não tenho paciência com esses seus draminhas femininos...

  Com uma puxada mais firme ele fez com ela fosse carregada pela cintura fazendo com que ficasse mais colada a ele.

— O- o que está fazendo? – Sigyn estremeceu.

— Não tenha medo – ele tinha a voz rouca  - vou apenas lhe ensinar uma lição...

— Me largue! Não se atreva! – ela tentou empurrá-lo.

— Me obrigue – ele falou antes fechar o pouco espaço que havia entre os dois, dando-lhe um beijo violento. Ele forçou ela a abrir a boca, lhe invadindo. Sigyn sentiu suas costas atingirem a superfície macia do colchão.

Ela tentava se desvencilhar, dando tapas e socos, mas aos poucos, ela foi cedendo, estava quase se entregando quando ele parou o beijo. Loki se levantou da cama, e ela o fitou com misto de confusão e... frustração.

— Farei como desejar, minha esposinha – ele parecia extremamente calmo e frio  agora – se não se importa irei para a minha “cama”. Boa noite.

O príncipe se dirigiu para a cama improvisada e se deitou sem dizer uma palavra. Já Sigyn, que ainda estava assustada e estremecida, se deitou, encolhendo-se sob as mantas e chorando silenciosamente até dormir. No dia seguinte quando acordou ele não estava mais lá.


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Notas finais do capítulo

Bem... meus pareceres...

A Sigyn tem um problema, ela não raciocina bem quando está enciumada... ah se a Lorelei soubesse que ela causa problemas para o casal mesmo sem fazer nada (ela ainda vai fazer... estou em fase de elaboração nessa parte)... em parte dou razão para o Lokito, mas claro, acho que ele se excedeu um pouco, e isso só piorou a situação... o que vcs acham a respeito disso...?

É isso, gente,espero que gostem e a gente se vê nos comentários ;)



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