Pais e Filhos escrita por Miss Pond


Capítulo 1
Capítulo Único — Nada é Fácil de Entender


Notas iniciais do capítulo

Espero de coração que gostem!



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O vento frio batia delicadamente em minha face enquanto eu encarava os olhos cor de caramelo do homem que amava. Podia sentir toda a extensão de sensações diversas que se apossavam de meu corpo e coração; felicidade, incerteza, receio, medo, amor, paixão, alegria... Tudo misturado em uma receita duvidosa, como algumas mostradas nesses programas matinais de culinária.

Eu sabia onde absolutamente tudo estava naquele apartamento de dois quartos, mais conhecido como meu maior refúgio. O sofá amarelo de dois lugares posicionado na parede em frente a televisão de 52 polegadas que Victor ganhara da irmã dois aniversários no passado. A mesa de centro com um livro de Machado de Assis só para passar aquela faixada de culto, e uma caixinha que mal cabia o livro anteriormente mencionado, com os dizeres “born this way” na tampa. A poltrona azul marinho no canto da sala de estar, os quadros de clássicos icônicos do cinema em todas as paredes possíveis. O espelho retangular no corredor que levava da sala aos outros cômodos, a cama king size no quarto principal, as mesas de cabeceira combinando com a poltrona da sala em sua cor, com dois abajures como se deixasse bem claro que aquele lugar era habitado por duas pessoas, por mais que não fosse.

Não até aquele momento, quando depois de derramar suco de uva no terno novo que ele comprara no dia anterior, meu namorado pediu que eu sempre voltasse para sua casa no fim do dia. Assim que ele pronunciou aquelas palavras, de forma tão simples e casual que poderia estar muito bem me perguntando sobre a bolsa de valores de Nova Iorque, achei que estivesse brincando. Mas quanto mais eu ria, mais ele ficava sério, e foi quando entendi que era real.

Nos conhecemos em sua festa de formatura na faculdade de bioquímica, três anos e meio atrás. Meu radar sempre fora falho; só descobri que Victor também era gay quando virei para nossa amiga em comum e a elogiei por ter um namorado tão bonito e inteligente. Foi quando ela riu e disse “quem, o Victor? Totalmente gay”. Acabamos por passar as horas seguintes bebendo e conversando, o que nos levou a diversos beijos e uma transa inconsequente sem preservativo. Acordei nessa mesma casa, às oito e meia da manhã, me sentindo um lixo. Foi quando, sem querer, despertei-o e ele me garantiu que não tinha nenhuma doença sexualmente transmitível. Tomamos café da manhã juntos e não nos desgrudamos desde então.

Durante muito tempo me perguntei como aquele homem maravilhoso aguentava o fato de que eu não me sentia confortável na minha própria vida o suficiente para apresenta-lo para meus pais como meu namorado, e não apenas como um “amigo”. Agora, eu entendia. Aquele terno fora realmente caro e agora estava destruído. E a primeira coisa que ele faz não é ficar triste, com raiva, ou até mesmo só reclamar levemente. Não; Victor pergunta se gostaria de morar ali, com ele. Aquele homem me ama tanto quanto eu o amo.

— Estou começando a pirar — ele murmurou depois de alguns minutos de puro e completo silêncio. — Por favor, diga algo. Qualquer coisa.

Respirei fundo.

— Preciso contar aos meus pais.

Victor ergueu as sobrancelhas, parecendo surpreso.

— Não tinha pensado nessa parte, né? — indaguei, sorrindo nervosamente. — Não posso simplesmente me mudar para a sua casa e esperar que meus pais não tirem conclusões.

— Tem certeza que está pronto para isso?

Eu não tinha. Mas tinha absoluta certeza de que queria acordar todos os dias do lado daqueles olhos castanhos, e isso deveria ser o suficiente.

— Vou lá agora — falei enquanto levantava.

— Eu levo você — sugeriu meu namorado.

— Não. Preciso fazer isso sozinho. Minha casa é só alguns quarteirões da sua; irei caminhando, pensando e então estará acabado.

Victor se ergueu.

— Eu não acho que você está pronto, me desculpe por sugerir qualquer coisa...

— Cala a boca — exclamei, sorrindo. — Tenho vinte e três anos, amor. Está na hora.

Beijei seus lábios delicadamente e saí.

Já no elevador, a situação a que estava me submetendo tomou conta de minha mente. Enquanto encarava a versão invertida de meu ser no espelho um pouco manchado, pensava em todas as vezes que quis contar para meus pais que era gay. Não foram poucas; sempre que estávamos muito felizes, ou tristes, ou em momentos de raiva. Sempre que eu notava que Victor era o homem de minha vida, e as pessoas que mais me amavam no mundo, não sabiam disso.

Quando as portas do aparelho se abriram, eu já estava de volta a minha infância, quando eu era o garoto mais estranho do bairro, mas um menino de olhos verdes sempre quis ser meu amigo. O nome dele era Humberto. Só depois de muitos anos consegui admitir que aquele garoto fora meu primeiro amor. Ele é hétero, no entanto. É casado com uma bela mulher, e tem dois filhos gêmeos. Invejava como as coisas eram fáceis para ele; não na parte de ter crianças suas, porque isso eu também posso ter, mesmo sendo gay. Na parte em que todos o aceitam e não o olham estranho quando passa de mãos dadas com sua esposa, ou quando segura seus filhos no colo.

Humberto não teve que sentar seriamente com seus pais para contar sua orientação sexual, ou para contar que estaria construindo uma família com a bela mulher com quem se casou. Humberto não teve que explicar diversas vezes que ele não quer nada além de respeito.

Humberto pode se casar de verdade.

— Tenha um bom dia, Daniel — disse para mim Josenildo, um dos porteiros do prédio de Victor. — Você parece um pouco pálido.

— Não é nada, Josi — respondi, colocando a mão em seu ombro por alguns segundos e então saindo do local.

Observei com certa nostalgia enquanto um grupo de adolescente passava por mim rindo entre si; alguma piada interna que só eles entenderiam.

Quando completei quatorze anos, me vi completamente excitado a todo momento. Era tão incontrolável que cheguei a me perguntar o que havia de tão tesudo em certas coisas. O problema é que nunca era uma garota; eu literalmente jamais me senti atraído por uma mulher. Beijei uma, mas foi só pra experimentar.

O nome dela era Carmen. Estudava na minha sala, e era completamente apaixonada por mim. Durante todo o ensino médio, a morena fez de tudo para chamar minha atenção; chegando até a dizer, bêbada numa festa, que eu não a queria porque era negra. Eu, racista? Onde já se viu. Então a beijei, ali mesmo naquela festa. Seu hálito era álcool puro, e eu detestei cada segundo.

Claro que aquilo se provou uma péssima ideia, já que no dia seguinte Carmen ficou sob a impressão de que éramos um casal. Tive que lhe contar que era gay, mas isso foi até legal, quando ela se ofereceu para ser minha namorada pelo resto dos nossos dias escolares. Dizia ela que era só para que meu segredo ficasse seguro, mas a verdade é que ela sempre quis me namorar, e mesmo que fosse de mentira, o resto da escola não sabia disso.

Parei no sinal verde e suspirei enquanto uma centena de veículos passava por mim a toda velocidade. Uma senhora idosa estava ao meu lado, e já estava preparado para ajudá-la a atravessar quando fosse nossa vez de passar.

E então me recordei da primeira vez em que quis contar a minha mãe que gostava de meninos. Tinha dezessete anos e cheguei em casa completamente bêbado pela primeira vez na vida. Meu namorado da época havia me traído bem na minha frente, com um amigo nosso chamado Paulo. Eles se beijaram ao som de Bad Romance e eu bebi até a esquecer daquela cena.

— Daniel, eu não acredito nisso — exclamara minha mãe quando caí do sofá e comecei a rir incontrolavelmente. — Você não tem idade para beber, o que estava pensando?

— Estou apaixonado, mãe — lembro-me de responder. — E a pessoa não respeita isso.

O olhar raivoso de mamãe sumiu na mesma hora, e ela se sentou ao meu lado no chão, tentando me reconfortar. A sua mão quente e aconchegante apertando meu braço de forma delicada me fez clarear a cabeça de todo o álcool por alguns instantes.

— Não se destrua por causa de nenhuma garota, meu amor — ela sussurrou. — Ninguém que te faça sofrer assim merece seus olhos verdes e seu sorriso doce.

A frase “não foi uma garota” ficou presa na garganta por tanto tempo que me debulhei em lágrimas por não conseguir pronunciá-las. A dona Beatriz achou que a água que caia em cascata por meus olhos se derivava do coração partido que eu possuía; mas a verdade é que toda aquela dor vinha do fato de que ela na verdade não tinha a menor ideia de porque tudo era tão complicado.

— Deus te abençoe, meu filho — me disse a velhinha sorrindo depois que atravessemos a avenida movimentada.

— A senhora também — respondi por pura educação; não acreditava em Deus.

E isso não tinha absolutamente nada a ver com minha orientação sexual. A verdade é que o conceito da religião nunca funcionou comigo; nem a católica, nem a evangélica, nem a budista, ou o espiritismo — nenhuma. Não que eu me considerasse um ateu; acredito que exista uma força superior que controla tudo nessa galáxia e na próxima. Apenas acho improvável que qualquer homem que caminha pelo nosso planeta saiba, de verdade, que força é essa.

Tive uma discussão com meu pai sobre isso, certa vez. Sendo o cristão que ele é, não concorda com diversos “comportamentos” de nossa sociedade atual; inclusive o meu. Papai acredita na homossexualidade como uma escolha, e não uma condição, e abomina o aborto. Depois que o velho ficara vermelho de raiva após a conversa acalorada sobre um deus ou a falta dele, percebi que se contasse a ele a verdade, existia uma chance real de que não me considerasse mais seu filho.

Coloquei as mãos nos bolsos frontais de minha calça jeans e prossegui caminhando o mais vagarosamente possível; sentia-me andando em direção à danação eterna. As pessoas a minha volta, no entanto, avançavam tão rapidamente que pela primeira vez parei para me perguntar para onde elas iam, qual era sua história. Será que a mulher com um copo de café na mão que acabou de passar por mim falando alto ao telefone tinha um segredo como o meu? Ou talvez o homem que levava uma pequena criança no colo tinha certeza de que aquele bebê tem seu DNA?

Nunca saberia. Ou talvez ou encontrasse novamente, em uma festa, vinte anos a partir de agora, e nos tornássemos amigos. Eu jamais lembraria que pensara neles enquanto caminhava no meio da rua.

— Gostaria de comprar alguma fruta, senhor? — perguntou-me um homem de cabelos brancos, contrastando perfeitamente com sua pele escura. Usava roupas simples demais, e possuía um olhar de extrema doçura. — É só cinco reais o pacotinho com os morangos.

Sabia que ele precisava daquele dinheiro mais do que. Tirei a carteira do bolso e estendi-lhe uma nota de dez reais, recebendo o pacote transparente com os morangos em retorno.

— Pode ficar com o troco — respondi.

— Muito obrigado, senhor — ele disse, sorrindo.

Assenti e continuei a andar. Abri a caixinha com os morangos e mordi um, mesmo não sendo o maior fã do alimento. Mastiguei com um pouco de esforço, lembrando então da vez seguinte que quase contei a meus pais que era gay.

Estávamos os três jantando fora quando o tal Paulo apareceu com dois amigos. No primeiro segundo, ele até olhou e fez menção de falar comigo. Foi quando balancei a cabeça da forma mais discreta possível, não impedindo mamãe de virar a cabeça em direção ao garoto, que apenas fingiu não me conhecer e foi sentar em outra parte do estabelecimento.

— Quem era? — ela indagou.

— Alguém que conheci muito tempo atrás e briguei feio. — A essa altura mentir para encobrir minha vida amorosa já se tornara tão fácil quanto respirar. Apesar dele ter ficado com meu namorado na época, quem foi expulso do grupo fora Ricardo; ainda conversava frequentemente com Paulo e os outros.

Papai mastigou mais um pedaço de sua torta de morango.

— Por que brigaram?

— Nem lembro mais. — E então resolvi usar o passado: — Alguma coisa a ver com gostar da mesma pessoa.

— Que pessoa? Você nunca nos conta nada com relação a essas coisas.

Eu não culpava seu interesse; nunca fui de contar a meus pais sobre minha vida — tirando aquela vez em que cheguei bêbado em casa e chorei no ombro de minha mãe.

Novamente, a vontade de dizer um nome masculino surgiu, mas respirei fundo e falei:

— Rita.

Agachei-me e dei o pacote que ainda possuía oito morangos a um mendigo sentado em frente a uma loja fechada. Ele me agradeceu cinco vezes e desejou que o senhor Deus abençoasse minha vida.

Estava agora a apenas duas quadras da casa de portão preto em que vivi durante toda a vida que conhecia. Eram nove da manhã; tanto papai quanto mamãe estariam lá, provavelmente tomando café da manhã na cozinha, conversando sobre as noticias no jornal e rindo entre si. E lá estava eu, indo estragar seu dia faltando quinze horas para o fim dele.

Eu não queria contar a meus pais que era gay. Não queria obrigá-los a aceitar quem sou, não queria temer que talvez não conseguissem aceitar. Tinha receio que não quisessem conhecer Victor como meu namorado, não apenas como um grande amigo. Tremia só de imaginar uma possível cara de nojo de papai imaginando seu filho transando com outro homem — era óbvio que ele faria isso. Acho que sempre que alguém descobre que outra pessoa é homossexual, eles imaginam o tal fazendo sexo. Pensam o quão diferente é, mesmo que no fim, seja exatamente igual pois tem exatamente o mesmo objetivo; prazer.

— Olá, Daniel! — exclamou minha vizinha, Berenice, da porta de sua casa. — Como vai?

— Bem, e você? — Parei em frente a sua residência, tentando sorrir.

— Radiante. O casamento é sábado, lembra? Você vai, certo?

Berenice havia sido pedida em casamento pelo namorado de longa data dois meses atrás, e tudo já estava pronto para a cerimônia. Ela chamara meus pais e eu, apesar de papai na verdade detestá-la.

— Com certeza — respondi, aumentando o sorriso. — Tenha um bom dia.

— Você também.

Disso eu duvidava.

Tirei a chave do bolso traseiro e abri o cadeado no portão, respirando fundo a cada novo movimento.

A verdade é tão cruel.

Abri a porta de casa e ouvi meus pais conversando de imediato. Caminhei lentamente em direção a cozinha e parei na porta, os olhando como se fosse a última vez que o faria.

— Meu amor — disse mamãe, se virando em minha direção. Ela estava sentada em uma das cadeiras da mesa com quatro. Papai estava colocando suco de goiaba em dois copos na bancada. — Pensei que não voltaria até a noite. Não devia estar na faculdade?

Meu coração batia de forma descontrolada contra meu peito. Podia sentir o suor frio em minhas mãos.

— Está tudo bem? — perguntou papai, caminhando até a mesa e me olhando com a testa franzida. — Você está meio branco.

— Eu... — comecei. — Eu preciso contar uma coisa muito difícil e importante para vocês. Algo que escondo há anos.

O olhar que meus velhos trocaram fora tão longo e particular que por um momento achei que não tinham me ouvido, ou haviam esquecido que eu estava parado ali.

— Daniel — Minha mãe se levantou. — Finalmente.

Senti como se tivessem batido na minha cara.

— O quê?

Ela caminhou até mim e olhou em meus olhos.

— Nós sabemos, querido.

Senti minhas bochechas queimarem ao mesmo tempo em que tive que segurar na parede para não cair.

— Sabemos desde que chorou a noite toda quando Humberto se mudou para São Paulo — papai murmurou. — Você tinha dez anos.

— Mas... Isso não significa nada... Ele era meu amigo.

Luís andou até o lado de mamãe.

— Sim, mas não somos idiotas. Sabemos diferenciar amor de amizade.

A ideia de que meus pais sabiam sobre minha homossexualidade a mais tempo do que eu não assimilava em minha mente.

— É impossível...

— Os pais sempre sabem — mamãe comentou. — Alguns apenas preferem virar o rosto e fingir que não está acontecendo.

— Então por que naquele dia em que cheguei bêbado você se referiu a pessoa que me machucou como uma garota?

Ela sorriu.

— Quando tivemos certeza, logo após a festa de Mateus Albuquerque, quando você tinha quinze anos, onde eles te chamaram por nomes pejorativos várias vezes...

— Não sabia que tinham ouvido isso. — Limpei a garganta.

— Ouvimos. Então, logo após termos certeza, tomamos a decisão que jamais diríamos algo até que você estivesse pronto para nos contar.

— O que mudou, filho? — papai perguntou. — Por que está nos contando?

Caminhei até a mesa e sentei em uma das cadeiras.

— Você disse que acredita que a homossexualidade é uma escolha, pai... Eu lembro.

— Nós podemos mudar de opinião, Daniel. Todos esses anos... Me pareceu errado determinar que você escolheu sofrer com a partida de Humberto. Foi difícil, mas eu aprendi a aceitar. A te aceitar.

E então elas vieram; as lágrimas. Passei quase dez anos acreditando que meus pais não me conheciam por completo, que vivia uma mentira. Me apaixonei por alguém e não os deixem saber disso; mas eles souberam disso o tempo inteiro.

— Isso é surreal.

— Nem todo cristão ou pessoa com mais de quarenta anos é contra, Daniel — Minha mãe se sentou a minha frente. — Nós te amamos, não importa com quem você namore.

— Victor me pediu para morar com ele e eu aceitei — falei rapidamente, olhando para meu pai. — Foi isso que mudou.

— Acha que está pronto para algo assim?

— Eu o amo — Era a melhor resposta que eu poderia dar. — Penso que isso seja o suficiente.

E então o homem que nunca chorava estava vermelho. Papai me abraçou com força.

— Eu te amo mais do que tudo, e eu temo tanto que você sofra, meu filho. Não é fácil.

— Pelo menos eu tenho algo que muitas pessoas que são como eu não tem; a certeza de que sempre terão uma família para voltar se tudo der errado.

Eu falava as palavras, mesmo mal acreditando que era real. Passei anos crendo que seria expulso da vida de meus pais se revelasse a eles que era gay, nunca realmente considerei o fato de que poderiam não ligar para isso. Para mim, foi sempre viver em segredo ou viver sem eles. Nunca fiquei tão feliz por estar enganado.

A verdade é, de fato, cruel. Porque o preconceito habita em cada esquina de cada bairro, em cada cidade de cada estado. O preconceito bate forte em sua porta e grita que você é o próprio pecado, que você queimará no fogo do inferno, que você é imoral e impuro.

A verdade é fria e terrível. Mas ela também é libertadora.

E eu estou finalmente livre.


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Notas finais do capítulo

Me diga nos comentários sua opinião sincera. Até a próxima ^^



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