Out Of The Woods escrita por Kimi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Theo e Matt


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, bom, essa não é a minha primeira fic, mas como faz tempo que eu não escrevo, dá a impreção que ela é a primeira.
espero que gostem.
*O Cap se passa durante essa parte da musica:
Olhando agora
Tudo parece tão simples
Estávamos deitados em seu sofá
Eu me lembro
Você tirou uma foto de nós dois
E então descobriu (descobriu)
Que o resto do mundo era preto e branco
Mas nós tínhamos cores vivas
E eu me lembro de ter pensado

Com carinho
Carol Campos



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E lá estavam eles mais uma vez naquele mesmo sofá, no mesmo horário e com os mesmos sorrisos bobos nos rostos. Há muito tempo essa mania começou, encontravam-se a noite quando a casa de um estava vazia, quando não havia barulhos ou gritarias. Por serem melhores amigos, ninguém desconfiava, mas se eles assumissem, tudo o que eles tinham poderia ser perdido: Sua reputação, seus amigos, e até a confiança da família de Matt que era muito conservadora. Por serem "populares" em suas faculdades– e quando eles ainda estavam no ensino médio – todos achavam que eles eram os "pegadores" por ambos serem os típicos jovens americanos loiros, musculosos e de famílias com boas condições. Mas sabiam bem que se seu segredo, ou sentimento, fosse relevado tudo estaria em perigo. A família de Theo era a nomeada " família do século XXI " :Uma família sem muitos preconceito e possivelmente mais felizes do que muitas famílias tradicionais. A família de Matt era completamente diferente, eles não admitiam que obtinham um tipo de preconceito, mas se eles chegam perto de gays ou lésbicas, dava para perceber o nojo em seus olhos. Os dois eram parecidos, mas com famílias diferentes, muito diferentes. Enquanto todos achavam que quando Matt ia na casa de Theo e falavam de mulheres, bebidas e futebol, eles somente ficavam deitados no sofá e assistiam um filme qualquer que eles achavam na netflix. Entretanto, mal prestavam atenção no que estava se passando mesmo, era só para o silencio não ser o total naquela sala, porque eles pudessem, parariam o tempo.

—De vez em quando me dá vontade de ficar aqui o dia inteiro, sabe? — Diz Matt, deitado no colo de Theo enquanto um olhava para o outro com aquele olhar de pessoas apaixonadas dos filmes clichês, por que afinal, a vida é um filme clichê mesmo.

— Quem sabe nós um dia fazemos isso? — Brinca Theo, com um sorriso mais bobo do que nunca — Eu vou comprar um pacote de viagem para meus pais de aniversário de casamento, daí podemos ficar sozinhos.

— Você não é rico.

— E você não é nenhum pouco estraga prazer. Uma risada escapou de seus lábios, levanto-os novamente ao silencio. Minutos se passaram apenas sentindo a presenta um do outro até Matt quebrado, com um pequeno sorriso travesso.

— Queria que nos pudéssemos admitir o nosso lance, tipo, parar de nos esconder, e fazer como meu pai mandava quando eu estava namorando com uma garota.—Disse enfatizando a palavra ‘’garota’’—E toda a vez que você fosse a nossa casa, nós iriamos para o porão e assistiríamos um filme enquanto minha mãe espionava a gente.

— Sua mãe espionava você e as suas ex's? — Pergunta Theo, assustado.

— Sim, ela nos espionava e depois falava para as amigas dela toda orgulhosa. Eu acho que elas meio que tem uma máfia: Descobrindo com quem o seu filho está saindo. — terminou rindo.

— Então eu acho que nós já fomos descobertos, sua mãe é muito esperta, embora de vez enquanto ela me dá um pouco de medo.

— Ela não dá medo... O.K, talvez um pouco. Ela é somente... Muito controladora sabe?

— Muito? Se duvidar você tem um rastreador no celular— Diz Theo brincando e rindo. Mais um minuto de silêncio.

— Sabe... Eu acho que aqui está muito simples, tipo, bem que a gente poderia ir a Disney de mãos dadas. —Diz Matt rindo um pouco.

— A gente mal pode sair na rua de mãos dadas, imagine na Disney. — Diz Theo, com uma risada sínica.

— Sabe como eu me sinto agora? — pergunta Matt deitando no calo de Theo, e olhando nos olhos de seu amado.

— Como? — Questiona Theo, entrando no jogo dele.

— Como naquele filme, sabe? O doador de memórias. O mundo inteiro está em preto e branco, em suas vidinhas, suas regras, seus costumes, mas nós somos cores vivas, temos o nosso "segredo de estado" e saímos dos "padrões" de certas pessoas. Nós somos cores vivas. — Diz Matt, se levantando e sentando ao lado de Theo.

— E essa é a prova de que você é adotado, e que a sua mãe biológica deu a luz em um hospício— Diz Theo começando a rir junto com Matt.

— Seu idiota! — Praticamente grita Matt enquanto joga uma almofada em Theo — Eu aqui falando uma coisa super poética e você ai fazendo brincadeirinhas.

— Desculpe. Espera! Eu sei o que podemos fazer — Theo meche em seu bolso da calça e tira seu celular de lá dentro — Eu tenho um aplicativo no meu celular, ele deixará o mundo preto e branco e nós teremos cores vivas — Ele Falava enquanto mexia em seu aparelho.

— Pelo o menos essa parte você entendeu...

— Vem vamos tirar a foto — Diz Theo colocando a câmera frontal e abraçando Matt, e então apertando o botão.

— Eu preciso fazer uma pergunta, você realmente gosta de mim? — Pergunta Matt, de certa forma estragando aquele momento.

— Matt, eu AMO você — Responde Theo, passando as mãos na cabeça de seu amado, que agora parecia estar passando por um pequeno "conflito interno"

— Eu preciso fazer uma coisa Theo. — Fala Matt correndo para sua mochila que estava do outro lado da sala e retirando o seu celular da mesma.

— O que você está fazendo?—Pergunta Theo, preocupado.

—Eu preciso esclarecer sobre nós com alguém. Por favor, me desculpe — Responde Matt discando os números rapidamente em seu celular.

— Você não está pensando em... — Theo se levanta rapidamente, porém Matt faz um sinal para ele permanecer no lugar.

— Alô mãe? Eu preciso te falar uma coisa. Porque ao que todos pensam, a vida é passageira, tudo passa em questão de minutos. Quando Matt decidiu ligar para a sua mãe, ele percebeu que não queria mais se esconder, queria poder ser livre, ser livre com Theo. E quando Matt falou "Alô mãe?" Theo só conseguiu pensar em uma coisa: Nós um dia estaremos fora de perigo?


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Notas finais do capítulo

E ai, comentem!