Right Girl escrita por sobrehumana


Capítulo 2
She was the last thing that I saw last night before I hit the ground


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE LINDA E CHEIROSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Aposto que pensaram que era uma one né????? Enganei vcs hehehehehehhee
Mentira na verdade eu marquei como concluída sem querer só vi depois mas aí estáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Não sei quantos capitulos vão ter, provavelmente cinco.... Enfim!
Obrigada aqueles que comentaram etc, apreciem!



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Quando James Potter acordou, a primeira coisa que percebeu foi uma dor absurda por todo seu corpo, como se um caminhão tivesse passado por ele no mínimo três vezes.

A segunda coisa foi que ele havia dormido no sofá.

A terceira coisa foi o bilhete colado na sua televisão escrito:

 “Obrigada pela noite divertida. Até logo, Potter.”

“Puta que pariu.” Murmurou com a voz arranhada. “Evans.”

O nome passou milhares de vezes por sua mente, como um eco, e junto dele as imagens da noite anterior. Ele lembrava da quantidade absurda de álcool que havia ingerido, dos avisos de Tom e principalmente da ruiva extremamente atraente com quem havia se divertido mais em uma noite do que havia se divertido com Maya em seus dois anos e meio de relacionamento.

Ele levantou do sofá, lento e tomando as dores de seu corpo, e pegou o bilhete, procurando alguma pista de como encontrar aquela garota misteriosa.

James sabia que seu sobrenome era Evans, ela odiava suas roupas chiques e que o nome do motorista do seu pai era Mr Java... Ou algo assim. Talvez, após um banho quente e três xícaras de café, ele conseguisse usar essas informações para tentar encontrá-la.

Ao invés disso, se surpreendeu ao sair do banheiro e encontrar três caras sentados na sua sala de estar assistindo ao noticiário.

“O que vocês querem?” perguntou miserável, sem ao menos cumprimentar os amigos e se dirigindo para a cozinha a fim de procurar algo para comer. Encontrou algumas torradas e geleia na geladeira, por algum milagre divino. Ele nunca tinha geleia.

“Primeiramente, feche essa boca para falar comigo.” Sirius fala sério, apontando para James. “Onde você estava ontem e porque não atendeu seu telefone?”

Remus, acostumado com as atitudes exageradas de Sirius, apenas revirou os olhos. “Relaxa, ele provavelmente encheu a cara no bar do Tom por causa da Maya.”

“Ei, o que é esse papel?” exclama Peter, pegando o bilhete e lendo-o em voz alta. “Obrigada pela noite divertida. Até logo, Potter... Por que eu tenho a sensação de essa letra não é da Maya?”

Com a declaração, os três pares de olhos se voltaram para James, que ainda não havia conseguido engolir completamente sua torrada.

“O que?” disse com a boca cheia.

“James.” Disse Remus, e o moreno de óculos entendia aquele tom melhor do que ninguém. Significava se você fez alguma merda, é melhor falar agora.

Ele suspirou e pegou o bilhete da mão de Peter, que o olhou desconfiado, guardando-o no bolso com cuidado para não amassar.

“Maya e eu terminamos.” Declarou, mas não viu nenhuma expressão surpresa.

“Vocês terminam toda semana, Prongs.” Diz Sirius com tédio. “Qual a novidade?”

“Não. Terminamos de vez. Descobri que ela estava dormindo com o Yaxley. E me arrancou a maior grana falando que era para o tratamento da mãe dela. Agora, o porquê de ela tentar arrancar dinheiro de uma pessoa tão sem dinheiro como eu, não sei.”

Os três se encararam, como se pedissem ajuda um para o outro em o que exatamente dizer quando seu melhor amigo faz uma declaração dessas. Mas, ao invés de fazer um discurso inspirador, Sirius diz “Bem, isso é uma merda.”

“É.” Diz James. “Mas eu não ligo. Conheci uma garota ontem e...”

“Espera.” Peter o interrompe. “Você terminou com a Maya e no mesmo dia encontrou uma garota? Que perfume você usa, cara?”

“O do Antônio Banderas, por quê?”

“O que o Peter quer saber” Remus se pronuncia “É como você já se interessou por essa garota se estava bebendo para esquecer a Maya?”

James, cansado, se jogou no sofá e colocou os pés na mesa de centro.

“Eu não estava bebendo para esquecer a Maya. Estava bebendo para esquecer os chifres que ela me deu e o rombo na minha conta bancária. Mas ai eu conheci a Evans.”

Esperando que seus amigos não notassem o rubor crescendo por seu pescoço, James pigarreou e coçou a cabeça.

“Hmmmm.” Sirius provoca. “Para você ficar todo vermelho assim, essa garota deve ser uma deusa. Fala aí, qual o nome dela?”

“Evans.”

“O nome dela é Evans?”

“Não... O sobrenome dela é Evans. Ela não quis me dizer o nome.”

“Ela te deu o número dela?”

“Não.”

“Email? Facebook? Twitter?”

“Não.”

“Snapchat? Viber? Instagram?”

“Não, não e não.”

“Você ao menos sabe se ela mora por aqui?”

James pensou, tentando recordar as conversar que tivera com a ruiva.

“Ela falou que morava em Godric’s Hollow.”

Os outros três assobiaram.

“É um dos bairros mais nobres, cara.” Comentou Remus. “ Minha prima trabalhou de babá lá uma vez, e disse que não existe carro mais barato do que uma Ferrari por aquelas bandas. Tem certeza de que ela não é uma patricinha mimada?”

Pela maneira com que ela havia falado sobre suas roupas, jogando seus sapatos e joias no chão, e de como ela havia o beijado após dizer que não se importava que ele dirigisse um carro velho, James tinha certeza de que ela não era uma patricinha mimada.

“Ela é diferente, Moony. Vocês precisam conhecer ela! Ela tem um brilho, um carisma... E os olhos! Porra, que olhos são aqueles!”

“Wow, alguém está apaixonado.” Sirius fala. “Ao menos a noite valeu a pena, se é que você me entende.”

Mesmo sabendo que não havia motivo, James corou.

“Não aconteceu nada.” Murmurou, e Sirius o enviou um olhar de como assim seu burro. “Não acontece nada, Padfoot, ok? Nós estávamos tão bêbados, só nos beijamos e foi isso. Droga, eu acho que apaguei antes de alguma coisa acontecer!”

“Espera.” Sirius exclamou, rindo. “Você o que?”

“Agora que estou me lembrando.” James recordou, colocando o rosto entre as mãos. “Eu passei mal e ela cuidou de mim. Nós conversamos um pouco e... Só lembro dela rindo antes de apagar completamente.”

Houve um momento de silêncio antes dos outros três caírem na risada.

“Parem de rir, seus idiotas. Não é engraçado.”

“Ah, mas isso é hilário!” Remus diz ofegante. “Desculpe, Prongs.”

“Você vomitou na frente da garota que você tinha acabado de beijar.” Peter declara. “Não tem como ficar melhor.”

“Ei! Ninguém disse a palavra vomitar! Eu não vomitei.”

“Acreditamos em você, Prongs.” Sirius fala divertido. “De verdade.”

“Vão à merda.”

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

A polícia deveria estar na porta de sua casa.

Sua mãe deveria estar em prantos, eufórica, enquanto espalhava sinais de “Desaparecida” pela cidade, gritando com todos e os culpando por não ter ficado de olho na sua filha querida logo antes do casamento.

Petúnia deveria estar revirando os olhos em algum canto da casa, enquanto provava seu vestido e tinha certeza de que estava tudo dentro dos conformes para o grande dia, egocêntrica como sempre.

Quanto mais perto de casa, mais ela se sentia apreensiva, e o táxi parecia cada vez menor e mais abafado. Lembrando-se dos beijos que ela e o tal do Potter deram no banco de trás de outro veículo, não pode conter o rubor que crescia em seu rosto.  Sinceramente, não sabia que a noite terminaria da maneira que terminou, mas não poderia dizer que estava decepcionada. Mais para... admirada. 

O automóvel virou a rua sete de Godric’s Hollow, e Lily se surpreendeu ao perceber que não havia nenhuma viatura ou senhora chorando na porta da mansão. Apenas pessoas entrando e saindo com flores, enfeites e comidas. Ela pagou o motorista e, descalça, se preparou para os acontecimentos do dia.

Bem, ela pensou, pelo menos Rosie não me viu ainda.

Com todo cuidado para ninguém a reconhecer, passou rápido pelo quintal da frente e, pela lateral, entrou pela cozinha, roubando no caminho alguns petiscos que estavam numa bandeja chique até demais. Espera, isso é ostra?

“Ahem.” Alguém pigarreou atrás da garota. Com a boca lotada de aperitivos apurados, virou para a dona da reclamação.

“Rofie.” diz com a boca cheia. “Com efá?”

“Engula primeiro a comida antes de me dirigir a palavra, senhorita.” A loira mais velha a encara com reprovação e leve divertimento. “Quer me explicar onde passou a noite? Sua mãe quase morreu do coração! Sorte a sua que tem amigas como a Alice para encobrir suas aventuras.”

Lily termina de comer e sorri amarelo.

“Quem disse que eu não estava com a Alice?”

“Você ainda está com as roupas do ensaio, seu cabelo está um ninho de rato e você cheira à bebida. Onde você estava, Lily? Nem Jarvis soube dizer.”

“Por aí.” Sorriu a ruiva. “Agora se me dá licença, preciso tomar um banho antes que a Madame me veja.”

“Mas-”

“Te amo, Rosie! Até mais tarde!”

E com isso, ela se desviou dos funcionários da cozinha e seguiu para o hall, onde subiu as escadas, dirigindo-se ao seu quarto. Lá, encontrou uma cena inesperada: Petúnia, com todo seu ar elegante, segurando um vestido de noiva, andando de um lado para o outro.

“Tuney? O que você tá fazendo no meu quarto?”

Com a entrada da irmã, a loira parou espantada e revirou os olhos.

“Estão usando meu quarto para as damas de honra se arrumarem. Como se nessa casa não tivesse espaço o suficiente.”

“Então você roubou o vestido e veio pro meu quarto? E qual é a de ficar passeando, toda nervosa?”

Petúnia suspirou e sentou na cama de Lily, enquanto a outra fechava a porta e separava uma roupa limpa para vestir.

“Não sei o que fazer com você Lily. Sinceramente, sumir no meio do jantar de ensaio, assim sem mais nem menos?! Evan quase morreu do coração, sabe como ele é dramático. Ficou todo preocupado e veio até falar comigo...”

“O que ele te disse?” Lily perguntou, receosa. Ela não queria mais lidar com Evan, não aguentava nada daquilo. Infelizmente, era um mal que teria que aturar pelo bem da família. Seu pai faria o mesmo.

“Perguntou por que você estava tão distante esses últimos meses. E se você tinha conhecido outra pessoa.”

O quarto ficou em silencio por certos segundos, a tensão explicita no ar enquanto Lily era a que começava a andar de um lado para o outro.

 “Então?” pergunta Petúnia.

“Então o que?”

“Você conheceu? Outra pessoa, digo.”

Lily respira fundo e se joga na cama ao lado da irmã, encarando o tal vestido branco e brilhante, tão bonito e ao mesmo tempo tão extravagante. Os olhos azuis a fitam intensa e arduamente, como se dissesse se mentir, vou saber.

“Sim. Mais ou menos. Mas eu o conheci ontem, ele não é o motivo de eu estar ausente e distante e blá blá blá...”

“Ontem?”

“Você já sentiu alguma vez na sua vida que tudo está uma grande bagunça e nada parece certo?”

“Ontem?!”

“Eu estava no bar enchendo a cara quando vejo esse magricela de óculos e cabelo de tempestade e pensei: Ele parece normal. Ele parece certo. Justamente o que eu preciso, sabe?”

 “Você passou a noite com um cara que conheceu ontem mesmo?! Na véspera do... Lily!”

“O que?!” Exclamou a ruiva. “Não é o que você está pensando, pervertida. Mas que rolaram uns beijos bem quentes...”

Petúnia se levanta da cama, esbaforida, levantando os braços para o alto como se pedisse ajuda á Deus.

“Você, Lily Evans, é uma garota morta! Não sabe o quanto isso é importante pra mim? Tanto tempo planejando e nos dando bem com os Heidemann pra nada! O que Walter vai pensar?”

Lily para de andar, estupefata.

“Petúnia, isso é uma piada? O que você está fazendo, um jogo comigo? É isso? Depois do que eu acabei de te dizer, você só pensa em si... Como pode ser tão egoísta?!”

“Egoísta? Lily, você tem noção do que essa sua pequena noite de diversão pode nos custar? Papai...”

“Eu sei exatamente o que estou fazendo, Petúnia.” Disse a ruiva friamente, a expressão álgida. “Ou se esqueceu de que sou eu quem está fazendo os sacrifícios por aqui?”

Petúnia dá uma risada sarcástica.

“Oh, pobrezinha. Noiva de um homem lindo, rico e de família renomada... Imagino como deve ser.”

“Saia do meu quarto!” Lily grita, gesticulando para a porta e surpreendendo a irmã. “E leva essa droga de vestido com você, antes que eu o rasgue e jogue no lixo.”

Com raiva estampada em sua face, a loira pega o traje e sai porta afora, não esquecendo de batê-la atrás de si em alto e bom som.

Sentando-se na cama, Lily encara pela janela do quarto grande até demais e fita o movimento no jardim, onde pessoas arrumam flores e organizam todos os detalhes do casamento. Sua mãe, sempre extrapolada em todos os sentidos, gesticula para uma mulher que parece ser a chefe de cozinha, apontando para os canapés e para o céu, como se pedisse a Deus que a ajudasse naquele momento de crise.

Ela realmente não queria decepcionar sua mãe.

Depois de tudo que havia feito pela família, Lily não podia simplesmente deixa-la na mão, ainda mais no dia do casamento da filha. Sendo assim, desconsiderou a demente ideia de sair correndo e nem ao menos comparecer na cerimônia, e foi tomar seu banho na esperança de se acalmar.

Com espuma em seu cabelo e olhos castanhos esverdeados por trás de lentes em sua memória, descartou a fantasia de que, talvez, a água quente pudesse sossegar seu sentimento de puro e completo pânico.


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Notas finais do capítulo

Tcharaaaaammmmmmmmmmmm

COMENTEM!!!! Me digam o que acharam gente nunca pedi nada pra vcssssssss
Próximo capitulo vai ser bem mais divertido, prometo!!!!
Beijo da mamai amo vcs