Começou nas férias escolares.

Apesar de ter me assustado um pouco, não posso dizer que foi inesperado.

Suas constantes brincadeiras. Minhas constantes críticas. Nossas constantes brigas; verbais ou não. Para os outros não, mas para a gente era obvio como aquela guerra iria terminar.

E não deu muito tempo. Seus pais, que era amigos dos meus, decidiram que deveríamos tirar férias para comemorar o noivado da minha irmã mais velha.

Abigail não estava lá. Nem Evan.

Logo, sem os dois por perto os sorrisos já não eram mais tão sarcásticos, os toques já não eram nem um pouco agressivos e as palavras trocadas mudaram completamente de tom.

Ele sempre foi um bom manipulador. Enrolou Abigail mais vezes do que pude contar. Quando meus tão conservadores pais autorizam que eu saísse naquela cidade desconhecida soube que havia seu dedo naquilo. Minha irmã, não muito tempo depois de chegarmos, estar caindo de bêbada também não me surpreendeu. Sua investida, porém, conseguiu minha atenção.

Eu não fui contra. Ambos sabíamos que era aquilo que queríamos.

Mas eu não era ele, nem Petunia. Não podia ficar fora a noite toda e voltar como se nada tivesse acontecido. E ele sabia disso.

Então voltamos. Só que cada um não foi pro seu quarto.