Veronaville Akkipuden escrita por Andrew


Capítulo 4
Nas Garras De Dan


Notas iniciais do capítulo

Eu havia perdido um pouco a inspiração da história, eu estou tentando ser um autor melhor, espero que gostem do capitulo.



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Passei a noite toda pensando nas possibilidades de realmente tentar matar alguém para libertar a minha família, valia realmente a pena? Para sair dos olhos daquele demônio, talvez. Fui correndo em direção a mansão, eu realmente estava pronto para dizer que eu aceito a missão, não importa mais nada, pelo bem de tudo e todos, eu preciso aceitar a missão. Chegando lá abri a porta de Dan e logo na sala de estar um lugar com madeira no chão e nas paredes, com um lustre bem em cima de uma mesa de vidro com as bordas de madeira. Dan estava sentado com outros homens que pareciam de elite, assim que me viu mandou que eu me sentasse e disse:

“Senhores quero que conheçam o meu pupilo, Harry Leaftwin, o garoto prodígio”
– Quem são esses? – Perguntei os encarando
– Esses são os mais ricos do distrito
– É um prazer finamente te conhecer, sua habilidade na arena realmente me encantou – Um deles disse pra mim.
– Obrigado, mas eu não me orgulho de ter lutado na arena, eu perdi muita coisa. O que está havendo aqui? – Olhei diretamente para Dan.
– Estamos resolvendo um pequeno contratempo, esses senhores se recusam a doar um pouco de suas riquezas para investirmos no campo de força do Distrito!
– Nós já investimos muito no distrito, Dan. Estamos perdendo dinheiro por nada e – O cara colocou a mão no peito e os dois também colocaram a mão no peito, como se estivessem sentindo algo incontrolável!

Eles começavam a tremer e olhavam para os olhos de Dan! O ódio naquele momento era nítido, sangue saí de sua boca enquanto eles simplesmente caiam lentamente e então Dan apenas sorriu e disse:

“Nada tão bom quanto veneno...não é mesmo Harry-kun?”
– Por que você os matou?
– Eles estavam atrapalhando e qualquer um que ouse me atrapalhar será severamente punido!
– Como você consegue dormir a noite?
– Durmo muito bem, obrigado por seu preocupação...Harry-Kun. Agora faça algo útil e os queime atrás da mansão...
– Mas, Mas eles ainda estão vivos
– É exatamente por isso que eu quero que os queime, esse veneno mata lentamente, eu quero vê-los queimar nas chamas do inferno, para agradar o meu senhor, o meu Deus
– Eu não vou por fogo em ninguém!
– Então eu acho que eu devo visitar o senhor Edward
– Não! Tudo bem eu faço o que você pediu!
– Hahaha Harry-Kun, como você é bobinho, eu não te pedi absolutamente nada, o que eu te dei foi uma ordem! – Levanta e saí da sala.

Naquele momento eu senti o ódio subir em meu corpo, como eu queria poder mata-lo nesse momento, mas não podia, eu precisava fugir, eu olhava para aqueles corpos na cadeira e sentia algo como se fosse uma corrente passando por meu corpo, em toda a minha vida eu jamais imaginara ter que queimar pessoas vivas, eu pensava que na minha missão eu teria de matar um revolucionário, alguém que quer salvar o mundo das garras do Dan, eu teria mesmo coragem de matar alguém? Eu levantei da cadeira e peguei o primeiro corpo e coloquei em meu ombro o sangue que saia da boca desse homem manchava minha camisa branca permanentemente, e ao mesmo tempo manchava a minha alma minha dignidade, me corroía por dentro e me maltratava, essa era a maldita sensação que insistia em me perseguir enquanto eu jogava o primeiro corpo no chão, voltei contento as lágrimas em meus olhos e continuei indo em direção ao outro corpo e o coloquei no ombro e esse estava já morto, não havia nem mesmo batimentos em seu coração, por um lado eu me senti bem, pois eu não estaria o queimando vivo, apenas queimando seus restos que ainda sim é repugnante, mais repugnante ainda é ver em que eu estou servindo Dan, aquele maldito, eu mal posso esperar com o dia que eu vou poder vê-lo cair para pagar por tudo que fez comigo e com a minha família! Joguei o corpo já frio em cima do outro e saiu mais sangue de sua boca. Indo em direção ao terceiro eu sentia as minhas pernas tremerem, eu havia tocado em um morto, provavelmente algum filho não iria ter a volta do pai essa noite e algum pai não teria a volta do seu filho. Ao chegar no terceiro pude perceber que esse ainda estava mais lúcido do que os outros, provavelmente deve ter tomado alguma espécie de antidoto conhecendo a cobra que teria que enfrentar, na minha cabeça vários pensamentos passaram e entre eles estava em salvar esse homem, mas salvar esse homem botaria a vida do meu filho em perigo a vida de uma criança que nasceu nesse caos e não absolutamente nada haver com isso, eu não podia desobedecer uma ordem direta de Dan, não havia jeito eu teria de queimar esse homem vivo. Após joga-lo na pilha junto com os outros, não pude mais segurar as lágrimas que tanto lutavam para serem expostas, então de relance eu consegui ver Dan na janela, que olhava pra mim enquanto tomava uma espécie de chá e estampando o seu melhor sorriso sádico em minha direção, “Ele sentia prazer em causar sofrimento alheio? Que espécie de homem é esse que diz seguir a Deus?” Esses pensamentos batucavam em minha cabeça enquanto eu tirava um fosforo do meu bolso após jogar gasolina nos corpos e finalmente riscar a chama, apenas uma faísca era necessária para retirar a vida de três homens, eu queria poder acordar e perceber que tudo aquilo era um pesadelo, mas por que eu não acordava? Porque não era um pesadelo, era a maldita realidade que durante todo esse tempo esteve na penumbra. Ao jogar o fósforo, pude ver uma grande chama cobrir tudo e iluminar meus olhos, o ódio estava transbordando em meus olhos e se condensando em lágrimas, um grito de dor saiu daquela fogueira e tudo o que eu pude fazer foi andar e dar as costas enquanto eu ignorava os gritos do homem que eu estava matando.

[...]

Essa noite foi impossível dormir, tanto pra mim quanto para o Miguel que estava sobrecarregado a procura de Lauro Britz, mas não havia nenhum rasto. Quando finalmente acordei de um cochilo de 1 hora e 45 minutos eu vi Miguel desmaiado com o seu laptop na mão, eu tirei seu laptop de seu colo e tirei o óculos de seu rosto, coloquei o cobertor sobre ele e logo deixei ele bem ajeitado na cama. Então olhei para o seu laptop e então eu pude perceber que o cursor estava se movendo sozinho e estava prestes a desligar a proteção, eu não podia acreditar, o distrito havia nos descoberto, e estava tentando ver quem é que estava navegando na internet, eu precisava ser rápido o cursor chegava perto do ícone que fechava o programa de proteção e em breve seriamos descoberto, eu pensei em acordar o Miguel, mas não dava tempo eu precisava fazer algo, mas o que? O Distrito estava invadindo o laptop, iria roubar todas as nossas informações, tudo o que eu pude fazer foi ver enquanto o cursor se dirigia até o ícone e então parece que o clique foi feito e então o programa foi fechado e eu em uma tentativa desesperada de impedir que as informações fossem repassadas, eu tirei o cabo da internet, e isso foi perfeito. Eles estavam invadindo o computador pela rede, sem conexão, eles não poderiam invadir, eu engoli seco, essa foi por pouco, mais um pouco e as nossas vidas estariam acabadas. Após o susto eu fui ir tomar um café e logo pude ver meu pai novamente rezando, meu pai havia se convertido totalmente para o lado da fé, meu pai estava ficando insano, me aproximei e sentei ao seu lado e ele disse:

“Eu sinto algo diferente no ar...essa manhã”
– Como assim algo diferente? – Disse coçando a cabeça e me sentando ao seu lado
– Respire fundo filho, deixe o ar entrar e sair e continue tentando captar o que está no ar
– Pai, eu sinto muito mas não faço a mínima ideia do que você está tentando me passar
– Filho, o ar dessa casa está diferente, ouça o que eu digo, diferente.

Ignorando totalmente a loucura do meu pai, eu levantei e fui em direção a mansão de Dan. Chegando lá ele nem mesmo me deu bom dia, ele simplesmente me entregou um mapa com umas instruções que diziam que ao cair da noite eu iria entrar em um vale perto do distrito e iria matar Pluto Leaftwin. Dan iria me mandar assassinar alguém do nosso clã, eu já ouvi falar dele, ele está liderando um pequeno grupo de rebeldes para acabarem com a tirania de Dan. Dan normalmente não se importaria comigo, nenhum desses rebeldes tem força o suficiente para fazer algo, eles não tem acesso a nenhum tipo de arma, Dan não iria perder tempo em assassina-los não com uma arena prestes a começar. A 3ª Grande arena, em todo lugar no distrito eles pareciam falar sobre isso, estavam animados, as pessoas que vivem no distrito são todas aquelas que ajudaram Dan na revolução, Dan ficou durante anos escondido apenas iludindo fiéis e os prendeu com as suas crenças, o mundo estava evoluído demais e estava perdendo o conceito da palavra ninja, com toda a tecnologia da internet, preocupados com curtidas nas redes sociais e foi isso o que aconteceu, aqueles que estavam escondidos na penumbra, aos poucos tomaram controle e finalmente o mundo conheceu a ditadura, ainda existem essas coisas, mas com certas limitações, as pessoas são obrigadas a trabalhar, vivem na extrema pobreza as vezes, mas as pessoas que vivem no distrito são felizes, são campeãs, isso sempre me tira a fome. A noite finalmente apareceu, e começou a nevar nessa noite, eu pude vestir uma capa preta com um símbolo laranja nas costas com uma cruz, esse era o símbolo do distrito, por cima das minhas roupas e colocar o capuz e então eu continuei correndo enfrentando a neve no meio da mata, no caminho eu encontrei alguns animais selvagens como ursos e tigres, eu já estava caminhando por duas horas no meio daquela neve toda e então finalmente consigo enxergar uma luz no meio da mata, era como uma vila de índios escondida, para que ninguém pudesse ser encontrado, foi inevitável não comparar eles com a ideia que eu estava tento, não há nenhum lugar que Dan não conheça, não importa aonde eu me esconda, ele sempre vai dar um jeito de me encontrar, igualmente a essas pessoas, elas acham que estão seguras aqui e até começaram a querer formar uma rebelião, mas elas não estão seguras, ninguém no mundo está seguro, o distrito não tem piedade, o distrito não tem amor, o distrito só tem a religião podre, só tem preconceitos, o distrito está cheio de gentes que possuem preconceitos, que são capazes de matar, e os vilarejos estão cheio de vítimas, gays, pobres, todo mundo que fosse contra os critérios do distrito terminava em vilarejos escondidos. Escalei um pinheiros enorme até chegar na porta e então eu pude pular para outra árvore e então eu peguei a minha espada e deixei a arma no meu bolso, ainda não precisava causar alarde, tudo o que eu precisava fazer era assassinar o pessoal dessa aldeia, a aldeia estava feliz, parecia estar dando uma festa mesmo com essa neve toda que insiste em cair e congelar o meu coração dei um pulo certeiro e caí bem no meio da vila agachado e fiquei ali por um tempo até ouvir alguém dizer “O DISTRITO” e então eu fui em direção as pessoas e sem piedade ficava a espada em um lugar certeiro e já partia para a próxima. Homens, mulheres ou crianças, isso não importava eu continuava a fincar a espada, eu matava pessoas inocentes e ouvia crianças dizendo “Papai, Mamãe não por favor” E mesmo assim eu ia em direção a criança que gritava e a cortava com força. A neve branca no chão se tornou vermelha e então a imagem da rosa branca se tornando vermelha na mão de Ethan voltava a me assombrar e então eu fui atingido por uma flecha em meu braço e então eu olho em direção a pessoa que teria me atirado e finalmente eu encontro quem era o meu objetivo desde o inicio, eu estava ali falhando em uma missão frente a frente com o perigo, prestes a morrer por uma flecha que viria da pessoa que eu teria de matar, minha respiração ficava ofegante e eu não sabia o que fazer, até me jogar no chão e começar a rolar e levantar em um pulo certeiro e pega-lo pelo pescoço, finalmente eu tinha conseguido pegar Pluto Leaftwin e então eu ouço uma voz de uma menina “Papai, papai” Por favor não mate o meu papai e então eu peguei a minha espada que já carregava sangue dos membros daquela vila e então uma lágrima desceu em meu rosto e eu disse para Pluto:

“Por Favor me perdoa, eu estou fazendo isso pelo meu filho”
– Harry Leaftwin?
– Você me conhece?
– Sim...sei de todo o seu sofrimento e sei como você deve sofrer na mão de Dan
– Por favor não fale assim comigo, eu tenho a missão de matar você e o pessoal da sua vila e isso inclui a sua filha – Disse enquanto chorava e olhava para a criança ajoelhada no chão segurando a mão da mãe morta no chão, sim a mãe que eu matei.
– Eu sei qual é o sentimento de ter uma criança nas mãos de Dan, Minha filha de chama Luna Leaftwin, ela está com Dan
– E-eu vi esse nome enquanto vagava pelo cti do hospital
– Eu te peço uma coisa, não mate a minha filha, me mate mas não mate a minha filha
– Tudo bem, eu vou levar a sua filha comigo
– Muito obrigado Harry! Você é um bom homem, apenas deixe-me despedir da minha Joanna
– Tudo bem

O Soltei e sentei naquela neve vermelha com a imagem da rosa em minha cabeça e eu começava a chorar feito uma criança enquanto olhava para as minhas mãos cheias de sangue, eu me questionava o porque de tudo isso estar acontecendo, ninguém merecia isso. Dan era um monstro e no meio dos meus soluços eu pude ouvir o que o Pluto dizia para a sua filha Joanna.

“Seja uma menina forte, uma menina inspirada, não desista nunca lute ao lado desse Harry”
– Mas papai ele é o cara mal, ele matou a mamãe – Essas palavras entraram no meu coração e rasgaram tudo
– Não filha, o papai vai ter que ir trabalhar mas um dia nos veremos de novo, no paraíso. Confie e obedeça o Titio Harry tudo bem?
– Tudo sim
– Ok, eu te amo, nunca se esqueça disso – Se virou pra mim enquanto eu estava tendo uma crise nervosa – Harry-San por favor faça o seu trabalho, acabe logo com isso.

E então eu levantei e peguei a minha espada e fui arrastando na neve vermelha, enquanto ia em direção a Pluto e então ele disse para a sua filha.

“Filha vá lá pegar todas as suas coisas, você vai ir embora com o Tio Harry”
– Tudo bem – Vai correndo pegar as suas coisas
– Filha!
– O que papai?
– Eu te amo...
– Eu também te amo “Muitão” Assim – Abriu os braços
– Por favor filha me abraça, me abraça só mais um pouco com mais força que você tiver
– Papai, eu mal posso esperar para te encontrar no paraíso
– Eu também minha filha – A menina saí correndo, pena que ela não sabe o que está havendo de verdade. – Harry-San O Lauro Britz está vivo, procure-o está na hora de fazer alguma coisa, não podemos deixar o Dan vencer
– Eu não vou eu prometo – Recebi um abraço acolhedor de Pluto
– vença essa guerra Harry-San, vença por todos nós
– Eu vou vencer – E então Ele se ajoelhou em minha frente
– NÃO DE O GOSTINHO DA VITÓRIA PARA ESSE DESGRAÇADO – Levantou a mão sorrindo e então a minha lamina aos poucos foi desfazendo o sorriso desse homem revolucionário que caiu transformando o último pedaço branco pela neve em vermelho de sangue!


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